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Lucas

Os dias que se seguiram foram marcados por pequenas fagulhas de lembrança. Era como andar em um corredor escuro e, de repente, uma lâmpada se acendia, iluminando um pedaço do caminho. Ainda era frustrante, mas havia progresso. Claire nunca deixava de me lembrar que, mesmo lento, todo avanço era importante.

Gabriel continuava sendo meu guia mais fiel. Sua energia e pureza criavam uma conexão que, embora não fosse totalmente baseada em memórias, era visceral. Ele sempre me puxava para suas brincadeiras, como se soubesse que, ao nos divertirmos juntos, os pedaços do quebra-cabeça voltariam ao lugar.

Naquela tarde, enquanto estávamos no jardim, algo aconteceu. Gabriel segurava um avião de brinquedo e pediu que eu o ajudasse a lançá-lo.

— Papai, joga forte! Quero que ele voe bem alto!

Papai. A palavra ainda ecoava como algo distante, mas ao mesmo tempo familiar. Peguei o avião e o arremessei com força. Ele subiu alto, dançando no ar antes de cair. Gabriel correu atrás dele, rindo.

De
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