~~CAPÍTULO 22~~KATHERINE chuva finalmente parou, deixando aparecer o céu azul-claro e a luz do sol que se derramavam na sala da cobertura pelas enormes janelas. Banhada pelo sol brilhante da manhã, toda a cidade estava esparramada além das janelas, parecendo fresca, limpa, a sujeira manchada coletada ao longo dos dias havia sido lavada da existência, a cidade tendo acabado de acordar de seu sono. Naquele momento, quase parecia puro. Eu apreciava a vista de tirar o fôlego, sentada no banquinho ao lado da ilha da cozinha, bebendo café acabado de fazer, desfrutando da calma, já que o proprietário do apartamento ainda estava no andar de cima em seu quarto. Tinha sido um dia difícil para nós ontem e noite para combinar. Eu não o invejei pelo resto, se era isso que ele estava fazendo. Eu exalei suavemente quando o elevador apitou, atraindo os olhos para Dante quando ele entrou, parecendo tão organizado como eu sempre o via. Vestido com um terno cinza carvão com uma gravata cinza ma
~~CAPÍTULO 23~~KATHERINEuando desci do carro, o primeiro rosto familiar na qual me recebeu foi a Mona, com seu sorriso encantador em seus belos lábios, ela parecia mais jovem do que aparentava ser quando trabalhava na casa do Francesco.— Menina Katherine.— Mona.Guiei meus pés até seu encontro, seus braços enrolaram minhas costas fortemente, cheiro familiar inalou minhas narinas, eu não estava sozinha em outra cidade. Eu tinha alguém familiar para aquecer meus dias.— Seja bem-vinda de volta a casa.Assenti afastando-me dela, olhei para grande mansão, eu não tinha lembranças daqui, nem uma sequer, a casa que um dia eu cresci e fui feliz aqui.— Eu sinto muito.— Tudo bem menina, não precisa lembrar, venha, eu vou fazer chocolate quente para você, os meninos, tem muita coisa a fazer.Mona foi até a porta com os pés silenciosos. Tomando isso como sugestão, eu me virei para os dois homens Dante dando-me um olhar tranquilizador, Pablo ainda estoico e assenti com eles. Querend
Não foi a noite mais pacífica que eu tive, mas também não foi a pior. A noite mais tranquila, para minha surpresa, foi na cobertura do homem que jurara matar-me. Foi a noite em que Francesco quebrou minhas esperanças no pé da escada, a noite em que eu procurei, sem saber, conforto e segurança no território daquele homem que deveria ter-me aterrorizado, mas não o fez. Foi a noite em que Dante entrou um pouco em seu coração e Pablo me fez sentir segurança como nunca experimentara em minha vida. Eu dormi naquela noite vulnerável, exposta, magoada e sem armas com o conhecimento absoluto de que não sofreria nenhum dano, não nas mãos de alguém, não enquanto Pablo estivesse lá. Eu sorri um pouco, a sensação quente em meu peito ainda persistia da noite passada. Ele pediu que eu o chamasse assim, e eu o fiz. Não apenas verbalmente, mas em minha própria mente. Mas ele abordou a questão ontem à noite em termos claros, quebrou uma barreira que eu criara intelectualmente entre nós. A barreira es
~~CAPÍTULO 24~~ KATHERINE Eu peguei o telefone para verificar a mensagem que chegara e viu o nome do meu pai. Pai: Você está realmente em Brooklyn? Eu olhei para a mensagem por um longo tempo, imaginando se deveria responder, e decidiu não o fazer. Foda-se ele e foda-se seu plano. Eu não lhe devia nada. Pela primeira vez em minha vida, eu tive algo bom, mesmo no meio do caos. Eu não o deixaria manchar isso. Nunca mais. Desgostosa, eu joguei o telefone na almofada para o lado e coloquei os pés em cima da mesa, cruzando os tornozelos. Puxando o laptop no colo, eu minimizei os programas que iniciei e abri outra janela. Ver o nome do pai me lembrou de algo que eu pretendia procurar depois de escutar a conversa que tive com Dante no jatinho, como eu gostava de pensar nisso. Sim, com um grande E. Dante mencionou algo sobre Pablo entrando no território do Francesco quando eu estava desaparecida. E eu fiquei louca, curiosa para saber o que havia acontecido. Foi por isso que eu esta
