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CLAIRE

A manhã amanheceu com um brilho tímido no céu, o sol escondendo-se por trás de uma leve névoa. Gabriel estava sentado à mesa da cozinha, absorto em seus desenhos, enquanto eu preparava nosso café. Apesar da aparente calmaria, meu coração estava inquieto. Desde o piquenique no parque, Lucas parecia mais presente, mas também mais silencioso. Ele observava tudo como se procurasse algo, talvez uma memória que insistia em escapar.

Quando Lucas entrou na cozinha, seu olhar pousou em Gabriel. Houve um instante em que seu rosto suavizou, como se uma lembrança quase tomasse forma, mas logo a expressão de confusão retornou.

— Bom dia — ele murmurou, sentando-se à mesa.

— Bom dia — respondi, tentando manter meu tom leve. — Dormiu bem?

Ele deu de ombros. — Acho que sim. Tive sonhos estranhos... com lugares e pessoas que não consigo identificar.

Antes que eu pudesse responder, Gabriel levantou os olhos do papel e mostrou seu desenho.

— Papai, olha o que eu fiz! É a gente no parque ontem!

Lu
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