Lisa ouviu a porta ser aberta e se levantou imediatamente vendo sua tia entrar ali no quarto.
–então? Falou com ele? Ele vai me deixar ficar?– A mulher suspirou. –ele ainda está muito estranho e agitado e continua dizendo não, é um velho teimoso, mas não se preocupe, amanhã quando o patrão voltar e ele estiver feliz eu volto a falar com ele, eu consegui pedir a ele que você dormisse aqui então fique tranquilo e amanhã eu resolvo– –Obrigada!– disse animada e abraçou a mulher. –espere espere, vamos ver primeiro se consigo dobrar o velho.– Lisa sorriu já animada e esperançosa. Durante a noite, Lisa saiu do quarto quando sua tia a chamou para ir jantar na cozinha onde estavam os outros funcionários da mansão, uns sentados e outros parados tomando sua refeição e conversando. –Ah Lisa venha aqui pegar um prato, deve ter comido mal lá no trem então coma direito.– disse a mulher assim que viu sua sobrinha na porta e todos olharam naquela direção para ver a tal sobrinha de que tinham ouvido falar. –Pai Santíssimo– disse a cozinheira que servia deixando cair a colher, e mais 6 pessoas ali se engasgaram, deixaram cair a colher, o prato, desde criadas criados e seguranças, e todos aqueles ficaram pálidos com os olhares como se tivessem visto um fantasma, exatamente como o mordomo. Lisa olhou a volta se sentindo estranha. –Hey! O que ha de errado com você?– perguntou Florêncio o segurança de mais cedo pois seu colega ao lado tinha deixado o prato de comida cair em seu sapato. –Não pode ser– disse a cozinheira e puxou a cadeira para se sentar, segurou sua cabeça e voltou a olhar para moça. –É um fantasma?– perguntou uma das criadas já arrepiada e tremendo. –fantas... O que há de errado com vocês? Lisa venha para cá.– disse a Tia e deu um prato de comida a moça e puxou uma cadeira para ela se sentar a mesa. –você... quem é essa moça?– perguntou a cozinheira olhando para Elisabeta. –É a minha sobrinha Lisa, eu falei dela para você– –Mas ela...– –São tão parecidas.– comentou um criado. –parecidas? Eu convivi com ela e posso dizer que são iguais, é como olhar para mesma pessoa.– respondeu o segurança. –do que vocês estão falando? Parecida com quem?– perguntou Florêncio e a atenção de todos voltou para porta por onde entrou o mordomo e todos ficaram em silêncio. O homem olhou para moça loira com seu olhar inexpressivo habitual e suspirou tentando se acalmar. –Senhora Elisabeta, eu pedi que deixasse sua sobrinha no quarto até ela sair daqui– –Mas a menina vai comer no quarto como se fosse uma prisioneira?– respondeu Elisabeta. O Mordomo olhou para cozinheira que estava ali há tanto tempo quanto ele, e suspirou. –Depois do jantar leve ela de volta para o quarto e amanhã logo pela manhã a leve de volta para a estação– O silêncio permaneceu ali. –E quanto aos outros, espero que se lembrem que os peixes morrem por abrir suas bocas.– disse olhando para certas pessoas ali e logo se virou saindo da cozinha onde permaneceu o silêncio por um tempo. –o que raios está acontecendo aqui?– perguntou Florêncio e todos os outros desviaram o olhar voltando a comer como se nada tivesse acontecido. Lisa também começou a comer meio cabisbaixa, ainda sentia um olhar e outro, mas estava mais preocupada que aquele homem realmente não a deixasse ficar. ...... A cozinheira terminava de arrumar algumas coisas na cozinha vazia, quando ouviu alguém entrar, se virou e viu Elisabeta ali. –Ainda não foi dormir?– perguntou Elisabeta. –tenho que deixar algumas coisas prontas para o café da manhã, terá de ser muito cedo pois o patrão vai voltar antes do meio dia e todos devem estar alimentados e prontos para o receber– –ah Sim, mas você já tem uma certa idade e devia ir se deitar mais cedo, devia deixar isso para as moças, realmente precisamos arrumar mais moças, por isso a minha sobrinha deveria ficar aqui e ajudar nas tarefas não acha?