Deitada na cama, sentindo as fortes emoções daquele homem, comecei a me sentir afetada também, e caramba! Maldição! Merda! Eu estava ficando cada vez mais excitada! O autocontrole que tenho sob minhas emoções está inútil, eu estava gostando daquilo e queria sentir mais, e mais, bem mais!
Todos esses anos nas mãos do Lúcius, nunca me permiti sentir vontade ou prazer quando ele usava meu corpo por horas pois queria sempre me apegar as dores do corpo para NUNCA sentir uma única emoção boa por ele. Nada, além de ódio. Até agora...
Ele foi o único homem que me tocou, me beijou e até os xingamentos pesados eu aprendi com ele. Lúcius brigava comigo por xingar os outros e as coisas, mas quem me ensinou foi ele mesmo.
Maldito! Desgraçado! Porque foi me dar a porra desse sangue?
Olhei pra ele e vi seus olhos brilhando, vi o pulso direito com um corte e sangue saindo de lá, lambi os lábios.
– Quer mais? – Concordei com a cabeça. Ele colocou a ferida do seu pulso na minha boca e eu comecei a passar a língua e cravei meus caninos lá. Um gemido de dor e prazer saiu dos lábios dele enquanto eu chupava o sangue com os meus olhos brilhando um vermelho escarlate.
Ele tirou o pulso da minha boca e senti algo entre minhas pernas latejando, olhei para apenas ver meu corpo que estava nu, lembrei que não tinha vestido nada quando sai do banho, olhei pra ele confusa e vi um sorriso zombeteiro. Ele sabia o que eu estava sentindo, sabia que eu estava excitada.
– Lúcius... – Minha voz saiu tão rouca e dengosa que nem reconheci. Ele foi se aproximando de mim e colou nossos lábios gentilmente, eu o acompanhei sem resistência nenhuma e todos os sentimentos ruins que tinha contra ele deixei de lado, ficando apenas com aquelas emoções dele de amor e excitação.
Ele botava a língua dentro da minha boca e se encontrava com a minha até que também coloquei minha língua na boca dele, ele lambia meu lábio inferior enquanto eu sentia os lábios superiores dele, então ele subiu em cima de mim ainda nos beijando e eu abri minhas pernas para o encaixe. E, nossa, que gostoso era sentir aquele pênis duro, mesmo dentro da calça, apertando minha buceta. Eu comecei a rebolar embaixo dele, pois queria mais, enquanto passava minhas mãos pelos braços musculosos até subir nas costas, depois a nuca, senti um leve arrepio dele enquanto fazia isso, até que cheguei no cabelo liso e puxei. Ele gemeu entre nosso beijo e se levantou.
Franzi minhas sobrancelhas, pois não gostei do afastamento e minha buceta estava latejando para sentir mais. Ele tirou a calça e libertou o pau dele, prestei atenção, era branco, rosado, e eu queria aquele pau entre minhas pernas, então abri mais ainda. Ele subiu em cima de mim colocando minhas pernas sob as dele, mas não colou nossos corpos, tentei puxá-lo para mais perto, ele não deixou. Então, o Lúcius segurou o pênis dele e começou a esfregar entre a entrada e o clitóris, eu gemi alto. E esfregava, devagar, esfregava, e eu gemia, e ele não parava de esfregar, era uma tortura! Uma maravilhosa tortura! Quando parou, abaixou a cabeça e sugou um peito meu enquanto brincava com o outro, e chupava, beijava, mexia língua em toda a extensão, e eu gemia, rebolava querendo sentir seu pau, mas ele não deixava.
Ele beijou meu pescoço, maxilar e depois tomou minha boca com mais vontade, colou nossos corpos, senti seu pau novamente entre minhas pernas, até que ele encaixou a cabeça do seu pênis na minha entrada e meteu devagar, mas fundo, e gemeu de prazer. Metia devagar, metia, metia, tirava, esfregava a cabeça no clitóris e depois metia de novo, sempre devagar, fundo, metia todo. Eu gemia alto, o apertava, rebolava, tentava ir mais rápido, mas ele não deixava.
– Você ainda está se recuperando. – Falava entre as estocadas porque eu estava sendo torturada daquele jeito. Ele me beijava, e me penetrava com mais força, mas lento, eu já estava sem ar por causa do beijo e nossos corpos estavam suados, até que senti minha buceta abrindo e fechando no pau dele, e gemi alto, quase gritando quando gozei e ele me acompanhou, gemia no meu ouvido enquanto gozava.
