Capítulo 5

Enquanto Dominic olhava para o pequeno ser em seus braços com carinho, seu avô, Sr. George, caminhou lentamente até a estante de vidro. O ambiente estava silencioso, exceto pelo leve som do vento batendo nas janelas da imponente mansão. Sr George pegou o celular com mãos trêmulas e acionou a polícia para iniciar uma rápida investigação sobre quem poderia ter deixado a criança na porta. A preocupação estava estampada em seu rosto enrugado.

Após a ligação, não demorou muito para que a polícia chegasse. Os policiais, vestidos em uniformes impecáveis, começaram a checar as câmeras de segurança, incluindo a principal, que ficava perto da entrada da mansão. No entanto, para a frustração de todos, não encontraram nada. Dominic, inquieto, começou a andar de um lado para o outro, seus passos ecoando pelo chão de mármore.

Dominic entrou em seu quarto, o ambiente decorado com móveis elegantes e uma leve fragrância de madeira polida. Ele vestiu uma roupa elegante, ajustando a gravata com mãos firmes, mas o olhar perdido em pensamentos. Ao sair do quarto, sua expressão era de determinação feroz.

— Onde está indo com tanta pressa? — perguntou Sr George, a voz carregada de preocupação. Ele sabia que Dominic não iria sossegar enquanto não descobrisse a verdade por trás daquele mistério. Sir George estava sentado em uma poltrona de couro, os olhos seguindo cada movimento do neto.

— Estou indo ao laboratório. Tenho que saber a verdade, se essa criança é minha ou não — afirmou Dominic, com determinação, enquanto seu avô o olhava ainda mais preocupado. Dominic passou a mão pelos cabelos, um gesto que fazia quando estava nervoso, e saiu pela porta, enquanto Sir o acompanhava logo atrás.

Dominic seguiu em direção ao carro, seus passos firmes no chão. Ao seu lado, os seguranças mantinham uma postura vigilante, enquanto o motorista aguardava ao lado do veículo, pronto para partir. Sir George, preocupado, decidiu acompanhar o neto, sentindo que sua presença poderia ser um apoio necessário.

Dominic fez questão de ele próprio levar a criança, segurando-a com cuidado e carinho. O bebê, envolto em um cobertor macio, parecia tranquilo nos braços de Dominic. O carro partiu rapidamente, cortando as ruas da cidade em direção ao laboratório onde fariam o teste de DNA.

Ao chegarem ao local, um edifício moderno com paredes de vidro e uma recepção impecável, Dominic entrou com passos decididos. O ambiente era silencioso, com um leve zumbido de equipamentos eletrônicos ao fundo. Após alguns procedimentos e uma espera que pareceu interminável, o resultado finalmente saiu: o bebê era mesmo seu filho.

Dominic sentiu o coração bater forte no peito, uma mistura de confusão e moção tomando conta de seu ser. Ele saiu do local com Sir George ao seu lado, ambos em silêncio, processando a magnitude da revelação. Antes de entrar no carro, Dominic olhou para o lindo rosto do pequeno, que agora dormia serenamente em seus braços.

— De hoje em diante, você se chamará Andrew — sussurrou Dominic, com um sorriso emocionado. Ele sabia que sua vida mudaria para sempre a partir daquele momento.

E assim, Dominic começou a lidar com os desafios e mistério que o cercava.

Um mês depois. Bem longe do lugar onde Dominic morava. O ambiente era escuro e úmido, com paredes de pedra que pareciam absorver qualquer som. Milena estava sentada no chão frio, suas mãos trêmulas. Seus cabelos estavam sujos assim como todo o seu corpo que implorava por um banho. Ela olhava para a pequena janela no alto da parede, por onde entrava um fio de luz, sonhando com a liberdade.

Leonardo, prestes a sair, desceu as escadas que rangiam a cada passo, cada som ecoando como um prenúncio de terror. Ele entrou no porão escuro com um prato de comida na mão, o cheiro azedo do ambiente misturando-se com o aroma da refeição. Seus olhos, frios e calculistas, fixaram-se em Milena com desprezo. Sem hesitar, ele jogou o prato em cima de uma mesa suja, fazendo o conteúdo espalhar-se.