– A Cozinheira parou o que fazia e se virou para outra mulher. –por que o senhor Gabriel é tão contra a ideia da minha sobrinha ficar aqui? O que ela tem de errado? É bonita, jovem, trabalhadora, inteligente, poderia até trabalhar dentro da casa grande– A mulher se sentou e soltou um suspiro cansado. –A sua sobrinha Não pode ficar aqui por causa do patrão– –Como assim por causa do patrão?– A cozinheira soltou outro suspiro. –Você começou a trabalhar aqui há pouco tempo e não sabe. o patrão... Ele teve uma noiva, ele a amava muito, estavam juntos há anos desde a adolescência, o amor deles era verdadeiro, almas gêmeas e ficaram juntos até se tornarem adultos ainda muito apaixonados, noivaram e estavam com a data de casamento marcada, mas então aconteceu uma tragédia e a moça morreu. O patrão ficou completamente abatido com a morte dela, ele perdeu o sentido de viver, nós quase o perdemos por conta de sua tristeza, e após muito tempo fazendo tratamento, ele se recuperou e aos poucos voltou a ser o que era, bom não como antes porque ele se fechou completamente, mas todos os dias no dia em que ela morreu, ele desaparece por uma semana, ele ainda a tem no coração, e tenho certeza que ele jamais amará outra mulher porque aquela mulher morreu com o coração dele em suas mãos– Elisabeta estava chocada com a história, via o patrão poucas vezes mas ao seu ver um era um homem de elite normal, bonito, sempre trabalhando e calmo. Não imaginava que ele carregava aquela história e sendo tão jovem. –mas, o que a minha sobrinha tem haver com isso? Por que ela não pode ficar aqui por causa do patrão?– A cozinheira voltou a suspirar. –A sua sobrinha é a sombra da falecida noiva do patrão, as duas são iguais, idênticas, eu tomei um susto quando olhei para sua sobrinha porque achei que era ela, achei que estava vendo um fantasma. Por isso ela não pode ficar aqui, se o patrão a ver ele pode... Pode, ah eu não sei o que ele pode fazer, mas com certeza não vai ser uma coisa boa esses dois se encontrarem, então pelo bem do patrão e pelo bem da sua sobrinha, é melhor ela ir embora– –ah, eu entendo, eu vou falar com ela, a última coisa que quero é causar algum tipo de problema– –isso é o certo a se fazer, com o coração e a mente não se deve brincar– As duas mulheres Deram as mãos por cima da mesa e sorriram uma para outra. ..... Lisa ouviu a porta do quarto ser aberta e se sentou ali no colchão onde dormia no quarto da tia. –Menina, você ainda não está dormindo? Está muito tarde– –Eu não consigo dormir... Eu realmente vou ter que sair? A senhora não conhece um outro lugar onde eu possa trabalhar? Eu posso limpar, lavar, cozinhar, cuidar de crianças, qualquer coisa, mas eu tenho de ficar aqui na cidade para poder estudar– –oh querida você não está dormindo por isso? Não se preocupe, a sua tia já resolveu tudo, você não vai precisar ir, você vai ficar aqui.– disse se sentando na cama e a moça se aproximou dela com os olhos brilhando. –sério? Eu posso mesmo?– –Mas é claro.– disse acariciando os fios dourados da garota e os ajeitando. –uma moça tão bonita como você voltar para aquele vilarejo e cultivar vegetais? Isso a sua tia não vai deixar, eu vejo que você terá um brilhante futuro aqui.– disse segurando o rosto da moça com as duas mãos . –um lindo e próspero futuro– Lisa sorriu e abraçou a mulher que a abraçou de volta sorrindo. –Mas para ficar você tem de me prometer que vai obedecer tudo que eu disser, tudo! Só assim você poderá ficar– –eu farei tudo que a senhora mandar!