CAPÍTULO 5: voltando atrás

–Acerte todas as contas com ela, não quero ela aqui.– disse e se levantou.

Lisa ouviu as palavras dele e levantou a cabeça com um olhar desesperado.

–Sim senhor.– respondeu o mordomo e viram seu patrão sair da sala.

Lisa acompanhou o homem com o olhar e sentiu seu peito apertar enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Seria por ela ter gritado com ele na noite passada? Ou por ter o rejeitado?

–Venha comigo.– disse o Mordomo e Lisa acordou e o seguiu de cabeça baixa.

O mordomo criou todas as condições para que Lisa fosse embora da mansão imediatamente, providenciou uma passagem para o dia seguinte, e um quarto numa pensão perto da estação onde ela podia ficar até partir.

Lisa simplesmente aceitou seu destino, não conseguiria um emprego ali sem recomendações, além disso, se todas as pessoas daquela cidade eram assim, o melhor seria voltar para sua cidade e seguir sua vida por lá.

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–Senhor?– Chamou o Assistente vendo que seu chefe não o respondia apenas mantinha o olhar fixo na parede do escritório.

Giovanni piscou e olhou para o homem na sua frente.

–Estava falando das vinícolas do sul, a produção baixou e...–

–Como aquela garota foi parar na minha casa?– Giovanni cortou o outro que o encarou.

–Disseram que é sobrinha de uma das funcionárias–

–você... você também viu as semelhanças?–

Antônio baixou o olhar para seu tablet como se não estivesse interessado.

–Na verdade eu não achei tantas semelhanças, tirando a cor do cabelo e a cor dos olhos ela não tem nada haver, além disso, claramente é uma garota, quase uma menina ainda, diferente da senhora...– Antônio fez uma pausa. –ela era uma mulher, requintada e fina–

Giovanni voltou a olhar para o assistente.

–Então acha que estou louco?–

–o que?– perguntou o encarando.

–se eu não consigo mais identificar a mulher com quem passei metade da minha vida e a confundo com qualquer garota camponesa, eu devo estar ficando louco certo? Outra vez–

–e-eu não quis dizer isso senhor, apenas que... Senhor? Onde vai?– perguntou ao ver o chefe se levantar.

–eu vou tomar um ar–

–em meia hora tem uma reunião com....–

–Cancele.– disse e o Som da porta sendo fechada preencheu o local.

Antônio suspirou. Aquela atitude dele fazia lembrar daquela época. Ele não voltaria a se afundar só porque viu uma garota semelhante a ela certo?

Giovanni não foi visto nem tiveram notícias dele durante o resto do dia, e aquilo deixou todos preocupados pois não era do feitio dele sumir daquela forma, exceto por aquela época.

Os homens o procuraram em todos os bares e clubes que costumava frequentar, todos os lugares que costumava ir. E o medo dele estar jogado em seu carro completamente entorpecido crescia em seus homens.

Era quase meia noite quando o carro parou na frente do portão que imediatamente foi Aberto.

Giovanni entrou na mansão passando por Antonio e pelo mordomo que estavam ali na entrada o esperando, e caminhou até a sala de estar se jogando na poltrona com a cabeça para trás.

–Mestre, precisa de alguma coisa?– perguntou o Mordomo que não obteve resposta logo trocou olhares com o Assistente, mas sua troca de olhares foi interrompida pela Risada que ecoou pela sala.

–ah, eu nem sequer posso ir ver o túmulo dela sem precisar pegar um vôo de mais de 2 horas. Eles simplesmente a deixaram ali, longe de mim, como se eu não tivesse direito algum sobre ela–

–O Senhor foi para Paris?– perguntou Antônio.

–Como mais eu posso ver ela? Se eles nem sequer me permitiram me despedir dela uma última vez? Eles simplesmente a colocaram Naquele buraco frio...sozinha.– disse ainda olhando para o teto com a cabeça jogada na poltrona.

–Eu precisava ter certeza que ela estava lá... Com meus próprios olhos–

Os dois voltaram a se encarar.

–Eu vou marcar uma consulta com a Doutora Gema para amanhã.– disse o assistente e tirou seu celular.

–Eu não estou louco, eu só...queria a ver, ter certeza que não era ela que estava aqui–

Giovanni voltou a ficar em silêncio antes de se sentar e olhar para o mordomo.

–aquela garota, onde ela está?–

O homem manteve seu olhar firme no chefe. –Ela já se foi, senhor–

–Se foi... Para onde ela se foi exatamente?–

O homem ficou em silêncio.

–Eu fiz uma pergunta, Gabriel.– disse sério encarando o mais velho.

–eu não sei exatamente senhor, apenas providenciei tudo para que ela saísse da propriedade e assim foi–

–Bom...– Giovanni se levantou.

–a encontre e a traga de volta–

–Senhor?–

–Senhor eu acho que deveria ir se deitar e esperar amanhã quando estiver sóbrio.– propôs o assistente.

–está dizendo que não sei o que digo?– perguntou encarando o outro.

–de forma alguma senhor, Mas nesta manhã mandou ela embora, entendo que dele estar abalado após ter ido ver o túmulo da senhora Luna, mas tem de entender que elas não são a mesma pessoa, a senhora Luna se foi, e aquela garota não é ela.– disse de forma dura tentando atingir o chefe com a realidade.

Giovanni ouviu as palavras do outro não se mostrando nem um pouco atingido.

–Eu disse que quero ver ela, agora–

–Senhor...–

–Eu dei uma ordem!– disse elevando o tom de voz alertando os dois ali.

–Tragam a garota aqui, agora–

......

Elisabeta Ouviu batidas urgentes em sua porta e foi a abrir se deparando com o mordomo ali com sua cara habitual ainda pior.

–onde está a sua sobrinha?–

–O que?– perguntou confusa pelo sono.

–Onde está a sua sobrinha? Me leve até ela agora, o patrão deseja ve-la–

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