Giovanni acordou naquela manhã e se arrumou para sair, mas enquanto se preparava na frente do espelho, parou de ajeitar sua gravata se lembrando da mulher que costumava ajeitar ela para si tão carinhosamente todas as manhãs, e nisso vieram a sua mente imagens da noite anterior e sua cara se tornou numa carranca de desgosto.
–ah, eu realmente fiz isso? Eu devo estar ficando louco.– disse se lembrando do momento naquele quarto precário da pensão e em como ele acariciava o corpo daquela garota. –Realmente estava fora de mim.– disse e saiu do quarto. O homem chegou a mesa do café da manhã que já estava posta, se sentou começando a comer tranquilamente enquanto verificava as notícias em seu Tablet. Gabriel que estava parado ao lado coçou a garganta antes de começar. –Senhor, tem alguma área específica que gostaria que a moça trabalhasse?– –Moça?– perguntou olhando para o mais velho. –Sim, a Sobrinha da senhora Elisabeta– –ah, ela.– disse e ficou uns segundos em silêncio com a expressão estóica. –a coloque em qualquer lugar que achar melhor, ela disse que veio aqui trabalhar certo? Então de algo para ela fazer.– disse voltando seus olhos para o tablet. –Sim senhor– O mordomo viu seu patrão sair como todos os dias e sorriu feliz, pensou que a volta daquela garota ali fosse o mudar outra vez, mas pelos vistos foi apenas um surto devido a embriaguez, ele ainda era seu jovem mestre sensato. Claro que ele queria que o mais novo voltasse a encontrar o amor, se esforçou muito para que ele encontrasse alguém para o consolar e quem sabe dividir a vida, mas depois daquele Incidente o jovem tinha se fechado para qualquer mulher, e quando finalmente demonstra interesse foi para uma garota do campo que a única coisa que tinha de especial era a aparência da falecida, tirando isso, não passava de uma garota comum, e não era aquilo que ele queria para seu mestre, ele queria uma mulher digna e a altura dele, e tinha esperanças que um dia seu chefe encontraria a mulher certa, a mulher com quem se casaria e formaria uma família, e então aquela casa voltaria a ser uma casa feliz e cheia de energia, um lar como foi anos atrás, com crianças correndo pelos corredores, e jantares majestosos. Gabriel sorriu imaginando aquela cena, mas seu sorriso se tornou num sorriso triste ao lembrar de tudo que aconteceu a família Santori di Marino num só ano. O homem suspirou e voltou para dentro da mansão, caminhou pelos corredores até chegar a aquele quarto e bateu a porta. Lisa abriu a porta e já baixou olhar ao ver o homem ali. Sabia que ele não gostava e nem a queria ali. –me siga, vou lhe mostrar o seu trabalho.– disse o homem e saiu, logo a moça o seguiu atrás. ..... –Na lavandaría? Aquele homem te jogou na lavandaría? Quem ele pensa que é aquele velho.– reclamou Elisabeta ali na lavandaría onde sua sobrinha organizava os lençóis. –Eu estou feliz, assim não vou precisar trabalhar na casa grande e não terei de ver o patrão– –pare de ser boba menina! Você tinha de trabalhar na casa grande como vai se aproximar do patrão estando aqui atolada em roupa suja?– –eu não quero me aproximar dele– –ah garota tola!– disse dando um leve tapa nas costas da sobrinha. –ai!– reclamou Lisa. –Você não vê a oportunidade que está em suas mãos? O patrão te trouxe aqui pessoalmente, não vê a oportunidade de ouro que está na sua frente?– Lisa fez uma cara confusa. –O patrão está apaixonado por Você, ele quer você como mulher– Lisa corou se lembrando dos momentos no quarto dele e no quarto da pensão. –Não vê como ele te olha? Com desejo e paixão, e se você fizer tudo direito, aquele homem poderoso vai se rastejar em seus pés, pense em todo que ele pode te dar, tudo que você desejar, ele pode tratar você como uma Rainha– –Tia pare! Pare de dizer essas coisas, Eu não quero nada disso, eu quero distância daquele homem, e de suas intenções estranhas, eu apenas quero trabalhar, e o pagamento aqui é muito bom então eu não preciso fazer nenhum trabalho "extra" eu vou conseguir o que quero pelo meu mérito sem precisar me submeter a nada vergonhoso, então