A mansão ficou agitada na manhã seguinte, os preparativos que vinham sendo feitos há semanas para receber o dono da mansão estavam finalizados e todos já estavam prontos e ansiosos para receber seu mestre que esteve fora durante meses.
A comitiva de carros pretos entrou pelos portões da mansão, e o carro onde estava o chefe parou de frente a entrada da mansão onde estavam os criados o aguardando. A porta do carro foi aberta por um dos seguranças e de lá Desceu o homem deterno preto, cabelos pretos curtos num penteado simples mas elegante que combinava perfeitamente com seu rosto masculino, dono de um belo par de olhos azuis e um corpo com ombros largos e braços firmes assim como suas pernas. –Seja bem vindo Senhor Giovanni!– saudaram os criados num tom ordenado assim como suas posturas. O homem apenas fez um aceno de cabeça respondendo a saudação. –Seja bem vindo mestre.– Saudou o mordomo se aproximando do homem. –Gabriel!– Giovanni tirou um sorriso simples ao ver o homem mais velho, e abriu os braços indo até ele lhe dando um abraço e dois beijos no rosto. –Você organizou tudo isso? Deve tirar umas férias para descansar um pouco.– disse caminhando para dentro da mansão com seu braço sobre o ombro do homem mais velho e mais dois homens iam atrás dele. Giovanni conversou com seu mordomo em seu escritório recebendo um relatório de como estavam todos os negócios da família ali na capital e logo lhe informou que havia organizado um almoço. –um almoço? Não é para tanto, só fiquei fora por 6 meses, mas se você insiste e se deu a todo esse trabalho, está bem.– disse fechando a pasta de documentos e se levantou. –eu gostaria de dar uma volta na cidade antes, senti muita falta do meu país e principalmente desta cidade– disse olhando pela janela do escritório de onde dava para ver apenas a extensão de sua propriedade. –Com certeza senhor– ..... Os convidados começavam a chegar e a mesa de banquete posta no grande e belo jardim, já estava pronta. Minutos depois, Giovanni Chegou de seu passeio e foi recebido com aplausos beijos e abraços por parte de seus convidados que eram maioritariamente membros da Família Santori e alguns sócios e amigos. Os demais começaram a conviver bebendo seus copos de vinho e champanhe enquanto conversavam e comiam os aperitivos já no final da tarde. –Hey!– um segurança cutucou o outro. –o que há com você? Está aéreo hoje, o patrão já voltou então acabou a moleza, vamos ter de ficar alerta 24 horas por dia agora– Florêncio suspirou. –Você viu aquela garota hoje?– –garota? Que garota? Está pensando em garotas agora?– –a sobrinha daquela senhora, aquela que chegou ontem– –ah, eu ouvi que mandaram ela embora então já deve ter ido– –mas eu não a vi sair– –deve ter saído mais sedo antes do nosso turno aff pare de falar sobre isso, todos os Santori estão aqui, sabe que cada um desses tem desejo de matar o nosso chefe para ficar com o lugar de chefe da família– –Ninguem vai fazer isso, seria suicídio. Ah eu queria ter visto ela um pouco mais, ou quem sabe fazer algo mais.– disse sorrindo e sentiu um pisão no pé por parte do colega. –se concentre– A medida que a noite caía, os convidados iam se despedindo até que todos se foram. Giovanni entrou em seu quarto e tirou seu palitó e colete sentindo um alívio por finalmente estar sozinho e poder descansar. O homem tirou sua camisa social expondo seu corpo musculado cheio de arranhões, cortes, cicatrizes e alguns curativos, e suspirou ao sentir um dos curativos húmidos o que o fez se lembrar que durante a tarde Antônio o lembrou de os trocar mas ele o ignorou. Giovanni caminhou até o criado mudo e clicou num botão do telefone que estava ali. –mande trazerem um quite de primeira socorros– –Sim senhor.– respondeu a voz do outro lado. Giovanni foi para o banheiro, terminou de se despir e entrou na banheira preparada com a água morna que fez seus músculos tensos relaxarem. ..... Lisa ouviu a porta do quarto ser aberta e apenas levantou o olhar olhando para sua tia. –por que está com essa cara?– perguntou a mulher. Lisa suspirou e se levantou. –a senhora me disse que eu podia ficar aqui para trabalhar mas me manteve escondida aqui no quarto o dia todo, se a senhora não conseguiu tudo bem, eu posso voltar e...– –pare de dizer besteiras menina, se eu disse que consegui é porque consegui, está chamando a sua tia de mentirosa?– –N-não, eu só...– –ah deixe isso, todos já se foram, agora vamos começar– Lisa sorriu pensando que ajudaria a lavar a louça ou arrumar tudo. –se apresse, vá tomar um bom banho e se lave direito e lave o cabelo também– –um banho?