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CLAIRE

O céu estava nublado naquela manhã, refletindo a atmosfera carregada em meu peito. Lucas tinha mostrado pequenas fagulhas de lembrança, como o momento com o balanço de Gabriel no dia anterior, mas a recuperação era lenta. Era como caminhar por um campo minado, cada passo incerto, mas necessário.

Gabriel brincava no tapete da sala de estar, seus blocos de montar espalhados ao redor. Lucas observava-o de um canto, os braços cruzados, a testa franzida. Parecia perdido em pensamentos, como se tentasse se conectar com algo invisível.

— No que está pensando? — perguntei, aproximando-me dele.

Ele me lançou um olhar breve antes de responder: — Estou tentando lembrar como era ser o pai dele.

Sua honestidade era desarmante, e isso me tocava de um jeito que eu não esperava. Lucas nunca foi um homem de vulnerabilidades expostas, mas agora ele parecia disposto a se abrir, mesmo que isso significasse admitir o quanto estava perdido.

— Você ainda é o pai dele, Lucas — disse, suavemente. — Iss
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