A porta se abriu depois de dois minutos e lá estavam eles, na maior sala de reunião no andar abaixo do de Peter, ele deixou a cobertura para sua sala, e os dois andares abaixo do seu para o resto do seu “escritório” ele não gostava de trabalhar com barulho, por isso, exigiu que tudo ficasse do seu conforto. Foi o primeiro a sair do elevador, cumprimentou algumas pessoas e notou olhares atrás, mas não ligou. Chegou na porta da sala de reuniões e abriu, deixou Aline passar primeiro, depois Kevin que foi olhando diretamente para a bunda dela e depois entrou.
Quando parou diante dos homens que tratavam de suas coisas, todos olhavam diretamente para Aline, sem saber o que dizer. O Johnson revirou os olhos e se sentou na cadeira que tinha seu nome, bateu os documentos que trazia nas mãos na mesa chamando atenção.
— Essa é Aline Sobral, irá substituir Ema por duas semanas, alguma pergunta? – todos levantaram a mão. Peter olhou para Kevin que abaixou a sua. — Vamos começar isso logo – resmungou abrindo sua pasta.
Dentro daquela sala, tudo parecia pequeno quando não conseguia mais levantar a cabeça e encarar qualquer homem que fosse. Peter sentou em sua cadeira lhe apresentando, sorriu com educação e passou a prestar atenção em seu chefe que começava o discurso de melhor empresa já de pé por aqueles anos. Acomodou-se ao lado, abrindo o tablet para começar a escrever tudo o que seria dito e decidido ali, e depois discutiria com Peter, como Ema lhe tinha instruído.
— O novo projeto exige que demos toda a nossa atenção, não vamos apenas lançar mais um e deixar a mercê das pessoas normais para decidirem se é bom, ou não – uns concordaram. — Precisamos de marketing, uma equipe especializada para tal.
— Sim, claramente. Não vamos colocar qualquer pessoa para fazer um trabalho mal feito. Por isso, decidir por mim mesmo, caso o senhor fosse precisasse o que no caso, precisou, eu separei algumas listas de empresas que podem nos ajudar – falou Shikamaru, o homem sentado à esquerda duas cadeiras a frente de Peter. — São as melhores desse ramo, e seis dela, trabalham aqui no prédio Johnson.
— Aline – ela despertou do seu modo concentrada e foi para o lado de Peter.
— Senhor Johnson – aquele “senhor Johnson” novamente preencheu os ouvidos de Peter, ele sentiu sua pele arrepiar, a voz dela era delicada, decidida, cheia de atitude e humildade, tão rara que chegava a despertar seu interior.
— Pegue as pastas, e distribua – deu a ordem para a mulher que deixou o tablet na ponta da mesa, foi até o homem a duas cadeiras na frente de Peter e pegou as pastas que tinha na lista.
Na mesa tinha nove homens, quatro de cada lado, e Peter no meio, como um bom chefe. Aline começou do lado esquerdo, ficando entre o quarto e o terceiro, abaixou um pouco para colocar e abrir na frente do homem, Peter olhou para os movimentos com certa atenção, quando Scott voltou a falar de algumas empresas. Ela voltou-se para o outro, ficando entre o terceiro e segundo e abaixou mais um pouco, dessa vez, Peter olhou para suas pernas, e estreitou os olhos ao ver algo colorido saindo da saia de Aline. Ela passou por Scot, já que esse tinha a lista e foi para o primeiro ao lado de Peter, onde abaixou novamente e Peter percebeu ser a metade de uma flor desenhada em sua pele. Uma tatuagem, a sua secretaria de pernas bonitas e que sussurrava “senhor Johnson” tinha uma tatuagem pequena de florzinha.
Quando foi para ela deixar o papel na sua mesa, ela agachou um pouco ele não pôde ver claramente os seios dela, mas a visão por cima foi muito boa. Aline não vestia roupas para torturar nenhum homem, estava formal e gostosa ao mesmo tempo, podia se controlar. Ela deu a volta em sua cadeira e entregou a lista para Kevin enquanto Scott continuava a falar, mas foi só Aline virar as costas e agachar um pouco quando Kevin quis lhe dizer algo no ouvido, que Peter percebeu outra flor em sua pele, agora na parte de trás de suas pernas, ele pôde ver claramente uma flor rosa, com o miolo amarelado, mas não via o caule, ou o final.
— Essa foi minha escolha, eles são os melhores nesse ramo, e, já fizeram outros trabalhos para nós – Peter olhou para Scott.
Quando a reunião acabou, eram mais de onze da manhã, faltava pouco para o meio dia. Aline arrumou os papéis que Peter precisava levar e esperou ele terminar de cumprimentar a todos para começar a segui-lo de volta para o elevador.
