Roberta:
Conversei com o médico e ele me aconselhou a não a tirar, que por mais que minha mãe estivesse controlada, ela podia ter recaídas ao ver meu pai em seu novo casamento, eu só concordei e conversei mais com ela, então iria pedir para uma psicóloga ajudar ela, para que se curasse do passado e assim poderia voltar para casa. E o que aconteceu com meus pais?. Bom, ele se apaixonou por sua secretária, mas esqueceu de separar e explicar isso para minha mãe, como mulher tem faro para descobrir as coisas, ou tem uma melhor amiga para lhe contar os segredos, ela descobriu de uma forma horrível, na época era professora na universidade em que estudei, no dia chegou cedo e pegou meu pai na cama deles, com a secretária, pelo visto homem é burro de mais, esquece que não se deve está no lugar mais óbvio do mundo, claro que essa burrice é ótima para a mulher. Por fim, minha mãe quebrou toda a mobília do quarto no meu pai e na amante, depois jogou a roupa dele na rua e ele saiu com a outra, nus, pegou as roupas e foi embora, minha mãe queimou a cama e desde então, vive com mágoa, ódio, ressentimento e entre outros sentimentos ruins. Sobre a tentativa de esfaqueamento, foi uma vez que ela o seguiu até sua empresa, quando ele saiu do carro após estacionar, ela avançou em cima dele e tentou o esfaquear, mas funcionários estavam chegando, assim que viram a cena, além de separar, chamaram a polícia, ela estava sob o efeito de tóxicos, ficou presa algumas horas, então eu tirei e deixei ela mais um tempo em casa, só que tudo passou a piorar, ela seguia e ameaçava a secretária do meu pai, então para não ser presa e nem colocar em risco sua vida, eu resolvi interná-la na clínica. Tudo isso aconteceu 5 anos atrás, eu tinha 20 anos na época da traição, com 22 tive que a internar e até hoje fico me sentindo só, triste e querendo a tirar de lá, eu sabia que ela não ficava feliz ali, longe da família e amigos, mas não podia a tirar ainda. Dias se passaram e eu trabalhava e ia ver se já via alguma evolução no caso da minha mãe e no meu caso, bom, eu estava tentando não seguir mais o Oliver nas redes e nem pessoalmente, de início, até que tenho conseguido. [Batidas na porta] — Senhora Roberta?. A porta é aberta com pressa e minha secretária se encontrava com uma expressão de pavor. — Oi? — Tem um homem aí fora querendo falar com a senhora. — Tem hora marcada?. — Não, veio pedir que pegue um caso. — Ah, claro, só pedir para entrar. — Senhora, ele trabalha para o Vinícius, aquele cara que chamam de assassino, dizem que faz parte de um grupo criminoso, preso recentemente, tem certeza que quer o atender?. — Sim, qualquer trabalho é bem-vindo, não é?. — Sim senhora. Ela sai e logo entra um homem de pele clara, era careca e tinha uma barba grande, era forte, porém não de músculos e sim de massa corporal. — Boa tarde, no que posso ajudar?-levanto e aperto sua mão. — Você é a Roberta Albuquerque?. — Sim e o senhor?. — Sou o Steven, trabalho para o senhor Vinícius Marinho. — E o que deseja?. — Ele mandou eu vim e te chamar para tirar ele da prisão. — Já foi condenado?. — Não, foi preso e em breve vai haver o julgamento. — Então ele quer que eu o tire da prisão antes do julgamento?. — Isso. — Pretende fugir?. — Isso importa?