Capítulo 2

Milena e Rafaella saíram para o barzinho, e o lugar estava em seu auge. O som pulsante da música eletrônica preenchia o ambiente, as luzes multicoloridas piscavam em um ritmo hipnotizante, refletindo-se nos rostos suados de quem dançava. O cheiro agridoce de drinques misturava-se ao perfume das pessoas. A beleza das duas amigas era notável, como se um holofote as seguisse onde quer que fossem. Olhares curiosos as acompanhavam, alguns discretos, outros mais ousados, mas elas pareciam imersas na própria bolha de diversão.

Depois de alguns goles em seus drinques, Rafaella puxou Milena para a pista de dança. As risadas delas se misturavam à batida da música. Milena, que até então hesitava em se soltar, começou a se deixar levar. Seus movimentos tornaram-se mais fluidos, seus braços erguidos capturavam a luz intermitente. Havia um sorriso em seu rosto que era raro e precioso, carregado de uma felicidade genuína.

— Estou me divertindo tanto! — exclamou Milena, sobrepondo sua voz à música, seus olhos brilhando de excitação. — Nunca na vida imaginei viver isso! — Continuou, sorrindo para Rafaella.

— Eu sabia que você precisava disso! — gritou Rafaella, rindo, enquanto dava uma volta com elegância e fluidez.

De repente, um jovem rapaz se aproximou de Rafaella. Ele era charmoso, com um sorriso confiante, mas não invasivo. Eles começaram a conversar, os rostos próximos para se fazerem ouvir em meio ao caos sonoro. Rafaella parecia à vontade, inclinando levemente a cabeça ao ouvir o que ele dizia, enquanto tocava distraidamente na borda de seu copo.

Após alguns minutos, ele a convidou para sair dali. Rafaella virou-se para Milena, seu rosto iluminado por uma mistura de empolgação e uma ponta de hesitação.

— Amiga, vou dar uma saidinha com ele. Você fica bem aqui? — perguntou Rafaella, colocando a mão delicadamente no braço de Milena, como se quisesse assegurar sua amiga.

Milena assentiu com um sorriso sereno, mas havia algo em seus olhos que transmitia uma leve tensão.

— Claro, divirta-se! Eu irei ficar bem. — disse ela, acenando com a mão.

Assim que Rafaella desapareceu na multidão, Milena voltou para o bar e pediu outro drinque. Enquanto tomava pequenos goles, sentia-se cada vez mais à vontade, como se aquele momento fosse exclusivamente dela. A música e as luzes pareciam envolvê-la em um abraço quase etéreo. Mas, então, uma mudança sutil no ambiente chamou sua atenção.

Do outro lado do bar, um homem a observava. Ele era alto, charmoso, com olhos azuis que pareciam hipnotizar à distância e cabelos castanhos perfeitamente arrumados. Ele se levantou de forma elegante, segurando seu copo com dedos firmes e decididos. Cada passo que dava parecia calculado, e Milena sentiu seu coração acelerar, como se o tempo tivesse desacelerado ao redor.

Quando ele finalmente se aproximou, parou a uma distância respeitosa e sorriu, um sorriso que carregava uma mistura intrigante de confiança e gentileza.

— Posso me sentar aqui? — perguntou Dominic, sua voz profunda e melodiosa, como uma canção que parecia ecoar dentro dela. Ele apontou para a cadeira vazia ao lado dela, mas sem nunca desviar o olhar.

Milena piscou algumas vezes, tentando recuperar o fôlego que, de alguma forma, parecia ter perdido.

— Claro... — respondeu ela, com um sorriso tímido, sentindo um calor subir às bochechas. Seus dedos brincavam nervosamente com o copo, enquanto ela tentava disfarçar a mistura de nervosismo e curiosidade que a invadia.

Dominic se sentou, ajustando-se de forma descontraída, mas sem perder o ar imponente. Milena sentiu uma tensão no ar, não o tipo opressivo, mas algo que parecia vibrar, como uma corda prestes a ser tocada.

