–Acerte todas as contas com ela, não quero ela aqui.– disse e se levantou.
Lisa ouviu as palavras dele e levantou a cabeça com um olhar desesperado. –Sim senhor.– respondeu o mordomo e viram seu patrão sair da sala. Lisa acompanhou o homem com o olhar e sentiu seu peito apertar enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Seria por ela ter gritado com ele na noite passada? Ou por ter o rejeitado? –Venha comigo.– disse o Mordomo e Lisa acordou e o seguiu de cabeça baixa. O mordomo criou todas as condições para que Lisa fosse embora da mansão imediatamente, providenciou uma passagem para o dia seguinte, e um quarto numa pensão perto da estação onde ela podia ficar até partir. Lisa simplesmente aceitou seu destino, não conseguiria um emprego ali sem recomendações, além disso, se todas as pessoas daquela cidade eram assim, o melhor seria voltar para sua cidade e seguir sua vida por lá. 0000000 –Senhor?– Chamou o Assistente vendo que seu chefe não o respondia apenas mantinha o olhar fixo na parede do escritório. Giovanni piscou e olhou para o homem na sua frente. –Estava falando das vinícolas do sul, a produção baixou e...– –Como aquela garota foi parar na minha casa?– Giovanni cortou o outro que o encarou. –Disseram que é sobrinha de uma das funcionárias– –você... você também viu as semelhanças?– Antônio baixou o olhar para seu tablet como se não estivesse interessado. –Na verdade eu não achei tantas semelhanças, tirando a cor do cabelo e a cor dos olhos ela não tem nada haver, além disso, claramente é uma garota, quase uma menina ainda, diferente da senhora...– Antônio fez uma pausa. –ela era uma mulher, requintada e fina– Giovanni voltou a olhar para o assistente. –Então acha que estou louco?– –o que?– perguntou o encarando. –se eu não consigo mais identificar a mulher com quem passei metade da minha vida e a confundo com qualquer garota camponesa, eu devo estar ficando louco certo? Outra vez– –e-eu não quis dizer isso senhor, apenas que... Senhor? Onde vai?– perguntou ao ver o chefe se levantar. –eu vou tomar um ar– –em meia hora tem uma reunião com....– –Cancele.– disse e o Som da porta sendo fechada preencheu o local. Antônio suspirou. Aquela atitude dele fazia lembrar daquela época. Ele não voltaria a se afundar só porque viu uma garota semelhante a ela certo? Giovanni não foi visto nem tiveram notícias dele durante o resto do dia, e aquilo deixou todos preocupados pois não era do feitio dele sumir daquela forma, exceto por aquela época. Os homens o procuraram em todos os bares e clubes que costumava frequentar, todos os lugares que costumava ir. E o medo dele estar jogado em seu carro completamente entorpecido crescia em seus homens. Era quase meia noite quando o carro parou na frente do portão que imediatamente foi Aberto. Giovanni entrou na mansão passando por Antonio e pelo mordomo que estavam ali na entrada o esperando, e caminhou até a sala de estar se jogando na poltrona com a cabeça para trás. –Mestre, precisa de alguma coisa?– perguntou o Mordomo que não obteve resposta logo trocou olhares com o Assistente, mas sua troca de olhares foi interrompida pela Risada que ecoou pela sala. –ah, eu nem sequer posso ir ver o túmulo dela sem precisar pegar um vôo de mais de 2 horas. Eles simplesmente a deixaram ali, longe de mim, como se eu não tivesse direito algum sobre ela– –O Senhor foi para Paris?– perguntou Antônio. –Como mais eu posso ver ela? Se eles nem sequer me permitiram me despedir dela uma última vez? Eles simplesmente a colocaram Naquele buraco frio...sozinha.– disse ainda olhando para o teto com a cabeça jogada na poltrona. –Eu precisava ter certeza que ela estava lá... Com meus próprios olhos– Os dois voltaram a se encarar. –Eu vou marcar uma consulta com a Doutora Gema para amanhã.– disse o assistente e tirou seu celular. –Eu não estou louco, eu só...queria a ver, ter certeza que não era ela que estava aqui– Giovanni voltou a ficar em silêncio antes de se sentar e olhar para o mordomo. –aquela garota, onde ela está?– O homem manteve seu olhar firme no chefe. –Ela já se foi, senhor– –Se foi... Para onde ela se foi exatamente?– O homem ficou em silêncio. –Eu fiz uma pergunta, Gabriel.– disse sério encarando o mais velho. –eu não sei exatamente senhor, apenas providenciei tudo para que ela saísse da propriedade e assim foi– –Bom...– Giovanni se levantou. –a encontre e a traga de volta– –Senhor?