“Eu não sou seduzível, senhor Johnson, mas sei seduzir”.
Foi muita ousadia sua, e burrice dele achar que podia seduzir uma mulher como ela, mesmo que tenha um corpo maravilhoso e ficasse muito bonito apenas com um colete preto e as mangas da camisa dobradas até o cotovelo, aquilo não era o suficiente para se deixar atrair por qualquer homem. Sem contar que o dito cujo tinha uma noiva e casaria em duas semanas, ou seria menos? Quando entrou no carro, riu como se nunca tivesse feito, a cara que ele fez foi hilária enquanto tentava limpar o vinho que escorreu de sua boca para a mandíbula, ela não era qualquer mulher. Não entendia o que tinha feito de tão especial. Escolheu uma roupa sem decote e saia não estava tão curta, arrumou o cabelo de jeito normal para não ter chateações como no emprego anterior, mas mesmo assim, seu chefe tentou seduzi-la, e não diga que foi apenas coincidência, ele olhar de dois em dois minutos foi o que comprovou sua façanha, mas não deu certo, graças à pedra que ela carregava no lugar de um coração.
Quando chegou ao prédio, guardou o carro e subiu pele elevador do estacionamento mesmo. Chegou ao apartamento que tinha alugado e abriu sem fazer barulho. Deixou suas coisas perto da porta e foi tirando os sapatos enquanto andava para cozinha, gargalhava ao lembrar-se da cena. Chegando à cozinha, abriu a geladeira onde pegou uma garrafa de água e bebeu um pouco. Sentou-se na baqueta no balcão e olhou pra frente, pensando em tudo que tinha feito naquele dia. O primeiro dia de emprego não foi totalmente um desastre, na verdade, foi muito bom. Percebeu mais ou menos como as coisas funcionavam ali e gostou. Dali por diante, seguiria ainda mais as regras de Ema e tentaria dar o seu melhor e ajudaria o Johnson com o que tinha percebido no decorrer do curto tempo.
Sua primeira percepção, é que Peter Johnson, chegava cedo ao trabalho, ela olhou todo o lugar assim que o elevador abriu. Deixou algumas sacolas em cima da sua mesa e abriu a porta da sala do chefe. Exatamente isso, ele não tinha chegado ainda. Outra coisa que notou quando foi apresentado por Ema na primeira vez que viu Peter, ele estava com cara de dor, era tão notório que ela se perguntou se ele fazia academia, ou pratica algum esporte, já que seu corpo era grande, ombros largos e pernas grossas. Pensando nisso, ela limpou a mesa com resíduos de vinho da noite passada, riu ao lembrar de novo, ajeitou os papéis e deixou um copo de água e do lado um remédio para dor, ele iria precisar. Passou os olhos pelos documentos em cima da mesa, àqueles seriam levados para a reunião com o Santos, ao se lembrar disso. Aline deixou a sala de Peter e a sua também, desceu um andar para arrumar a sala de reuniões.
Os homens que já tinham chegado foram a seguindo como cachorrinhos depois que ela perguntou somente de um, onde ela poderia conseguir flores para pôr em jarros, e de repente, estava rodeada delas. Arrumou a sala deixando um gostinho mais bonito para qualquer pessoa. Deixou o andar debaixo e subiu novamente. Quando o elevador abriu, se encontrou sozinha novamente, suspirou entediada ainda, alguma coisa em sua mente dizia que tinha esquecido algo. Não teve tempo de lembrar quando de repente, o elevador abriu novamente, e dessa vez, Peter apareceu, ele pareceu tomar um susto quando a viu, trocou a maleta que trazia de uma mão para a outra.
— Senhorita Sobral, já aqui tão cedo? – perguntou, se aproximando perigosamente.
— Disse que faria meu trabalho direito – falou olhando nos olhos escuros. Peter olhou ao redor e deu de ombros.
— E onde estão seus sapatos? – Aline olhou pros seus pés. Claro, tinha tirado para ter mais velocidade. Mas apesar do desconforto ao ser pega assim, ela não se abalou, apenas deu um sorriso de canto.
— Vou colocá-los em um minuto – falou. E seguiu para dentro da sala de Peter, ele a seguiu vislumbrando a roupa dela naquele dia. Estava de saia novamente, só que mais curta e apertada — Como se sente? – Peter entrou na sala logo atrás dela, e ao ouvir sua pergunta, parou.
— Por quê?
— Ontem me pareceu abatido e cansado – ela pegou o comprimido e o copo de água — Pensei que pudesse aliviar sua dor – falou andando até ele. Peter deu um sorriso de lado vendo-a descalça, parecia ainda mais bonita, pisando delicadamente no chão.
