CAPÍTULO 4: Uma decisão inesperada

Giovanni ouvia seus pensamentos com os olhos ainda sobre a mulher na sua frente.

–S-senhor...– Lisa se calou ao sentir a mão do homem em seu rosto a tocando de forma delicada e hesitante, e logo o olhar dele suavizou assim como o aperto em seu pulso.

–Luna...– Giovanni pronunciou aquele nome que a tanto não pronunciava e seus lábios se encheram com um sorriso que há muito não sentia.

–É você, minha Luna.– disse levantando a outra mão e segurou a outra parte do rosto dela mantendo assim o rosto dela em suas duas mãos.

Lisa franziu o cenho e ficou um pouco desconfortável com ele a segurando daquela forma tão íntima, e passou de desconforto a rubor e desespero quando O homem deu um passo em sua direção fechando a distância entre seus corpos e acariciou a pele de sua bochecha com o polegar.

–Você está aqui, você voltou para mim–

Lisa entre abriu os lábios para poder dizer algo, mas seus olhos se arregalaram ao sentir os lábios quentes do homem nos seus, seu corpo ficou sem reação por segundos até Sentir o homem aprofundar o beijo fazendo a língua quente dele deslizar suavemente para dentro de sua boca, e a mão dele descer por suas costas até a base a segurando contra o corpo dele.

Lisa acordou do choque e levou suas mãos até o peito do homem o afastando e deu passos para trás com as costas de sua mão cobrindo sua boca, enquanto olhava para ele ainda em choque.

Lisa não se demorou mais ali e caminhou rapidamente até a porta, mas quando pegou na maçaneta para a abrir, seu pulso voltou a ser segurado com força e logo seu corpo foi virado e suas costas pressionadas contra porta.

–Me solte! O que pensa que está fazendo?– Lisa tentou se defender com seu braço solto, mas ele logo foi igualmente preso contra parede ao lado de sua cabeça.

Giovanni olhava para mulher, ouvia a voz e sentia que estava enlouquecendo a cada segundo.

–Luna...–

–Eu não sou Luna! O meu nome é Lisa!– gritou desesperada com lágrimas nos olhos e viu o homem fazer uma cara de confusão.

–Lisa?–

–e-eu sou a nova empregada da casa, eu só vim trabalhar, p-por favor me deixe ir.– pediu com lágrimas correndo de seus olhos.

Giovanni olhou para garota se sentindo mais confuso.

Batidas foram dadas na porta.

–Senhor Santori, está tudo bem?– perguntou a voz masculina do outro lado da porta.

–p-por favor Senhor.– pediu Lisa outra vez e após um tempo a encarando, Giovanni soltou seus pulsos e se afastou.

Lisa rapidamente se virou, abriu a porta e passou pelo homem ali fora correndo pelo corredor.

Antônio olhou para moça correndo e olhou para dentro do quarto onde estava seu chefe com aquela expressão que ele não via há anos.

–Senhor Santori, está tudo bem?–

......

Lisa entrou no quarto, fechou a porta e foi até a cama se cobrindo até a cabeça enquanto lágrimas ainda lhe corriam, a forma como aquele homem havia invadido sua boca, a forma como ele a segurou colando seu corpo ao dele, a mão dele...

–Lisa! O que foi? Como foi?– perguntou a Tia preocupada entrando no quarto e apenas ouviu um soluço ali por baixo das cobertas.

A mulher suspirou já imaginando que as coisas não foram como ela esperava, aquela garota com certeza iria dar trabalho.

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O Assistente olhava para seu chefe ali sentado na mesa do café da manhã há um tempo, sem tocar comida alguma e olhando para um ponto fixo.

–Aquela garota.– se pronunciou e o outro deu um sobressalto ao ouvir a voz dele.

–Traga ela aqui–

Antônio olhou para o mordomo parado do outro lado, ao qual ele já tinha contado sobre o ocorrido da noite anterior.

O mordomo suspirou e se curvou antes de sair da sala.

.....

–Você não vai falar nada? Vai ficar aí sentada como uma boneca o dia todo?– perguntou Elisabeta para sua sobrinha que estava quieta desde que acordou, fez a cama e se sentou nela olhando para baixo.

–o que aconteceu ontem no quarto do senhor Giovanni? O que ele disse quando te viu? Fez alguma coisa?–

Lisa levantou a cabeça olhando para sua tia.

–foi por isso que a senhora me disse para ficar?– perguntou sentindo as lágrimas voltarem aos seus olhos.

–A senhora me mandou propositalmente para o quarto daquele homem para ele me...– um nó se formou em sua garganta e uma lágrima lhe fugiu.

–por que a senhora me disse para ficar? Para que tipo de trabalho exatamente me trouxe aqui? Para eu ser um divertimento para o patrão?–

–menina do que está falando?– Elisabeta fez uma cara de indignada e chocada, e se sentou ao lado da sobrinha ali na cama lhe segurando a mão.

–Eu jamais faria isso, você é minha sobrinha preciosa, e eu quero ajudar você a estudar, não é para isso que você veio aqui?–

–então por que me arrumou e me disse para ir ao quarto daquele homem? Ele estava seminu e...– Lisa se calou envergonhada se lembrando daqueles acontecimentos pois nunca tinha tido tal experiência com um homem e para ela aquilo foi de mais.