-agora ele abre uma bolsa preta e ali havia muitas cédulas. — Para mim sim. Ele vai fugir?. — Não, ele só quer esperar fora da prisão até sair o dia do julgamento. — Ok, amanhã comparecerei na penitenciária onde ele está, conversaremos sobre sua acusação e pedirei a liberdade provisória. — Obrigado doutora, e quanto fica para tirar ele de lá e defender?. — Bom, hoje em dia eu cobro mil por hora, tudo bem por você?. — Tranquilo, mas quanto deve dar isso aí?. — 2 mil por dia, pretendo trabalhar durante 2 horas, mas claro, eu sou uma mulher justa, minha secretária mandará o total de tudo ao término das duas fases de todo o processo. — Tudo bem, fica já com esse dinheiro e vai abatendo-ele estende a bolsa. — Deve dar para minha secretária, ela também trabalha com o caixa. — Tranquilo. Ele sai, me sento em minha cadeira, abro o notebook e eu vou olhar a matéria do caso, dizia ter provas de que ele era o assassino, o homem morto era um pai de família, alguém que não parecia atrair olhares de criminosos e acredito que esse criminoso em si, não roubaria um mero civil, como também desacredito que esse cidadão revidaria a um assalto. Ligo para a mesa da Júlia, que logo atende. — Sim. — Júlia, preciso que chame o Ernesto, tenho um caso e quero que ele busque mais informações. — Sim, senhora, quer que eu fale sobre o caso ou a senhora fala?. — Pode deixar que falo, assim que chegar manda vir para minha sala. — Ok. Desligo e vou revisar outros casos, na agência não andava tendo muitos, eu andava sendo vista como uma louca por largar meus clientes na mão quando surgia uma oportunidade de seguir o Oliver, sim, eu arriscava meu trabalho por causa dele… pensando agora, até que a psicóloga tinha razão, eu parava de viver, para ver como ele estava e me odiar depois por vê-lo bem, feliz e eu amargurada. — Roberta-olho na direção do chamado. — Oi, Ernesto, como está?. — Bem e você?. — Bem, chegou agora?. — Não, faz quase cinco minutos que estou te chamando, mas você não me ouviu. — Ah, sim, desculpa, estava pensando. — No Oliver?. — Mais ou menos, mas vamos esquecer isso, sente-se por favor. — Sim senhora. Júlia disse que tinha um trabalho para mim. — Sim, preciso que investigue a fundo um caso, na verdade, o caso mais falado nos últimos tempos. — A prisão do Vinícius?. — Sim. — Vai defendê-lo?. — Vou. — Sabia que dizem que ele é mafioso?. — Dizem muitas coisas de muitas pessoas, sabe como é o povo, adora uma fofoca e acrescentar coisas. — Hum… mas diga, tem algo que queira em especial?. — Sim, na matéria do jornal diz que ele matou a vítima, um homem normal, pai de família, que não me parece ter chamado a atenção de um criminoso, creio que não o devia nada, também acho que, alguém do porte de um criminoso quase que mundialmente conhecido, não roubaria um homem comum. — É, foi muito estranho esse caso, mas pela má fama do homem, ninguém se perguntou como ele deixaria na cena do crime provas contundentes de que matou alguém e nem o porquê faria isso com um homem comum. — Exato. — Pode deixar, vou buscar mais informações a fundo. — Obrigada, Ernesto, eu vou amanhã conversar com o acusado e também falar com a polícia, quero entender melhor como tudo aconteceu. — Tá bom. Ele saiu e eu continuei no meu trabalho, fim do expediente eu fui para casa, fiz o de sempre e logo estava dormindo.Roberta:Acordo e tomo um banho fresco, a noite de ontem fez um calor imenso e eu estava tão cansada que não liguei o ar-condicionado, só o ventilador.Saio do banho de toalha, vou até o closet escolher uma roupa e após olhar por bastante minutos, escolho uma blusa de pano leve, ela era de alça e de cor vinho, escolhi um blazer e uma saia social, que ia até o joelho e eram de cor cinza. Pego uma lingerie preta de algodão, me visto com calma, depois penteio meu cabelo e prendo em um rabo de cavalo, passo uma base só para esconder olheiras e algumas sardas que haviam na minha bochecha.Coloco minha sandália, pego minhas coisas e me olho no espelho, então passo um pouco de blush e um batom rosinha, tudo muito claro, era mais para parecer saudável.Saio de casa trancando tudo, entro em meu carro e fecho a garagem no botão automático, vou para agência dar uma olhada nas coisas e depois vou para meu carro e dirijo até a prisão, chego, estaciono, desligo o carro, saio e tranco tudo, depois c