Aline parou na sua frente e lhe estendeu o comprido, ele olhou ao redor e levantou as mãos, ambas ocupadas, Aline parou o sorriso, mas não deixou nada sair do seu controle, levou sua mão até a boca do Johnson, onde deu o comprimido e depois a água. Peter passou por ela rindo do seu feito, ela ficou com raiva, ele sabia. Aline mordeu o lábio, e virou na direção dele, se aproximando da mesa.
— Obrigado pelo remédio, mas não precisava – deixou à pasta na mesa, Aline deixou o copo de água na bandeja que tinha trago.
— Garanto que vou trabalhar melhor com o corpo descansado – pegou a bandeja. — Sei que não é da minha conta, mas pratica algum esporte?
— Sim. Em cima da cama, em várias modalidades e poses – Aline entendeu a deixa, mas não perdeu a oportunidade.
— Pensei que o sexo fosse apenas para aliviar a tensão, relaxar o corpo, e não para destruir – virou as costas, e olhou para sua mesa, só naquele momento ela percebeu que tinha mudado, riu de lado e virou pra ele — Bom dia, senhor Johnson.
— Bom dia, senhor Johnson.Saiu da sala fechando a porta dessa vez, deixou a bandeja de um lado e correu para calçar os sapatos. Olhou para o relógio estava dando exatamente sete horas da manhã. Quando sentou na cadeira de frente pra mesa, o telefone tocou.— Tem que arrumar a sala de reuniões – Aline riu.— Já fiz isso. E também arrumei sua sala, os documentos que precisa levar para lá, e o mais importante, marquei o lugar onde almoça com seu amigo.Ele riu de lado girando na cadeira.— Eu vou almoçar com minha mãe hoje.— Eu sei senhor. As reservas são para amanhã – ele perdeu o sorriso e Aline tampou a boca para não rir alto. — Lhe vejo em dez minutos, senhor Johnson.Desligou o telefone.Peter ficou com o telefone na mão e depois botou no gancho. Aquela mulher era louca, uma tentação de pessoa, mas louca ainda. Ele não queria seduzi-la diretamente no dia anterior, mas depois do seu recado, perdeu a linha do raciocínio que podia ter. Hoje, tinha acordado mais cedo que o previsto so
— É só isso que você quer? – Peter perguntou voltando a olhar para sua noiva. — Eu gosto quando vem no meu trabalho, mas de noite, quando já vou sair, não antes das dez horas da matina – olhou pra mesa de Aline, mas ela fazia seu trabalho.— Peter eu preciso de mais atenção. Vamos nos casar em 14 dias e você parece que está no mundo da lua. Nem quer saber nada sobre o que terá no casamento – reclamou.— Dafne, isso é dever das noivas fazerem. – se ajeitou na cadeira vido pra frente. — Meu dever é trabalhar e pagar toda a festa, que tal? – a loira bateu o pé.— Tá, bom dia então – foi até a mesa e debruçou sobre ela pra dar um beijo na boca do Johnson, e voltou pra sair da sala quando deu de cara com Aline que levantou quando viu a loira e aproximar da saída. Dafne parou na porta da sala de Peter olhou pra Aline com desconfiança – quem é você?— Aline Sobral, a secretária substituta da senhora Ema – falou estendendo a mão. Dafne não se moveu – deseja algo?— Não. – respondeu fazendo bi
Quando voltou para o prédio, subiu de elevador com um sorriso e meio no rosto. As portas se abriram e lá estava ela novamente em sua sala arrumada. Aproveitou para trocar a água da jarra que ficava na mesinha de centro entre dois sofás de espera. Arrumou as cortinas da janela para entrar um pouco de luz quando o elevador se abriu de novo, de costas, Aline viu o Johnson sair e olhar direito para sua mesa, ele ficou olhando sem percebê-la. Aline quis rir quando ele colocou a mão na cintura.— Senhor Johnson, algum problema? – perguntou se aproximando cautelosamente, Peter se virou para ela e negou com a cabeça — em que posso ajudá-lo?— Não, nada. Pensei que demoraria mais para voltar – Aline rolou os olhos e andou na direção dele, mas passou direto.— Senhor Johnson, sei das minhas obrigações, e dos meus deveres, assim também, como sei dos seus. – abaixou um pouco na frente dele para pegar três pastas — isso aqui é para o senhor analisar. Foi deixado logo depois que saiu para o almoço.