– –Senhor eu acho que deveria ir se deitar e esperar amanhã quando estiver sóbrio.– propôs o assistente. –está dizendo que não sei o que digo?– perguntou encarando o outro. –de forma alguma senhor, Mas nesta manhã mandou ela embora, entendo que dele estar abalado após ter ido ver o túmulo da senhora Luna, mas tem de entender que elas não são a mesma pessoa, a senhora Luna se foi, e aquela garota não é ela.– disse de forma dura tentando atingir o chefe com a realidade. Giovanni ouviu as palavras do outro não se mostrando nem um pouco atingido. –Eu disse que quero ver ela, agora– –Senhor...– –Eu dei uma ordem!– disse elevando o tom de voz alertando os dois ali. –Tragam a garota aqui, agora– ...... Elisabeta Ouviu batidas urgentes em sua porta e foi a abrir se deparando com o mordomo ali com sua cara habitual ainda pior. –onde está a sua sobrinha?– –O que?– perguntou confusa pelo sono. –Onde está a sua sobrinha? Me leve até ela agora, o patrão deseja ve-la–Lisa dormia profundamente após ter passado boa parte da noite acordada pensando em sua volta, quando ouviu seu nome ser chamado ao longe em seu sonho, mas o som foi aumentando e aumentando junto com as batidas na porta. Lisa acordou e estranhou pensando em quem podia estar a chamando aquela hora e numa pensão, até reconhecer a voz. –Tia?– disse indo abrir a porta com a cara sonolenta e viu a mulher ali. –tia, o que faz aqui a essa hora?– perguntou e viu o mordomo parado ao lado da tia. –Ande pegue suas coisas, você vai voltar para mansão.– disse a mulher. –o que?– perguntou a garota ainda mais confusa. –o patrão mandou chamar você de volta, ande se apresse menina.– disse entrando no quarto começando a pegar as coisas da moça que já estavam arrumadas para viagem do dia seguinte. –tia pare! O que pensa que está fazendo?– perguntou tirando a maleta das mãos da mulher. –eu não vou voltar– –Do que está falando garota boba?– –eu disse que não vou voltar! O que pensa que e
A mão dele desceu gentilmente pelo corpo delicado até o quadril dela onde a segurou firme contra seu corpo. Lisa se assustou ao sentir seu corpo ser erguido e se apoiou aos ombros dele o olhando ali de cima com o rosto completamente ruborizado e o olhar nervoso e assustado. Os dois se encararam, e quando Lisa ia dizer algo, sentiu o homem dar um passo em direção a sua cama, e num segundo ela já estava ali deitada de costas com ele sobre ela entre suas pernas e o vestido que subiu expondo suas coxas. Giovanni não tardou para voltar a colocar seu corpo sobre o dela, se encaixando entre as pernas da moça que corou ao sentir a ereção dele pressionar sua intimidade, o que a fez acordar do transe que estava olhando para os olhos dele, então piscou e antes que ele pudesse se aproximar para lhe tomar os lábios outra vez, Lisa virou o rosto para o lado e apoiou as mãos sobre o peito dele. –p-por favor pare.– disse ainda olhando para o lado. Giovanni olhou para moça com seu olhar comp
Giovanni acordou naquela manhã e se arrumou para sair, mas enquanto se preparava na frente do espelho, parou de ajeitar sua gravata se lembrando da mulher que costumava ajeitar ela para si tão carinhosamente todas as manhãs, e nisso vieram a sua mente imagens da noite anterior e sua cara se tornou numa carranca de desgosto. –ah, eu realmente fiz isso? Eu devo estar ficando louco.– disse se lembrando do momento naquele quarto precário da pensão e em como ele acariciava o corpo daquela garota. –Realmente estava fora de mim.– disse e saiu do quarto. O homem chegou a mesa do café da manhã que já estava posta, se sentou começando a comer tranquilamente enquanto verificava as notícias em seu Tablet. Gabriel que estava parado ao lado coçou a garganta antes de começar. –Senhor, tem alguma área específica que gostaria que a moça trabalhasse?– –Moça?– perguntou olhando para o mais velho. –Sim, a Sobrinha da senhora Elisabeta– –ah, ela.– disse e ficou uns segundos em silêncio
Os dias se passaram e Lisa foi se adaptando a sua nova rotina, acordar, receber as roupas que as criadas da casa grande recolhiam dos quartos e lhe davam, não era muita roupa então tinha tempo para ajudar sua tia nas tarefas dela mesmo ela sempre insistindo naquele assunto desagradável. Felizmente, não tinha falado nem cruzado com o patrão naqueles dias, mal o via pois ele quase que passava o dia todo fora, e aquilo foi um alivio ao pensar que ele certamente tinha feito aquelas coisas porque estava bêbado, e agora ela era só uma empregada invisível para ele como qualquer outra. Giovanni decidiu ir para casa mais sedo naquele dia antes de seu compromisso nocturo e relaxar um pouco já que tinham sido dias puxados ajeitando tudo e se pondo a par de tudo que aconteceu enquanto esteve fora. O homem saiu do banheiro após seu banho, vestiu roupas confortáveis, e saiu caminhando pela mansão afim de ir até o terraço de onde podia ver a vista completa de sua propriedade, aquela vista que
