Fechei a porta do quarto e me joguei na cama com o celular na mão. Matteo ainda estava na sala com Isabella, tentando fingir que não tinha sido grosso com a filha. Eu precisava respirar. Precisava dividir isso com alguém que não fosse ele. Toquei na chamada de vídeo. A imagem demorou, mas logo o rosto de Sofia apareceu na tela, com aquela cara séria típica de quem vive cercada de neve, armas e homens perigosos. — Até que enfim, né? — ela disse, arqueando uma sobrancelha. — Achei que Matteo tinha te trancado num porão. — Você não tá tão errada. — murmurei, tentando não rir. — Mas liguei porque... tenho uma novidade. Ela cruzou os braços, desconfiada. — Se for gravidez, eu vou desligar. Eu segurei o sorriso. — É isso mesmo. Sofia arregalou os olhos. — Puta merda, Angeline! — e depois abaixou a voz. — Desculpa, é que... sério isso? Assenti. — Confirmei hoje cedo. — Você queria? — Matteo quis. Me avisou que queria e... pronto. Eu não tive muita escolha. Foi decidido. Sofia b
Acordei com a respiração falha, o corpo reagindo antes mesmo da minha mente entender o que estava acontecendo. As mãos grandes de Matteo estavam firmes nas minhas coxas, e sua língua... ah, Deus... sua língua se movia entre minhas pernas com uma precisão que fazia meu corpo inteiro tremer. — Matteo... — sussurrei, ofegante, tentando afastá-lo com uma das mãos fracas, mais por reflexo do que vontade. — Isabella... — Já saiu do quarto. — ele murmurou entre uma lambida e outra. — Agora você é só minha. E eu ainda não comemorei porra nenhuma. Ele segurou minha cintura com mais força, me puxando contra sua boca. Gemeu baixo, como se estivesse saboreando o melhor prato da vida dele. E talvez estivesse mesmo, porque Matteo fazia aquilo com uma entrega bruta, possessiva... como se quisesse marcar cada centímetro meu com o gosto dele. Minhas mãos se agarraram aos lençóis enquanto minha pele queimava. Ele conhecia meu corpo como ninguém. Sabia exatamente onde tocar, onde lamber, onde press
Florença | ToscanaO dia em Florença é sempre belo, adoro a sensação de liberdade que tenho aqui, pelo menos nas proximidades do internato. O lugar é repleto de árvores e tem um jardim fantástico, o que compensa ser afastado de todos e no meio do nada. Estou aqui há tanto tempo que não sei diferenciar mais. Não reclamo por amar a paz deste lugar, mas um pouco de liberdade é sempre bom.— Angeline?Escuto a voz da madre me chamar. Olho para cima e lá está ela me olhando com seus grandes olhos pretos. A madre é como uma mãe para mim, uma que nunca tive.— Suba aqui em cima, preciso de você, querida.— Sim, Senhora! Já estou indo, madre.Respiro mais uma vez o ar livre e entro.Sigo para a sala da madre no final do corredor. Ela disse que a vista é melhor, assim pode observar todas as meninas. Exagero, é claro. Não temos contato com ninguém de fora, exceto os nossos pais. Pelo menos as meninas que recebem visitas da família, o que não é o meu caso.— Posso entrar? — bato levemente na por
Calábria | CatanzaroMeu corpo todo pedia descanso, noites mal dormidas e grandes dores de cabeça, não era só a máfia que roubava meu tempo, mas também a irmã problemática que eu tinha. Sofia, desobediente e rebelde, fazia meus dias um completo tormento.Ser o provedor do seu lar tem um custo. O meu era ter mais responsabilidade do que poderia suportar. Meu pai morreu quando eu tinha 14 anos. Assumi a máfia cedo demais, mas fui preparado para isso, sabia agir e lidar com tudo. Do meu lado, me ajudando, ficou meu tio Vittorio. Ele me ensinou algumas coisas.Perdi minha adolescência trabalhando, não me arrependo, não sou temido hoje por ser benevolente. Frio e calculista, talvez. Matei pela primeira vez com 8 anos, meu pai encontrou um traidor em nosso meio, então como treinamento me fez matá-lo, foi surpreendentemente adorável, amei ver seu sangue em minhas mãos, o cheiro me excitava, na verdade, me excita.— Senhor?— Pode entrar!Um dos meus homens passa pela porta, a cabeça ligeiram
