— Não toquem na minha filha, eu imploro. Faça… Faça qualquer coisa comigo, mas não toquem… nela - gaguejou, a imagem de Madeline sendo maltrata por qualquer pessoa no mundo lhe deixou sem ar, enjoada. A garota era frágil, nunca havia mesmo tentando sair ou ficado com algum garoto por medo de ser imperfeita demais para qualquer um.
— Tudo isso pode ser resolvido. Quero que me diga onde está o seu filho. - Grace piscou algumas vezes e encarou o homem.
— Eu… Eu não sei onde o Christopher está. - Contou deixando mais lágrimas banharem seu rosto. — Há muito tempo ele se foi. Não nos falamos, eu não faço ideia de onde ele se encontra.
— Não é o que suas contas no banco dizem. - Gael sorriu de canto ao receber um tablet e virou para Grace que não olhou de primeira — Ele banca você, seu salão, até a faculdade da irmãzinha.
— Não, ele não faz isso. - A voz doce de Madeline assustou até mesmo Gael que olhou para o lado. Os lábios rosados entreabertos o desespero estampado naqueles olhos tão intensos, ainda assim, quis abrir a boca para falar alguma coisa como se tivesse vez… Tão astuta e destemida quanto o irmão. — Ele não paga a minha faculdade porque eu mesma trabalho para me manter, você está equivocado. - Tremeu nas últimas frases sabendo que poderia agora ser acertada com alguma coisa, vindo daquele olhar tão cruel.
— Madeline, por favor, eu resolvo isso. - Grace tirou a atenção da garota trazendo os olhos de Gael para cima de si outra vez. — Christopher pode mandar alguma coisa, mas não faço ideia de onde esteja no momento. Há muito não vejo o meu filho e não tenho intenção de fazê-lo. Já disse, ele se foi há muito tempo nos deixando sozinhas. Nós não temos nada haver com esse mundo. Então, nos deixe ir.
Gael continuou a encarar a mulher de cabelos dourados e ondulados que desciam por seus ombros agora suados. Já tinha ouvido falar da beleza de Madeline quando descobriram sobre a família de Christophe, e ainda assim, não quis acreditar até vê-la pessoalmente. Seu rosto parecia mesmo como de um anjo, mas um anjo que nasceu de James Macallister, era um anjo do demônio.
Sorriu de canto e levantou deixando o tablet em outro lugar. Desabotoou as mangas da camisa puxando as mesmas até os cotovelos e voltou para Grace. A palma da mão larga daquele homem tão o forte estalou no rosto daquela mulher espantando a outra ao lado que gritou chamando por sua mãe que não levantou, não sem ajuda de Mikael que sorria divertindo com tudo aquilo.
— Eu tentei fazer as coisas do jeito fácil, mas eu acho que vai ser do jeito difícil que terei o que quero. - Avisou sorridente e mirou em Madeline… Que ofegou com medo de ser a próxima. — Você conta logo o que sabe, ou eu vou acabar contigo.
— Por favor, não toca nela - Madeline murmurou apertando os olhos para as lágrimas descerem. — Ela não sabe, será que não entendeu?
— Para de falar sua peste. - Gritou Mikael para a mais nova que se encolheu — O negocio entre os adultos é mais sério do que pensa.
— Diga logo onde aquele pentelho está escondido. - Apertou o queixo de Grace entre os dedos, a ferida que abriu em seus lábios sangrou e doeu mais — Quero meter a maior bala que conseguir encontrar na cabeça daquele filho da put4 antes de morrer.
— EU NÃO SEI ONDE ELE ESTÁ. - Gritou o mais alto que pode e acabou recebendo não apenas um, como vários outros t***s enquanto gritava em desespero que não sabia. Quando saiu outra vez e viu que não foi erguida por Mikael, se colocou a chorar mais e mais tendo seu rosto grudado ao chão com o sangue escorrendo por seu nariz, boca, lábios, até o rosto havia ferido. — Eu não sei… Eu não sei.
— Essa brincadeira está começando a me irritar - Disse outra vez esticando os dedos. — Estou sendo uma boa pessoa, e não queria ter que fazer algo assim. - Ele mesmo se aproximou de Grace e a levantou voltando a coloca-la de joelhos. Ergueu os olhos da mulher virando em direção a Madeline. — Vamos brincar com a sua filha agora.
