Roberta:
Depois que volto para o escritório, encontro o Ernesto, ele parecia um pouco aflito. — Encontrou algo?-pergunto indo para minha sala e ele me segue. — Temos um grande problema-me sento na cadeira em frente a mesa aonde tinham diversos papéis. — Qual?-encaro o mesmo. — É difícil descobrir algumas coisas, mas no submundo do crime dá para saber tudo de muitos. — E então?. — Já sabemos que ele foi incriminado, pelo nosso tempo de trabalho e análise do caso, porém ele não é flor que se cheire, disseram que é um narcotraficante, que mata qualquer um que lhe for incomodo e quando quer tirar alguma informação de alguém, seus métodos de tortura são piores que dos militares ditadores. — Devo me preocupar em defender um criminoso, que nesse caso é inocente?. — O problema aqui é quem teria coragem de incriminar um criminoso famoso e perverso?. — Outro criminoso?. — Isso Roberta, se outro criminoso, do mesmo jeito que o Vinícius está incriminando ele para tirá-lo da jogada, quer dizer que pode fazer coisas horríveis com quem entrar no caminho dele ou tentar mudar o curso de seus planos. — Acha que não devo o defender?. — Não importa o que acho, você irá fazer o que quiser, mas saiba, pode ser perigoso, tem que se cuidar. — Pode deixar, sou cuidadosa e o que me trouxe foi muito útil. — Vou buscar mais informações que possam te ajudar. — Ok, obrigada Ernesto. Ele sai e eu fico pensativa, mas logo minha mente traz a imagem do homem forte sem camisa que vi mais cedo, ele era perfeito, acho que se um dia escolhesse alguém, seria desse jeito, forte, bonito, sexy, atraente, mas a questão aqui era que eu me sentia atraída por um cliente e vendo que era um criminoso, eu andava me atraindo só por pessoas que não prestam. Que vida, Roberta, que vida. Trabalho até que dê meu horário de ir embora, logo estava indo para meu carro, me despedindo dos funcionários, vou dirigindo de vagar, até que sai um maluco e b**e no meu carro do nada, ele cortou um sinal e por isso b**eu em mim. Paro o carro na hora e saio, olho para a frente do mesmo e estava até pouco batida, se ele tivesse vindo com mais força, até teria me machucado. — Desculpa moça, não foi a intenção bater em você-diz um homem saindo do carro e vindo até mim. — Tudo bem, pretende pagar quando, o dano que causou ao meu carro?. Olho séria para seu rosto, ele era claro, cabelos arrepiados e roupas frescas, seu relógio era de uma marca cara e seus olhos um pouco puxados, parecia ter algum parentesco com indígenas devido ao olho e rosto arredondado. — Me dê seu número e o valor, pode me dar seu endereço também, que levo o dinheiro e te dou um trato-diz com duplo sentido. — Quer que eu te ponha na cadeia?, se quiser te processo, entro como minha advogada e te prendo, além de te obrigar a pagar o dobro do que deve no carro. — Calma moça, estava só brincando. Vou até meu carro, pego uma caneta e uma agenda no porta luva, anoto o número da minha conta e o valor que daria o conserto, rasgo o papel, saio do carro e dou em sua mão. — Tem três dias para me mandar o dinheiro, se não eu te procuro. — Você nem me conhece. — Mas fique tranquilo que eu te acho. Entro no meu carro novamente, fecho a porta, dirijo para casa e vou descansar, amanhã teria que ir ao mecânico cedo e depois ir trabalhar. [Dia seguinte] Acordo e vou logo me arrumar, depois que pego minhas coisas, saio de casa, entro no carro, fecho o portão e levo meu carro para o mecânico, ele era conhecido meu e costumava fazer milagres com os carros, o valor era alto, mas isso nunca me importou, o que era importante é eu ter meu carro como novo novamente. — Bom dia seu Jorge-falo saindo do carro. — Bom dia, Roberta, tudo bem?. — Mais ou menos, consegue consertar?