— Talvez eu tenha puxado aos genes do nosso pai. - Christopher ficou sério e ela também, ambos se encararam friamente e pareciam se entender perfeitamente com aquele olhar duro. — Onde está o que restou do corpo da minha mãe? - Levantou um braço procurando pela algema e agradeceu mentalmente por não está mais com aquilo.
— Kim a enterrou no final da praia, onde sempre enterramos nossas pessoas queridas. Quando estiver melhor, mandarei que levem você até lá.
— Praia? Valcolink não tem praias.
— Você está Seant, na minha casa. - Madeline não demonstrou reação alguma. — Não pisará mais em Valcolink, nunca mais.
— Eu tenho uma vida lá, você sabia? Eu faço faculdade e trabalho, ou trabalhava naquela cafeteria perto do salão da mamãe... - Christopher assentiu — O que acontecerá com o salão da mamãe?
— Mandei uma pessoa para lá cuidar de tudo. E de novo, não quero que volte para lá. Seant é a minha cidade, e se quiser continuar sua faculdade aqui, pode fazer. Até trago os professores bem aqui neste quarto para te dar aula. Eu faria qualquer coisa por você, mas não quero que volte a Valcolink nunca mais.
Ela podia negar aqueles pedidos, mas ser mimada sempre foi uma das coisas que mais gostava no mundo. Sorriu de canto olhando ao redor. O quarto era bonito e aquele jeito que ele dizia as coisas cheio de autoridade e comandos. Talvez gostasse daquele estilo.
— Posso conviver com esse negocio de "mandei fulano fazer isso e ele foi" - Debochou levemente levando uma mão até a cabeça sabendo que a tontura significava fome. — Preciso comer alguma coisa agora, estou faminta.
— WAL? - Gritou Christopher pela mulher que apareceu dois minutos depois com uma bandeja recheada de tudo que tinha de bom naquela casa — Coma tudo, e se quiser mais, é só mandar Wal trazer mais e o que quiser. - Madeline assentiu — Eu vou descer preciso conversar com os meus homens. - Madeline ergueu o olhar para ele junto do garfo e a faca a qual já havia pegado — Estou falando dos homens que pago para fazerem o que eu mandar.
— Não pensei em nada de ruim, acredite. - Sorriu de canto.
Aquele sorriso que assustava qualquer um.
— Fui eu que pensei? - Perguntou para si mesmo e virou em direção à porta. — Tem um Walk-talk ao lado da sua cama, ele é dourado porque somente eu tenho a linha, é só apertar esse botão e me chamar, eu venho correndo. - Ele parou diante da porta e a olhou por cima dos ombros, os olhos delas estavam sobre suas costas, um olhar feroz, e ele conhecia aquele olhar. — Me chame se precisar.
— Eu entendi.
Desceu as escadas escutando os murmúrios por todo canto e seguiu até o escritório de sempre. Kim já estava lá jogado no sofá e logo levantou quando viu o chefe passar pela porta.
— Ela acordou? Está todo mundo comentando. - Christopher parou atrás da mesa indo até o armário ao lado esquerdo, procurou pela bebida mais forte e trouxe de volta a mesa enchendo um copo inteiro e o bebeu sem hesitar. A bebida quente queimou sua garganta até o estomago o fazendo arrepiar.
— O que estão falando da minha irmã? - Questionou e o moreno cruzou os braços parando a frente — Não quero que falem nada dela, entendeu?
— Não é algo de ruim, é só que ela parece mais forte do que aparenta. Ela sobreviveu num beco escuro com um cadáver ao seu lado, algemado no seu pulso. Você tem noção do quanto isso é doentio? - Christopher sentou em sua cadeira começando a beber no gargalo mesmo. Já estava entediado.
— Ela realmente não aparenta ser forte, mas ela é. Tem o sangue do meu pai. Ela é ruim por natureza. - Debochou com um riso no rosto, mas esse sorriso foi acabando aos poucos — Não quero que ela se machuque nunca mais, e nem tente entender o que aconteceu muito menos que entre para esse mundo. Ele é só meu e é cruel demais para qualquer um.
— É, mas trouxe-a para cá. E digamos que aqui é onde acontecem todas as organizações de assaltos e crimes que fazemos. Inclusive o que fez com que ela acabasse aqui. - Christopher o encarou — Temos chalés pela praia, mande-a para um.
— E deixa-la longe de mim? Nunca mais. E se alguém se aproximar?
— A praia é sua, Christopher. Mande-a para um que ela se sinta confortável. Converse e veja o que ela quer. Madeline não está preparada para entrar de cabeça em tudo isso. Ela precisa ficar um tempo de luto pela mãe e rever sua vida. Eu iria querer isso se perdesse alguém tão importante quanto ela. - Christopher escutava atentamente, Kim não era seu conselheiro apenas quando necessitava de estratégias para fazer seus negócios correrem, era quase como um amigo. — Se não quiser deixa-la sozinha, mande Sierra com ela.
