Pâmela desligou o telefone com um sorriso vitorioso, deixando-o em cima da cama. Com um ar de triunfo, ela saiu do quarto e foi até a sala. Lá, havia preparado um café da manhã especial para ela e Dominic, com a intenção de comemorar a suposta morte de Milena e do bebê. A mesa estava farta, com pães frescos, frutas, queijos e sucos coloridos. Ela sentou-se à mesa, satisfeita com a riqueza da refeição, e aguardou a chegada de Dominic.Poucos minutos de bom humor, e sentou-se à mesa com um sorriso. No entanto, a expressão dele mudou rapidamente ao receber uma ligação urgente de seu motorista, que estava no hospital.— Senhor Dominic, bateram no carro... — começou o motorista, com a voz carregada de preocupação. — Milena está bem, mas ficou bastante traumatizada com o que poderia ter acontecido.Dominic levantou-se abruptamente da cadeira, deixando Pâmela sozinha à mesa. O pânico tomou conta de seu coração, e ele perguntou desesperado:— Dilan! O meu filho e a Milena? Eles se machucaram?
Pâmela estava com as amigas em um dos shoppings mais caros e deslumbrantes da cidade. As vitrines reluziam com a luz artificial, exibindo as últimas tendências de moda com manequins perfeitamente decorados. Ela havia pedido um dos cartões de Dominic para fazer compras com as amigas, e, Dominic não negou seu pedido. Suas sacolas estavam abarrotadas de sapatos e roupas caras, refletindo seu gosto refinado.Depois das compras, as três amigas deixaram as sacolas no carro, cuidadosamente organizado pelo motorista de Dominic. Em seguida, seguiram em direção a um restaurante chique, cujas portas de vidro refletiam o brilho das lâmpadas do shopping. Ao entrar no restaurante, foram recebidas pelo garçom, que, com um sorriso profissional, as conduziu a uma das melhores mesas, próxima à janela, com vista para a movimentada avenida.O ambiente do restaurante era elegante, com mesas de madeira escura polidas e cadeiras estofadas em veludo. A música suave ao fundo completava a atmosfera sofisticada
Pâmela gritava sem ouvir o que dizia, ela estava fora de controle. Fingir ser uma boa amiga a manhã toda foi um desafio em tanto para ela. — Que inferno, ele não cala a boca! Que droga. Faz ele parar agora, sua estúpida! — gritou Pâmela enquanto se aproximava mais de Milena, suas feições tomadas pela fúria. Milena desacreditada no que ouviu levantou a cabeça e encarou Pâmela nos olhos. Seus dedos apertavam cuidadosamente o corpo de Andrew, dando uma certa firmeza em seus braços. — Então é verdade? Você não é a mãe de Andrew.— Milena perguntou sentindo seu corpo todo ferver.— Por que fez isso? Sua ambição é tão grande que se aproveitou da bondade e a vulnerabilidade de Dominic. Que tipo de mulher se esconde por trás dessa fachada de boa moça? Pâmela riu, uma risada amarga e sarcástica. — Você acha que é melhor do que eu, não é?— perguntou Pâmela, seu olhar cheio de raiva e desprezo.— Você não entende nada! Você não sabe o que é necessário para sobreviver! — gritou Pâmela, sua vo
Dominic ficou paralisado ao ler o resultado negativo do teste. O mundo ao seu redor pareceu desmoronar em uma fração de segundo. As lembranças do abandono de sua ex-esposa e da mãe começaram a invadir sua mente como um furacão, trazendo à tona a dor crua e profunda que ele havia enterrado. A imagem do pai em seu leito de morte também se juntou a esse turbilhão, criando uma batalha interna quase insuportável. Era como se uma tempestade estivesse se formando dentro dele, pronta para explodir.Ele olhou para Pâmela, e seu olhar estava carregado de fúria, raiva e tristeza. Seus olhos, vermelhos de dor, fixaram-se nos dela com uma intensidade quase assustadora. Sua voz saiu como um sussurro áspero, repleto de incredulidade e desespero:— Como pôde ser tão cruel?... Sua desgraçada. — Disse, dando um passo em direção a ela. Dominic pegou no braço de Pâmela com uma certa presão e repulsão, balançou a cabeça e murmurou: — Como pôde fingir ser a mãe do meu filho esse tempo todo?!... — Exclamou,
