Vinícius:Foi tudo muito rápido, o carro da Roberta sai, os seguranças vão fechando o portão devagar e logo começam os tiros, todos paralisam e eu vou ver se minha mulher está bem.Saindo do portão, vejo uma mulher descarregando a arma em cima do carro. Minha primeira reação foi atirar de volta, só não esperava que, ao ir ver o corpo caído no chão, eu teria a visão da Chayene, olho em seus olhos e lágrimas caem sem permissão. Eu só perguntava o porquê de ter feito essa loucura e ela respondeu com dificuldade.Em poucos minutos, ela morre e eu corro para ver como a Roberta está, tiro-a do carro e ela desmaia, então pego no colo. Entramos em casa e eu deitei ela na cama, ligo para um médico amigo meu e o mesmo vem com pressa, cuida dela e esperamos que acorde.Após ela acordar, eu vou ajeitar as coisas para a Chayene, queria que tivesse um enterro digno, então fizemos todos os procedimentos necessários.Trabalhei pouco, passei o restante do dia cuidando da Roberta, que ficou manhosa.No
Roberta:Hoje era dia de consulta, então aqui estava como todos os meses, Vinícius estava ao meu lado e, como nos últimos três meses, ele ficava olhando para todos os lados que havia uma porta.Não gosto de ter um paranoico ao meu lado, porém, se ele não estava tão confortável em sair comigo para qualquer lugar, quer dizer que está metido em algo não tão bom.— Tudo bem? — questiona ao me ver respirar forte.— Sim… só cansada.— Imagino, nosso bebê está enorme — sorri e acaricio minha barriga.— Sim, e não para quieto.— Não conversamos sobre nomes — diz pensativo.— Estou esperando ter a certeza do que é.— Entendi. Sua mãe estava pensando em fazer uma festa de boas-vindas, mas antes do bebê nascer, ela acha que, quando nascer, você não terá tempo para nada e vai ficar mais cansada que agora.— Você quer uma festa?— Gosto de bons momentos, mas não acho que esse seja o momento ideal.— Está fugindo de alguém?— Não.Então, olha para todos os lados e deixa a mão perto da cintura.— Em
Vinícius:Dias de paz eram ótimos, porém, por mais que os meses passassem e eu não visse nada de ruim acontecendo, continuava em alerta.Minha mulher já estava com sete meses de gestação e logo nossa filha ia nascer. Estava animado para ver seu rostinho, mas ficava preocupado pensando em como ela ficaria no meio dessa loucura que era minha vida.Não posso dizer que a Roberta está certa, isso acabaria com meu ego… mas na real, ela está certa.Como viver em paz no meio disso tudo? Toda hora alguém querendo me matar, no ramo em que trabalho, ninguém tem pena de ninguém e jogam baixo. Se tiver que fazer mal para sua família, seja mulher, crianças ou idosos, eles não ligam, fazem sempre o pior.— Está pensativo — diz Steven.— É. Vamos fumar 1?— Não posso…— Vamos, cara, é rápido, nem dá tempo dela ver.— Ok.Acendi o cigarro bolado, puxei por algumas vezes e passei para ele.— Acho que vou mudar tudo isso — devolve.— Tudo isso, o quê?— Minha vida. Elas merecem coisa melhor… a Chayene m
Roberta:Hoje era a tão esperada festa, eu estava seguindo as pessoas que estavam organizando as coisas, queria que tudo ficasse perfeito.Estava feliz, já que nos dias passados eu andava triste e irritada com o Vini. Odiava saber que não o convenci e que teria que partir sem ele… mas o faria de qualquer forma, não quero criar minha filha nessa vida caótica dele.Após vê-lo sentado como se nada estivesse acontecendo ao redor, vou conversar com o mesmo, tivemos uma leve e breve discussão.Depois de um tempo, os convidados chegam, comemoramos, conversamos e tudo estava bem.— Está tão bonita, amiga! — diz a Margarida.— Obrigada, amor, estou feliz com a visita de vocês, com a festa… só isso para amenizar o clima tenso que paira nesse lugar.— Imagino… seu marido não está com a cara legal.— É… ele nem se esforça para fingir que está gostando da festa, das visitas. Meus olhos marejam.— Calma, Rô, talvez ele não esteja no clima, tem problemas… ficamos assim quando estamos no escritório e