– disse sorrindo amarelo sem largar a mulher e voltou a abraçá-la. A mulher sorriu feliz e soltou um suspiro interno imaginando em como sua vida mudaria dali há algum tempo graças a sua sobrinha.A mansão ficou agitada na manhã seguinte, os preparativos que vinham sendo feitos há semanas para receber o dono da mansão estavam finalizados e todos já estavam prontos e ansiosos para receber seu mestre que esteve fora durante meses. A comitiva de carros pretos entrou pelos portões da mansão, e o carro onde estava o chefe parou de frente a entrada da mansão onde estavam os criados o aguardando. A porta do carro foi aberta por um dos seguranças e de lá Desceu o homem deterno preto, cabelos pretos curtos num penteado simples mas elegante que combinava perfeitamente com seu rosto masculino, dono de um belo par de olhos azuis e um corpo com ombros largos e braços firmes assim como suas pernas. –Seja bem vindo Senhor Giovanni!– saudaram os criados num tom ordenado assim como suas posturas. O homem apenas fez um aceno de cabeça respondendo a saudação. –Seja bem vindo mestre.– Saudou o mordomo se aproximando do homem. –Gabriel!– Giovanni tirou um sorriso simples ao ver o homem
Giovanni ouvia seus pensamentos com os olhos ainda sobre a mulher na sua frente. –S-senhor...– Lisa se calou ao sentir a mão do homem em seu rosto a tocando de forma delicada e hesitante, e logo o olhar dele suavizou assim como o aperto em seu pulso. –Luna...– Giovanni pronunciou aquele nome que a tanto não pronunciava e seus lábios se encheram com um sorriso que há muito não sentia. –É você, minha Luna.– disse levantando a outra mão e segurou a outra parte do rosto dela mantendo assim o rosto dela em suas duas mãos. Lisa franziu o cenho e ficou um pouco desconfortável com ele a segurando daquela forma tão íntima, e passou de desconforto a rubor e desespero quando O homem deu um passo em sua direção fechando a distância entre seus corpos e acariciou a pele de sua bochecha com o polegar. –Você está aqui, você voltou para mim– Lisa entre abriu os lábios para poder dizer algo, mas seus olhos se arregalaram ao sentir os lábios quentes do homem nos seus, seu corpo ficou sem re
–Acerte todas as contas com ela, não quero ela aqui.– disse e se levantou. Lisa ouviu as palavras dele e levantou a cabeça com um olhar desesperado. –Sim senhor.– respondeu o mordomo e viram seu patrão sair da sala. Lisa acompanhou o homem com o olhar e sentiu seu peito apertar enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Seria por ela ter gritado com ele na noite passada? Ou por ter o rejeitado? –Venha comigo.– disse o Mordomo e Lisa acordou e o seguiu de cabeça baixa. O mordomo criou todas as condições para que Lisa fosse embora da mansão imediatamente, providenciou uma passagem para o dia seguinte, e um quarto numa pensão perto da estação onde ela podia ficar até partir. Lisa simplesmente aceitou seu destino, não conseguiria um emprego ali sem recomendações, além disso, se todas as pessoas daquela cidade eram assim, o melhor seria voltar para sua cidade e seguir sua vida por lá. 0000000 –Senhor?– Chamou o Assistente vendo que seu chefe não o respondia apenas mantinh
Lisa dormia profundamente após ter passado boa parte da noite acordada pensando em sua volta, quando ouviu seu nome ser chamado ao longe em seu sonho, mas o som foi aumentando e aumentando junto com as batidas na porta. Lisa acordou e estranhou pensando em quem podia estar a chamando aquela hora e numa pensão, até reconhecer a voz. –Tia?– disse indo abrir a porta com a cara sonolenta e viu a mulher ali. –tia, o que faz aqui a essa hora?– perguntou e viu o mordomo parado ao lado da tia. –Ande pegue suas coisas, você vai voltar para mansão.– disse a mulher. –o que?– perguntou a garota ainda mais confusa. –o patrão mandou chamar você de volta, ande se apresse menina.– disse entrando no quarto começando a pegar as coisas da moça que já estavam arrumadas para viagem do dia seguinte. –tia pare! O que pensa que está fazendo?– perguntou tirando a maleta das mãos da mulher. –eu não vou voltar– –Do que está falando garota boba?– –eu disse que não vou voltar! O que pensa que e