Vinícius: Estava dormindo quando batem forte na porta, arrombando a mesma, acordo assustado, as putas que estavam espalhadas pelo quarto também, logo apontam o fuzil para o meu rosto, suspiro desanimado. — Levanta com as mãos para cima-grita um policial. Levanto da cama com as mãos para cima e logo ponho atrás da nuca, as mulheres se agarram com medo, então um deles manda eu me vestir, coloco minha cueca e bermuda que estava perto da cama, depois um deles me algema e me tiram dali. Eles me falaram o porquê de está sendo preso, falaram que alguém morreu e acharam provas que me ligavam ao crime, eu só fiquei quieto e fui jogado em uma cela pequena, com outros caras, todos vestiam laranja e essa era a cor que mais odiava. Horas depois recebi a visita de um dos meus funcionários, fui levado para sala de visita e eu estava puto, se fui preso foi por culpa deles, que não fizeram o trabalho direito. — Como o senhor está?. — Como tu acha?, me prenderam por uma coisa que não fiz e se con
Roberta:Depois que volto para o escritório, encontro o Ernesto, ele parecia um pouco aflito.— Encontrou algo?-pergunto indo para minha sala e ele me segue.— Temos um grande problema-me sento na cadeira em frente a mesa aonde tinham diversos papéis.— Qual?-encaro o mesmo.— É difícil descobrir algumas coisas, mas no submundo do crime dá para saber tudo de muitos.— E então?.— Já sabemos que ele foi incriminado, pelo nosso tempo de trabalho e análise do caso, porém ele não é flor que se cheire, disseram que é um narcotraficante, que mata qualquer um que lhe for incomodo e quando quer tirar alguma informação de alguém, seus métodos de tortura são piores que dos militares ditadores.— Devo me preocupar em defender um criminoso, que nesse caso é inocente?.— O problema aqui é quem teria coragem de incriminar um criminoso famoso e perverso?.— Outro criminoso?.— Isso Roberta, se outro criminoso, do mesmo jeito que o Vinícius está incriminando ele para tirá-lo da jogada, quer dizer que
Roberta:Chego na delegacia e vou para a sala do delegado, que me atendeu com a maior educação e paciência.— Então você é advogada do Vinícius Marinho?.— Sim e vim aqui atrás de informações.— Quais?.— Como foi a prisão?, quanto tempo demorou a prendê-lo?, o que ligava ele ao assassinato?, sabe a motivação do crime?.— Senhorita Roberta, a prisão foi normal, rastreamos ele e o prendemos em um prostíbulo, estava dormindo na hora da prisão. Demoramos a o prender, ele não é um homem de fácil acesso, sempre se escondendo, com inúmeros endereços, demoramos dias para conseguir o achar e efetuar a prisão. Achamos digitais, resto de cigarro de maconha, além da arma do crime, uma pistola calibre 38. E a motivação eu não sei, ele não disse nada em momento algum que esteve sob nossa custódia.— Ele já cometeu outros crimes?.— Sim, cinco anos atrás ele produzia e enviava drogas ilegais para outros países, ele mesmo entregava os produtos.— Algum assassinato?.— Esse é o primeiro.— Me diga, d
