Lisa olhava as roupas da loja que tinham acabado de entrar completamente hipnotizada e em choque, ver pelo lado de fora com a certeza de que nunca compraria algo assim e ver pelo lado de dentro eram sensações completamente diferentes. –Senhor Giovanni! Seja bem-vindo.– saudou o Gerente se aproximando e tomou um choque ao ver a mulher que acompanhava o homem. –S-Senhorita Lu...– –Ela precisa de um novo guarda roupa completo, a ajude em tudo que ela precisar– –C-claro.– respondeu ainda em choque olhando para mulher. Giovanni se virou para Lisa com seu leve e agradável sorriso. –Escolha tudo que te agradar, mas peça a opinião dele, ele é muito experiente nisso, eu vou esperar você aqui, quero ver como você vai ficar linda em tudo– –Mas Senhor....– Lisa se calou ao sentir Giovanni acariciar seu rosto sorrindo e deixou um beijo na testa dela. –Não se preocupe com nada, tudo que quero é ver você feliz e daqui para frente será assim, apenas peça e eu farei
–Lisa! Lisa!– gritava o Rapaz no lado de fora da pequena casa no campo. –Lisa!– A porta da casa foi aberta relevando um homem de cabelos grisalhos com uma carranca. –Garoto eu já disse para você parar de gritar em minha porta todas as manhãs como um galo.– disse o mais velho ranzinza e o rapaz apenas sorriu já acostumado com o mau humor dele. –Me desculpe Senhor Francesco, mas eu queria ver a Lisa, vou sair para cidade com o meu pai para vender os animais e não queria sair sem me despedir dela, ela ainda está aí?– –André!– Chamou a garota loira saindo da casa com um largo sorriso e se jogou nos braços do rapaz que a abraçou de volta com um sorriso igualmente largo e feliz, ele adorava aquele cheiro de flores do campo que só ela tinha, sua voz doce e seu sorriso sempre brilhante. –por que está ficando mais alto e forte? Eu sou 1 ano mais velha, isso não é justo!– Lisa cruzou os braços fingindo estar chateada e André sorriu a achando linda e fofa. –Bom isso é para que eu po
–Tia eu não posso voltar para toscana, se eu não poder ficar aqui eu não terei para onde ir– –fique calma.– Elisabeta falou para sua sobrinha ali no quarto. –Eu vou resolver isso, o Gabriel é um velho ranzinza mas ele deve estar ocupado com o jantar, depois eu falo com ele. Agora venha almoçar antes que os trabalhos começem. Elisabete levou sua sobrinha até a cozinha. –Elisabeta, Onde esteve? Me deixou aqui sozinha, sabe que o patrão vem hoje e temos muito que fazer.– Reclamou a cozinheira que servia para os demais funcionários da casa que almoçavam ali na cozinha do Anexo dos criados. –Eu disse a você que iria a estação pegar a minha sobrinha– –ah e onde ela está?– perguntou a mulher e viu a garota entrar ali na cozinha. –Boa tarde.– saudou Lisa com um sorriso educado. Todos se viraram para ver a tal sobrinha. –Madona Mia...– disse a cozinheira deixando cair a colher, e mais 6 pessoas ali se engasgaram, deixaram cair a colher o copo, e tossiam engasgados desde os
A comitiva de carros pretos entrou pelos portões da mansão, e o carro onde estava o chefe parou de frente a entrada da mansão onde estavam os criados em fila aguardando para receber seu patrão. A porta do carro foi aberta por um dos seguranças e de lá Desceu o homem de terno preto, cabelos pretos curtos num penteado simples mas elegante que combinava perfeitamente com seu rosto masculino, dono de um belo par de olhos azuis e um corpo com ombros largos e braços firmes assim como suas pernas. –Seja bem vindo Senhor Giovanni!– saudaram os criados num tom ordenado assim como suas posturas. O homem apenas fez um aceno de cabeça respondendo a saudação. –Seja bem vindo mestre.– Saudou o mordomo se aproximando do homem. –Gabriel!– Giovanni tirou um sorriso simples ao ver o homem mais velho, e abriu os braços indo até ele lhe dando um abraço e dois beijos no rosto. –Você organizou tudo isso? Deve tirar umas férias para descansar um pouco.– disse caminhando para dentro da mansão com