— E aí, vamos almoçar onde hoje? – Kevin perguntou indo com o amigo para dentro do elevador.
— Ainda não sei. Quem fazia as reservas eram Ema – Aline olhou para Peter sentindo suas pernas tremer com o olhar feroz, ela ofegou e respirou fundo.
— Me desculpe, senhor Johnson – “senhor Johnson” — Eu não sabia, prometo fazer as reservas de amanhã – as portas do elevador se abriram e ela saiu primeiro, Kevin logo atrás olhando para a bunda avantajada da mulher, uma tentação.
— Claro que fará – ele tentou ainda ver a tatuagem nos dois pontos, mas não deu — E como punição, irá vir conosco – Aline que já tinha sentado olhou para o chefe que sorriu de lado, Kevin estava de braços cruzados, esperando pela resposta.
— É uma ordem... Senhor Johnson?
— Não.
— Me perdoe então, vou declinar no convite – Kevin estreitou os olhos, como assim ela tinha se recusado a almoçar com eles? Sempre achou que Peter fosse o desejado, e ele logo atrás, não esperava que uma mulher como ela, fosse rejeitar.
— Está desobedecendo? – perguntou Kevin.
— Ele disse que não era uma ordem – riu para os dois homens. Peter concordou com a cabeça e entrou na sua sala, saiu pouco tempo depois segurando o celular no ouvido, passou por Aline sem dizer nada e Kevin o seguiu.
— Tá. Te encontro mais tarde – desligou o telefone e olhou para o amigo que ainda estava incrédulo – o que foi?
— Você viu quanta petulância aquela mulher tem? – Peter revirou os olhos guardando o celular — me perdoe, mas vou declinar do convite – imitou a voz afeminada, fazendo Peter rir.
— A deixe.
— Você nunca pediu pra Ema fazer reservas em algum lugar só pra gente almoçar – Peter riu e foi seguido por Kevin.
— Não acredito que ela irá levar isso a sério, foi apenas para ver sua reação – os dois saíram do elevador.
Pouco depois das duas da tarde, Peter voltou, quando a porta do elevador se abriu, encontrou a mulher sentada e escrevendo alguma coisa rápido demais. Ela sorriu, esperando que falasse algo, mas ele não o fez. Com um sorriso no rosto, ele entrou e não fechou a porta, foi até sua mesa, tirou o paletó colocando no encosto da cadeira e se sentou. Levantou um pouco a blusa branca até os cotovelos e olhou para frente, a mulher parecia tranquila. Na verdade, ele deixou a porta aberta porque queria ver a m*****a tatuagem, não sabia como, mas podia ao menos ver suas pernas.
Porém, uma coisa lhe chamou atenção, a porra da mesa da sua secretaria era fechada na frente, ele riu de lado, mandaria trocar aquilo o quanto antes. Queria saber de onde aquelas flores começavam, e onde terminavam.
Antes das oito da noite, Peter estava concentrado demais em seu trabalho, o novo projeto de seus sonhos, era conseguir abrir uma filial nos Estados Unidos, sua empresa crescendo e expandindo seria perfeito. Ali, os empreendimentos cresceram cada vez mais, o que foi confirmado poucos minutos antes de alguém bater na sua porta. Ele deixou entrar e teve o deleite de assistir belas pernas vir em sua direção.
— Senhor Johnson, sua agenda precisa ser modificada? – perguntou calma, terna, olhando em seus olhos.
— O que temos para amanhã? – perguntou, respirando fundo para engolir o maldito “senhor Johnson”.
— Tem uma reunião às sete e meia, Mateus Santos só tem esse horário antes de voltar para sua cidade – falou, lendo o que estava escrito — tens que passar na casa de sua mãe ao meio dia, é de extrema importância – Peter revirou os olhos — à tarde, tem um encontro com sua noiva.
— Hm – ele esperou ela levantar a cabeça para lhe olhar diretamente — tudo ok, você já pode ir embora.
Ela riu e deu as costas, desfilando até a porta, onde passou e deixou aberta. Peter estreitou os olhos, franzindo o cenho, ela andou até sua mesa, pegou a bolsa ao lado e inclinou para desligar o computador, Peter, agora, pôde ver de longe o volume por cima dos panos e a parte de cima dos seios. Por último, ela colocou a bolsa no ombro e foi atravessando a mesa quando se lembrou do celular, em frente à mesa, ela debruçou sobre para pegar o celular na cadeira, Peter se engasgou com o vinho Tinto que tomava limpando sua boca logo em seguida, e quando voltou a olhar, ela não estava mais lá.