Meu corpo ficou mole, estava exausta, ainda estava me recuperando e ele saiu de cima de mim, vestiu a calça, abriu a porta e saiu da cabana. Não estranhei essa atitude, já era esperado vindo dele.
Olhei pela frecha da janela e vi que o sol já estava quente, deveria ser uma 12h00min da manhã. Comecei a me arrepender de ter deixado isso acontecer, de ter feito sexo com ele porque queria, as emoções ruins que tinha dele começaram a voltar e minha mente estava ficando uma confusão. Já estava com vontade de chorar e ficando com raiva de mim quando a porta foi aberta e o Lúcius entrou com uma bandeja de comida.
Disfarcei as lágrimas que queriam cair e sentei na cama cobrindo meu corpo com um lençol enquanto o olhava confusa. Acho que ele percebeu o que eu estava sentindo antes dele entrar porque franziu as sobrancelhas enquanto olhava pra mim.
– Fui pegar comida para você recuperar suas forças.
– Ahhh... – Aquilo estava muito confuso, o jeito que ele estava me tratando, cuidando de mim como se ele se importasse com minha saúde, e eu estava aceitando aquilo como se fosse a coisa mais normal do mundo. Não sabia se ria ou se chorava, vai entender o que se passa na cabeça desse macho e na minha, porque eu não estou entendendo nem os meus pensamentos.
Ele se sentou na cama ao meu lado e quando vi a comida no prato, meus olhos brilharam.
Churrascooooo....!!! Fui esticar a mão para pegar o prato e ele não deixou.
Estava bom demais pra ser verdade.
Ele pegou um garfo que era de prata, e não, a prata não nos queima, pegou um pedaço da carne com o garfo e colocou próximo à minha boca. Eu fiquei sem reação.
O Poderoso Alfa, Lúcius Calmon, estava me dando comida na boca?! Está envenenada com certeza.
– Meu braço está ficando dormente, vamos, coma, não tem veneno. – A voz não era autoritária como sempre, era apenas como um simples pedido. Eu pensei que a comida estava envenenada em voz alta?!
Não pensei mais e aceitei a carne, que estava muito boa, afinal, e comecei a comer tudo com ele me alimentando, me senti uma criança. Depois que terminei, ele me entregou água e bebi bastante, percebendo minha sede. E assim, deitei novamente na cama, o Alfa do meu lado e finalmente dormi.
Escutei um barulho de grito no meu subconsciente e abri os olhos, quando acordei percebi que ainda era de dia por causa dos raios solares que passavam pela frecha da janela, olhei para o meu lado da cama e vi o Lúcius apenas com uma calça, sem camisa, dormindo profundamente. Notei que o rosto dele estava um pouco pálido, ele parecia estar doente, mas seu rosto era sereno, calmo.
As memórias de tudo que havia acontecido começaram a passar pela minha mente, e lembrei da quantidade de sangue que bebi do Alfa, era isso! Ele perdeu muito sangue e precisava se recuperar, provavelmente estava cansado e até um pouco fraco.
Levantei-me da cama, procurei meus trapos de roupa que encontrei no banheiro, era uma blusinha surrada, velha, um pouco rasgada embaixo, dois shorts do mesmo pano da blusa, um pequeno e outro maior que chegava um pouco acima do joelho, o pequeno era mais apertado que condizia como uma calcinha da época e o outro era mais folgado.
Assim que saí do quarto e o vi deitado na cama, dormindo, cansado, indefeso e fraco enquanto eu estava totalmente recuperada da noite passada, e ainda havia me alimentado. Logo, veio uma ideia na minha mente, era a oportunidade perfeita para matá-lo!
Me aproximei do Lúcius que estava dormindo de costas para cama e o peito nu exposto, meus olhos brilharam.
Era a posição perfeita! Seu coração estava desprotegido e com apenas um golpe eu poderia arrancá-lo!
Minha mão direito começou a se transformar em garras pretas com pelos avermelhados enquanto eu olhava seu peito subir e descer tranquilamente por causa da respiração, o semblante no rosto do macho estava bem calmo e tranquilo, apesar de um pouco pálido, e era isso!
Fui me aproximando enquanto levantava minhas garras mirando no coração. Era apenas um golpe necessário! Em questão de segundos, ele nem iria sentir dor, alguns segundos eram o suficiente para que eu cravasse minhas garras na sua pele enquanto afundava para pegar o seu coração, que ainda iria pulsar na minha mão antes de finalmente parar de bater. Levantei a mão acima, meus olhos brilharam em um vermelho escarlate e o golpeei.