Calábria | CatanzaroQue maldito feitiço foi esse que aquela garota jogou em mim? Desde que cheguei de Florença, não consigo pensar em outra coisa, estou como um louco querendo provar seu gosto, somente com esse pensamento meu pau desperta.Maldita, Angeline!— Matteo?Olho para frente, vendo Giovanni falar comigo, se quer vi quando entrou.— O que foi, Giovanni?— Aconteceu algo?— Não!Ele me olhou desconfiado.— Como foi com Sofia? Sei que ela pode ser complicada.Giovanni foi criado comigo, ele é filho de uma de nossas empregadas com um soldado, o tenho como um irmão, porém ele chegou aqui com seu próprio mérito, fez com que meu pai enxergasse nele algo de especial.— Sofia, como sempre, complicando minha vida, mas essa viagem não foi tão ruim.— Deixe-me adivinhar… Uma mulher?Olhei para ele interrogativo.— Te conheço bem, nada além de uma mulher para te animar.— Tem razão, porém ela ainda não é uma mulher, não totalmente…Meus pensamentos voltam para a ninfeta.— Como assim, n
Florença | ToscanaHoje acordei com uma sensação estranha no peito. Já faz algumas semanas que a madre ordenou que eu participasse das aulas que ensinam as meninas a se comportarem diante de um homem. Não sei o motivo, mas, geralmente, só frequentam meninas que estão se casando, o que aumenta ainda mais o meu medo.— Para, Angel! — Sofia bate na minha mão.Eu estava roendo as unhas de nervoso.— Acho que vou casar, Sofia… Meu Deus, eu só tenho 18 anos…— Você ainda não sabe se é isso.— É claro que é!— O que está aprendendo nessas aulas?Meu rosto automaticamente fica vermelho.— Eu não consigo falar...— Para com isso, Angeline Rossi. Fala logo!— Ensinam como devemos agir na cama… Sabe… Quando estamos… — faço gestos com as mãos.— Ensinam vocês a transarem?— Sofia!Ela começa a rir.— Qual é a graça?— Isso… Como podem ensinar? Imagino que elas digam que você deve ficar deitada na cama como uma estátua, né?Concordo envergonhada.— E devemos obedecer ao nosso marido, tudo que ele
Estava me segurando para não correr atrás de Angeline. Carlo havia avisado que já haviam chegado. Amanhã será o jantar de noivado. Apresentarei Angeline como minha noiva oficialmente. Estou ansioso para vê-la. Sofia também chega amanhã. Terei que aturar sua presença devido ao casamento que será em 1 mês. Pretendo ter Angeline em minha cama o mais breve possível.— O que acha dessas mulheres?Dante me mostrava fotos de algumas mulheres do bordel, ele e Giovanni preparavam uma despedida de solteiro para mim, quanta besteira.— Tanto faz, Dante, confio no seu gosto.Continuo a digitar no notebook, Dante dá um suspiro frustrado, mas concorda.— Aqui está o que me pediu.Giovanni fala, entrando sem bater na porta. Olho para ele e vejo que segura uma pequena caixinha nas mãos.Ele se aproxima e me entrega. Abro a caixinha preta e vejo um belíssimo anel de noivado, no meio tem uma pedrinha azul, assim como pedi. Giovanni tratou disso para mim por eu não ter tempo.— É perfeito!— Que bom que
Por que fiquei tão aquecida no seu corpo?Me senti segura com sua presença em meu quarto, mesmo acordando e não encontrando mais ele, ainda assim fui feliz por uma noite.Estava com tanto medo de que ele entrasse no meu quarto, suas palavras ainda estavam vivas em minha memória.Flashback on.— Está se adaptando?Olhei para trás, vendo Leonardo parado na porta.— Ainda é muito cedo para dizer isso, também não vou ficar muito tempo aqui.Lembro-me de que meu pai disse que o casamento seria em 1 mês.— Pois é, logo será uma mulher casada. — fecha a porta de chave.Olho confusa para ele.— Te comprei um presente, abra. — Me entrega uma caixinha pequena.Abro e vejo um anel, minhas mãos começam a tremer.— Um anel?— Sim, pequena… Gostou?— Por que está me dando um anel?— Ainda não entendeu, meu amor…Olho assustada para ele.— Não posso impedir que se case com o Matteo, mas em breve será minha, está ouvindo? — Toca em meu rosto.Me afasto com brusquidão.— Está maluco? Isso é pecado… O