Roberta:
Chego na delegacia e vou para a sala do delegado, que me atendeu com a maior educação e paciência. — Então você é advogada do Vinícius Marinho?. — Sim e vim aqui atrás de informações. — Quais?. — Como foi a prisão?, quanto tempo demorou a prendê-lo?, o que ligava ele ao assassinato?, sabe a motivação do crime?. — Senhorita Roberta, a prisão foi normal, rastreamos ele e o prendemos em um prostíbulo, estava dormindo na hora da prisão. Demoramos a o prender, ele não é um homem de fácil acesso, sempre se escondendo, com inúmeros endereços, demoramos dias para conseguir o achar e efetuar a prisão. Achamos digitais, resto de cigarro de maconha, além da arma do crime, uma pistola calibre 38. E a motivação eu não sei, ele não disse nada em momento algum que esteve sob nossa custódia. — Ele já cometeu outros crimes?. — Sim, cinco anos atrás ele produzia e enviava drogas ilegais para outros países, ele mesmo entregava os produtos. — Algum assassinato?. — Esse é o primeiro. — Me diga, depois da primeira prisão, tiveram mais prisões para com ele. — Não. — Me tira uma dúvida, senhor, acha que ele seria tão imprudente ao ponto de matar alguém e deixar provas irrefutáveis na cena do crime?. — Criminosos são burros. — Então, porque não houveram mais prisões de cinco anos para cá?. — Ele se cuidou para não ser pego. — Exato, ele largou a criminalidade ou se cuidou para não ser pego. Se largou, quer dizer que não mataria um homem "qualquer", mas se ele se cuidou durante cinco anos, quer dizer que ele não mataria alguém sem motivos e muito menos deixaria provas na cena do crime. — Está querendo mudar com suas palavras as provas do crime?. — Não é minha palavra, é a lógica. — Toda lógica é derrubada com provas. — E se alguém implantou as provas na cena do crime?, não passou essa hipótese por sua cabeça?. — Não. — Que bom, só essas que são minhas perguntas, obrigada pela atenção. Sorrio amigável, aperto sua mão e vou para a clínica ver minha mãe, fico por um tempo com ela e tudo que saia de sua boca era a lamentação, ela andava cada vez mais impaciente em ficar ali, mas não tiro sua razão, já se passaram anos. Quando acabou a visita eu fui para casa, estava cansada, andar de ônibus era muito chato e cansativo. Abro o portão, entro e depois tranco, caminho pela pequena trilha no quintal, na lateral havia um jardim, eu amava aquele pequeno espaço, lembro que pedi tanto ao meu pai um jardim e então ele comprou a terra, mudas e mais coisas necessárias para plantar e assim fizemos, criamos meu jardim juntos, foi meu melhor momento, me senti tão feliz, depois passei a cuidar do meu jardim, a buscar conhecimento e ele estava cada dia mais lindo. Abro a porta, entro e tranco, aperto no botão para ligar a luz, mas a mesma não acende, então vou até o quadro e mexo no disjuntor, assim que a luz ascende algo b**e na minha cabeça me fazendo cair, sinto dor, olho para cima e logo vinha um homem todo de preto para cima de mim, ele era pardo, seu rosto eu não conseguia ver, estava encapuzado, eu tento o empurrar, mas ele era mais forte e pega em meu pescoço, eu bato diversas vezes em seu rosto, peito, até que lembro que na minha bolsa eu tinha um aparelho pequeno que eu apertava e chamava a polícia, era para quando meu alarme não funcionasse e eu achasse que tinha algo suspeito, procuro o botão com a mão, mexo e remexo na bolsa, até que acho, aperto quase que sem força e o alarme da casa toca, ele para e me olha assustado me deixando respirar. — O que você fez, vadia?-pergunta irritado. Eu levanto a mão e mostro o controle, além de dá um leve sorriso. — 5 minutos-falo baixo. Ele me larga e sai correndo e logo um carro de polícia estava em frente minha casa, arrombaram a porta e me encontraram ainda no chão, sentada e passando a mão direita na cabeça e massageando o pescoço com a outra. — Tudo bem, senhorita?-pergunta um policial. — Sim... — O que houve?-pergunta outro. — Entrei em casa, tranquei a porta, liguei a luz, mas ela não ligou, então fui até o quadro, levantei o disjuntor, a luz ligou, algo bateu na minha cabeça, caí no chão e um homem veio para cima de mim, me enforcou e tentou me matar, mas eu consegui apertar o botão e chamar vocês. — Viu o rosto dele?. — Não, estava encapuzado, vestia roupas pretas, a única coisa que pude perceber é que ele era de cor parda, maior que eu e mais forte por ser homem. — Certo, anotamos tudo, mas como não temos tantas informações, fica difícil de encontrar, recomendamos que não fique em casa por essa noite, tem um local seguro para ficar?. — Tem, a casa da minha funcionária, lá é bem seguro. — Certo, a senhora precisa de mais alguma coisa?. — Carona, por favor, meu carro está no mecânico. — Tudo bem. — Obrigada. Vou ao quarto correndo, pego minhas coisas e saio de casa, fomos até a viatura e eles me levaram até a casa da Júlia, quando chegamos me despeço, além de agradecer, converso rápido com o porteiro e ele libera minha passagem, vou até o elevador, entro, aperto o número do andar e logo chego, caminho até a porta, bato algumas vezes e a mesma é aberta. — Oi, será que posso dormir aqui essa noite?