Mas, antes que minhas garras pudessem chegar perto da sua pele, eu escutei outro grito e parei. Olhei na direção de onde vinha esse grito feminino e notei que era fora da cabana. Respirei fundo, recompus minha postura e minhas garras se transformaram em mão de novo. Me afastei do Lúcius em passos silenciosos e abri um pouco a porta para saber de onde estava vindo esses gritos que escutei duas vezes e me fizeram até acordar. As luzes solares começaram a iluminar meu rosto, mas não era tão forte quanto as de meio dia, era de tarde, umas 05h00min. Quando meus olhos se ajustaram com a iluminação me deparei com uma cena horrorosa.
Havia alguns lobos-soldados que estavam em sua forma humana e outros em forma de lyncan, todos estavam com sono e irritados, pareciam ter passado o dia todo sem dormir, trabalhando. Daí eu notei de onde vinham os gritos, eram de escravas que estavam trabalhando o dia todo sob ordem e vigilância daqueles soldados, e estavam apanhando com chicotes de prego idêntico ao que a Luna queria me bater. Algumas delas já estavam com as costas na carne viva e sangrando, mesmo assim não podiam parar de trabalhar. Os lobos-soldados estavam simplesmente descontando o sono e o cansaço nelas e aqueles transformados, bem, achavam melhor baterem com as patas do que com chicotes.
Olhei para o Lúcius uma última vez já com ódio dele por causa dessa violência toda, com certeza eram ordens dele, qualquer resquício de sentimento bom que pude sentir por ele horas atrás já havia desaparecido e saí da cabana, ele permaneceu dormindo tranquilamente enquanto aquelas mulheres estavam sendo torturados pelos seus soldados.
Como a cabana que eu estava ficava distante das demais, consegui me esconder para tentar entender o que estava acontecendo. Normalmente, nenhuma escrava trabalhava durante o dia, os humanos são diurnos, mas já estavam acostumadas com os hábitos noturnos dos lobisomens, então o que mudou? A casa coletiva que ficava nossos quartos permanecia trancada durante o dia todo, nenhuma humana saía, claro que com a minha chegada eles tiveram que reforçar bem mais as trancas, portas e até paredes, além de ficar sempre cinco a seis soldados vigiando ao redor, ou dormindo mesmo. Era impossível de um humano sair de lá.
Durante o dia, havia soldados que ficavam fazendo a vigília da alcateia, mas não eram tantos assim como estavam, estavam no mínimo cem soldados ali vigiando e batendo nas escravas para trabalharem. De repente, um sentimento ruim atravessou meu corpo como se fosse um raio, arregalei os olhos e lembrei-me daquelas duas pessoas fracas e desprotegidas no meio daqueles soldados zangados: Kamilla e Elena.
Sai correndo por trás das casas tentando chegar logo na casa onde ficavam os quartos coletivos das escravas sem ser percebida. Quando cheguei à entrada havia dois lycans na porta, tive que dar a volta e entrar pelos fundos, a porta estava aberta, e entrei facilmente procurando o quarto que eu dividia com as duas e quando cheguei perto da porta escutei um soldado falando de dentro do quarto.
– Essa aí que é a filha da prostituta do Alfa? – Percebi que ele estava falando da Kamilla, pois escutava uns grunhidos de lobinha dela.
– É ela sim! A única filhote ruiva que vive nesse chiqueiro. – Escutei outro soldado respondendo o parceiro, e pelos barulhos eram eles dois, a Kamilla e havia mais alguém no quarto.
– Vamos brincar com ela, a Luna vai nos recompensar por isso depois do que aconteceu.
Aconteceu o quê?
– Essa criança é filha do Alfa, se vocês mexerem com ela, irão se arrepender disso! – Era a quarta pessoa que estava falando, Maria Elena. A voz dela na última frase não estava tão confiante assim, ela sabia que o Lúcius não se importava com a menina, mesmo sendo sangue do seu sangue. E todos sabiam disso, inclusive os soldados, eles começaram a rir.
– Como se ele se importasse com o que acontece com essa putinha aí, nosso Alfa deve estar dormindo tranquilamente agora depois de ter fodido com a mãe dela. – Os dois começaram a rir mais ainda.
Meus olhos já estavam brilhando, mas dessa vez era de ódio! Ódio do que eles disseram, e principalmente de mim por ter deixado me envolver com o Lúcius daquela forma.
– Não se meta vagabunda, não vamos tocar em você, mas fica fora do nosso caminho! – Disse um deles.