– –Sim, você vai atender na casa grande, não pode ir assim– –na casa grande?– –Sim, agora vai– Lisa saiu do quarto animada indo tomar o banho, e minutos depois voltou. –Vista isso.– disse a mulher olhando para o vestido simples num tom de rosa bebê florido. –por que? As moças da casa grande vestem uniforme certo?– –Você não é como elas.– se sente aqui.– disse a mulher fazendo a moça se sentar na penteadeira e começou a secar o cabelo dela e passar cremes o deixando brilhante e com suas ondulações bem feitas.. –isso é mesmo necessário?– –Claro, você vai atender o patrão hoje, então deve estar bem arrumada, e se ele gostar de você, então ele vai deixar você ficar e ninguém poderá te dizer para ir embora– –o patrão?– perguntou nervosa. –Sim, Você vai atender o patrão e vai lhe contar a sua situação, conte que você só quer o emprego para estudar, ele é um homem bondoso e vai se comover de ver uma menina tão linda e jovem que só quer estudar, talvez ele pague sua faculdade já pensou?– perguntou a mulher sorrindo mas a moça só parecia mais nervosa. –Mas eu falar com ele? Sozinha? Eu vou ficar nervosa e me atrapalhar, eu nunca falei com um homem tão importante, e se eu falar ou fazer algo de errado e ele me expulsar? Por que a senhora não vem comigo?– perguntou segurando aos mãos da tia. –Não, isso é uma coisa que você deve fazer sozinha, você é uma menina corajosa, viajou sozinha pela primeira vez para chegar aqui e agora está com medo de falar com um homem? Lá na feira você não era a melhor vendedora que falava com tudo mundo?– –mas agora é diferente, ele é um homem importante– –ele é um homem bom, não viu como os empregados estavam animados para recebê-lo,? Ele já ajudou a família de todos os empregados aqui, com doença, emprego e até estudos, ele vai ajudar você– –verdade?– perguntou sorrindo com os olhos brilhando. –Claro, você só precisa ser a menina doce que é e não o contráriar. Pode fazer isso?– –Sim!– respondeu determinada e começou a vestir as roupas novas que sua tia lhe deu, desde a roupa interior, sapatos rasos, até o vestido que ficou por cima de joelho e deixou seus ombros expostos, coisa que ela não estava acostumada, mas não podia negar que estava mais bonita do que já esteve alguma vez. –esta tão linda, agora vamos e lembre-se, não contrarie o patrão e ele vai te ajudar em tudo– Lisa sorriu e fez sim com a cabeça, logo as duas saíram indo até a mansão onde entraram pela porta de serviço e ali estava uma moça as esperando. Elisabeta deu a caixa de primeiros socorros a sua sobrinha lhe deu instruções de como chegar ao quarto do patrão a orientando a ser discreta, a maioria dos criados estavam jantando na cozinha do Anexo dos criados, então Certamente haveria pouco movimento ali. A mulher viu a moça partir e suspirou torcendo para seu plano dar certo. havia gastando muito dinheiro e tendo ajuda para executar aquele plano e para comprar aquelas roupas para a fazer parecer minimamente decente, um homem como Giovanni jamais olharia para uma camponesa então teve de a preparar. Agora era só esperar ele ver nela seu antigo amor e se apaixonar por ela, e com sua orientação, Lisa se casaria com ele e se tornaria a dona daquela casa e a senhora Santori, e ela seria como sua "mãe". A mulher sorriu orgulhosa de seu "plano" .... Lisa bateu a porta do quarto duas vezes, e como sua tia a orientou caso não ouvisse respostas, abriu a porta do quarto e entrou ficando impressionada com o tamanho do local, o quarto era maior que sua casa toda onde vivia com Seus tios. Lisa tentou não se deslumbrar como em todo o caminho pela mansão até ali. A moça olhou a volta Não vendo ninguém ali, mas como sua tia havia orientado, ela ficou ali parada esperando. Não demorou muito, E Lisa ouviu uma das portas ali dentro do quarto ser aberta e tomou um susto mas logo se recompôs tomando a postura reta de frente para porta que se abriu e dela saiu o belo homem vestindo apenas um roupão mal fechado com a fita deixando boa parte de seu peito a mostra. Lisa corou e baixou a cabeça engonhada. –m-me desculpe senhor.– disse com a voz baixa quase inaudível. Giovanni olhou previamente para moça estranhando o facto dela estar sem uniforme, mas não deu muita importância. –Traga a caixa.– disse caminhando para o criado mudo ao lado da cama. –Senhor?– perguntou Lisa uma vez que ele tinha falado baixo e levantou a cabeça olhando na direção do homem que estava de costas, mas logo se virou olhando para ela. –Eu disse para trazer...