– ACORDA! – Escuto um dos lobos soldados me chamar pela porta do porão após eu despertar de mais um dos meus pesadelos com a aquela que eu orava e era devota, a Deusa da Lua, que de boa não tem nada. Suspiro
e me levanto do resto de colchão que estava dormindo, sentindo algumas dores no corpo devido à fraqueza e ao cansaço. – Já escureceu e você ainda está dormindo? – Os lobos são noturnos, então dormimos durante o dia e à noite ficamos acordados. - PREGUIÇOSA! – Ouço aquele cão sem dono esbravejando e batendo na porta.– DESTRANQUE A PORTA, PRIMEIRO PARA QUE EU POSSA SAIR, SEU RETARDADO! – Grito dentro do meu "quarto do castigo" já sem paciência, e meus "amiguinhos", os ratos e as baratas, se escondem.
Logo, a porta abre bruscamente e o cão sem dono aparece fervendo de raiva. Ele parece um brutamonte com uma cicatriz que começa na testa e passa pelo olho esquerdo até o meio da bochecha de uma briga que teve com lobos de outra alcateia que quase o deixa cego, o peito estava descoberto era musculoso e cheio de cabelos que iam até a virilha coberta com uma calça de couro e de botas pesadas. Algumas lobas da nossa alcateia adoravam aquela brutalidade dele, mas quem ia pra cama com esse homem se arrependia por causa da violência, Bruthus, como o nome já indica, é violento, às vezes b**e até a loba perder a consciência, sua própria companheira fugiu, e agora ele é um cão sem dono.
Ele me pega pela garganta e aperta, me batendo contra parede e me deixando sem ar. – Está pensando que é quem para falar desse jeito comigo? Puta!
Puta... Odeio esse nome! Sempre me chamam assim.
– Não se esqueça de que você não passa de uma escrava do Alfa, de uma putinha! Quer ficar aqui mais alguns dias? Se bem que aqui é o lugar ideal para você, na podridão, assim como você é: podre! – Já estava ficando sem ar, queria revidar, mas não podia, não posso, pois eles sabem minha fraqueza e usam isso para que possam me controlar, me deixar submissa.
INFERNO DE VIDA!
Quando eu já estava quase inconsciente, ele me solta, caio no chão e levo um chute na barriga.
– Vamos! Levanta! O Alfa quer te ver. – Mesmo fraca por causa da pouca comida que quase não recebi durante três dias nesse porão (cativeiro), tossindo sem parar e dolorida, eu me levanto e sigo-o.
A alcateia está sendo iluminada por tochas, as casas são feitas de pedras, algo bem rústico, ela era limpa e organizada, pois os lobos adoram limpeza, por isso que meu "quarto do castigo" é bastante imundo, uma maneira que o Alfa tem de me humilhar quando eu faço algo que o desagrada, meu último castigo foi ter dito para uma filhote, da qual mexeu com quem não devia, que eu estava vendo um vampiro na floresta e ele queria sugar o sangue dela, a peste ficou com tanto medo que teve pesadelos e contou para sua mãe quem disse isso e, claro, fui castigada.
Quando entro no salão principal (onde a alta sociedade se reúne) sou direcionada para uma sala específica, a maior de todas, a sala do Alfa. Suspiro, baixo a cabeça e entro. Mesmo de cabeça baixa eu o sinto me encarando do outro lado da mesa, ouço passos dele dando a volta e ficando na minha frente, ainda de cabeça baixa vejo suas botas de couro bem trabalhadas, até que sinto suas garras no meu queixo forçando minha cabeça a levantar.
O Poderoso Alfa da nossa alcateia, o mais forte e mais temido dessa aldeia, abaixo dele, a segunda no comando, está a Luna, pois as fêmeas sempre estão abaixo dos seus companheiros machos na nossa hierarquia. Ele está todo coberto com um manto marrom escuro, mas há uma pequena gola aberta que vai até quase o meio do peito mostrando um pouco de seus músculos e alguns cabelinhos saem de lá, as mangas que cobrem os braços parecem que vão rasgar por causa dos músculos, o corpo não é tão grande quanto o de Bruthus mas sua áurea mostra que ele é mais poderoso que o cão sem dono. Quando olho pra cima vejo seus olhos castanho-claros me encarando com arrogância, barba por fazer, cabelos loiros bagunçados e pele clara, a masculinidade exala nele.
– Você está fedendo. – É a primeira coisa que o cretino diz.