— Sou Dominic, mas pode me chamar de Dom. — Ele falou, estendendo a mão com um sorriso que parecia carregar um mistério. Sua voz era firme, mas tinha uma suavidade que fazia Milena sentir um leve arrepio. — E você?.. qual é o seu nome, bela moça?

— Milena. — Ela respondeu, hesitante, enquanto sua mão encontrava a dele. Por um instante, perdeu-se no azul profundo de seus olhos, como se estivesse olhando para um oceano desconhecido. O toque dele era quente e seguro, e isso a fez corar. Ela apertou sua mão de forma um pouco desajeitada, tentando esconder o nervosismo.

Dominic se acomodou na cadeira ao lado, com movimentos fluidos e uma postura que exalava confiança. Ele chamou o garçom com um gesto discreto e pediu um drinque, sem nunca desviar o olhar de Milena. Ela sentiu o peso daquele olhar, mas não de forma desconfortável; era como se ele estivesse tentando decifrá-la.

— Então, Milena, o que você faz? — perguntou Dominic, inclinando-se levemente para ela, sua voz carregada de curiosidade genuína.

— Trabalho em uma empresa... — respondeu Milena, vagamente, enquanto girava o copo em suas mãos. Ela evitava detalhes, mas não conseguia evitar o sorriso tímido que surgia em seus lábios.

Dominic arqueou uma sobrancelha, intrigado.

— Sua alegria me chamou muita atenção. Normalmente, as garotas que frequentam esses lugares estão à procura de um paquera ou algo assim. Já você não... parece que nunca viveu isso.

Milena soltou uma risada curta, quase nervosa, e desviou o olhar para o copo.

— E não vivi. Essas roupas, a bebida, eu estar aqui conversando com um homem... é tudo novo pra mim. — Ela suspirou, como se estivesse aliviando um peso invisível.

Dominic inclinou a cabeça, seus olhos brilhando com um interesse que parecia mais profundo do que mera curiosidade.

— Por que? — perguntou, sua voz agora mais baixa, quase um sussurro, como se quisesse criar um espaço seguro para ela.

Milena mordeu o lábio inferior, hesitando.

— É complicado... — respondeu, finalmente, sua voz carregada de uma vulnerabilidade que ela não costumava mostrar. Minha vida é complicada, ainda mais quando é abandonada pela própria mãe...

Dominic se inclinou ainda mais, seus olhos fixos nos dela, como se tentasse alcançar algo que ela mantinha escondido. Domínic entendeu o que Milena estava sentindo por conta do abandono da mãe, e isso fez com que ele se sentisse ainda mais atraído por ela.

— Quer conversar sobre isso? — perguntou ele, sua voz tão suave quanto o toque de uma brisa.

Milena desviou o olhar, seus dedos apertando o copo com mais força. Dominic percebeu o recuo e, respeitoso, não insistiu. Mas havia algo em sua expressão

— uma mistura de paciência e desejo de entender — que fez Milena sentir-se estranhamente confortável.

Dominic então se aproximou um pouco mais, seus movimentos lentos e calculados. Seus olhos azuis brilhavam com uma intensidade que fazia o coração de Milena acelerar. Ele ergueu a mão, hesitando por um breve momento, antes de tocar delicadamente o rosto dela. Seus dedos traçaram um caminho suave pela pele quente de Milena, como se ele estivesse tentando memorizar cada detalhe.

Milena sentiu sua respiração falhar, o coração acelerado enquanto Dominic se inclinava lentamente. O mundo ao redor desapareceu, deixando apenas os olhos azuis dele e a proximidade crescente. Quando seus lábios se encontraram, o toque foi suave, mas carregado de intensidade, como se o tempo tivesse parado.

Dominic afastou-se levemente, seus olhos fixos nos dela, um sorriso surgindo em seus lábios aop

Perceber que era o primeiro beijo de Milena.

— Quero te mostrar tudo que você perdeu na masmorra que estava trancada. — sussurrou ele, sua voz baixa e sedutora.

Milena sentiu um arrepio percorrer seu corpo, dividida entre a curiosidade e o desejo de se libertar.

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