-pergunto sorrindo amarelo assim que ela abre. — Sim, senhora Roberta, entra-ela dá espaço -, tudo bem?. — Mais ou menos-entro-, mas falo disso depois, me desculpe chegar assim do nada, sem avisar. — Tudo bem, vai tomar um banho, vou terminar de fazer o jantar. — Está bem, obrigada. Então eu tomei banho, depois jantamos e eu contei sobre tudo o que houve, ela ficou assustada e falou até de eu ter que contratar um segurança, mas eu não acho que seja para tanto. No fim escovei os dentes e dormi, amanhã cedo tinha um julgamento para comparecer e tinha que estar descansada e focada no meu trabalho.Roberta:Acordo e me arrumo, tomo café com a Júlia e sua filhinha, após escovar os dentes e retocar o batom vermelho, saímos de sua casa e fomos para seu carro, ela dirigia centrada e respeitava todos os sinais e placas, era uma menina exemplar.— E sua filha?.Pergunto olhando um urso de pelúcia que estava no banco de trás.— Enquanto estava escovando os dentes, a babá levou ela para a escola.— Ah sim. Me diga, acorda muito cedo para se arrumar e arrumar ela?.— É, acordo bem cedo, até porque faço questão de fazer o lanche dela e nem sempre consigo fazer quando chego do trabalho, então acordo bem cedo, faço lanche, depois acordo e arrumo ela, me arrumo, tomamos café, arrumo a mochila e lancheira dela, escovamos os dentes, a babá pega e eu vou trabalhar.— Que correria-falo cansada só em ouvir.— No começo eu achava, mas agora até que tenho me acostumado.— Não cansa?.— Às vezes-suspira-, mas assim que lembro o que ela é para mim e o quanto depende de mim, eu logo volto a me animar
Roberta:Pedi a Júlia para ficar por mais alguns dias em sua casa, ela aceitou tranquila. Liguei para a segurança, para que aumentassem a segurança da minha casa, queria arame farpado em cima dos muros e tudo mais que me trouxesse segurança.— Quer que eu faça o jantar?.Pergunto olhando a mesma procurando o que fazer.— Faria isso por mim?.— Claro, Júlia, estou de graça na sua casa, te ajudar é o mínimo.— Obrigada senhora.— Pode me chamar de Roberta.— Obrigada Roberta.Ela sorri, então saiu da cozinha e eu comecei a fazer a comida, escolhi algo fácil de fazer e leve de comer, um Estrogonofe sempre dava certo, era tiro e queda.Após está pronto, sentamos à mesa, jantamos e falamos pouco, quem falava muito era a filha dela, contava sobre tudo que aprendeu e tudo que aconteceu na escola hoje, eu só sorria, enquanto a mãe tinha que prestar muita atenção e ainda comentar.[Dia seguinte]Acordo e vou olhar a janela do quarto, o sol estava nascendo, acho que estava ansiosa de mais, pois
Roberta:Os dias passaram e chegou o momento da decisão e o júri escolheu ter o Ari como inocente, até porque eu fiz uma denúncia anônima sobre o rapaz, ele foi levado para a delegacia e depois de uma leve "ameaça"(que aconselhei um amigo delegado), ele confessou todo o crime, a forma e o motivo pelo qual o fez. Claro que, eu também avisei para a imprensa e no dia seguinte, todos já sabiam quem era o real assassino.— Como se sente?-pergunto sorrindo.— Estou feliz e sem acreditar, tivemos muita sorte!.— Não existe sorte, existe trabalho, prova e coerência.— Você é incrível, Roberta!. E o melhor é que o assassino da minha ex, vai pagar na prisão, a mãe dela ficou tão mal com tudo isso, ela foi à minha casa me bater.— Mas agora ela sabe o que realmente aconteceu.— Mas ele não vai cumprir a pena, certo?.— Não completa, infelizmente tivemos que fazer acordo e a minha palavra é única, prometi entregar a solução do caso na mão dos policiais e eles cumpririam com a minha palavra, deixa