De olhos arregalados, ele começou a respirar rápido, ele não tinha visto a calcinha de renda vermelha, não, ele não tinha visto. Pegou a sua agenda e respirou fundo, abriu a mesma e folheou até achar a última folha que foi gasta, anotaria no seu celular e botaria um alarme para não se esquecer de nada, mas, assim que achou a página, tinha um bilhete colado nela, a letra bonita junto às palavras chocante, fizeram o Johnson se afastar na mesa fazendo a cadeira se arrastar pela cerâmica branca. Ele passou a mão no rosto e olhou pra mesa dela.
— Vamos ver... – ela tinha entendido o que ele tentou fazer, e foi um golpe baixo para seu ego.
“Eu não sou seduzível, senhor Johnson, mas sei seduzir”.
“Eu não sou seduzível, senhor Johnson, mas sei seduzir”.Foi muita ousadia sua, e burrice dele achar que podia seduzir uma mulher como ela, mesmo que tenha um corpo maravilhoso e ficasse muito bonito apenas com um colete preto e as mangas da camisa dobradas até o cotovelo, aquilo não era o suficiente para se deixar atrair por qualquer homem. Sem contar que o dito cujo tinha uma noiva e casaria em duas semanas, ou seria menos? Quando entrou no carro, riu como se nunca tivesse feito, a cara que ele fez foi hilária enquanto tentava limpar o vinho que escorreu de sua boca para a mandíbula, ela não era qualquer mulher. Não entendia o que tinha feito de tão especial. Escolheu uma roupa sem decote e saia não estava tão curta, arrumou o cabelo de jeito normal para não ter chateações como no emprego anterior, mas mesmo assim, seu chefe tentou seduzi-la, e não diga que foi apenas coincidência, ele olhar de dois em dois minutos foi o que comprovou sua façanha, mas não deu certo, graças à pedra q
— Bom dia, senhor Johnson.Saiu da sala fechando a porta dessa vez, deixou a bandeja de um lado e correu para calçar os sapatos. Olhou para o relógio estava dando exatamente sete horas da manhã. Quando sentou na cadeira de frente pra mesa, o telefone tocou.— Tem que arrumar a sala de reuniões – Aline riu.— Já fiz isso. E também arrumei sua sala, os documentos que precisa levar para lá, e o mais importante, marquei o lugar onde almoça com seu amigo.Ele riu de lado girando na cadeira.— Eu vou almoçar com minha mãe hoje.— Eu sei senhor. As reservas são para amanhã – ele perdeu o sorriso e Aline tampou a boca para não rir alto. — Lhe vejo em dez minutos, senhor Johnson.Desligou o telefone.Peter ficou com o telefone na mão e depois botou no gancho. Aquela mulher era louca, uma tentação de pessoa, mas louca ainda. Ele não queria seduzi-la diretamente no dia anterior, mas depois do seu recado, perdeu a linha do raciocínio que podia ter. Hoje, tinha acordado mais cedo que o previsto so
— É só isso que você quer? – Peter perguntou voltando a olhar para sua noiva. — Eu gosto quando vem no meu trabalho, mas de noite, quando já vou sair, não antes das dez horas da matina – olhou pra mesa de Aline, mas ela fazia seu trabalho.— Peter eu preciso de mais atenção. Vamos nos casar em 14 dias e você parece que está no mundo da lua. Nem quer saber nada sobre o que terá no casamento – reclamou.— Dafne, isso é dever das noivas fazerem. – se ajeitou na cadeira vido pra frente. — Meu dever é trabalhar e pagar toda a festa, que tal? – a loira bateu o pé.— Tá, bom dia então – foi até a mesa e debruçou sobre ela pra dar um beijo na boca do Johnson, e voltou pra sair da sala quando deu de cara com Aline que levantou quando viu a loira e aproximar da saída. Dafne parou na porta da sala de Peter olhou pra Aline com desconfiança – quem é você?— Aline Sobral, a secretária substituta da senhora Ema – falou estendendo a mão. Dafne não se moveu – deseja algo?— Não. – respondeu fazendo bi
Quando voltou para o prédio, subiu de elevador com um sorriso e meio no rosto. As portas se abriram e lá estava ela novamente em sua sala arrumada. Aproveitou para trocar a água da jarra que ficava na mesinha de centro entre dois sofás de espera. Arrumou as cortinas da janela para entrar um pouco de luz quando o elevador se abriu de novo, de costas, Aline viu o Johnson sair e olhar direito para sua mesa, ele ficou olhando sem percebê-la. Aline quis rir quando ele colocou a mão na cintura.— Senhor Johnson, algum problema? – perguntou se aproximando cautelosamente, Peter se virou para ela e negou com a cabeça — em que posso ajudá-lo?— Não, nada. Pensei que demoraria mais para voltar – Aline rolou os olhos e andou na direção dele, mas passou direto.— Senhor Johnson, sei das minhas obrigações, e dos meus deveres, assim também, como sei dos seus. – abaixou um pouco na frente dele para pegar três pastas — isso aqui é para o senhor analisar. Foi deixado logo depois que saiu para o almoço.
