Dafne saiu do carro em frente à loja de discos com certeza e finalmente agora ela pôde conversar com Henrique. Ele tinha visto em algum lugar que tudo tinha acabado entre ela e Peter, pelo menos era o que Dafne esperava. Entrou rapidamente na loja pra fugir do sol e tirou os óculos e depois o lenço que tinha na sua cabeça.Suspirou e começou a andar pelos corredores fingindo procurar um disco qualquer, passou pelo corredor que eles tinham se falado a alguns atrás e parou no próximo quando viu ele. Henrique estava na frente de uma garota mostrando um disco enquanto ela olhava somente para ele.— É um clássico, todo mundo sabe disso – ele disse e olhou pra menina.— Esse corte de cabelo também é um clássico – ele franziu a testa e depois riu — Você tem namorada?— Não, ainda não. – Ele riu de lado e olhou pra ela com um olhar sedutor — mas ela também não pode ser você – a menina riu voltando pros discos — Não sou um completo papa anjo – falou entregando o disco pra menina mais nova.— U
Peter voltou pra casa depois de mais dois copos de vinho, não estava esperando nada de mais daquela conversa entre amigos, sempre faziam isso nas sextas à noite quando não tinham compromissos e pareceu fazer muito bem a Peter que não sabia se ainda tinha uma casa pra voltar quando adentrou seu apartamento, certo que ele tinha dado a Dafne, mas suas coisas ainda estavam ali, não estavam?Fechou a porta e logo ouviu uma música tocar no fundo, ele seguiu o caminho chegando em um quarto de hospedes, ele bateu na porta e ouviu a voz da Dafne mandando ele entrar, ele abriu a porta e olhou de longe, estava arrumada pra sair, com mais um dos seus vestidos justos e curto com decote longo, normal.— Vai sair? – perguntou o óbvio e olhou em volta do quarto, várias sacolas novas além de coisas suas pessoais, ela tinha trocado de quarto?— O que você acha meu amigo? – Não olhou pra ele, seu batom era mais importante no momento – Lembra-se do cara que eu disse que tinha ficado naquele dia – ela vir
— Vai passar o dia nesse computador mesmo? – Ele olhou pra cima vendo Dafne chegar da Academia colocando as chaves em cima da mesa de centro da sala.— Vou. Preciso encontrar um apartamento novo para me liberar este pra você. – Mangou e ela deu língua.— Porque não fica em um dos seus? Você tem tantos – era verdade, mas Peter não era tão fã do luxo que eles ostentavam, gostava de estar em um lugar confortável, sem muito luxo e aparelhos — Já sei, são grandes demais e cheios de coisas.— Você me conhece bem.— Claro que conheço – ela pensou um pouco e depois riu — Já sei de um lugar.— Que lugar?— Você se lembra do prédio da Aline, né? Claro. Era tão bonitinho, de frente pra praia, sem muito glamour, coisa que eu detesto, prefiro o luxo – se jogou no sofá.— Você tem razão.— Claro que eu tenho razão.— Pelo menos dessa vez – ela fez careta e levantou do sofá, Peter riu tirando seu pé no meio e olhou pro rosto dela e seguiu direto pro pescoço quando uma mancha chamou sua atenção. — Ha
— Mãe? – Aline murmurou colocando o casaco e abriu a porta enquanto Peter procurava por suas roupas — O que esta fazendo aqui? – ela perguntou arrumando o cabelo e tentando fechar o casaco.— Não sei. Ouvir gemidos, barulhos e depois a porta estava aberta. Eu fiquei preocupada e procurei por esses barulhos. E sei lá, tem quartos na minha casa e minha filha não precisava ficar fazendo essas coisas dentro de um carro com um estranho. – Peter saiu do carro arrumando o cabelo — e o estranho aí.— Mãe – Aline riu e foi para o lado do Peter — desculpa a culpa foi minha. E não seja tão inconveniente. – os dois suspiraram — Esse é Peter.— Eu sei, depois de ouvir tantos gemidos seus – ela estendeu a mão e Peter hesitou em tocá-la. — Eu não mordo. – Aline deu uma tapa em seus ombros o forçando a cumprimentá-la. — Eu vou entrar, aguardo os dois amanha no café – deu as costas. Ela entrou e Aline foi pra frente de Peter.— Isso não era pra ter acontecido.— Foi bem mais excitante saber que tinha