— Não. - Gritou a mulher em cheia de angustia. A triste e todo aquele medo de Grace em cima de Madeline deixava tudo ainda mais animador. Mirou os olhos na garota menor apertando suas bochechas — Ela não sabe de nada, nem deveria está aqui.
— Eu concordo. Ela não sabe de nada além de gritar “não façam isso com a mamãe”. - Debochou do sofrimento da menina que de branca estava mais vermelha que um tomate — Mas você sabe Grace onde está o seu filho, aquele ladrão de balsas milionárias. Então é melhor contar logo, antes que eu desista de vender a virgindade dela e faça com que todos os homens desse lugar a fod4m aqui, na sua frente.
Madeline perdeu a voz um momento sem ter como desviar os olhos para sua mãe. Aquele homem falou sério, e o medo de perder aquilo que guardou por tantos anos se vangloriado a vez tremer da cabeça aos pés, e seu estomago revirou. Sentiu vontade de vomitar e Mikael notou a tempo de soltar seu queixo deixando-a colocar para fora tudo que precisava. O cheiro era insuportável, e pior do que isso, só aquele clima desgraçado.
— Não ouse tocar na minha filha - Pediu tonta… — Eu… eu não sei onde ele está.
— Você sabe. - Gael foi mais feroz ao trazer Madeline para frente de sua mãe arrastada pelos cabelos. Os olhos delas se cruzaram antes de Madeline se desesperar mais ao ter a parte de cima de seu vestido rasgado deixando expostos os seios. Gritou cheio de vergonha e desesperada sem ter como se cobrir. — Agora diz antes que seja tarde para todo mundo.
— JÁ DISSE QUE NÃO SEI - Gritou Grace, tentando se aproximar da filha, contudo, Mikael segurou a mais velha deixando Gael passear suas mãos pelo corpo pequeno enquanto a dona deste pedia ajuda. — PAREM, PAREM COM ISSO POR FAVOR.
— Você está dificultando eu ter o meu dinheiro de volta. - Sem paciência alguma, o mafioso de pele branca ergueu a parte de baixo do vestido e todos os homens daquele lugar sorriram em desejo. — A put4 virgem terá ter seu prêmio hoje.
— Mãe? - Madeline gritou antes de sentir a mão grande de Gael contra sua cabeça a empurrando para baixo enquanto puxava seu quadril para mais perto do volume entre suas pernas. Seus pedidos de socorro pareciam não entrar na cabeça de Grace, os olhos da mais velha estavam presos no olhar sádico — Mãe.
— Não se preocupe, eu prometo ser carinhoso, mas o resto deles, eu já não sei - Virou a garota para o outro lado, com um sorriso macabro nos lábios, o rosto da tão delicado e bonitinho acabou mergulhado no próprio vomito de outrora apenas para que Grace assistisse — Assim está bom? Da para você ver o que eu vou fazer com a sua QUERIDA FILHA.
— MÃE!
— SEANT… EM SEANT… Ele está em Seant. - Bradou a mais velha se inclinando para frente a tempo de empurrá-lo para se afastar de Madeline, o coração saltitando dentro do peito. Não podia mais deixar que nada acontecesse. Sua filha não precisava sofrer no meio daquele mundo. A abraçou como podia deitando sua cabeça no ombro. — Ele está em Seant - Achou ter gritado, mas sua voz saiu tão baixa. — Ele está em Seant. É só isso que eu sei. Não sei onde ele mora, eu não sei, eu juro que não sei. Por favor.
Implorou em desespero no meio de tantas e tantas risadas ao seu redor. — Por favor.
— Não foi tão difícil, foi? - Gael sorriu abertamente guardando seu instrumento de tortura. — Procurem saber a localização desse babaca e quando descobrirem preparem tudo, nós vamos recuperar aquela balsa ainda e com tudo que temos direito.
— E elas? - Mikael questionou antes de ordenar seus homens a irem à frente. — O que nós podemos fazer com elas? - Riu malicioso.
— Matem-nas - Sorriu de canto limpando o canto dos lábios e deu as costas. Mikael sacou sua arm4 a destravando, mat4r uma, duas, três pessoas a mais na sua vida não lhe faria diferença. — Não, espera… - Todo mundo naquele lugar parou, olhou para Gael que voltava com um o sorriso maior no rosto. — Antes de seguir até a casa desse pentelho. Precisamos avisar que estamos chegando. - Virou para as mulheres que choraram ainda encolhidas ali mesmo. — Matem a mais velha, e cuidem da outra, façam o que quiserem… não me importo. Só não a matem. Já sabe onde jogar o corpo, e façam como que todos do nosso mundo fiquem sabendo disso, será um recado para Christopher Macallister de que estamos chegando e vamos acabar com a sua raça.