— A Sierra não precisa se meter nisso. Quero mantê-la longe. Não quero perdê-la também. - Murmurou com um suspiro e acabou caindo na risada, à bebida forte ingerida rápido lhe deixou tonto. — Eu vou conversar com a Madeline quando ela me chamar, talvez sua ideia não seja tão ruim.
— Uma coisa foi resolvida. Agora, o que vamos fazer quando aquele cara chegar aqui? - Christopher ficou sério e encarou o outro presente na sala — Segundo Liam, a morte de sua mãe e a situação com sua irmã foi um aviso de que estava vindo.
— Ele sabe com quem está mexendo. Não vai se aproximar tão cedo. Meus espiões ainda fazem ronda por aquela cidade e a qualquer momento podem me informar os passos de Gael. Só preciso fazer com que eles esqueçam qualquer outro inimigo, e foquem somente NESSE FILHO DA PUT4.
— Christopher.
— Eu quero que ele venha. Entendeu? Eu quero que ele venha que vou descarregar todas as balas que eu tiver na bunda dele e só parar quando uma atravessar todo seu corpo e sair na boca. - Kim desviou o olhar, o que seu chefe falava, ele cumpria. — E ele vai ser o último, porque eu farei pior com todos os outros filhos dele bem a sua frente.
— Christopher... Não acho que...
— Nesse momento eu não quero que você ache nada Kim, só um chalé bonito e limpo para minha irmã. Vai. - O moreno obedeceu saindo e antes de cruzar a porta Liam apareceu outra vez trazendo um envelope preto em mãos. — Conseguiu?
— Sim. Já conhecia os passos do Gael e não foi difícil encontrar a mãe dele. Ela é famosa em Valcolink, dona de inúmeros cassinos, paga propina para o prefeito e a maioria dos policiais para manter seus negócios sujos de lado. Mas não está sabendo que o velho do seu filho anda fazendo. - Christopher deixou a garrafa vazia em cima da mesa para segurar uma das fotos da mulher. — O que você quer eu faça agora?
— Quero que chame a Ketsueki de volta. Preciso do Juan aqui. - Ordenou e encarou o homem à frente.
— Achei que mandaria um grupo de assassinos, não a cavalaria pesada.
— Juan é meu melhor amigo, e ele saberá cuidar disso perfeitamente. É uma das únicas pessoas em que posso confiar nessa vida.
— E sua irmã? - Christopher subiu o olhar para Liam novamente — Eu voltaria a vigiá-la? Eu gostava de fazer isso, principalmente nos raros dias de sol quando ela fazia aquelas marquinhas bronzeada na cobertura de sua amiga.
Christopher riu sem graça pegando a garrafa em cima da mesa e antes de Liam continuar a falar da visão que tinha, ele acertou-lhe no meio do rosto o fazendo cair alguns metros de sua mesa. A garrafa quebrou por inteira e os pedaços mais perto do rosto do moreno esquisito entraram na pele o fazendo sangrar na mesma hora. O grito do homem foi ouvido por toda casa e vários homens correram na direção da sala achando ser Christopher.
Kim surgiu depois passando por alguns homens na porta até chegar ao centro onde Liam segurava o rosto com uma mão e com a outra tentava chegar até a saída.
— O que você fez? - Perguntou ao se abaixar perto do homem ferido ao chão. Liam pediu ajuda se arrastando como podia.
— Saiam todos - Ordenou o chefe, cruzando outra vez o espaço de sua mesa até o armário com bebidas.
-
-
Quando seu carro parou em frente a aquela casa com três andares revestida em flores e uma cor viva, o coração passou a acelerar. Desligou o automóvel puxando a chave e abriu a porta descendo em seguida. Todos os dias ele visitava aquele lugar, era onde trabalhava ao lado de uma pessoa que julgou ser seu amigo desde muito cedo. E bom, ele era. Não podia dizer o contrário. Andou um pouco parando em frente a grande porta da casa, e virou em direção a praia atrás. Aquele lugar era um dos mais bonitos em Seant, a praia menos visitava obviamente, mas uma das mais escondidas lindas que aquele mundo já viu.
Puxou o ar para dentro adentrando a mansão e fechou a porta grande em segundos. Seus passos não foram os únicos no cômodo e Kim parou no hall assim que avistou Sierra descer as escadas ainda usando sua autoridade de "Mulher Do chefe" para ditar o que iria querer para aquela noite enquanto alguns dos empregados anotavam em suas mentes.
— Espero que não demorem. Não tenho mais uma noite toda. – Sierra parou no fim da escada e encarou a expressão perdida de Kim, seus olhares se cruzaram minutos depois e ela sorriu. — Não achei que fosse voltar mais hoje.