Na segunda-feira parecia mais animada para todo mundo, principalmente para Joana. Levantou cedo pra se arrumar, a última coisa que queria era ficar dentro de casa quando tinha o caminho livre para o coração de Peter. Brigar com Dafne e ainda ser expulsa da sua sala por Aline não era nada comparado a ligação que ela tinha com Peter, ele a amava, de todo o coração, sempre a amou, porque por causa de uma vadia do cabelo cor de rosa chegaria de repente e ele se apaixonaria, isso não era certo. Tomou um banho e vestiu um vestido azul com decote e curto, tubinho colado em seu corpo, tinha aquele vestido há muito tempo só porque foi Peter quem deu a ela e ela era louca por ele. Fez uma maquiagem simples e deixou seus lábios bem marcados. Saiu de carro indo direto pro seu carro, queria o quanto antes chegar à empresa e falar com Peter, jamais desistiria daquele homem, jamais. — Bom dia Ema – Joana cumprimentou a mulher assim que as portas do elevador se abriram, Ema ficou de pé e sorriu ao v
— Oi – ela riu e ele apenas cruzou os braços depois de abrir a porta — poxa vida, pode ficar feliz em me ver? Por favor. Só um pouquinho – ele riu dando passagem pra ela entrar.— A que devo a honra da minha amiga que não consigo resistir? – Henrique perguntou abraçando ela por trás e depositando um beijo no seu rosto que desceu para o pescoço e ela soltou sua bolsa virando pra ele dando vários beijos em sua boca, ele a pegou com mais força a deixando soltar um gemido entre o beijo quando sua pegada foi mais forte, ele adorava fazer isso com ela, Dafne era uma mulher incrível, ele gostava dos seus toques e principalmente do seu gemido chamando por ele, ou o mandando ir mais rápido.— Eu quero te convidar pra sair – ela disse e encarou os olhos negros — é de noite pensei que podíamos sair pra jantar – falou e abaixou à cabeça se afastando, Henrique percebeu uma coisa estranha.— Tem alguma coisa que precisa me contar? – Perguntou cruzando seus braços e ela riu de lado.— Tem Henrique,
— Isso seria perfeito – riu de lado — mas primeiro pode me deixar conseguir um emprego? Não quero que as pessoas olhem pra mim e ache que sou completamente eficiente para cuidar da sua empresa só porque Peter Johnson é meu namorado, não quero isso.— E que tal eu conseguir um emprego pra você na minha empresa? – Aline estreitou os olhos — lembra-se do meu escritório embaixo? Precisa de um administrador nas partes dos recursos e design. Você é linda e sexy, tem um histórico escolar muito bom, um currículo ótimo. E não estou falando isso porque é minha namorada, é porque é a mais pura verdade.— Eu posso mesmo trabalhar na sua empresa? – ela ficou pensativa. — Ai você seria meu chefinho, eu adoraria ser uma de suas funcionárias.— Só que com atributos melhores, e com um sorriso perfeito. Pernas maravilhosas e uma boca sensual demais – ela jogou o cabelo pra trás concordando com tudo que ele disse.— Eu aceito a oferta de emprego, mas quero que pague pra mim, a mesma quantia que paga a t
Quando o avião pousou, ela apertou a mão de Peter com força, os dois entenderam aquilo como um começo. A, podiam está exagerando? Sim, podiam. Mas quem não conhece o passado deles, por favor, fiquem calados. Peter veio de uma família rica, mas desunida, ganhou fama e dinheiro e logo se juntaram, ele cresceu e construiu um império, namorou, terminou, namorou e se enrolou, achou que tinha amado e namorou de novo.Apaixonou-se por uma modelo e se acomodou na vida que ela lhe dava, pensou que aquilo era o máximo que podia conseguir, até dar de cara com Aline Sobral, uma mulher que veio de uma família pobre, mas fez de tudo pra crescer na vida, passando por cima das dificuldades e alçando seus sonhos porque nunca deixou de sonhar. Namorou e foi enganada, e depois se envolveu com quem não devia achando que aquele sim era o amor que precisava, se entregou completamente sem ter medo do pior, e acabou com seu coração mais na frente.Ela devia ter medo de se deitar com Peter, de tentar novament