– Está mais magra... Não está tão bonita assim, Karolina. – Como eu poderia estar bem depois de ficar dias trancafiada naquele porão imundo e sem comida?
– Desculpa, meu Alfa. – Respondo, não quero desafiá-lo, não enquanto ele usa minha fraqueza contra mim.
– Parece que aprendeu a se comportar, esses três dias foram o suficiente ou precisa de mais? – Meu coração acelera só de pensar em ficar mais tempo no cativeiro e longe dela.
– E-Eu aprendi meu erro, meu Senhor, prometo que não irá mais se repetir... – Engulo o nó na garganta.
– Assim espero, Karolina. – Ele solta meu queixo e caminha de volta para sua cadeira atrás da mesa. – Vá, tome um banho que esse cheiro está me deixando enjoado e prepare minha janta, estarei esperando você no "nosso quarto". – Me estremeço quando escuto essa palavra, a noite vai ser longa...
– Vamos, menina, apresse-se, não deixe o Alfa esperar muito tempo! – A dona Tâmara fala me ajudando com a janta do digníssimo. Algumas escravas, as que não tentam agradar seus senhores e senhoras para terem benefícios, ou que são consideradas feias e velhas o suficiente que não chamam atenção de um lobo tarado são, portanto, gentis comigo, me tratam com respeito, uma delas é a dona Tâmara.
– Calma! Não me apresse! – Falo enquanto belisco algo.
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Em frente à porta do “nosso quarto”, deixo a bandeja na mesinha ao lado, na varanda, e bato na porta para ter permissão de entrar, ele aparece já zangado, pois o deixei esperando um pouco, mesmo assim me deixa entrar.
– Desculpe o atraso, senhor. – Digo depositando a comida na mesa de madeira que fica do lado esquerdo enquanto uma cama de casal fica do lado direito.
Após sua refeição e de me advertir por ter me atrasado alguns minutos, ele se levanta e vem até o canto onde estou de cabeça baixa, levanta minha cabeça e suas garras apertam meu maxilar.
– Karolina, eu deveria matá-la pela sua audácia, ou cortar sua língua por falar demais, até os meus Bethas você desafia...! – Ele deve estar falando do que ocorreu no porão, aquele cão sem dono do Bruthus, fuxiqueiro! – Não vai dizer nada?
– Des-desculpe, senhor.
– É só isso que você sempre tem para me dizer? Não sei quantas vezes você já me pediu desculpas e logo em seguida grita com alguém, b**e em alguém e até xinga, ameaça, até mesmo uma filhote você ameaçou. – Tenho vontade de revirar os olhos quando ele fala dessa pirralha pulguenta, mas permaneço neutra e continuo o encarando. Ele tira a mão do meu maxilar e vai para o meu cabelo que está preso em um coque e com uma das suas garras ele desamarra deixando o cabelo cair até a cintura, então o lobo pega uma das mechas e cheira. Os olhos castanho-claros começam a brilhar, logo eu entendo o que significa... desejo.
Ele pega meu cabelo atrás da cabeça com força, envolve seu antebraço na minha cintura e me puxa com força contra seu corpo.
– Karolina, sua desgraçada! Você é uma praga nessa aldeia! A pior escrava que já comprei! Desobediente, que não quer se submeter aos habitantes daqui, desgraçada! – Ele toma minha boca com a ferocidade de um lobo faminto e força passagem, com isso me beija, desce a mão que estava na minha cintura para a bunda e morde meus lábios com força me fazendo gritar e empurrá-lo.
– Fique quietinha se não quiser apanhar... – Obedeço. Então, com suas garras, ele rasga minha roupa e fico nua, poucos segundos depois o macho já está nu com o pau dele mirando na minha direção, sem deixar de me encarar.
Sou jogada na cama e o sinto em cima de mim abrindo minhas pernas no percurso.
O macho novamente me beija enquanto passa a mão direita pelo meu corpo e a esquerda é usada para se apoiar. Beijando-me, ele me penetra com toda vontade e força que estava controlando durante esses dias. Ele passa horas assim, me submetendo a várias posições enquanto se enche de prazer... Enquanto eu não sinto nada além de ardência no canal vaginal.
Quando finalmente o lobo chega ao ápice, gozando dentro de mim, ele se vira para o outro lado da cama. O deixo quieto e relaxado por alguns minutos enquanto crio coragem de fazer a pergunta que mais me atormenta durante dias.
– Lúcius...?