Na manhã seguinte Peter foi o primeiro a chegar à empresa, a história da tatuagem grudou na sua mente e ele não conseguia se quer pensar em outro jeito de esquecer. Entrou pra sua sala e não fechou a porta tomou um pouco de água da jarra de vidro e ouviu o barulho de sapato do outro lado da sala teve certeza que era Aline porque assim que ele virou para sair da sua sala, Aline estava na porta.— Cheguei em segundo? Droga! – fez bico. Peter deixou o copo na mesa e olhou pra ela, vestia um vestido tubinho azul sem mangas e sem decotes, as pernas estavam de fora, mas o pano ia até o joelho sem chances de ver a tatuagem. — bom dia senhor Johnson – “senhor Johnson” — algo especial para chegar cedo? Ou sou eu que não sabia que costumava a chegar cedo?— Tem uma coisa bem especial que me fez levantar cedo sim, senhorita Sobral – andou até ela parando na frente — vVocê.Ela ficou olhando pros olhos dele, tentando não se sentir intimidada porque ele não seria capaz disso... Ou era? Seria?— Po
— Não vou me esquecer disso.— PETER! – os olhos de Peter nunca se alargaram tanto ao trombar com Dafne dentro do elevador — meu amor, eu não sabia que você pensava tanto em mim assim – se jogou nos braços dele, Peter a olhou que entrou no elevador, e lá estava Kevin, com a cara de bobo, olhando pra bunda dela — você é romântico demais.— Não sou – Dafne desceu do colo dele e Peter olhou para ela — o que faz aqui?— Ai eu sei que queria fazer surpresa, mas a Aline me contou sem querer – ele olhou pra mulher, e depois pra ela — eu nunca disse mesmo, mas como você adivinhou que eu amava encontro duplo? – ele trincou os dentes, mordendo o lábio.— Toda mulher gosta disso – se abrigou a rir quando ela começou a abanar seu rosto.— Sim meu amor, e isso compensa a broxada de ontem – deu as costas virando para o elevador e puxou Peter junto. Os dois lá dentro arregalaram os olhos com a frase COMPROMETEDORA de Dafne. — Aonde a gente vai?— Conheço um lugar ótimo para casais – Kevin falou leva
— Até amanhã, senhor Johnson.— Você vai foder com ele?— Que linguajar senhor Johnson, estamos em público – ele olhou pra ela — e amanhã talvez você descubra a quarta cor da tatuagem – ele inspirou, furioso — só é perguntar pra Kevin, tá bom?— Tá bom – ele levantou, sorrindo falsamente e ficou na frente dela — vamos ser sinceros Aline, fale a verdade pra você mesma. Não é só porque eu vou me casar que vou deixar de olhar pra outras mulheres, eu ainda não casei e não sei se vou ficar bom depois de casado. Dafne é importante, mas eu não a amo, e se eu quiser foder com outra pessoa, eu vou. Sou um canalha? Sou. E você vai ser minha, essa brincadeira de hoje não vai ficar barato pra você. Antes de você ir embora eu vou comer você, e isso é uma promessa.— Uma promessa? – ela deu um passo pra trás.— Suma da minha frente – mandou, e sentou de novo, ela ficou parada olhando pra ele, e quando viu Dafne se aproximando, virou as costas. Ela não tinha visto Peter lhe olhar com tanta seriedade
Ela tinha que se afastar, mas pelo amor de Deus, como ela podia se afastar daquele homem enquanto beijava sua boca? Ele apertou sua bunda girando ela no lugar e levantou jogando a mulher em cima da mesa, praticamente subiu ali jogando tudo no chão somente para ter mais lugar para ficar com Aline. Ela tocava na sua nuca e descia pelas costas nuas, ainda não entendia o motivo de ele ter tirado a roupa pra se limpar, mas não iria pensar naquilo agora, apenas sentir aquela boca na sua. As mãos dele subiu um pouco da saia dela e foi chegando a calcinha. Aline abriu os olhos depois do beijo avassalador e viu que ele falava sério quando disse que foderia ela. Mas ele pensava o que? Que seria em cima de uma mesa qualquer?— Espera – ela pediu, ele nem ligou, apenas deixou ela mais a vontade em cima da mesa enquanto passeava suas mãos pela pele sedosa e branqueada que ela exibia com muito gosto. Nem mesmo se pudesse ela teria força para dizer não para Peter Johnson. — Senhor Johnson.Era só o
— Eu disse talvez, e eu não quero. Não quero! – fez questão de dizer olhando pra boca dele maravilhosa e umedeceu seus lábios involuntariamente. O beijo dele ficou em sua boca, o gosto dos seus beijos e até o efeito do prazer que sentiu quando ele lhe tocou ainda estava na pele, mas ela não podia mais correr o risco de fazer tudo outra vez.Não cairia nas garras de outro homem como tinha feito antes. Não faria isso. Peter ficou parado olhando pra ela, e aquilo não ficou bom. E não ficou mais quando ele se aproximou, agarrando sua cintura. Não tentou beijar sua boca, nem nada, apenas olhou nos olhos dela. E ele, tão bonito, charmoso, alto e forte. As mãos dela foram subindo devagar pelo corpo dele e parou nos braços subindo mais e parou nos ombros, nenhum dizia nada, apenas se olhavam.— Porque não? – ele perguntou apertando a cintura dela com delicadeza — você também me deseja, posso sentir seu corpo todo tremer enquanto me toca, enquanto eu te toco. Será que a manhã não foi boa?— Nã