pare de insistir e de falar essas coisas, e da Licença que eu preciso trabalhar– A mulher suspirou, olhou para aquela garota ingénua pensando no trabalhão que seria mudar a cabeça dela, mas ela daria um jeito, ela a tornaria na Senhora Santori di Marino a qualquer custo.Os dias se passaram e Lisa foi se adaptando a sua nova rotina, acordar, receber as roupas que as criadas da casa grande recolhiam dos quartos e lhe davam, não era muita roupa então tinha tempo para ajudar sua tia nas tarefas dela mesmo ela sempre insistindo naquele assunto desagradável. Felizmente, não tinha falado nem cruzado com o patrão naqueles dias, mal o via pois ele quase que passava o dia todo fora, e aquilo foi um alivio ao pensar que ele certamente tinha feito aquelas coisas porque estava bêbado, e agora ela era só uma empregada invisível para ele como qualquer outra. Giovanni decidiu ir para casa mais sedo naquele dia antes de seu compromisso nocturo e relaxar um pouco já que tinham sido dias puxados ajeitando tudo e se pondo a par de tudo que aconteceu enquanto esteve fora. O homem saiu do banheiro após seu banho, vestiu roupas confortáveis, e saiu caminhando pela mansão afim de ir até o terraço de onde podia ver a vista completa de sua propriedade, aquela vista que
Os homens vestidos de preto entraram na boate chamando a atenção de todos, principalmente o homem na frente que se destacava por sua aparência e porte físico. –Senhor Giovanni, É um prazer recebê-lo novamente em nosso estabelecimento, já faz um tempo que não nos visita.– disse o dono da boate de forma bajuladora. –Eles já chegaram?– perguntou sem dar muita importância– –Sim senhor, estão na sala privado o esperando, por favor me acompanhe– Giovanni e seus homens seguiram o homem que foi na frente subindo as escadas para o segundo andar, e abriu a porta da sala onde estavam dois homens sentados em poltronas com alguns homens parados atrás deles. –Senhor Giovanni.– disse o mais velho sorrindo e se levantou indo até o mais novo e apertaram as mãos. –É Muito bom tê-lo de volta, não sabe a falta que fez– –Também é bom vê-lo, Senhor Presidente– –Assim que soube que estava de volta a Itália, a minha filha me pediu para o convidar para um Jantar no Palácio, espero que não se
–S-Senhor, precisa de alguma coisa?– perguntou Lisa receiosa tentando conter seu nervosismo que aumentou assim como seus batimentos ao ver o homem se levantar da cama e caminhar na direção dela. Lisa recuou mas suas costas encontraram a madeira da porta enquanto o homem chegava mais perto, perto o suficiente para ela sentir o cheiro do perfume dele misturado a algo mais que ela não soube identificar. Giovanni olhou para moça fixamente e levou sua mão até o rosto dela o tocando e se inclinou aproximando seus rostos. –Você é tão bela, tão perfeita– Lisa sentiu seu rosto esquentar com a proximidade dele e mais ainda ele a encarando daquela forma e dizendo aquelas palavras. Recebia elogios de homens por sua aparência com certa frequência, mas ouvir especificamente daquele homem fazia seu coração acelerar e sentir coisas em seu estômago. Giovanni fechou os olhos e beijou a testa da moça, um beijo demorado ainda segurando o rosto dela, e logo seus lábios foram até a bochecha ros
Giovanni abriu os polhos sentindo sua cabeça latejar fortemente, e cobriu seus olhos com a mão para bloquear a claridade do sol. Aquela sensação, ele conhecia bem aquela Sensação. Aquelas mulheres tinham o drogado? Mais um motivo para ele não se envolver com aquele tipo de mulheres. Giovanni suspirou e tirou a mão de seus olhos mas franziu o cenho ao ver aquele teto desconhecido, se sentou e olhou a volta notando que aquele não era seu quarto e nem um quarto da boate, parecia um quarto de sua casa mas... Giovanni olhou para o lado da cama vendo a moça ali deitada dormindo profundamente com o corpo nu mal coberto pelo fino lençol, e seu cérebro parou por alguns segundos, logo olhou para seu próprio corpo notando sua nudez por baixo do lençol. "O que aconteceu aqui?" .....Antônio sentiu a demora de seu chefe para o café da manhã, e foi até o quarto dele o procurar. Bateu a porta e entrou, logo viu o homem sair do banheiro com o roupão. –Bom dia senhor– Saudou mas não