-pergunto olhando para a frente do meu carro. — Consigo. — Quantos dias?. — O restante da semana, tudo bem?. — Sim. Quanto fica?. — O de sempre. — Está bem, obrigada. — Nada doutora. Saio dali e corro para o ponto de ônibus, assim que vejo o meu faço sinal, entro e vou para o escritório espremida como uma sardinha. Após minutos chego ao meu destino, saio do ônibus e logo estava entrando no escritório. — Bom dia-falo aos meus funcionários. — Bom dia chefa-fala a Érica, ela limpava o local. — Bom dia, Roberta-diz o Ernesto. — Bom dia, senhora, o que houve?-, pergunta a Júlia assustada. — Bateram no meu carro ontem, então vim de ônibus, esse e o horário da tarde são os piores. — Da para ver, está toda desgrenhada e amassada. — Nem me fale, mas vamos focar no trabalho, preciso das informações do caso Ari, amanhã é o julgamento e eu preciso ter tudo em mãos. — Sim, senhora-diz a Júlia. Eu vou para sala, tiro o blazer e ponho o mesmo pendurado no encosto da minha cadeira, hoje eu vestia uma blusa justa de cor branca, ela era de alça, usava uma saia social de cor preta. Faço um coque e logo vou analisar o caso para o julgamento de amanhã, também iria mais tarde conversar com os policiais, eu não achava tão bom estudar dois casos ao mesmo tempo, porém, eu andava sem tempo e tinha que correr. — Conseguiu?-questiona o Ernesto me vendo sair da sala. — Sim, ele esteve no hotel naquele dia, porém, passou a noite quase toda no banheiro, teve diarreia, temos a camareira como "testemunha" e quem matou a ex dele, que estava no mesmo hotel naquela noite, foi um homem que ela se encontrou algumas vezes, as conversas que me trouxe estavam certas, só fora de ordem, mas foi ele, a vizinha disse que naquela noite ele não voltou para casa, além de passar a se esconder, fora que a polícia achou cinzas de cigarro e o Ari nunca fumou, pois sua mãe morreu de câncer devido ao consumo de tabaco. — Não temos DNA de ninguém, como fazer eles condenarem o homem?. — Isso não cabe a mim, porém, oferecer o encurtamento da pena, pode fazer ele confessar, está estudando para ser astronauta, não vai querer passar o resto dos dias na prisão. — Boa jogada. — Espero que dê tudo certo, às vezes a acusação só quer colocar alguém na prisão, não liga para a inocência e faz normalmente com que todos só sintam raiva do réu, e se sentirem raiva, será condenado no júri popular. — Não acredita mesmo em imparcialidade. — Acredito, mas não coloco minha mão no fogo pelo júri popular, eles estão com a mente cheia de mortes, tragédias, impunidade, crimes, maldade, isso aparece toda hora na TV. — Verdade, por isso não assisto mais. — Exatamente. Bom, eu vou à delegacia conversar com os policiais que efetuaram a prisão do Vinícius, podem fechar tudo e ir para casa a hora que quiserem, de lá vou ver minha mãe e depois ir para casa. — Está bem.Roberta:Chego na delegacia e vou para a sala do delegado, que me atendeu com a maior educação e paciência.— Então você é advogada do Vinícius Marinho?.— Sim e vim aqui atrás de informações.— Quais?.— Como foi a prisão?, quanto tempo demorou a prendê-lo?, o que ligava ele ao assassinato?, sabe a motivação do crime?.— Senhorita Roberta, a prisão foi normal, rastreamos ele e o prendemos em um prostíbulo, estava dormindo na hora da prisão. Demoramos a o prender, ele não é um homem de fácil acesso, sempre se escondendo, com inúmeros endereços, demoramos dias para conseguir o achar e efetuar a prisão. Achamos digitais, resto de cigarro de maconha, além da arma do crime, uma pistola calibre 38. E a motivação eu não sei, ele não disse nada em momento algum que esteve sob nossa custódia.— Ele já cometeu outros crimes?.— Sim, cinco anos atrás ele produzia e enviava drogas ilegais para outros países, ele mesmo entregava os produtos.— Algum assassinato?.— Esse é o primeiro.— Me diga, d