– NÃO! ELA É APENAS UMA CRIANÇA! – Maria Elena começou a gritar e eu ouvi passos deles se aproximando delas que provavelmente estavam encurraladas em algum canto.
– Saia! – Um rugiu.
Paah! – Ouvi um tapa e em seguida o rosnado do macho.
– Essa vagabunda me bateu pra defender essa putinha aí! – O macho que levou o tapa estava falando com ódio. – Se você quer tanto ficar para brincar com a gente então vai ficar e depois podemos matá-la para não nos caluniar.
– Encoste a mão em um fio de cabelo de uma das duas e eu mato você! – Falei normalmente enquanto entrava no quarto.
Kamilla e Maria Elena estavam realmente encurraladas no canto da cama e o que levou o tapa da Elena já estava se abaixando para pegá-las, enquanto o outro lobo-soldado estava mais próximo da porta, essa foi a cena que vi quando entrei no quarto. Todos olharam pra mim, surpresos, os soldados se entreolharam e começaram a sorrir da ameaça que fiz segundos antes. – Olha quem está aqui querendo participar da brincadeira também. – O lobo perto das meninas, o mesmo que ameaçou minha filha e proferiu palavras obscenas para elas, o que eu estava com mais vontade de matar. Ele era magro, alto e cabelo preto curto, Július. – O Alfa sabe que você está fora do quartinho de vocês? – O outro lobo, que estava mais próximo da porta e, portanto de mim, foi quem disse. Esse era careca, mais forte e gordo, César. Eu estava com o rosto sério, sem expressão, porém com a mandíbula apertada, quase rangendo os dentes e minhas mãos, que já eram garras pretas com pelos avermelhados, estavam nas costas para q
Minha barriga estava sangrando muito devido aos cortes das garras do César, minha blusinha já estava toda rasgada, cobrindo apenas a parte dos meus seios, a dor que eu estava sentindo era muita, mas precisava continuar e esperar meu corpo se regenerar para poder escapar daqui com as meninas que estavam em choque na cama.As roupas da Maria Elena estavam todas rasgadas e provavelmente ela estava com as costas feridas devido à brutalidade de Július, a sorte é que cheguei a tempo antes dele conseguir abusá-la. Mesmo assim, a humana estava ainda com medo e depois de me ver, o meu estado, ficou mais nervosa ainda. Eu a entendo, pois nunca tinha visto uma briga entre lobisomens na sua frente, e a minha Kamillinha, era somente uma criancinha de 5 anos, não recebia nenhum treinamento de luta, portanto não entendia bem as coisas. – Levantem-se, depressa! – Disse enquanto as pegava pelos braços. Eu realmente não queria ser grossa, mas devido ao barulho que causamos, com certeza já estavam cheg
Arrastando minhas patas negras avermelhadas no chão, ofegante, com dores e cansada, me agachei. Senti o peso das minhas costas se esvaindo e, deitada na mata, pude sentir meu corpo virando humano novamente, estava nua, mas exausta, eu só queria dormir um pouco, quando fechei os olhos, mas não conseguia dormir, minha mente estava em alerta, reuni forças e me levantei. – Karol beba um pouco. – Elena me oferecia a água da garrafa de barro que peguei na cozinha. – Vista-se. – Ela me deu a muda de roupa das escravas, um vestido branco e uma calçola. Com a floresta quase totalmente escura, eu estava sentada no chão, encostada em uma árvore enorme, já vestida e com a garganta menos seca pude descansar enquanto Elena procurava uma maneira de fazer uma sopa com a comida que tínhamos. Kamilla estava nos meus braços e eu acariciava o cabelinho ruivo dela, mas havia algo de errado com a minha filha e eu podia sentir. Levantei sua cabecinha delicadamente com meus dedos em seu queixo e ela olhou p
Entre os livros de leitura que eu e meu tio costumávamos ler, havia um específico que falava sobre espécies, principalmente as dominantes, as espécies que evoluíram durante o tempo e tornaram-se fortes e inteligentes. A primeira espécie que evoluiu durante milhares de anos foram os lobos, não éramos nós que estávamos acima da cadeia alimentar, éramos presas de outros animais que foram extintos e consequentemente, sem nenhum predador para nos impedir, evoluímos, ficando no topo da cadeia por mais mil anos, até que outra espécie começou a evoluir também, os humanos. Eles eram, de fato, extremamente inteligentes e nos olharam como seus inimigos, pois nesse tempo também os caçávamos como presas fáceis. A primeira vantagem que tiveram foi o fogo, alguns relatos dizem que foi um dos Deuses que lhes deram, mas nada é certo. Em seguida, começaram as pinturas e escritas, por último e não menos importante veio a fala. Eles estavam se tornando a espécie mais temida e pondo em risco a dos lobos.