— Não que isso seja da sua conta – Ela não abaixou a cabeça, tão pouco se sentiu ofendida. — Eu vou ao escritório.
— Ele não está lá, se é que quer saber. – Kim parou em frente à mulher que desfez seu sorriso desviando o olhar para o chão. — Não que isso seja da sua conta também.
— Não tínhamos planos para hoje. Não ah como ele ter saído dessa casa.
— E ele não saiu. Está no quarto da irmã dele e não saiu de lá desde que a noite chegou. Não que eu esteja com ciúmes ou algo assim. Ela precisa de um tempo com o irmão, ainda mais depois de tudo que passou. – Dizia enquanto andava pela sala e sentou em um dos sofás. — Você pode subir, só não sei se ele vai te deixar entrar no quarto.
— Por um momento, pensei em ficar aqui em baixo mesmo. – Pensou um pouco mais se lembrando do que Christopher fez ao Liam.
A garrafa que fora quebrada no rosto do homem deu a ele oito pontos e uma cicatriz para a vida toda. Mas também, não precisaria ter medo de Christopher, eles sempre foram amigos independente das coisas darem certo ou não. Liam foi quem fracassou em sua missão de proteger Grace e Madeline e ainda a deixou naquele lugar por três dias antes de vir até Christopher.
O que ele queria mais? Um aumento?
Mas o que mais ele queria? Um aumento? Um aumento por fazer seu trabalho? Mais fácil ele não receber nada que ter um aumento concedido por Christopher.Entre ficar na sala com aquela mulher e subir para buscar encontrar seu chefe, preferia subir e enfrentar Christopher. Subiu os degraus com calma escutando as outras empregadas servir a grande senhora daquele lugar. Esperava que um dia aquela garota sumisse da vida de Christopher, porque o tanto que era enjoada e cínica lhe doía na alma. É claro que o Chris não era um dos homens mais corretos do mundo, mas ao menos uma mulher fiel deveria estar em sua cama, e não uma prostitit4 que achou no bordel e trouxe para dentro de casa.Andou pelo corredor com o coração mão. Não queria interromper nenhum momento entre os irmãos, mas estava no meio de seus trabalhos, arrumar as confusões que Christopher arranjava por toda sua vida. Parou em frente a porta escutando a voz de Christopher contar como fora que a trouxe até Seant o que não era uma his
Quando começou a descer as escadas, escutou primeiramente à voz da equipe que conhecia muito bem e adorava, porém, a mantinha longe fazendo trabalhos de longas datas em que seu pai não terminou quando vivo, mas ele fazia questão de terminar colocando todos os pingos nos “is”. Caminhou pelos corredores chegando a sua sala e achando seus quase melhores amigos.— Christopher - A primeira a correr em sua direção para lhe abraçar foi sua prima, Karen Logan. Caiu em seus braços lhe dando um beijo molhado em sua bochecha antes de se afastar e sorri sem nenhum pingo de vergonha, mesmo sabendo o quanto a namorada de aquele ser humano morri4. — Estava morrendo de saudade. Graças aos deuses nos chamou de volta. - Riu maliciosa agarrando sua camisa — Estava com saudade também do seu corpo, e eu poderia me aproveitar dele dessa vez?— Não… - Ele sorriu de canto notando os olhares de Sierra e Karen se afastou dando espaço para a outra integrante da equipe que vinha com um sorriso grande em sua dire
Quando a manhã chegou naquele dia, Madeline abriu os olhos pela primeira vez depois de uma noite inteira de sono, uma das melhores da sua vida.Encarou as cortinas em frente das janelas do quarto balançarem sem parar e o cheiro forte de limpeza e álcool chegou mais concentrado em suas narinas. Fechou os olhos outra vez para se deleitar daquilo, o aroma era o mais gostoso do mundo comparado ao que passou nos últimos dias. Ainda podia lembrar-se do cheiro daquele beco, do cheiro do corpo de sua mãe mort4 depois de chorar por horas em cima dele.Respirou fundo deixando as memorias perfurarem sua mente como se fosse facas, dolorosas mais do que qualquer coisa.Tornou a abrir os olhos verdes e esses estavam molhados dessa vez, havia uma parcela de culpa tão grande dentro do coração, ela devia ter amado mais Grace e se soubesse mais um pouco sobre seu irmão tinha pedido para que morassem juntos. Ela sempre contava historia de Christopher e acreditou que ele fosse uma pessoa boa, ao contrari