Roberta:Acordo e me arrumo, tomo café com a Júlia e sua filhinha, após escovar os dentes e retocar o batom vermelho, saímos de sua casa e fomos para seu carro, ela dirigia centrada e respeitava todos os sinais e placas, era uma menina exemplar.— E sua filha?.Pergunto olhando um urso de pelúcia que estava no banco de trás.— Enquanto estava escovando os dentes, a babá levou ela para a escola.— Ah sim. Me diga, acorda muito cedo para se arrumar e arrumar ela?.— É, acordo bem cedo, até porque faço questão de fazer o lanche dela e nem sempre consigo fazer quando chego do trabalho, então acordo bem cedo, faço lanche, depois acordo e arrumo ela, me arrumo, tomamos café, arrumo a mochila e lancheira dela, escovamos os dentes, a babá pega e eu vou trabalhar.— Que correria-falo cansada só em ouvir.— No começo eu achava, mas agora até que tenho me acostumado.— Não cansa?.— Às vezes-suspira-, mas assim que lembro o que ela é para mim e o quanto depende de mim, eu logo volto a me animar
Roberta:Pedi a Júlia para ficar por mais alguns dias em sua casa, ela aceitou tranquila. Liguei para a segurança, para que aumentassem a segurança da minha casa, queria arame farpado em cima dos muros e tudo mais que me trouxesse segurança.— Quer que eu faça o jantar?.Pergunto olhando a mesma procurando o que fazer.— Faria isso por mim?.— Claro, Júlia, estou de graça na sua casa, te ajudar é o mínimo.— Obrigada senhora.— Pode me chamar de Roberta.— Obrigada Roberta.Ela sorri, então saiu da cozinha e eu comecei a fazer a comida, escolhi algo fácil de fazer e leve de comer, um Estrogonofe sempre dava certo, era tiro e queda.Após está pronto, sentamos à mesa, jantamos e falamos pouco, quem falava muito era a filha dela, contava sobre tudo que aprendeu e tudo que aconteceu na escola hoje, eu só sorria, enquanto a mãe tinha que prestar muita atenção e ainda comentar.[Dia seguinte]Acordo e vou olhar a janela do quarto, o sol estava nascendo, acho que estava ansiosa de mais, pois
Roberta:Os dias passaram e chegou o momento da decisão e o júri escolheu ter o Ari como inocente, até porque eu fiz uma denúncia anônima sobre o rapaz, ele foi levado para a delegacia e depois de uma leve "ameaça"(que aconselhei um amigo delegado), ele confessou todo o crime, a forma e o motivo pelo qual o fez. Claro que, eu também avisei para a imprensa e no dia seguinte, todos já sabiam quem era o real assassino.— Como se sente?-pergunto sorrindo.— Estou feliz e sem acreditar, tivemos muita sorte!.— Não existe sorte, existe trabalho, prova e coerência.— Você é incrível, Roberta!. E o melhor é que o assassino da minha ex, vai pagar na prisão, a mãe dela ficou tão mal com tudo isso, ela foi à minha casa me bater.— Mas agora ela sabe o que realmente aconteceu.— Mas ele não vai cumprir a pena, certo?.— Não completa, infelizmente tivemos que fazer acordo e a minha palavra é única, prometi entregar a solução do caso na mão dos policiais e eles cumpririam com a minha palavra, deixa