A vontade de voltar para os braços do Lúcius estava ficando forte demais, mais forte do que quando eu bebi o sangue, ele está dando tudo de si para conseguir com que eu volte, estou sentada com a cabeça baixa e suando frio.– Me-Meu Lúcius... Preciso voltar... Ele está me chamando...– Karol, você precisa se controlar, precisa ser forte, você não quer voltar. – Maria Elena falava comigo enquanto segurava meus braços.– Que-Quero sim! – Eu o sentia, as lembranças daquela manhã estavam vindo como se eu ainda estivesse lá.– Karol, por favor! Você é forte! – Eu me levantei e olhei pra ela, uma tristeza tomou conta de mim, comecei a chorar.– Por quê? Por que ele está fazendo isso comigo? O que ele quer de mim? – Essa tristeza não era minha, eu já passei por coisas piores e nunca desmoronei em lágrimas dessa forma, isso era emoção dele.– Não chora, controle-se, você é mais forte que isso. – Senti uma raiva crescer de repente.– Fique longe de mim! – Elena se afastou acuada, eu percebi o
Claro que não! Como que a Maria Elena, uma simples camponesa, conheceria o primeiro vampiro a existir que veio do Oriente, uma terra distante da nossa?Mas, prestando mais atenção neles, tinha algo em comum, os olhos puxados. Era um detalhe que eu já tinha percebido quando a conheci, pois ninguém além dela tinha aqueles olhos pequenos e puxados, mas agora havia o vampiro que também tinha os olhos assim. Antes que eu pudesse questionar mais sobre isso, meus pensamentos foram cortados com a voz dela ao meu lado.– Como você sabia que eu iria gostar desse chá? – Ela também estava achando muito estranho aquilo.O vampiro permaneceu ainda fazendo outra tigela de chá, sem expressão, quando ele terminou o que estava fazendo, apenas a olhou ainda sério, pensou um pouco antes de responder.– Você também é do Oriente, deduzi que gostava das mesmas ervas de chá que os humanos orientais gostam. – Fazia sentido o que ele disse, mas ela não estava nada convencida.– Mas eu era recém-nascida quando
Horas depois acordei naquele quarto imundo, sozinha, naquele chão de palhas, quando me movi um pouco tentando levantar senti uma dor aguda entre as pernas e algo molhado, coloquei a mão no local da dor e meus dedos molharam, levantei a mão para frente do meu rosto e vi sangue. Fiquei desesperada. Naquele tempo, eu tinha 18 anos então já tinha menstruado, mas aquela quantidade de sangue não era normal. Esforcei-me para levantar e mesmo com dores, consegui, olhei para onde estava deitada e realmente havia bastante sangue.Escutei alguém chegando e a porta sendo aberta, com medo de ser o monstro tentei correr para me esconder, mas perdi as forças das pernas e caí, a porta foi aberta, mas para minha sorte quem estava lá era uma senhora negra que ficou horrorizada com a cena que viu, ela se aproximou de mim e ajudou-me a sentar.– Criança, você não pode se movimentar, precisa ficar deitada. – Eu senti a preocupação e tristeza nos olhos daquela estranha, sabia que ela era diferente dos outr
– Desculpa pela comparação da Elena e sua imperatriz, não era minha intenção ofendê-los. – Eu realmente me senti culpada por ter sido a causadora desse clima estranho, não sabia por que me comportei dessa forma, nos conhecíamos apenas algumas horas e parecia que éramos amigos íntimos, talvez seja por ter ficado empolgada de ter escapado da aldeia e também por ter escutado as histórias do vampiro ao redor de uma fogueira, era como se eu tivesse voltado ao tempo e estivesse em uma daquelas noites com meu tio, mas a realidade é outra e eu preciso saber disso.– Não precisa se desculpar, a culpa não é sua. – Ele disse com os olhos fixos para a fogueira como se estivesse pensando em algo.– Como assim?– Por que você está fugindo de um Alfa? – Ele fixou os olhos nos meus. Estava fugindo do assunto de novo, esse homem é esperto, sabe que existe algo entre eu e o Lúcius e para não me dá uma resposta que seja comprometedora, fica colocando o Alfa na conversa.– Por que é necessário. – Falei cu