– Giovanni congelou por completo ao olhar o rosto da moça. Seu corpo petrificou, seu coração acelerou mais que nunca fazendo seu peito subir e descer com certa frequência, e seus olhos estavam vidrados na mulher a sua frente. Estaria tendo mais uma de suas alucinações? Mas fazia anos que ele não tinha, por que a estava vendo agora... –Senhor?– Chamou Lisa e se assustou com o som do jarro de vidro caindo no chão. Ao ouvir a voz dela soando tão real, Giovanni deu um passo para trás e derrubou o jarro que estava no criado mudo. –Eu Limpo – disse Lisa se aproximando e se baixou para começar a pegar os cacos. Giovanni viu a mulher se aproximar e seu coração acelerou mais, quanto mais se aproximava, mais real parecia... Os olhos do homem caíram para mulher que se baixou ao seu lado e pode sentir claramente aquele aroma... Era o aroma dela. Lisa ia pegar no primeiro caco de vidro quando sentiu uma mão segurar seu pulso com certa força e a levantar. A moça fez uma cara de desconforto e tentou puxar seu braço de volta sem sucesso. –S-Senhor, está me machucando.– disse fazendo uma cara de desconforto e levantou a cabeça olhando para o homem que a encarava com a expressão séria e confusa. "Não, eu não posso estar ficando louco a esse ponto. É ela, é realmente ela" –Minha Luna...–Giovanni ouvia seus pensamentos com os olhos ainda sobre a mulher na sua frente. –S-senhor...– Lisa se calou ao sentir a mão do homem em seu rosto a tocando de forma delicada e hesitante, e logo o olhar dele suavizou assim como o aperto em seu pulso. –Luna...– Giovanni pronunciou aquele nome que a tanto não pronunciava e seus lábios se encheram com um sorriso que há muito não sentia. –É você, minha Luna.– disse levantando a outra mão e segurou a outra parte do rosto dela mantendo assim o rosto dela em suas duas mãos. Lisa franziu o cenho e ficou um pouco desconfortável com ele a segurando daquela forma tão íntima, e passou de desconforto a rubor e desespero quando O homem deu um passo em sua direção fechando a distância entre seus corpos e acariciou a pele de sua bochecha com o polegar. –Você está aqui, você voltou para mim– Lisa entre abriu os lábios para poder dizer algo, mas seus olhos se arregalaram ao sentir os lábios quentes do homem nos seus, seu corpo ficou sem re
–Acerte todas as contas com ela, não quero ela aqui.– disse e se levantou. Lisa ouviu as palavras dele e levantou a cabeça com um olhar desesperado. –Sim senhor.– respondeu o mordomo e viram seu patrão sair da sala. Lisa acompanhou o homem com o olhar e sentiu seu peito apertar enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Seria por ela ter gritado com ele na noite passada? Ou por ter o rejeitado? –Venha comigo.– disse o Mordomo e Lisa acordou e o seguiu de cabeça baixa. O mordomo criou todas as condições para que Lisa fosse embora da mansão imediatamente, providenciou uma passagem para o dia seguinte, e um quarto numa pensão perto da estação onde ela podia ficar até partir. Lisa simplesmente aceitou seu destino, não conseguiria um emprego ali sem recomendações, além disso, se todas as pessoas daquela cidade eram assim, o melhor seria voltar para sua cidade e seguir sua vida por lá. 0000000 –Senhor?– Chamou o Assistente vendo que seu chefe não o respondia apenas mantinh
Lisa dormia profundamente após ter passado boa parte da noite acordada pensando em sua volta, quando ouviu seu nome ser chamado ao longe em seu sonho, mas o som foi aumentando e aumentando junto com as batidas na porta. Lisa acordou e estranhou pensando em quem podia estar a chamando aquela hora e numa pensão, até reconhecer a voz. –Tia?– disse indo abrir a porta com a cara sonolenta e viu a mulher ali. –tia, o que faz aqui a essa hora?– perguntou e viu o mordomo parado ao lado da tia. –Ande pegue suas coisas, você vai voltar para mansão.– disse a mulher. –o que?– perguntou a garota ainda mais confusa. –o patrão mandou chamar você de volta, ande se apresse menina.– disse entrando no quarto começando a pegar as coisas da moça que já estavam arrumadas para viagem do dia seguinte. –tia pare! O que pensa que está fazendo?– perguntou tirando a maleta das mãos da mulher. –eu não vou voltar– –Do que está falando garota boba?– –eu disse que não vou voltar! O que pensa que e