Giovanni ouvia seus pensamentos com os olhos ainda fixos na mulher a sua frente. –S-senhor...– Lisa se calou ao sentir a mão do homem em seu rosto a tocando de forma delicada e hesitante, e logo o olhar dele suavizou assim como o aperto em seu pulso. –Luna... Minha Luna– Giovanni pronunciou aquele nome que a tanto não pronunciava e seus lábios se encheram com um sorriso que há muito não sentia. –É você, minha Luna.– disse levantando a outra mão e segurou a outra parte do rosto dela mantendo assim o rosto dela em suas mãos. Lisa franziu o cenho e ficou um pouco desconfortável com ele a segurando daquela forma tão íntima, e passou de desconforto a rubor e desespero o que fez seu corpo congelar quando o homem deu um passo em sua direção fechando a distância entre seus corpos e acariciou a pele de sua bochecha com o polegar. –Você está aqui, você voltou para mim– Lisa entre abriu os lábios para poder dizer algo, mas seus olhos se arregalaram ao sentir os lábios quentes do home
–Acerte todas as contas com ela e a tire da minha casa, eu não a quero ver na minha frente outra vez– Lisa ouviu as palavras dele e levantou a cabeça com um olhar desesperado. –Sim senhor.– respondeu o mordomo e viram seu patrão sair da sala sem olhar para trás. Lisa acompanhou o homem com o olhar e sentiu seu peito apertar enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Ela não podia ser expulsa, não podia voltar para toscana, não tinha para onde ir. Seria por ter o rejeitado na noite anterior? –Venha comigo.– disse o Mordomo e Lisa acordou e o seguiu de cabeça baixa. O mordomo criou todas as condições para que Lisa fosse embora da mansão imediatamente, providenciou uma passagem, e um quarto numa pensão onde ela podia ficar até partir. Lisa simplesmente aceitou seu destino outra vez e saiu da casa com um futuro incerto sem saber para onde ir. 0000000 –Senhor?– Chamou o Assistente vendo que seu chefe não o respondia apenas mantinha o olhar fixo na parede do escritório. G
Antônio e Gabriel saíram da sala. –Nós não podemos fazer isso, não podemos trazer a garota de volta!– comentou Gabriel. –Eu sei mas viu o estado dele? A última vez que ele ficou assim foi quando perdeu a senhora Luna– –Mas aquela garota não é a senhor Luna!– –Mas e se ele voltar a ter uma crise? E se essa garota for a solução para ele se recuperar de vez?– –e se for apenas uma espiã enviada por outros grupos?– –Nós não temos outra escolha, sabe que se não o fizer ele fará por si mesmo e a encontrará de qualquer forma, temos de trazer aquela garota de volta se não quisermos perder o chefe outra vez– Gabriel suspirou frustrado, lhe custava admitir mas realmente era aquilo ou ver seu chefe perder o juízo outra vez. Tinham de encontrar aquela garota e a trazer de volta. ....... Lisa estava sentada na cama da pensão perto da estação de trem encarando o nada e perdida em pensamentos. Não sabia o que fazer, não podia voltar para Toscana pois aquele homem ainda estaria lá a
Lisa baixou a cabeça se rendendo, não podia deixar André morrer ali e por culpa sua. Giovanni fez um gesto com a cabeça para um de seus homens que entrou no quarto. –Espero que tenha ficado claro, se obedecer, ele ficará bem, caso não...– Giovanni aproximou seu rosto ao dela. –Eu garanto que você nunca mais o verá– Lisa sentiu seu braço voltar a ser puxado e dessa vez seguiu o homem sem oferecer resistência alguma até o carro. Alguns minutos depois, uma ambulância chegou e Lisa viu André sendo colocado nela numa maca e a ambulância partiu. –Satisfeita?– perguntou Giovanni que estava sentado no banco da frente do carro ao lado do motorista olhando para garota pelo espelho retrovisor. Lisa apenas baixou o olhar e sentiu outra lágrima lhe fugir. Pensou que nenhum homem podia ser pior que Guissepe Leonardo, mas aquele homem... ele era o pior. ...... Gabriel viu Giovanni entrar na mansão com a garota e suspirou derrotado pensando em como tudo iria começar de novo. –Man