Meses se passaram desde que Dominic se afastou do filho de seu avô, do pequeno Andrew, e de Milena. Seu refúgio era o trabalho e a bebida, tornando-se um homem ausente e negligente, cada vez mais distante de tudo o que um dia lhe fizera bem.Dominic saía de casa antes de todos acordarem e só voltava tarde da noite, com os olhos vermelhos e o hálito carregado de álcool. Sua paciência estava cada vez mais escassa, e qualquer mínima interação com os poucos que ainda o cercavam era permeada por irritação e impaciência.Milena, por sua vez, passava os dias na mansão, cuidando de Andrew com a devoção de uma mãe. A cada dia que passava, sua raiva e frustração cresciam, principalmente ao ver a maneira desleixada como Dominic tratava o menino.Certa manhã, Dominic saiu de casa antes do sol nascer, como de costume, deixando seu avô e Andrew ainda adormecidos. Ele dirigia sem rumo, como se a estrada pudesse levá-lo para longe de seus problemas, seus dedos apertando o volante com força. Ao chegar
Milena Roald, uma jovem de 20 anos, cresceu seguindo fielmente os costumes do pai, Leonardo, um homem religioso que tem costumes absurdos. Isso nunca foi um problema para Milena, até chegar em sua adolescência, onde ela via suas amigas com roupas modernas e bonitas, tendo os melhores celulares podendo ir e vir sem ser castigadas pelos pais.Com muito custo ela conseguiu terminar seus estudos, seu pai a levava para escola e quando dava o horário ele estava de prontidão a esperando no fim da aula. Milena mal conseguia respirar sem ter os olhos do pai em cima dela, fazendo assim ela ter dificuldades para encontrar um amigo ou até mesmo alguém para amar.Leonardo vinha tendo muitos problemas financeiros, onde permitiu Milena a trabalhar numa respeitada empresa. Todo o dinheiro era entregue para o pai, que dizia que ela não precisava dele, pois sua religião não permitia vaidade.Em uma noite de insônia, Milena sai do seu quarto. Ao caminhar em direção à cozinha o cheiro de café recém-pass
Milena e Rafaella saíram para o barzinho, e o lugar estava em seu auge. O som pulsante da música eletrônica preenchia o ambiente, as luzes multicoloridas piscavam em um ritmo hipnotizante, refletindo-se nos rostos suados de quem dançava. O cheiro agridoce de drinques misturava-se ao perfume das pessoas. A beleza das duas amigas era notável, como se um holofote as seguisse onde quer que fossem. Olhares curiosos as acompanhavam, alguns discretos, outros mais ousados, mas elas pareciam imersas na própria bolha de diversão.Depois de alguns goles em seus drinques, Rafaella puxou Milena para a pista de dança. As risadas delas se misturavam à batida da música. Milena, que até então hesitava em se soltar, começou a se deixar levar. Seus movimentos tornaram-se mais fluidos, seus braços erguidos capturavam a luz intermitente. Havia um sorriso em seu rosto que era raro e precioso, carregado de uma felicidade genuína.— Estou me divertindo tanto! — exclamou Milena, sobrepondo sua voz à música, s
A luz solar entrava pela janela, inundando o quarto com um brilho dourado que anunciava um dia ensolarado. Milena abriu os olhos lentamente, a luz intensa invadindo seu campo de visão como uma lâmina afiada. Sua cabeça latejava, cada batida pulsante ecoando dolorosamente em sua mente. Ela olhou ao redor, desorientada, tentando se familiarizar com o ambiente estranho.O quarto era simples, mas elegante. Cortinas brancas ondulavam suavemente na brisa, criando sombras dançantes nas paredes. Um quadro moderno, com cores vibrantes, adornava a parede oposta. O lençol branco, macio como seda, cobria seu corpo nu, e seus dedos deslizaram sobre a textura fria, enviando arrepios pela sua espinha.Milena levantou a cabeça lentamente, esforçando-se para lembrar da noite anterior. Mas sua mente estava um vazio absoluto. O homem ao seu lado respirava profundamente, seu peito subindo e descendo em um ritmo constante e tranquilizador. O pânico começou a crescer dentro dela. Seus olhos varreram o quar