Os homens vestidos de preto entraram na boate chamando a atenção de todos, principalmente o homem na frente que se destacava por sua aparência e porte físico. –Senhor Giovanni, É um prazer recebê-lo novamente em nosso estabelecimento, já faz um tempo que não nos visita.– disse o dono da boate de forma bajuladora. –Eles já chegaram?– perguntou sem dar muita importância– –Sim senhor, estão na sala privado o esperando, por favor me acompanhe– Giovanni e seus homens seguiram o homem que foi na frente subindo as escadas para o segundo andar, e abriu a porta da sala onde estavam dois homens sentados em poltronas com alguns homens parados atrás deles. –Senhor Giovanni.– disse o mais velho sorrindo e se levantou indo até o mais novo e apertaram as mãos. –É Muito bom tê-lo de volta, não sabe a falta que fez– –Também é bom vê-lo, Senhor Presidente– –Assim que soube que estava de volta a Itália, a minha filha me pediu para o convidar para um Jantar no Palácio, espero que não se
–S-Senhor, precisa de alguma coisa?– perguntou Lisa receiosa tentando conter seu nervosismo que aumentou assim como seus batimentos ao ver o homem se levantar da cama e caminhar na direção dela. Lisa recuou mas suas costas encontraram a madeira da porta enquanto o homem chegava mais perto, perto o suficiente para ela sentir o cheiro do perfume dele misturado a algo mais que ela não soube identificar. Giovanni olhou para moça fixamente e levou sua mão até o rosto dela o tocando e se inclinou aproximando seus rostos. –Você é tão bela, tão perfeita– Lisa sentiu seu rosto esquentar com a proximidade dele e mais ainda ele a encarando daquela forma e dizendo aquelas palavras. Recebia elogios de homens por sua aparência com certa frequência, mas ouvir especificamente daquele homem fazia seu coração acelerar e sentir coisas em seu estômago. Giovanni fechou os olhos e beijou a testa da moça, um beijo demorado ainda segurando o rosto dela, e logo seus lábios foram até a bochecha ros
Giovanni abriu os polhos sentindo sua cabeça latejar fortemente, e cobriu seus olhos com a mão para bloquear a claridade do sol. Aquela sensação, ele conhecia bem aquela Sensação. Aquelas mulheres tinham o drogado? Mais um motivo para ele não se envolver com aquele tipo de mulheres. Giovanni suspirou e tirou a mão de seus olhos mas franziu o cenho ao ver aquele teto desconhecido, se sentou e olhou a volta notando que aquele não era seu quarto e nem um quarto da boate, parecia um quarto de sua casa mas... Giovanni olhou para o lado da cama vendo a moça ali deitada dormindo profundamente com o corpo nu mal coberto pelo fino lençol, e seu cérebro parou por alguns segundos, logo olhou para seu próprio corpo notando sua nudez por baixo do lençol. "O que aconteceu aqui?" .....Antônio sentiu a demora de seu chefe para o café da manhã, e foi até o quarto dele o procurar. Bateu a porta e entrou, logo viu o homem sair do banheiro com o roupão. –Bom dia senhor– Saudou mas não
Lisa saiu da cozinha com lágrimas nos olhos pensando em como andou o dia todo com aquelas marcas expostas igual uma tonta mostrando a vergonha que tinha feito na noite anterior, e Certamente não demoraria para se espalhar o que ela tinha feito com o patrão. –Lisa!– Chamou Elisabeta e alcançou a sobrinha. –ah minha filha!– disse Elisabeta a abraçando e Lisa a abraçou de volta achando que era um abraço de conforto e estava precisando. Elisabeta desfez o abraço e levou a garota até um banco ali perto. –Me diz como foi? Você foi até o quarto dele ou ele te chamou lá?– Lisa ficou vermelha e voltou a baixar a cabeça. –Ah não seja tímida! Isso acontece entre um homem e uma mulher, como acha que seus pais fizeram você?– –Tia!– –apenas me conte como foi, Ele te procurou primeiro?– –s-sim– –e como ele estava? Apaixonado? Fogoso? Ele foi delicado ou bruto?– –Eu não sei, as vezes era delicado e outras vezes bruto.– Lisa olhou para o lado. –foi minha primeira vez