– Humm? - Ele responde com os olhos fechados, então eu continuo a falar, preciso saber onde ela está, meu ponto fraco, a razão por eu ter amedrontado a lobinha pirralha, que ousou arranhá-la, ainda a chamou de filha de prostituta, preciso saber o que aconteceu com ela ou vou enlouquecer, ela é tudo que tenho, que me dá esperança, é meu ponto fraco, mas também é quem me dá força apesar de ter apenas 5 anos de idade.
– Cadê a minha filha?
Ele olha pra mim e fala:
– NOSSA FILHA, você quer dizer...
Já faz cinco anos! Cinco anos que estou aqui nessa alcateia como uma escrava. Todos os dias sempre a mesma coisa: acordo antes de anoitecer, varro, limpo, cozinho, sirvo, faço roupas para o Alfa ou alguém que ele queira que eu faça. Todo o meu trabalho é para o agrado dele, meu Senhor, o Lúcius, chego à exaustão sem nem lembrar de comer nada (isso quando eles me dão ou quando pego escondida) e mesmo assim nunca é o suficiente, ele sempre quer mais! Exige mais! Às vezes exige quando me obriga a ir para o "nosso quarto" ou quando me pega no meio de algum lugar para me penetrar como bem entender e quando eu recuso ou me escondo, recebo castigos, se não for para ficar presa no porão, ele me b**e ou manda um dos Bethas dele me b**er e quem adora fazer isso é o Bruthus, o cão sem dono. Se eu já tentei fugir? Claro que sim! Mas isso foi antes, antes de ter ela, a Kamilla. Quando descobri que estava grávida, aos 18 anos, assim que fui raptada e forçada a ser escrava, me enfureci. Não aceitava
– Está acontecendo alguma coisa aos arredores da floresta, mas não sei o que é, Karolina. – Maria Elena me encara enquanto continuamos a conversar no quarto. – O Alfa mandou aumentar a segurança ao redor da alcateia, os lobos pais quando saem para caçar não podem mais ficar sozinhos e nem se afastarem muito. E o que mais me deixou intrigada é o aumento de armas que os escravos devem fazer. – Analiso a informação que ela me diz. Perdi muita coisa nesses três dias de cativeiro. – Pode ser a alcateia inimiga invadindo o território, há mais alguma coisa de estranho que você percebeu? – Pergunto com medo da resposta. Se for a outra matilha de lobos invadindo o território é mais que certeza de outra guerra. Mais uma guerra, mais mortes, lutas sem sentido, apenas pela busca de poder e mais territórios. Desnecessário... Triste... – Sim! – Ela fala arregalando os olhos. Coisa boa não é. – Algumas escravas que se afastaram demais e foram para além do riacho, sumiram. Não encontraram nada, alé
Há cinco anos... – Ela é completamente diferente de você e da Arlete. – Lúcius fala enquanto me analisa, ou analisa a mercadoria, a nova escrava dele. – Sim, de fato, porque a mãe dela não era a minha mulher, era uma puta que fodi bem gostoso em uma noite quando voltava para nossa aldeia. – Esse que responde é Carlos, meu pai de sangue, ou como costumo falar, meu doador de esperma. Então o Alfa chegou mais perto e me cheirou. – Realmente é sua filha, ela tem seu sangue e o da alcateia. – Os olhos dele brilharam pra mim em um dourado intenso e virando-se para Carlos, disse: – Gostei dela, talvez eu perdoe vocês. Ele olhou para mim com seus olhos ainda brilhando perguntou: – Qual seu nome? – Karolina... Em um suspiro de tristeza e com os olhos inchados, respondi. ....................................... – Karolina... Acorda... Levante-se... – Era a voz do meu tio? – ACORDA VAGABUNDA! – Senti um impacto nas costas e fiz uma careta de dor enquanto recuperava os sentidos e tentav
Arlete era uma menina mimada que nasceu na mais alta classe da nobreza dessa matilha, foi treinada a vida toda para ser uma Luna cheia de classe, inteligente e refinada, porque já sabia que seu futuro companheiro, aquele que a Deusa da Lua havia predestinado, era o grande Alfa, o Lúcius. Ele, no início, era muito gentil a sua futura Luna, mas algo aconteceu após se casarem e firmarem o companheirismo diante da Deusa, que deixou o macho com ódio e nojo de sua Luna, ele a desprezava e tratava mal. A fêmea, desesperada para reconquistar o marido, fez de tudo para ter um herdeiro, mas nunca foi abençoada e ainda havia boatos de que o macho só ia para a cama dela depois de muito insistir, o que deixava ele desconfortável e sem vontade de gozar, assim nunca tiveram filhos até agora. E quando ela pensava que não poderia ficar pior, a irmã apareceu e despertou todos os desejos que ela tanto queria despertar no marido, causando sua revolta e fúria. Hipócritas! É um bando de hipócritas! Pragu
