Giovanni ouvia seus pensamentos com os olhos ainda sobre a mulher na sua frente.
–S-senhor...– Lisa se calou ao sentir a mão do homem em seu rosto a tocando de forma delicada e hesitante, e logo o olhar dele suavizou assim como o aperto em seu pulso. –Luna...– Giovanni pronunciou aquele nome que a tanto não pronunciava e seus lábios se encheram com um sorriso que há muito não sentia. –É você, minha Luna.– disse levantando a outra mão e segurou a outra parte do rosto dela mantendo assim o rosto dela em suas duas mãos. Lisa franziu o cenho e ficou um pouco desconfortável com ele a segurando daquela forma tão íntima, e passou de desconforto a rubor e desespero quando O homem deu um passo em sua direção fechando a distância entre seus corpos e acariciou a pele de sua bochecha com o polegar. –Você está aqui, você voltou para mim– Lisa entre abriu os lábios para poder dizer algo, mas seus olhos se arregalaram ao sentir os lábios quentes do homem nos seus, seu corpo ficou sem reação por segundos até Sentir o homem aprofundar o beijo fazendo a língua quente dele deslizar suavemente para dentro de sua boca, e a mão dele descer por suas costas até a base a segurando contra o corpo dele. Lisa acordou do choque e levou suas mãos até o peito do homem o afastando e deu passos para trás com as costas de sua mão cobrindo sua boca, enquanto olhava para ele ainda em choque. Lisa não se demorou mais ali e caminhou rapidamente até a porta, mas quando pegou na maçaneta para a abrir, seu pulso voltou a ser segurado com força e logo seu corpo foi virado e suas costas pressionadas contra porta. –Me solte! O que pensa que está fazendo?– Lisa tentou se defender com seu braço solto, mas ele logo foi igualmente preso contra parede ao lado de sua cabeça. Giovanni olhava para mulher, ouvia a voz e sentia que estava enlouquecendo a cada segundo. –Luna...– –Eu não sou Luna! O meu nome é Lisa!– gritou desesperada com lágrimas nos olhos e viu o homem fazer uma cara de confusão. –Lisa?– –e-eu sou a nova empregada da casa, eu só vim trabalhar, p-por favor me deixe ir.– pediu com lágrimas correndo de seus olhos. Giovanni olhou para garota se sentindo mais confuso. Batidas foram dadas na porta. –Senhor Santori, está tudo bem?– perguntou a voz masculina do outro lado da porta. –p-por favor Senhor.– pediu Lisa outra vez e após um tempo a encarando, Giovanni soltou seus pulsos e se afastou. Lisa rapidamente se virou, abriu a porta e passou pelo homem ali fora correndo pelo corredor. Antônio olhou para moça correndo e olhou para dentro do quarto onde estava seu chefe com aquela expressão que ele não via há anos. –Senhor Santori, está tudo bem?– ...... Lisa entrou no quarto, fechou a porta e foi até a cama se cobrindo até a cabeça enquanto lágrimas ainda lhe corriam, a forma como aquele homem havia invadido sua boca, a forma como ele a segurou colando seu corpo ao dele, a mão dele... –Lisa! O que foi? Como foi?– perguntou a Tia preocupada entrando no quarto e apenas ouviu um soluço ali por baixo das cobertas. A mulher suspirou já imaginando que as coisas não foram como ela esperava, aquela garota com certeza iria dar trabalho. 00000 O Assistente olhava para seu chefe ali sentado na mesa do café da manhã há um tempo, sem tocar comida alguma e olhando para um ponto fixo. –Aquela garota.– se pronunciou e o outro deu um sobressalto ao ouvir a voz dele. –Traga ela aqui– Antônio olhou para o mordomo parado do outro lado, ao qual ele já tinha contado sobre o ocorrido da noite anterior. O mordomo suspirou e se curvou antes de sair da sala. ..... –Você não vai falar nada? Vai ficar aí sentada como uma boneca o dia todo?– perguntou Elisabeta para sua sobrinha que estava quieta desde que acordou, fez a cama e se sentou nela olhando para baixo. –o que aconteceu ontem no quarto do senhor Giovanni? O que ele disse quando te viu? Fez alguma coisa?– Lisa levantou a cabeça olhando para sua tia. –foi por isso que a senhora me disse para ficar?– perguntou sentindo as lágrimas voltarem aos seus olhos. –A senhora me mandou propositalmente para o quarto daquele homem para ele me...– um nó se formou em sua garganta e uma lágrima lhe fugiu. –por que a senhora me disse para ficar? Para que tipo de trabalho exatamente me trouxe aqui? Para eu ser um divertimento para o patrão?