Roberta:Acordo e me arrumo, tomo café com a Júlia e sua filhinha, após escovar os dentes e retocar o batom vermelho, saímos de sua casa e fomos para seu carro, ela dirigia centrada e respeitava todos os sinais e placas, era uma menina exemplar.— E sua filha?.Pergunto olhando um urso de pelúcia que estava no banco de trás.— Enquanto estava escovando os dentes, a babá levou ela para a escola.— Ah sim. Me diga, acorda muito cedo para se arrumar e arrumar ela?.— É, acordo bem cedo, até porque faço questão de fazer o lanche dela e nem sempre consigo fazer quando chego do trabalho, então acordo bem cedo, faço lanche, depois acordo e arrumo ela, me arrumo, tomamos café, arrumo a mochila e lancheira dela, escovamos os dentes, a babá pega e eu vou trabalhar.— Que correria-falo cansada só em ouvir.— No começo eu achava, mas agora até que tenho me acostumado.— Não cansa?.— Às vezes-suspira-, mas assim que lembro o que ela é para mim e o quanto depende de mim, eu logo volto a me animar
Roberta:Pedi a Júlia para ficar por mais alguns dias em sua casa, ela aceitou tranquila. Liguei para a segurança, para que aumentassem a segurança da minha casa, queria arame farpado em cima dos muros e tudo mais que me trouxesse segurança.— Quer que eu faça o jantar?.Pergunto olhando a mesma procurando o que fazer.— Faria isso por mim?.— Claro, Júlia, estou de graça na sua casa, te ajudar é o mínimo.— Obrigada senhora.— Pode me chamar de Roberta.— Obrigada Roberta.Ela sorri, então saiu da cozinha e eu comecei a fazer a comida, escolhi algo fácil de fazer e leve de comer, um Estrogonofe sempre dava certo, era tiro e queda.Após está pronto, sentamos à mesa, jantamos e falamos pouco, quem falava muito era a filha dela, contava sobre tudo que aprendeu e tudo que aconteceu na escola hoje, eu só sorria, enquanto a mãe tinha que prestar muita atenção e ainda comentar.[Dia seguinte]Acordo e vou olhar a janela do quarto, o sol estava nascendo, acho que estava ansiosa de mais, pois
Roberta:Os dias passaram e chegou o momento da decisão e o júri escolheu ter o Ari como inocente, até porque eu fiz uma denúncia anônima sobre o rapaz, ele foi levado para a delegacia e depois de uma leve "ameaça"(que aconselhei um amigo delegado), ele confessou todo o crime, a forma e o motivo pelo qual o fez. Claro que, eu também avisei para a imprensa e no dia seguinte, todos já sabiam quem era o real assassino.— Como se sente?-pergunto sorrindo.— Estou feliz e sem acreditar, tivemos muita sorte!.— Não existe sorte, existe trabalho, prova e coerência.— Você é incrível, Roberta!. E o melhor é que o assassino da minha ex, vai pagar na prisão, a mãe dela ficou tão mal com tudo isso, ela foi à minha casa me bater.— Mas agora ela sabe o que realmente aconteceu.— Mas ele não vai cumprir a pena, certo?.— Não completa, infelizmente tivemos que fazer acordo e a minha palavra é única, prometi entregar a solução do caso na mão dos policiais e eles cumpririam com a minha palavra, deixa
Roberta:Resolvo levantar, vou para o banheiro e tomo um banho calmo, faço minha higiene pessoal, termino o banho, escovo os dentes, me enrolo na toalha e depois saio do banheiro.Entro no quarto e vou direto ao guarda-roupa, pego algumas peças de roupas, faço conjuntos e analiso as opções, por fim, escolho um short que ia até o meio das coxas, o pano dele era brinho de cor amarelo-claro, também escolho uma blusa de algodão na cor branca, ela era de alça e tinha um pequeno decote. Passo rímel preto, blush rosado, preencho minhas sobrancelhas com um lápis marrom-claro e passo um batom leve de cor nude.Penteio meu cabelo, passo pouco creme e deixo ele solto, depois coloco minha sandália preta, por fim, vou até a geladeira e pego um pequeno pote de frutas cortadas, então pego minha bolsa e saio de casa, tranco todas as portas e fico em frente ao portão esperando o Vinícius e comendo as frutas.Após minutos chega um carro preto, logo ouço a buzina e os vidros se abrem, olho para o motori