Lisa saiu da cozinha com lágrimas nos olhos pensando em como andou o dia todo com aquelas marcas expostas igual uma tonta mostrando a vergonha que tinha feito na noite anterior, e Certamente não demoraria para se espalhar o que ela tinha feito com o patrão. –Lisa!– Chamou Elisabeta e alcançou a sobrinha. –ah minha filha!– disse Elisabeta a abraçando e Lisa a abraçou de volta achando que era um abraço de conforto e estava precisando. Elisabeta desfez o abraço e levou a garota até um banco ali perto. –Me diz como foi? Você foi até o quarto dele ou ele te chamou lá?– Lisa ficou vermelha e voltou a baixar a cabeça. –Ah não seja tímida! Isso acontece entre um homem e uma mulher, como acha que seus pais fizeram você?– –Tia!– –apenas me conte como foi, Ele te procurou primeiro?– –s-sim– –e como ele estava? Apaixonado? Fogoso? Ele foi delicado ou bruto?– –Eu não sei, as vezes era delicado e outras vezes bruto.– Lisa olhou para o lado. –foi minha primeira vez
Lisa entrou em seu quarto e parou na porta olhando a cama enquanto via a imagem de dois corpos nus ali fazendo sexo cheio de luxúria. Ela se lembrou do olhar frio que ele lhe direcionou mais cedo e o mesmo olhar lhe tinha sido dado minutos atrás, Lisa sorriu triste de si mesma. O que ela esperava? Que um homem distinto como ele entrasse num compromisso com uma empregada como ela? Já tinha sido um favor um homem como ele ter um mínimo interesse nela. Talvez ela realmente tivesse se deslumbrado e se super valorizado com os olhares que ele lhe lançava. Bom, ele já tinha conseguido o que queria e provavelmente aquilo era tudo e tudo terminaria ali, então não valia a pena ficar pensando naquilo, apenas tinha de aceitar o que já foi, aceitar que para ele ela foi apenas um passatempo de uma noite. Lisa pegou suas coisas indo para o banho onde esfregou seu corpo com tanta força que sua pele ficou vermelha, como se aquela escova pudesse tirar a sujeira com a qual ela tinha manchado seu
Lisa não se deu o trabalho deajeitar suas roupas ou cabelo para estar "apresentável" ao patrão, apenas subiu as escadas e caminhou pelo corredor até o quarto parando em frente a porta. A garota ficou ali parada por um tempo pensando se deveria mesmo entrar, mas não queria correr o risco de ser demitida por não obedecer ao homem que pagava seu salário então deu leves batidas na porta sentindo seu coração acelerar com a possibilidade de ver aquele homem outra vez. Alguns segundos se passaram e nenhuma resposta veio do outro lado. Lisa voltou a bater na porta e seu coração deu um pulo ao ouvir a voz masculina grave e arrastada do outro lado da porta –entre– A moça suspirou tentando se acalmar. Só tinha de entrar, pegar as roupas e sair, nem precisava olhar para ele, afinal, ele também não queria olhar para ela. Lisa colocou a mão na maçaneta e abriu a porta. Seus olhos correram pelo local e pararam na cama onde estava o homem deitado apenas com um Roupão e com u
Giovanni se arrumava em frente ao espelho enquanto ouvia seu assistente falar sobre seu programa do dia, mas seus olhos estavam fixos em seu reflexo e pensando naquela garota. Entendia ter feito aquilo com ela quando estava drogado, e ter ido a levar de volta para casa quando estava embriagado, certamente pela semelhança dela com Luna ele a queria ali por perto, mas aquilo o estava afetando mesmo sóbrio. quando olhava para ela não podia evitar de se aproximar dela, querer olhar para ela, toca-la, sentir o cheiro da pele dela, o cheiro de seus cabelos e olhar naqueles olhos que o prendiam. Era como olhar para ela, tão idênticas como se fossem a mesma pessoa, desde o rosto, a voz até o corpo tão delicado, macio e imaculado como de um anjo... –Senhor?– Chamou Antônio ao notar que já passava um tempo que seu chefe estava se encarando no espelho. –está tudo bem? Devo cancelar?– –Não, eu estou bem.– disse se virando. Antônio olhou o machucado no lábio do chefe e quis pergu