A mão dele desceu gentilmente pelo corpo delicado até o quadril dela onde a segurou firme contra seu corpo. Lisa se assustou ao sentir seu corpo ser erguido e se apoiou aos ombros dele o olhando ali de cima com o rosto completamente ruborizado e o olhar nervoso e assustado. Os dois se encararam, e quando Lisa ia dizer algo, sentiu o homem dar um passo em direção a sua cama, e num segundo ela já estava ali deitada de costas com ele sobre ela entre suas pernas e o vestido que subiu expondo suas coxas. Giovanni não tardou para voltar a colocar seu corpo sobre o dela, se encaixando entre as pernas da moça que corou ao sentir a ereção dele pressionar sua intimidade, o que a fez acordar do transe que estava olhando para os olhos dele, então piscou e antes que ele pudesse se aproximar para lhe tomar os lábios outra vez, Lisa virou o rosto para o lado e apoiou as mãos sobre o peito dele. –p-por favor pare.– disse ainda olhando para o lado. Giovanni olhou para moça com seu olhar comp
Giovanni acordou naquela manhã e se arrumou para sair, mas enquanto se preparava na frente do espelho, parou de ajeitar sua gravata se lembrando da mulher que costumava ajeitar ela para si tão carinhosamente todas as manhãs, e nisso vieram a sua mente imagens da noite anterior e sua cara se tornou numa carranca de desgosto. –ah, eu realmente fiz isso? Eu devo estar ficando louco.– disse se lembrando do momento naquele quarto precário da pensão e em como ele acariciava o corpo daquela garota. –Realmente estava fora de mim.– disse e saiu do quarto. O homem chegou a mesa do café da manhã que já estava posta, se sentou começando a comer tranquilamente enquanto verificava as notícias em seu Tablet. Gabriel que estava parado ao lado coçou a garganta antes de começar. –Senhor, tem alguma área específica que gostaria que a moça trabalhasse?– –Moça?– perguntou olhando para o mais velho. –Sim, a Sobrinha da senhora Elisabeta– –ah, ela.– disse e ficou uns segundos em silêncio
Os dias se passaram e Lisa foi se adaptando a sua nova rotina, acordar, receber as roupas que as criadas da casa grande recolhiam dos quartos e lhe davam, não era muita roupa então tinha tempo para ajudar sua tia nas tarefas dela mesmo ela sempre insistindo naquele assunto desagradável. Felizmente, não tinha falado nem cruzado com o patrão naqueles dias, mal o via pois ele quase que passava o dia todo fora, e aquilo foi um alivio ao pensar que ele certamente tinha feito aquelas coisas porque estava bêbado, e agora ela era só uma empregada invisível para ele como qualquer outra. Giovanni decidiu ir para casa mais sedo naquele dia antes de seu compromisso nocturo e relaxar um pouco já que tinham sido dias puxados ajeitando tudo e se pondo a par de tudo que aconteceu enquanto esteve fora. O homem saiu do banheiro após seu banho, vestiu roupas confortáveis, e saiu caminhando pela mansão afim de ir até o terraço de onde podia ver a vista completa de sua propriedade, aquela vista que
Os homens vestidos de preto entraram na boate chamando a atenção de todos, principalmente o homem na frente que se destacava por sua aparência e porte físico. –Senhor Giovanni, É um prazer recebê-lo novamente em nosso estabelecimento, já faz um tempo que não nos visita.– disse o dono da boate de forma bajuladora. –Eles já chegaram?– perguntou sem dar muita importância– –Sim senhor, estão na sala privado o esperando, por favor me acompanhe– Giovanni e seus homens seguiram o homem que foi na frente subindo as escadas para o segundo andar, e abriu a porta da sala onde estavam dois homens sentados em poltronas com alguns homens parados atrás deles. –Senhor Giovanni.– disse o mais velho sorrindo e se levantou indo até o mais novo e apertaram as mãos. –É Muito bom tê-lo de volta, não sabe a falta que fez– –Também é bom vê-lo, Senhor Presidente– –Assim que soube que estava de volta a Itália, a minha filha me pediu para o convidar para um Jantar no Palácio, espero que não se