Estava deitada na banheira com o corpo ferido submerso na água, às vezes perdia a consciência e sonhava com a cabana em que vivia, com o cheiro da grama e as flores que eu plantava. Era primavera, dia de Lua Cheia, finalmente eu poderia descansar meu corpo depois de passar o inverno todo aprendendo a lutar com meu tio, dia e noite, pois no inverno, os raios solares não eram tão fortes e o Dindo não perdia tempo para matar meu pobre corpinho de menina, músculos ainda atrofiados, com tanta porrada. Eu tinha certeza que ele descontava nesses treinamentos as vezes que corria atrás de mim com aquela vassoura de madeira. Saí da banheira e fui para meu quarto, coloquei um vestido florado que eu mesma fiz, olhei pela janela de madeira e vi o Dindo saindo da mata com um animal na mão, minha barriga logo roncou em resposta. Humm... Churrasco! Saí da cabana e ajudei meu tio com a caça, em pouco tempo acendemos uma fogueira e colocamos a carne para assar, enquanto eu estava cozinhando alguns le
Deitada na cama, sentindo as fortes emoções daquele homem, comecei a me sentir afetada também, e caramba! Maldição! Merda! Eu estava ficando cada vez mais excitada! O autocontrole que tenho sob minhas emoções está inútil, eu estava gostando daquilo e queria sentir mais, e mais, bem mais! Todos esses anos nas mãos do Lúcius, nunca me permiti sentir vontade ou prazer quando ele usava meu corpo por horas pois queria sempre me apegar as dores do corpo para NUNCA sentir uma única emoção boa por ele. Nada, além de ódio. Até agora... Ele foi o único homem que me tocou, me beijou e até os xingamentos pesados eu aprendi com ele. Lúcius brigava comigo por xingar os outros e as coisas, mas quem me ensinou foi ele mesmo. Maldito! Desgraçado! Porque foi me dar a porra desse sangue? Olhei pra ele e vi seus olhos brilhando, vi o pulso direito com um corte e sangue saindo de lá, lambi os lábios. – Quer mais? – Concordei com a cabeça. Ele colocou a ferida do seu pulso na minha boca e eu comecei a
Kamilla e Maria Elena estavam realmente encurraladas no canto da cama e o que levou o tapa da Elena já estava se abaixando para pegá-las, enquanto o outro lobo-soldado estava mais próximo da porta, essa foi a cena que vi quando entrei no quarto. Todos olharam pra mim, surpresos, os soldados se entreolharam e começaram a sorrir da ameaça que fiz segundos antes. – Olha quem está aqui querendo participar da brincadeira também. – O lobo perto das meninas, o mesmo que ameaçou minha filha e proferiu palavras obscenas para elas, o que eu estava com mais vontade de matar. Ele era magro, alto e cabelo preto curto, Július. – O Alfa sabe que você está fora do quartinho de vocês? – O outro lobo, que estava mais próximo da porta e, portanto de mim, foi quem disse. Esse era careca, mais forte e gordo, César. Eu estava com o rosto sério, sem expressão, porém com a mandíbula apertada, quase rangendo os dentes e minhas mãos, que já eram garras pretas com pelos avermelhados, estavam nas costas para q
Minha barriga estava sangrando muito devido aos cortes das garras do César, minha blusinha já estava toda rasgada, cobrindo apenas a parte dos meus seios, a dor que eu estava sentindo era muita, mas precisava continuar e esperar meu corpo se regenerar para poder escapar daqui com as meninas que estavam em choque na cama.As roupas da Maria Elena estavam todas rasgadas e provavelmente ela estava com as costas feridas devido à brutalidade de Július, a sorte é que cheguei a tempo antes dele conseguir abusá-la. Mesmo assim, a humana estava ainda com medo e depois de me ver, o meu estado, ficou mais nervosa ainda. Eu a entendo, pois nunca tinha visto uma briga entre lobisomens na sua frente, e a minha Kamillinha, era somente uma criancinha de 5 anos, não recebia nenhum treinamento de luta, portanto não entendia bem as coisas. – Levantem-se, depressa! – Disse enquanto as pegava pelos braços. Eu realmente não queria ser grossa, mas devido ao barulho que causamos, com certeza já estavam cheg