– –menina do que está falando?– Elisabeta fez uma cara de indignada e chocada, e se sentou ao lado da sobrinha ali na cama lhe segurando a mão. –Eu jamais faria isso, você é minha sobrinha preciosa, e eu quero ajudar você a estudar, não é para isso que você veio aqui?– –então por que me arrumou e me disse para ir ao quarto daquele homem? Ele estava seminu e...– Lisa se calou envergonhada se lembrando daqueles acontecimentos pois nunca tinha tido tal experiência com um homem e para ela aquilo foi de mais. –e o que? O que ele fez?– Alguém bateu a porta e as duas olharam para mesma. Elisabeta se levantou indo atender e ficou nervosa ao ver o mordomo ali. –Senhor Gabriel, o que faz aqui? Precisa de alguma coisa?– O homem olhou duramente para mulher. –Eu disse para a mandar embora– –Do que está falando?– –Não me faça de idiota Senhora Elisabeta, você manteve a sua sobrinha aqui e ainda a mandou para o quarto do senhor Giovanni, no que estava pensando? Faz ideia da confusão que causou– –Eu não fiz por mal, não conseguimos bilhetes para ela ir ontem e ela não tem outro lugar para ficar aqui na cidade. E ontem a noite o patrão precisava de algo e nenhuma criada estava disponível então eu mandei a minha sobrinha ir já que...– –Senhora Elisabeta!– gritou o homem num tom controlado sem desfazer sua postura, alertando a mulher que se calou e baixou o olhar. O mordomo suspirou tentando se manter calmo. –o patrão quer ver ela.– Elisabeta levantou a cabeça surpresa. –Se apresse, eu a esperarei aqui– –S-Sim senhor.– disse mal conseguindo conter seu sorriso e entrou no quarto. –se levante rápido rápido.– disse indo até a moça e a levantou começando a ajeitar seu cabelo e roupas. –ah esse vestido está péssimo, Vamos o trocar– –do que a senhora está falando? Por que eu preciso me trocar?– –o patrão quer ver você.– disse sorrindo. –o...o patrão?– –Sim! Rápido se vista– Lisa afastou a mão da tia e a olhou. –eu não vou– –do que está falando? Não diga absurdos e se apresse– –eu já disse que não vou.– disse séria. A mulher olhou séria para sobrinha. –Então é isso? Você quer trabalhar aqui para estudar mas não quer atender a um chamado do próprio patrão? É assim que pensa em trabalhar e realizar seu sonho?– Lisa baixou o olhar. Elisabeta suspirou. –ele apenas quer conversar com você, o Senhor Giovanni é um homem respeitado e honrado, o que pensa que ele vai fazer com você? Não se ponha com ideias só porque é bonita, bom se não quer faça como quiser, eu vou a estação e compro o bilhete para você voltar.– Elisabeta se virou para sair. –espere!– Lisa segurou na mão da Tia com as duas mãos. –e-esta bem, eu vou ver ele– A mulher sorriu antes de se virar para sobrinha. –ótimo, troque esse vestido que você não está apresentável para ir a casa grande– –Senhora Elisabeta.– Chamou o mordomo do outro lado da porta a avisando para se apressar. –ah não temos tempo, bom tente parecer o mais recente possível– disse desfazendo rapidamente a trança da moça e ajeitou seus cabelos antes de sorrir para ela. –vai, e lembre-se, o Senhor Giovanni é um homem generoso com pessoas que o agradam– Lisa baixou o olhar e seguiu a tia para fora do quarto onde estava o mordomo que a olhou de cima a baixo com aquele olhar soberbo, soltou um suspiro e se virou indo na frente. –vai!– Elisabete empurrou a sobrinha levemente pelas costas, e esta seguiu o homem atrás e em silêncio. Lisa viu o homem parar na frente da grande porta, e se virou baixando o olhar para a encarar, não disse nada e abriu a porta dando passagem para ela entrar. A moça apertou seus dedos com as mãos na frente de seu corpo, e caminhou entrando na sala de jantar onde tinha a enorme mesa com o homem sentado na ponta, um homem parado ao lado dele, e três criadas paradas num canto. Giovanni olhou para moça que tinha acabado de entrar com os olhos fixos nela como na noite anterior, e passou seus olhos por ela de cima a baixo, e voltou a olhar para ela. –Se aproxime.– disse o homem assustando a moça pelo tom de sua voz. Lisa caminhou receiosa até estar perto dele, mas há uma distância segura. Giovanni continuou encarando a jovem. –quem é você?– Lisa olhou para o homem encontrando os olhos azuis profundos, e imediatamente desviou o olhar baixando a cabeça. –Lisa Benedito.