Tratou de tomar banho e finalmente colocar o vestido longo que como já esperava se arrastou pelo chão enquanto caminhava pelo quarto, ao contrario do busto que apertou os seios os espremendo para fora, quase não tinha, mas aparentemente dentro daquela peça era se tornou algo chamativo. Será se seria um problema? Parou em frente ao espelho arrumando seu cabelo loiro e aproveitou para jogar todo para trás, o curativo em seu rosto cobria quase ele todo, e doía, doía mais que qualquer coisa, mas não iria esconder.Tocou do outro lado do rosto lembrando-se de sua beleza extraordinária, nem mesmo uma foto tinha, nem um celular, nada para lembrar-se de como era. Será que aquele homem, ainda a olharia daquele jeito? Riu de canto. Não podia esquecer-se daquele acontecimento marcável em sua vida quando um desconhecido lhe tomou todo o ar e jogou fora as esperanças de ser solteira para sempre pelo menos por breves minutos.Era um dia chuvoso na cafeteria onde trabalhava com suas amigas quando el
Quando o sol apareceu no horizonte, Juan amaldiçoou todo aquele brilho que desfez seu sono profundo chegando a acordá-lo de maneira errada, em sua opinião; mal tinha deitado naquela cama.Mas apesar de querer permanecer ali até a fome bater, sabia que tinha algo para fazer com Christopher e não iria nem mesmo deixa-lo bravo. Bancar a babá nunca foi seu forte e isso iria fod3r sua vida como sempre. Mas, dessa vez iria dar tudo de si para manter a irmãzinha do Christopher sã e salva, porque se ela morresse, ele não teria outra chance para viver e tentar manter a vida de outras pessoas salvas, porque era clara a ameaça do Christopher, ele jamais ameaçaria uma pessoa sem ter plena certeza de suas palavras.Depois de um banho, Juan colocou uma calça qualquer deixando expostas suas tatuagens por todo seu tronco e pescoço, cuidou de dar água e comida para seus cachorros, às únicas almas vivas a qual tinha prazer e adoração em cuidar e dar carinho. Aquelas criaturas eram como pedaço da sua ca
Diante da mesa grande colocada unicamente para o primeiro café em família como o Macallister disse, Madeline se animou por um momento. Lembrava-se das manhãs em sua casa quando sua mãe fazia de tudo com um sorriso o rosto. Ela sempre fazia as coisas sorrindo e lhe acordava muitas vezes em cima de livros tentando estudar para as aulas da faculdade, as provas lhe tomava tanto tempo que mal tinha para dormir.Christopher apesar de rude, parecia animado ao contar sobre como era ter uma família, sentada ao seu lado direito, prestava atenção em suas historias e em todas as pessoas presentes naquele lugar.As empregadas que entravam e saiam olhavam sempre para Christopher com temor, era como se estivessem prestes a ser mort4s e justamente pelo chefe que sorria como se fosse o bom moço. Sua mulher, Sierra, ria de tudo que ele dizia além de tocar em sua mão todas as vezes que falava algo anormal. Mas para frente, Karen e Jade pareciam viver no mundinho delas, comentavam uma coisa ou outra que
— Você tem medo do meu irmão? Ok. Mas naquele dia você não teve.— Madeline… - Ele pronunciou o nome dela com tanto gosto que fez a garota entreabrir os lábios desejando escutar mais. Houve um momento de silêncio antes de voltar-se para ela também. — Não sabia que era irmã dele. E agora que sei quero distância. Não o quanto eu gostaria porque agora eu vou ter que ser a sua babá. — Eu não quero uma babá - Se aproximou dele novamente o vendo se afastar do carro. — Eu não preciso de uma babá, eu posso me cuidar sozinha. Posso morar numa coisas dessas bem longe da casa… e você.— Pois eu ia adorar não ter que ficar te olhando - avisou quando ambos se encararam mais de perto, e ela continuaria aquele contato, se não se lembrasse da ferida e de que ela poderia está horrível. O desconforto foi notado pelo outro, deixando-o mal. Não queria magoá-la, por ser justamente a garota que ele gostava, e o pior de todos, não queria morrer pelas mãos do irmão dela. — Têm vários outros chalés se você q
A vingança de um homem no centro da vida criminal é sempre esperar que o outro venha a morrer depois de algumas balas perdidas ou um acidente planejado por outro. Essa é uma das escapatórias dessa vida e todo mundo que entra nela sabe disso, embora muitos ainda abram a boca para dizer: comigo isso não vai acontecer.Não se iluda, sempre acontece.O fato de ainda não ter acontecido com Christopher, é simplesmente por que ele era bem protegido, e muito astuto com todas as pessoas em volta. Sério, com o olhar mortal, não abaixava a guarda nem quando precisava.Porém, contudo, entretanto, para Gael, Christopher não queria que sua vingança fosse à morte, queria conseguir prendê-lo em algum lugar e assassin4r cada um de seus filhos bem na sua frente, da pior forma possível, seja cortando pedaço a pedaço de carne humana, ou os perfurando com algo cego e que demorasse ainda mais para chegar do outro lado. Esse era o tipo de vingança que seu pai buscaria ao ter sua amante mais amada mort4 nas