Roberta:Resolvo levantar, vou para o banheiro e tomo um banho calmo, faço minha higiene pessoal, termino o banho, escovo os dentes, me enrolo na toalha e depois saio do banheiro.Entro no quarto e vou direto ao guarda-roupa, pego algumas peças de roupas, faço conjuntos e analiso as opções, por fim, escolho um short que ia até o meio das coxas, o pano dele era brinho de cor amarelo-claro, também escolho uma blusa de algodão na cor branca, ela era de alça e tinha um pequeno decote. Passo rímel preto, blush rosado, preencho minhas sobrancelhas com um lápis marrom-claro e passo um batom leve de cor nude.Penteio meu cabelo, passo pouco creme e deixo ele solto, depois coloco minha sandália preta, por fim, vou até a geladeira e pego um pequeno pote de frutas cortadas, então pego minha bolsa e saio de casa, tranco todas as portas e fico em frente ao portão esperando o Vinícius e comendo as frutas.Após minutos chega um carro preto, logo ouço a buzina e os vidros se abrem, olho para o motori
Roberta:Dia seguinte era dia de descanso, mas assim que me sento na cama, respiro fundo e sinto a luz do sol bater em meu corpo, lembro que logo estava chegando o dia do julgamento do Vinícius, então não podia descansar, tinha que achar algo que pudesse pelo menos me dar mais tempo para conseguir a inocência dele.Então levanto, pego minhas coisas de trabalho e vou para a cozinha, coloco tudo em cima da ilha, depois faço uma vitamina de banana, maçã e ameixa, quando a mesma fica pronta, despejo o conteúdo no copo, depois passo manteiga no pão, coloco dentro queijo e presunto, esquento, coloco no prato assim que fica pronto.Coloco o prato e o copo na ilha, depois me sento na cadeira, então vou comendo e fazendo pesquisas no meu notebook, depois mandei mensagem para alguns conhecidos da polícia e revisei o caso mais uma vez. O caso estava pronto e sem falhas concretas, não havia nem um DNA a mais na cena do crime, só mesmo do Vinícius e da vítima.Ligo então para o Ernesto, que após t
Roberta: Segunda já começa o mesmo processo, se arrumar e correr para o escritório, além de ter que ir de ônibus, pois meu carro só fica pronto no fim de semana, meu mecânico arrumava o que precisava e também fazia uma revisão, para saber se devia mexer em mais coisas. Assim que chego, dou bom dia para todos e logo entro em minha sala, hoje seria dia de pesquisar sobre os nomes que o Vinícius me deu, também estudaria um caso que iria defender por esses dias e amanhã eu iria fazer a visita ao presídio de segurança máxima. Liguei para alguns amigos e pedi ao Ernesto para pesquisar também. Jorge Amaral: É procurado a 6 anos, fugiu da prisão e desapareceu da vista dos policiais. Tem tido relatos de que ele saiu dos narcóticos, para vender armas para grandes facções. Dino (Dionísio Paladino): Ele estava preso, não era um homem cuidadoso, então sempre era preso e solto, tinha um grande sistema de venda e entrega de drogas, e seu grupo costumava matar integrantes de facções opostas a
Vinícius:Eu estava mesmo a fim da doutora, ela era gata e uma tentação de mulher, acho que tenho fetiche em mulher com roupas sociais, mesmo que ela fique bonita de qualquer jeito, com suas roupas de costume me chama mais a atenção.Depois que vejo ela de toalha, fico extremamente curioso para ver como era seu corpo, então entrei na piscina e logo ela estava caminhando de vagar, seu corpo era lindo, suas curvas tentadoras e suas protuberâncias eram do tamanho ideal para mim. Fico encarando a mesma, que logo fica com vergonha, então sorrio e dou espaço para que se aproxime. — Me diga, o que achou até agora?-pergunto e logo surge a esposa do caseiro, ela traz lanches para nós.— A verdade é que não sei quase nada, penso muito e cada vez fico mais longe da resposta, chegamos a conclusão de que o Jorge e o Dino não foram, temos dois suspeitos intocáveis e eu me sinto perdida.— Tem que relaxar, doutora, come alguma coisa.Ficamos próximos da borda da piscina e comemos, olhava seu corpo
Roberta:Eu estava com vontade tanto quanto ele.Desde a separação eu não procurei de verdade alguém, todos me pareciam ser mau-caráter e mentirosos, então não me forçava a dar chances e muito menos a sentir prazer com ninguém.Mas aqui e agora, era diferente, Vinícius era uma tentação, embora não fosse meu tipo, ele era um colírio para os olhos e qualquer uma iria querer ser beijada e tocada intimamente por ele.Tudo acontece naturalmente, ele era perfeito em todos os ângulos e em qualquer coisa que fizesse comigo, o mesmo pede "um carinho", mas eu me recuso, não sou o tipo de mulher que usa minha boca para fazer coisas estranhas, em pensar nisso, lembro que o Oliver reclamava quando eu me recusava, mas o Vinícius não, ele não ligou para nada, só queria fazer "seu trabalho".Terminamos e depois de uma breve conversa, fui tomar banho em seu banheiro, quando termino saio de toalha e vou me vestir no outro quarto, onde deixei minha roupa. Me visto e os mesmos sentimentos do banheiro, ve