Vinícius:Ligação:— Sou eu, minha gata, você está bem? Tudo bem com você?— Sim…— Ele te fez alguma coisa?— Não. Você disse que iria me proteger.— Me desculpa — vinha a vontade de chorar, como foi quando a Chayene morreu. Foi tudo culpa minha.— Você disse que iria me proteger, lembra? — Sua voz é mensa, não parecia me culpar.— Sim…— Então?— Vou precisar fazer coisas que não gosta, sabe disso, não é?— Faça o que for necessário — dá uma pausa, o que ele pedir, por nós…— Entendi… pode deixar, o que for necessário por vocês. Te amo.— Te amo — diz com voz de choro.— Chega de melação. Sabe o que quero, Vinícius Marinho, te dou 24 horas para me dar todo o galpão onde produz a cocaína.— Te dou, mas quero saber da minha mulher e do meu bebê, onde vou pegar elas?— Amanhã cedo, ligo novamente para um número diferente e digo o local onde vai pegar ela.— Certo. Se encostar um dedo nela, eu juro que nunca vai sofrer tanto quanto na minha mão, ela é tudo para mim e, se tirar meu tudo,
Roberta Albuquerque:Na matéria do dia, estava lá, meu noivo nu em uma sacada de hotel, com outra mulher da mesma forma que ele, não tinham pudor algum dos outros verem e tinham a lascívia estampada no rosto, nojentos.Eu olhava a matéria vestida de noiva, faltava pouco para a consumação do casamento, eu estava com raiva, ódio e triste por ver o homem que eu achava ser o amor da minha vida, transando com outra, sem contar a forma, sempre me dizia ser reservado, agora todos viam seu corpo nu, sem contar que estava com uma prostituta local, que todos conheciam e já se deitaram.— Eu odeio eles-falo em voz baixa.— O objetivo de voltarmos ao passado, é você se curar da mágoa e ódio Roberta, não o sentir com mais força ainda-diz minha psicóloga.— Não consigo me curar, ele me traiu dias antes do nosso casamento, eu descobri tudo isso uma hora antes de casar, gastei um puto dinheiro para essa merda de casamento e no fim, só me fu**!-falo novamente irritada.— Mas isso já faz quase um ano,
Roberta:Conversei com o médico e ele me aconselhou a não a tirar, que por mais que minha mãe estivesse controlada, ela podia ter recaídas ao ver meu pai em seu novo casamento, eu só concordei e conversei mais com ela, então iria pedir para uma psicóloga ajudar ela, para que se curasse do passado e assim poderia voltar para casa.E o que aconteceu com meus pais?.Bom, ele se apaixonou por sua secretária, mas esqueceu de separar e explicar isso para minha mãe, como mulher tem faro para descobrir as coisas, ou tem uma melhor amiga para lhe contar os segredos, ela descobriu de uma forma horrível, na época era professora na universidade em que estudei, no dia chegou cedo e pegou meu pai na cama deles, com a secretária, pelo visto homem é burro de mais, esquece que não se deve está no lugar mais óbvio do mundo, claro que essa burrice é ótima para a mulher.Por fim, minha mãe quebrou toda a mobília do quarto no meu pai e na amante, depois jogou a roupa dele na rua e ele saiu com a outra, nu
Roberta:Acordo e tomo um banho fresco, a noite de ontem fez um calor imenso e eu estava tão cansada que não liguei o ar-condicionado, só o ventilador.Saio do banho de toalha, vou até o closet escolher uma roupa e após olhar por bastante minutos, escolho uma blusa de pano leve, ela era de alça e de cor vinho, escolhi um blazer e uma saia social, que ia até o joelho e eram de cor cinza. Pego uma lingerie preta de algodão, me visto com calma, depois penteio meu cabelo e prendo em um rabo de cavalo, passo uma base só para esconder olheiras e algumas sardas que haviam na minha bochecha.Coloco minha sandália, pego minhas coisas e me olho no espelho, então passo um pouco de blush e um batom rosinha, tudo muito claro, era mais para parecer saudável.Saio de casa trancando tudo, entro em meu carro e fecho a garagem no botão automático, vou para agência dar uma olhada nas coisas e depois vou para meu carro e dirijo até a prisão, chego, estaciono, desligo o carro, saio e tranco tudo, depois c