Com o pedido já pronto, Gael tornou a seguir seu caminho deixando que seus homens fizessem o que mais queriam com a garota, ou não. Sinceramente, não lhe importava. Seguiu para o quarto do casarão onde fazia sua morada junto dos homens que o seguiam a todo custo. O quarto era grande espaçoso e com outro quarto secreto atrás de um quadro antigo e caro. Caminhou pelo estreito corredor oculto do guardo por alguns minutos até chegar à sua porta preferida. O cômodo era bem iluminado como um salão no meio de um museu. Era seu lugar preferido no mundo.As paredes eram enfeitadas pelas armas de seus inimigos que conseguiu enfrentar e ganhar em todos os anos dentro daquele mundo sujo e criminoso. Seguiu confiante e sorridente até a arma que era o seu maior destaque, a arma de James Macallister, o homem a qual teve medo e ódio no começo, mas que depois de uma luta justa e tiros em inúmeras direções ele saiu vitorioso.Arrependia-se de não ter assassinato o garoto que viera com ele naquela época
Todas as pessoas que entraram com Kim e Liam se entreolharam abismadas. Todos naquele lugar ficaram espantados, ninguém além de Kim e Liam sabia da existência de alguém da família do loiro além dele próprio e do pai que foi assassinado. Quando recuperou o ar e metade da visão perdida… Encarou o moreno novamente.— E a filha dela, minha irmã? - Liam engoliu a seco, não tinha palavras certas para contar o que estava acontecendo naquela cidade, mas faria qualquer coisa para ele entender que não era sua culpa. Não foi sua culpa. A demora em responder fez Christopher voltar a lhe erguer pela gola da camisa o jogando contra a mesa — CONTA ONDE ESTÁ A MINHA IRMÃ? CACETE! EU VOU MATAR VOCÊ.— O Gael, Gael… Ele… Ela está viva. - Christopher estreitou os olhos parando em cima de Liam que tentou se proteger. — Ela está viva, está em um beco, no meio da cidade de Valcolink algemada com o corpo da mãe. - Christopher o soltou se afastando da mesma hora, seus olhos ficaram embaçados pelas lágrimas s
O volume baixo da música tocada ao seu redor era tão pequeno que mal se podia ouvir.As janelas grandes que iam do teto ao chão estavam abertas trazendo de fora uma brisa fria e com isso, as cortinas entravam cada vez mais no quarto deixando aquele silêncio mínimo mais confortável do que o de costume. O cheiro gostoso daquele lugar era o mais perfeito do mundo, claro que, depois de sentir algo tão desumano quanto o odor de um cadáver em decomposição, qualquer coisa que viesse era bom.Christopher engoliu a seco quando trouxe seus olhos azuis brilhos de fora daquele quarto, para cima da cama onde jazia sua irmã mais nova deitada dentre os lençóis de lã em tons de branco e rosa, assim como o quarto em que se encontrava. Decorado com as cores mais bonitas para uma flor machucada do deserto, mas não deixava sua beleza ir embora nem um segundo.A última vez que viu Madeline, sua irmã tinha mais ou menos dezesseis anos. Estava saindo da formatura ao lado de suas amigas que nem notou sua pre
— Talvez eu tenha puxado aos genes do nosso pai. - Christopher ficou sério e ela também, ambos se encararam friamente e pareciam se entender perfeitamente com aquele olhar duro. — Onde está o que restou do corpo da minha mãe? - Levantou um braço procurando pela algema e agradeceu mentalmente por não está mais com aquilo.— Kim a enterrou no final da praia, onde sempre enterramos nossas pessoas queridas. Quando estiver melhor, mandarei que levem você até lá.— Praia? Valcolink não tem praias.— Você está Seant, na minha casa. - Madeline não demonstrou reação alguma. — Não pisará mais em Valcolink, nunca mais.— Eu tenho uma vida lá, você sabia? Eu faço faculdade e trabalho, ou trabalhava naquela cafeteria perto do salão da mamãe... - Christopher assentiu — O que acontecerá com o salão da mamãe?— Mandei uma pessoa para lá cuidar de tudo. E de novo, não quero que volte para lá. Seant é a minha cidade, e se quiser continuar sua faculdade aqui, pode fazer. Até trago os professores bem aq