Na manhã seguinte Peter foi o primeiro a chegar à empresa, a história da tatuagem grudou na sua mente e ele não conseguia se quer pensar em outro jeito de esquecer. Entrou pra sua sala e não fechou a porta tomou um pouco de água da jarra de vidro e ouviu o barulho de sapato do outro lado da sala teve certeza que era Aline porque assim que ele virou para sair da sua sala, Aline estava na porta.— Cheguei em segundo? Droga! – fez bico. Peter deixou o copo na mesa e olhou pra ela, vestia um vestido tubinho azul sem mangas e sem decotes, as pernas estavam de fora, mas o pano ia até o joelho sem chances de ver a tatuagem. — bom dia senhor Johnson – “senhor Johnson” — algo especial para chegar cedo? Ou sou eu que não sabia que costumava a chegar cedo?— Tem uma coisa bem especial que me fez levantar cedo sim, senhorita Sobral – andou até ela parando na frente — vVocê.Ela ficou olhando pros olhos dele, tentando não se sentir intimidada porque ele não seria capaz disso... Ou era? Seria?— Po
— Não vou me esquecer disso.— PETER! – os olhos de Peter nunca se alargaram tanto ao trombar com Dafne dentro do elevador — meu amor, eu não sabia que você pensava tanto em mim assim – se jogou nos braços dele, Peter a olhou que entrou no elevador, e lá estava Kevin, com a cara de bobo, olhando pra bunda dela — você é romântico demais.— Não sou – Dafne desceu do colo dele e Peter olhou para ela — o que faz aqui?— Ai eu sei que queria fazer surpresa, mas a Aline me contou sem querer – ele olhou pra mulher, e depois pra ela — eu nunca disse mesmo, mas como você adivinhou que eu amava encontro duplo? – ele trincou os dentes, mordendo o lábio.— Toda mulher gosta disso – se abrigou a rir quando ela começou a abanar seu rosto.— Sim meu amor, e isso compensa a broxada de ontem – deu as costas virando para o elevador e puxou Peter junto. Os dois lá dentro arregalaram os olhos com a frase COMPROMETEDORA de Dafne. — Aonde a gente vai?— Conheço um lugar ótimo para casais – Kevin falou leva
— Até amanhã, senhor Johnson.— Você vai foder com ele?— Que linguajar senhor Johnson, estamos em público – ele olhou pra ela — e amanhã talvez você descubra a quarta cor da tatuagem – ele inspirou, furioso — só é perguntar pra Kevin, tá bom?— Tá bom – ele levantou, sorrindo falsamente e ficou na frente dela — vamos ser sinceros Aline, fale a verdade pra você mesma. Não é só porque eu vou me casar que vou deixar de olhar pra outras mulheres, eu ainda não casei e não sei se vou ficar bom depois de casado. Dafne é importante, mas eu não a amo, e se eu quiser foder com outra pessoa, eu vou. Sou um canalha? Sou. E você vai ser minha, essa brincadeira de hoje não vai ficar barato pra você. Antes de você ir embora eu vou comer você, e isso é uma promessa.— Uma promessa? – ela deu um passo pra trás.— Suma da minha frente – mandou, e sentou de novo, ela ficou parada olhando pra ele, e quando viu Dafne se aproximando, virou as costas. Ela não tinha visto Peter lhe olhar com tanta seriedade
Ela tinha que se afastar, mas pelo amor de Deus, como ela podia se afastar daquele homem enquanto beijava sua boca? Ele apertou sua bunda girando ela no lugar e levantou jogando a mulher em cima da mesa, praticamente subiu ali jogando tudo no chão somente para ter mais lugar para ficar com Aline. Ela tocava na sua nuca e descia pelas costas nuas, ainda não entendia o motivo de ele ter tirado a roupa pra se limpar, mas não iria pensar naquilo agora, apenas sentir aquela boca na sua. As mãos dele subiu um pouco da saia dela e foi chegando a calcinha. Aline abriu os olhos depois do beijo avassalador e viu que ele falava sério quando disse que foderia ela. Mas ele pensava o que? Que seria em cima de uma mesa qualquer?— Espera – ela pediu, ele nem ligou, apenas deixou ela mais a vontade em cima da mesa enquanto passeava suas mãos pela pele sedosa e branqueada que ela exibia com muito gosto. Nem mesmo se pudesse ela teria força para dizer não para Peter Johnson. — Senhor Johnson.Era só o