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CLAIRE

Os dias passavam, e minha esperança oscilava como as marés. Cada pequeno avanço de Lucas era um alívio, mas as lacunas em suas memórias eram um lembrete constante do que havíamos perdido. Apesar disso, algo nele começava a mudar. Havia uma gentileza renovada em seus gestos, uma vulnerabilidade que antes ele raramente demonstrava.

Naquela manhã, acordei com Gabriel pulando na cama, sua risada iluminando o quarto. Ele carregava um desenho nas mãos, uma folha cheia de rabiscos coloridos.

— Mamãe! Olha! Eu desenhei o papai!

Sorri enquanto ele agitava o papel na minha frente. Nele, Lucas estava ao lado de Gabriel e de mim, todos de mãos dadas em um campo florido.

— Está lindo, meu amor — disse, beijando o topo de sua cabeça. — Por que você não mostra para o papai?

Gabriel sorriu e correu para o andar de baixo. Eu o segui, encontrando Lucas na cozinha, vestido com roupas casuais, mas com a expressão séria de alguém que tinha muito em mente.

— Papai, olha meu desenho! — Gabriel exclam
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