~~ CAPÍTULO 25~~KATHERINElgo me acordou. Eu fiquei relaxada, mantendo os olhos fechados enquanto deixava meus sentidos se expandirem pelo quarto. Os cabelos da nuca se arrepiaram. Havia luz no quarto luz que eu podia sentir de olhos fechados. Nervos tensos, um nó baixo na barriga, eu abri os olhos apenas uma fenda. A porta do meu quarto estava aberta. Meu coração começou a bater forte. Sem outro pensamento, eu estendi a mão para a luminária de cabeceira, qualquer coisa para me defender, assim como uma grande silhueta se moveu para mim. Eu abri a boca para gritar. E o barulho se afogou atrás do travesseiro enfiado em meu rosto. O que dizem sobre a vida piscando diante dos olhos durante aquele momento de acerto de contas? Eles mentiram. Eu não tive nenhum flash, nenhum momento do passado invadiu minha mente naquele segundo, nada, exceto a necessidade mais primitiva de sobrevivência, abrindo caminho até a frente quando o travesseiro me sufocou. Com os pulmões queima
Ele perguntou, sua voz pedindo que eu falasse. Eu engoli em seco. Focalizando a pulsação ao lado do meu nariz, expandindo o peito enquanto ele inspirava e esvaziava enquanto exalava, eu tentei combinar minhas próprias respirações em sincronia com as dele, assim como eu fiz na cobertura quando eu tive o ataque de pânico. Eu me concentrei na vida nele e abri a boca, descolando a língua. Parecia pesada. Eu me senti pesada. — Havia.. Eu comecei, com a voz rouca, — Alguém no meu quarto. — Como assim, alguém estava no quarto? Dante perguntou, a raiva em sua voz rompendo minha análise do homem em que eu estava sentada. Olhando de soslaio para Dante, eu falei, minha voz ainda não normal por algum motivo insano. — Alguém estava no quarto quando eu acordei. Eu disse, minha voz quase um sussurro, mas alta o suficiente para os dois homens ouvirem na sala silenciosa. — Ele atacou. Eu escapei e cheguei aqui. Eu vi Dante olhar sobre mim, seus olhos brilhando de raiva e piscando a
~~CAPÍTULO 26~~KATHERINEompartilhar meu espaço com um homem era um tipo estranho de experiência. Apesar de toda a minha bravata sobre ‘isso é como as relações funcionam’, eu tinha certeza de que eu era péssima. Bem, não que o homem em questão já tenha indicado isso, mas quem sabia. De qualquer maneira, ele guardava muita merda para si mesmo. Eu o vi se mover pela cozinha preparando o café da manhã, como fazia todas as manhãs nos últimos dias em que eu estivera lá, sentada no banquinho que reivindicou na ilha, bebendo meu suco de laranja fresco. Suas costas sob a camiseta azul se moveram quando ele cortou algumas frutas. Os meus olhos se estreitaram. Algo estava errado. Eu não sabia o que era, não podia colocar um dedo nisso, mas ela simplesmente sabia. Desde que eu me mudei há cinco dias, eu me estabeleci e ele estava tentando se estabelecer comigo. Nós dormimos um ao lado do outro. Ocasionalmente, ele tinha pesadelos, mas não frequentemente. Nós acordamos abraçados. Mas, p
EPÍLOGOPablo assistiu a mecha de cabelos escuros tremer enquanto a mulher ao seu lado expirava, fazendo-a flutuar antes de descansar contra sua pele macia. Dormindo assim, ela era subjugada. Frágil. Lembrando-o da menininha que um dia sorriu para ele. A qualquer momento, ela acordaria e ele veria o fogo que vivia dentro dela naqueles olhos polidos. Aqueles olhos sempre fizeram tanto em seu interior. Quando menino, ele não tinha entendido o peso do peito. Como homem, ele estava aprendendo. Ela olhou para ele com as garras à mostra para o mundo, seu ódio, seu calor e agora seu coração, todo dele. Ela não o tripulou, essa pequena mulher com a alma de um guerreiro. Ele era um cara inteligente, mas o cérebro dela era diferente de qualquer um que ele já conheceu, e ocasionalmente o fazia se sentir um idiota. Ele não se importava nem um pouco. Ele passou um dedo gentilmente por cima do ombro dela, maravilhado com a suavidade de sua pele íntima, até seu estômago, seus lábios se curvand