Mas o que mais ele queria? Um aumento? Um aumento por fazer seu trabalho? Mais fácil ele não receber nada que ter um aumento concedido por Christopher.Entre ficar na sala com aquela mulher e subir para buscar encontrar seu chefe, preferia subir e enfrentar Christopher. Subiu os degraus com calma escutando as outras empregadas servir a grande senhora daquele lugar. Esperava que um dia aquela garota sumisse da vida de Christopher, porque o tanto que era enjoada e cínica lhe doía na alma. É claro que o Chris não era um dos homens mais corretos do mundo, mas ao menos uma mulher fiel deveria estar em sua cama, e não uma prostitit4 que achou no bordel e trouxe para dentro de casa.Andou pelo corredor com o coração mão. Não queria interromper nenhum momento entre os irmãos, mas estava no meio de seus trabalhos, arrumar as confusões que Christopher arranjava por toda sua vida. Parou em frente a porta escutando a voz de Christopher contar como fora que a trouxe até Seant o que não era uma his
Quando começou a descer as escadas, escutou primeiramente à voz da equipe que conhecia muito bem e adorava, porém, a mantinha longe fazendo trabalhos de longas datas em que seu pai não terminou quando vivo, mas ele fazia questão de terminar colocando todos os pingos nos “is”. Caminhou pelos corredores chegando a sua sala e achando seus quase melhores amigos.— Christopher - A primeira a correr em sua direção para lhe abraçar foi sua prima, Karen Logan. Caiu em seus braços lhe dando um beijo molhado em sua bochecha antes de se afastar e sorri sem nenhum pingo de vergonha, mesmo sabendo o quanto a namorada de aquele ser humano morri4. — Estava morrendo de saudade. Graças aos deuses nos chamou de volta. - Riu maliciosa agarrando sua camisa — Estava com saudade também do seu corpo, e eu poderia me aproveitar dele dessa vez?— Não… - Ele sorriu de canto notando os olhares de Sierra e Karen se afastou dando espaço para a outra integrante da equipe que vinha com um sorriso grande em sua dire
Quando a manhã chegou naquele dia, Madeline abriu os olhos pela primeira vez depois de uma noite inteira de sono, uma das melhores da sua vida.Encarou as cortinas em frente das janelas do quarto balançarem sem parar e o cheiro forte de limpeza e álcool chegou mais concentrado em suas narinas. Fechou os olhos outra vez para se deleitar daquilo, o aroma era o mais gostoso do mundo comparado ao que passou nos últimos dias. Ainda podia lembrar-se do cheiro daquele beco, do cheiro do corpo de sua mãe mort4 depois de chorar por horas em cima dele.Respirou fundo deixando as memorias perfurarem sua mente como se fosse facas, dolorosas mais do que qualquer coisa.Tornou a abrir os olhos verdes e esses estavam molhados dessa vez, havia uma parcela de culpa tão grande dentro do coração, ela devia ter amado mais Grace e se soubesse mais um pouco sobre seu irmão tinha pedido para que morassem juntos. Ela sempre contava historia de Christopher e acreditou que ele fosse uma pessoa boa, ao contrari
Tratou de tomar banho e finalmente colocar o vestido longo que como já esperava se arrastou pelo chão enquanto caminhava pelo quarto, ao contrario do busto que apertou os seios os espremendo para fora, quase não tinha, mas aparentemente dentro daquela peça era se tornou algo chamativo. Será se seria um problema? Parou em frente ao espelho arrumando seu cabelo loiro e aproveitou para jogar todo para trás, o curativo em seu rosto cobria quase ele todo, e doía, doía mais que qualquer coisa, mas não iria esconder.Tocou do outro lado do rosto lembrando-se de sua beleza extraordinária, nem mesmo uma foto tinha, nem um celular, nada para lembrar-se de como era. Será que aquele homem, ainda a olharia daquele jeito? Riu de canto. Não podia esquecer-se daquele acontecimento marcável em sua vida quando um desconhecido lhe tomou todo o ar e jogou fora as esperanças de ser solteira para sempre pelo menos por breves minutos.Era um dia chuvoso na cafeteria onde trabalhava com suas amigas quando el