– respondeu com a voz baixa mas audível. –quantos anos você tem?– –fiz 18 ha poucos meses– –...quem são seus pais?– –os meus pais faleceram, eu fui criada por meus tios que são camponeses num vilarejo em Toscana– –ãh, então é uma orfã...– Giovanni brincou com o garfo em sua mão sobre a mesa olhando para o mesmo e soltou uma curta risada soprada como se estivesse rindo de si mesmo. –então é só uma camponesa.– disse e voltou a levantar o olhar para moça que olhava para ele mas desviou o olhar assim que ele a olhou de volta e baixou a cabeça voltando a apertar suas mãos nervosa. Giovanni se virou encarando o mordomo. –Acerte todas as contas com ela e a mande de volta, não quero ela aqui––Acerte todas as contas com ela, não quero ela aqui.– disse e se levantou. Lisa ouviu as palavras dele e levantou a cabeça com um olhar desesperado. –Sim senhor.– respondeu o mordomo e viram seu patrão sair da sala. Lisa acompanhou o homem com o olhar e sentiu seu peito apertar enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Seria por ela ter gritado com ele na noite passada? Ou por ter o rejeitado? –Venha comigo.– disse o Mordomo e Lisa acordou e o seguiu de cabeça baixa. O mordomo criou todas as condições para que Lisa fosse embora da mansão imediatamente, providenciou uma passagem para o dia seguinte, e um quarto numa pensão perto da estação onde ela podia ficar até partir. Lisa simplesmente aceitou seu destino, não conseguiria um emprego ali sem recomendações, além disso, se todas as pessoas daquela cidade eram assim, o melhor seria voltar para sua cidade e seguir sua vida por lá. 0000000 –Senhor?– Chamou o Assistente vendo que seu chefe não o respondia apenas mantinh
Lisa dormia profundamente após ter passado boa parte da noite acordada pensando em sua volta, quando ouviu seu nome ser chamado ao longe em seu sonho, mas o som foi aumentando e aumentando junto com as batidas na porta. Lisa acordou e estranhou pensando em quem podia estar a chamando aquela hora e numa pensão, até reconhecer a voz. –Tia?– disse indo abrir a porta com a cara sonolenta e viu a mulher ali. –tia, o que faz aqui a essa hora?– perguntou e viu o mordomo parado ao lado da tia. –Ande pegue suas coisas, você vai voltar para mansão.– disse a mulher. –o que?– perguntou a garota ainda mais confusa. –o patrão mandou chamar você de volta, ande se apresse menina.– disse entrando no quarto começando a pegar as coisas da moça que já estavam arrumadas para viagem do dia seguinte. –tia pare! O que pensa que está fazendo?– perguntou tirando a maleta das mãos da mulher. –eu não vou voltar– –Do que está falando garota boba?– –eu disse que não vou voltar! O que pensa que e
A mão dele desceu gentilmente pelo corpo delicado até o quadril dela onde a segurou firme contra seu corpo. Lisa se assustou ao sentir seu corpo ser erguido e se apoiou aos ombros dele o olhando ali de cima com o rosto completamente ruborizado e o olhar nervoso e assustado. Os dois se encararam, e quando Lisa ia dizer algo, sentiu o homem dar um passo em direção a sua cama, e num segundo ela já estava ali deitada de costas com ele sobre ela entre suas pernas e o vestido que subiu expondo suas coxas. Giovanni não tardou para voltar a colocar seu corpo sobre o dela, se encaixando entre as pernas da moça que corou ao sentir a ereção dele pressionar sua intimidade, o que a fez acordar do transe que estava olhando para os olhos dele, então piscou e antes que ele pudesse se aproximar para lhe tomar os lábios outra vez, Lisa virou o rosto para o lado e apoiou as mãos sobre o peito dele. –p-por favor pare.– disse ainda olhando para o lado. Giovanni olhou para moça com seu olhar comp
Giovanni acordou naquela manhã e se arrumou para sair, mas enquanto se preparava na frente do espelho, parou de ajeitar sua gravata se lembrando da mulher que costumava ajeitar ela para si tão carinhosamente todas as manhãs, e nisso vieram a sua mente imagens da noite anterior e sua cara se tornou numa carranca de desgosto. –ah, eu realmente fiz isso? Eu devo estar ficando louco.– disse se lembrando do momento naquele quarto precário da pensão e em como ele acariciava o corpo daquela garota. –Realmente estava fora de mim.– disse e saiu do quarto. O homem chegou a mesa do café da manhã que já estava posta, se sentou começando a comer tranquilamente enquanto verificava as notícias em seu Tablet. Gabriel que estava parado ao lado coçou a garganta antes de começar. –Senhor, tem alguma área específica que gostaria que a moça trabalhasse?– –Moça?– perguntou olhando para o mais velho. –Sim, a Sobrinha da senhora Elisabeta– –ah, ela.– disse e ficou uns segundos em silêncio
