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CLAIRE

A manhã começou com o sol tímido surgindo entre as nuvens, um prenúncio de que o dia poderia trazer algo de bom. Meu coração estava ansioso, mas também carregava a cautela que havia aprendido a manter nas últimas semanas. Depois da visita ao hospital no dia anterior, algo parecia diferente. Lucas não tinha lembrado de nós, mas havia uma fagulha, um pequeno reflexo de quem ele era antes do acidente.

Eu precisava acreditar que era um começo.

Gabriel estava na cozinha, empilhando torradas em um prato com a seriedade de quem estava construindo uma fortaleza. Ele estava empolgado para ver o pai novamente, mesmo que as visitas fossem emocionalmente desafiadoras para nós dois.

— Você acha que o papai vai lembrar da gente hoje? — perguntou ele, sem levantar os olhos do prato.

Minha respiração ficou presa por um momento. A esperança de Gabriel era ao mesmo tempo inspiradora e devastadora. Ajoelhei-me ao lado dele, colocando uma mão em seu ombro.

— Não sei, meu amor. Mas o que importa é
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