A mão dele desceu gentilmente pelo corpo delicado até o quadril dela onde a segurou firme contra seu corpo. Lisa se assustou ao sentir seu corpo ser erguido e se apoiou aos ombros dele o olhando ali de cima com o rosto completamente ruborizado e o olhar nervoso e assustado. Os dois se encararam, e quando Lisa ia dizer algo, sentiu o homem dar um passo em direção a sua cama, e num segundo ela já estava ali deitada de costas com ele sobre ela entre suas pernas e o vestido que subiu expondo suas coxas. Giovanni não tardou para voltar a colocar seu corpo sobre o dela, se encaixando entre as pernas da moça que corou ao sentir a ereção dele pressionar sua intimidade, o que a fez acordar do transe que estava olhando para os olhos dele, então piscou e antes que ele pudesse se aproximar para lhe tomar os lábios outra vez, Lisa virou o rosto para o lado e apoiou as mãos sobre o peito dele. –p-por favor pare.– disse ainda olhando para o lado. Giovanni olhou para moça com seu olhar comp
Giovanni acordou naquela manhã e se arrumou para sair, mas enquanto se preparava na frente do espelho, parou de ajeitar sua gravata se lembrando da mulher que costumava ajeitar ela para si tão carinhosamente todas as manhãs, e nisso vieram a sua mente imagens da noite anterior e sua cara se tornou numa carranca de desgosto. –ah, eu realmente fiz isso? Eu devo estar ficando louco.– disse se lembrando do momento naquele quarto precário da pensão e em como ele acariciava o corpo daquela garota. –Realmente estava fora de mim.– disse e saiu do quarto. O homem chegou a mesa do café da manhã que já estava posta, se sentou começando a comer tranquilamente enquanto verificava as notícias em seu Tablet. Gabriel que estava parado ao lado coçou a garganta antes de começar. –Senhor, tem alguma área específica que gostaria que a moça trabalhasse?– –Moça?– perguntou olhando para o mais velho. –Sim, a Sobrinha da senhora Elisabeta– –ah, ela.– disse e ficou uns segundos em silêncio
Os dias se passaram e Lisa foi se adaptando a sua nova rotina, acordar, receber as roupas que as criadas da casa grande recolhiam dos quartos e lhe davam, não era muita roupa então tinha tempo para ajudar sua tia nas tarefas dela mesmo ela sempre insistindo naquele assunto desagradável. Felizmente, não tinha falado nem cruzado com o patrão naqueles dias, mal o via pois ele quase que passava o dia todo fora, e aquilo foi um alivio ao pensar que ele certamente tinha feito aquelas coisas porque estava bêbado, e agora ela era só uma empregada invisível para ele como qualquer outra. Giovanni decidiu ir para casa mais sedo naquele dia antes de seu compromisso nocturo e relaxar um pouco já que tinham sido dias puxados ajeitando tudo e se pondo a par de tudo que aconteceu enquanto esteve fora. O homem saiu do banheiro após seu banho, vestiu roupas confortáveis, e saiu caminhando pela mansão afim de ir até o terraço de onde podia ver a vista completa de sua propriedade, aquela vista que
Os homens vestidos de preto entraram na boate chamando a atenção de todos, principalmente o homem na frente que se destacava por sua aparência e porte físico. –Senhor Giovanni, É um prazer recebê-lo novamente em nosso estabelecimento, já faz um tempo que não nos visita.– disse o dono da boate de forma bajuladora. –Eles já chegaram?– perguntou sem dar muita importância– –Sim senhor, estão na sala privado o esperando, por favor me acompanhe– Giovanni e seus homens seguiram o homem que foi na frente subindo as escadas para o segundo andar, e abriu a porta da sala onde estavam dois homens sentados em poltronas com alguns homens parados atrás deles. –Senhor Giovanni.– disse o mais velho sorrindo e se levantou indo até o mais novo e apertaram as mãos. –É Muito bom tê-lo de volta, não sabe a falta que fez– –Também é bom vê-lo, Senhor Presidente– –Assim que soube que estava de volta a Itália, a minha filha me pediu para o convidar para um Jantar no Palácio, espero que não se
–S-Senhor, precisa de alguma coisa?– perguntou Lisa receiosa tentando conter seu nervosismo que aumentou assim como seus batimentos ao ver o homem se levantar da cama e caminhar na direção dela. Lisa recuou mas suas costas encontraram a madeira da porta enquanto o homem chegava mais perto, perto o suficiente para ela sentir o cheiro do perfume dele misturado a algo mais que ela não soube identificar. Giovanni olhou para moça fixamente e levou sua mão até o rosto dela o tocando e se inclinou aproximando seus rostos. –Você é tão bela, tão perfeita– Lisa sentiu seu rosto esquentar com a proximidade dele e mais ainda ele a encarando daquela forma e dizendo aquelas palavras. Recebia elogios de homens por sua aparência com certa frequência, mas ouvir especificamente daquele homem fazia seu coração acelerar e sentir coisas em seu estômago. Giovanni fechou os olhos e beijou a testa da moça, um beijo demorado ainda segurando o rosto dela, e logo seus lábios foram até a bochecha ros