Roberta:Resolvo levantar, vou para o banheiro e tomo um banho calmo, faço minha higiene pessoal, termino o banho, escovo os dentes, me enrolo na toalha e depois saio do banheiro.Entro no quarto e vou direto ao guarda-roupa, pego algumas peças de roupas, faço conjuntos e analiso as opções, por fim, escolho um short que ia até o meio das coxas, o pano dele era brinho de cor amarelo-claro, também escolho uma blusa de algodão na cor branca, ela era de alça e tinha um pequeno decote. Passo rímel preto, blush rosado, preencho minhas sobrancelhas com um lápis marrom-claro e passo um batom leve de cor nude.Penteio meu cabelo, passo pouco creme e deixo ele solto, depois coloco minha sandália preta, por fim, vou até a geladeira e pego um pequeno pote de frutas cortadas, então pego minha bolsa e saio de casa, tranco todas as portas e fico em frente ao portão esperando o Vinícius e comendo as frutas.Após minutos chega um carro preto, logo ouço a buzina e os vidros se abrem, olho para o motori
Roberta:Dia seguinte era dia de descanso, mas assim que me sento na cama, respiro fundo e sinto a luz do sol bater em meu corpo, lembro que logo estava chegando o dia do julgamento do Vinícius, então não podia descansar, tinha que achar algo que pudesse pelo menos me dar mais tempo para conseguir a inocência dele.Então levanto, pego minhas coisas de trabalho e vou para a cozinha, coloco tudo em cima da ilha, depois faço uma vitamina de banana, maçã e ameixa, quando a mesma fica pronta, despejo o conteúdo no copo, depois passo manteiga no pão, coloco dentro queijo e presunto, esquento, coloco no prato assim que fica pronto.Coloco o prato e o copo na ilha, depois me sento na cadeira, então vou comendo e fazendo pesquisas no meu notebook, depois mandei mensagem para alguns conhecidos da polícia e revisei o caso mais uma vez. O caso estava pronto e sem falhas concretas, não havia nem um DNA a mais na cena do crime, só mesmo do Vinícius e da vítima.Ligo então para o Ernesto, que após t
Roberta: Segunda já começa o mesmo processo, se arrumar e correr para o escritório, além de ter que ir de ônibus, pois meu carro só fica pronto no fim de semana, meu mecânico arrumava o que precisava e também fazia uma revisão, para saber se devia mexer em mais coisas. Assim que chego, dou bom dia para todos e logo entro em minha sala, hoje seria dia de pesquisar sobre os nomes que o Vinícius me deu, também estudaria um caso que iria defender por esses dias e amanhã eu iria fazer a visita ao presídio de segurança máxima. Liguei para alguns amigos e pedi ao Ernesto para pesquisar também. Jorge Amaral: É procurado a 6 anos, fugiu da prisão e desapareceu da vista dos policiais. Tem tido relatos de que ele saiu dos narcóticos, para vender armas para grandes facções. Dino (Dionísio Paladino): Ele estava preso, não era um homem cuidadoso, então sempre era preso e solto, tinha um grande sistema de venda e entrega de drogas, e seu grupo costumava matar integrantes de facções opostas a
Vinícius:Eu estava mesmo a fim da doutora, ela era gata e uma tentação de mulher, acho que tenho fetiche em mulher com roupas sociais, mesmo que ela fique bonita de qualquer jeito, com suas roupas de costume me chama mais a atenção.Depois que vejo ela de toalha, fico extremamente curioso para ver como era seu corpo, então entrei na piscina e logo ela estava caminhando de vagar, seu corpo era lindo, suas curvas tentadoras e suas protuberâncias eram do tamanho ideal para mim. Fico encarando a mesma, que logo fica com vergonha, então sorrio e dou espaço para que se aproxime. — Me diga, o que achou até agora?-pergunto e logo surge a esposa do caseiro, ela traz lanches para nós.— A verdade é que não sei quase nada, penso muito e cada vez fico mais longe da resposta, chegamos a conclusão de que o Jorge e o Dino não foram, temos dois suspeitos intocáveis e eu me sinto perdida.— Tem que relaxar, doutora, come alguma coisa.Ficamos próximos da borda da piscina e comemos, olhava seu corpo