–e o que? O que ele fez?–

Alguém bateu a porta e as duas olharam para mesma.

Elisabeta se levantou indo atender e ficou nervosa ao ver o mordomo ali.

–Senhor Gabriel, o que faz aqui? Precisa de alguma coisa?–

O homem olhou duramente para mulher.

–Eu disse para a mandar embora–

–Do que está falando?–

–Não me faça de idiota Senhora Elisabeta, você manteve a sua sobrinha aqui e ainda a mandou para o quarto do senhor Giovanni, no que estava pensando? Faz ideia da confusão que causou–

–Eu não fiz por mal, não conseguimos bilhetes para ela ir ontem e ela não tem outro lugar para ficar aqui na cidade. E ontem a noite o patrão precisava de algo e nenhuma criada estava disponível então eu mandei a minha sobrinha ir já que...–

–Senhora Elisabeta!– gritou o homem num tom controlado sem desfazer sua postura, alertando a mulher que se calou e baixou o olhar.

O mordomo suspirou tentando se manter calmo.

–o patrão quer ver ela.– Elisabeta levantou a cabeça surpresa.

–Se apresse, eu a esperarei aqui–

–S-Sim senhor.– disse mal conseguindo conter seu sorriso e entrou no quarto.

–se levante rápido rápido.– disse indo até a moça e a levantou começando a ajeitar seu cabelo e roupas. –ah esse vestido está péssimo, Vamos o trocar–

–do que a senhora está falando? Por que eu preciso me trocar?–

–o patrão quer ver você.– disse sorrindo.

–o...o patrão?–

–Sim! Rápido se vista–

Lisa afastou a mão da tia e a olhou.

–eu não vou–

–do que está falando? Não diga absurdos e se apresse–

–eu já disse que não vou.– disse séria.

A mulher olhou séria para sobrinha.

–Então é isso? Você quer trabalhar aqui para estudar mas não quer atender a um chamado do próprio patrão? É assim que pensa em trabalhar e realizar seu sonho?–

Lisa baixou o olhar.

Elisabeta suspirou. –ele apenas quer conversar com você, o Senhor Giovanni é um homem respeitado e honrado, o que pensa que ele vai fazer com você? Não se ponha com ideias só porque é bonita, bom se não quer faça como quiser, eu vou a estação e compro o bilhete para você voltar.– Elisabeta se virou para sair.

–espere!– Lisa segurou na mão da Tia com as duas mãos.

–e-esta bem, eu vou ver ele–

A mulher sorriu antes de se virar para sobrinha.

–ótimo, troque esse vestido que você não está apresentável para ir a casa grande–

–Senhora Elisabeta.– Chamou o mordomo do outro lado da porta a avisando para se apressar.

–ah não temos tempo, bom tente parecer o mais recente possível– disse desfazendo rapidamente a trança da moça e ajeitou seus cabelos antes de sorrir para ela.

–vai, e lembre-se, o Senhor Giovanni é um homem generoso com pessoas que o agradam–

Lisa baixou o olhar e seguiu a tia para fora do quarto onde estava o mordomo que a olhou de cima a baixo com aquele olhar soberbo, soltou um suspiro e se virou indo na frente.

–vai!– Elisabete empurrou a sobrinha levemente pelas costas, e esta seguiu o homem atrás e em silêncio.

Lisa viu o homem parar na frente da grande porta, e se virou baixando o olhar para a encarar, não disse nada e abriu a porta dando passagem para ela entrar.

A moça apertou seus dedos com as mãos na frente de seu corpo, e caminhou entrando na sala de jantar onde tinha a enorme mesa com o homem sentado na ponta, um homem parado ao lado dele, e três criadas paradas num canto.

Giovanni olhou para moça que tinha acabado de entrar com os olhos fixos nela como na noite anterior, e passou seus olhos por ela de cima a baixo, e voltou a olhar para ela.

–Se aproxime.– disse o homem assustando a moça pelo tom de sua voz.

Lisa caminhou receiosa até estar perto dele, mas há uma distância segura.

Giovanni continuou encarando a jovem.

–quem é você?–

Lisa olhou para o homem encontrando os olhos azuis profundos, e imediatamente desviou o olhar baixando a cabeça.

–Lisa Benedito.– respondeu com a voz baixa mas audível.

–quantos anos você tem?–

–fiz 18 ha poucos meses–

–...quem são seus pais?–

–os meus pais faleceram, eu fui criada por meus tios que são camponeses num vilarejo em Toscana–

–ãh, então é uma orfã...– Giovanni brincou com o garfo em sua mão sobre a mesa olhando para o mesmo e soltou uma curta risada soprada como se estivesse rindo de si mesmo.

–então é só uma camponesa.– disse e voltou a levantar o olhar para moça que olhava para ele mas desviou o olhar assim que ele a olhou de volta e baixou a cabeça voltando a apertar suas mãos nervosa.

Giovanni se virou encarando o mordomo.

–Acerte todas as contas com ela e a mande de volta, não quero ela aqui–

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