Os dias se passaram e Lisa foi se adaptando a sua nova rotina, acordar, receber as roupas que as criadas da casa grande recolhiam dos quartos e lhe davam, não era muita roupa então tinha tempo para ajudar sua tia nas tarefas dela mesmo ela sempre insistindo naquele assunto desagradável. Felizmente, não tinha falado nem cruzado com o patrão naqueles dias, mal o via pois ele quase que passava o dia todo fora, e aquilo foi um alivio ao pensar que ele certamente tinha feito aquelas coisas porque estava bêbado, e agora ela era só uma empregada invisível para ele como qualquer outra. Giovanni decidiu ir para casa mais sedo naquele dia antes de seu compromisso nocturo e relaxar um pouco já que tinham sido dias puxados ajeitando tudo e se pondo a par de tudo que aconteceu enquanto esteve fora. O homem saiu do banheiro após seu banho, vestiu roupas confortáveis, e saiu caminhando pela mansão afim de ir até o terraço de onde podia ver a vista completa de sua propriedade, aquela vista que
Os homens vestidos de preto entraram na boate chamando a atenção de todos, principalmente o homem na frente que se destacava por sua aparência e porte físico. –Senhor Giovanni, É um prazer recebê-lo novamente em nosso estabelecimento, já faz um tempo que não nos visita.– disse o dono da boate de forma bajuladora. –Eles já chegaram?– perguntou sem dar muita importância– –Sim senhor, estão na sala privado o esperando, por favor me acompanhe– Giovanni e seus homens seguiram o homem que foi na frente subindo as escadas para o segundo andar, e abriu a porta da sala onde estavam dois homens sentados em poltronas com alguns homens parados atrás deles. –Senhor Giovanni.– disse o mais velho sorrindo e se levantou indo até o mais novo e apertaram as mãos. –É Muito bom tê-lo de volta, não sabe a falta que fez– –Também é bom vê-lo, Senhor Presidente– –Assim que soube que estava de volta a Itália, a minha filha me pediu para o convidar para um Jantar no Palácio, espero que não se
–S-Senhor, precisa de alguma coisa?– perguntou Lisa receiosa tentando conter seu nervosismo que aumentou assim como seus batimentos ao ver o homem se levantar da cama e caminhar na direção dela. Lisa recuou mas suas costas encontraram a madeira da porta enquanto o homem chegava mais perto, perto o suficiente para ela sentir o cheiro do perfume dele misturado a algo mais que ela não soube identificar. Giovanni olhou para moça fixamente e levou sua mão até o rosto dela o tocando e se inclinou aproximando seus rostos. –Você é tão bela, tão perfeita– Lisa sentiu seu rosto esquentar com a proximidade dele e mais ainda ele a encarando daquela forma e dizendo aquelas palavras. Recebia elogios de homens por sua aparência com certa frequência, mas ouvir especificamente daquele homem fazia seu coração acelerar e sentir coisas em seu estômago. Giovanni fechou os olhos e beijou a testa da moça, um beijo demorado ainda segurando o rosto dela, e logo seus lábios foram até a bochecha ros
Giovanni abriu os polhos sentindo sua cabeça latejar fortemente, e cobriu seus olhos com a mão para bloquear a claridade do sol. Aquela sensação, ele conhecia bem aquela Sensação. Aquelas mulheres tinham o drogado? Mais um motivo para ele não se envolver com aquele tipo de mulheres. Giovanni suspirou e tirou a mão de seus olhos mas franziu o cenho ao ver aquele teto desconhecido, se sentou e olhou a volta notando que aquele não era seu quarto e nem um quarto da boate, parecia um quarto de sua casa mas... Giovanni olhou para o lado da cama vendo a moça ali deitada dormindo profundamente com o corpo nu mal coberto pelo fino lençol, e seu cérebro parou por alguns segundos, logo olhou para seu próprio corpo notando sua nudez por baixo do lençol. "O que aconteceu aqui?" .....Antônio sentiu a demora de seu chefe para o café da manhã, e foi até o quarto dele o procurar. Bateu a porta e entrou, logo viu o homem sair do banheiro com o roupão. –Bom dia senhor– Saudou mas não