— Você é uma vergonha. — Leonardo falou de forma fria, sua voz cortante como uma lâmina, assustando Milena que estava adormecida. Ela acordou sobressaltada, o coração disparado, e olhou para ele com olhos arregalados de medo.

— O que vou fazer com você? — Ele continuou, sua presença dominando o espaço, enquanto Milena tentava processar o que estava acontecendo.

— Pai... — Ela sussurrou, sua voz era quase um sussurro gritando. Seus olhos derramando lágrimas de dor e medo. Com dificuldade, ela se levantou e se aproximou das grades, segurando-as na tentativa de se manter em pé. — Onde está meu filho?... por favor, pai, traz ele de volta. Eu prometo me comportar. Eu prometo fazer o que quiser. — Sua voz era um fio de desespero, cada palavra carregada de súplica.

Leonardo apenas a observou por um momento, seus olhos sem qualquer traço de compaixão. Então, sem dizer mais nada, ele se virou e saiu, deixando-a sozinha na escuridão.

Milena sentiu seu corpo desabar no chão, a frieza das paredes penetrando sua pele. Ela abraçou suas pernas e chorou até adormecer, seus soluços ecoando no silêncio do porão.

Mais tarde, Leonardo retornou, o som de seus passos reverberando como um aviso. Ele entrou no porão novamente, desta vez com um copo na mão e um sorriso cruel nos lábios. Sem dizer uma palavra, ele colocou um pó branco dentro do copo e o entregou a Milena.

— Beba — ordenou ele, a voz fria e autoritária. — Não deixe nada no fundo do copo! Você é mesmo uma vergonha...

Milena hesitou, mas sabia que não tinha escolha. Ela segurou o copo com mãos trêmulas e começou a beber o líquido amargo. Com lágrimas escorrendo pelo rosto, ela sentia que cada gole era uma eternidade. Leonardo observou por um momento, satisfeito, e então saiu, fechando a porta atrás de si.

Pouco depois, Milena começou a sentir-se tonta. Sua visão ficou turva e ela mal conseguia se equilibrar. No entanto, sabia que não podia perder a única chance de escapar. Com esforço, levantou-se, segurando-se nas paredes para não cair. Para sua surpresa, Leonardo havia deixado a porta destrancada.

Milena saiu do porão e seguiu pelo corredor escuro até a sala. Cada passo era uma luta, mas a determinação de escapar a mantinha em movimento. Ao chegar à sala, viu a porta de saída entreaberta. Com o coração acelerado, ela atravessou a porta e saiu para a rua.

O sol brilhava intensamente, cegando-a momentaneamente. Milena levantou a mão para um táxi que se aproximava. O motorista, percebendo seu estado, parou imediatamente.

— Por favor, me leve para a Rua das Flores, número 23 — pediu Milena, a voz fraca. Porém com um sorriso frágil no rosto por finalmente está livre.

O motorista assentiu e ajudou-a a entrar no carro. Durante o trajeto, Milena tentou manter-se consciente, mas a tontura era avassaladora. Finalmente, chegaram ao destino. Milena explicou ao motorista que pegaria o dinheiro com uma amiga.

Ela desceu do carro, sentindo uma sensação única de liberdade. Cada passo em direção à casa de Rafaela era uma vitória. Milena deu três batidas na porta, e Rafaela atendeu rapidamente.

— Milena! — exclamou Rafaela, surpresa e preocupada. O coração de Rafaela disparou ao ver a amiga naquele estado.

Milena mal conseguia se manter em pé, seus olhos estavam cheios de lágrimas e sua visão começava a escurecer lentamente.

— O que aconteceu? — perguntou Rafaela, a voz trêmula de medo e preocupação. Ela olhou para o rosto pálido de Milena, aumentando sua preocupação.

— Meu filho... levaram o meu bebê...

Antes que podesse dizer mais alguma coisa, Milena desmaiou nos braços da amiga. Rafaella, segurou Milena com cuidado e a levou para dentro. Determinada a ajudar a amiga a se recuperar, Rafaella sentiu uma mistura de medo e determinação enquanto tentava descobrir o que havia acontecido.

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