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VONTADE IRRESISTÍVEL

Calábria | Catanzaro

Que maldito feitiço foi esse que aquela garota jogou em mim? Desde que cheguei de Florença, não consigo pensar em outra coisa, estou como um louco querendo provar seu gosto, somente com esse pensamento meu pau desperta.

M*****a, Angeline!

— Matteo?

Olho para frente, vendo Giovanni falar comigo, se quer vi quando entrou.

— O que foi, Giovanni?

— Aconteceu algo?

— Não!

Ele me olhou desconfiado.

— Como foi com Sofia? Sei que ela pode ser complicada.

Giovanni foi criado comigo, ele é filho de uma de nossas empregadas com um soldado, o tenho como um irmão, porém ele chegou aqui com seu próprio mérito, fez com que meu pai enxergasse nele algo de especial.

— Sofia, como sempre, complicando minha vida, mas essa viagem não foi tão ruim.

— Deixe-me adivinhar… Uma mulher?

Olhei para ele interrogativo.

— Te conheço bem, nada além de uma mulher para te animar.

— Tem razão, porém ela ainda não é uma mulher, não totalmente…

Meus pensamentos voltam para a ninfeta.

— Como assim, não totalmente? Ela é uma mulher com saco? — pergunta sorrindo.

— Não seja idiota!

Ele não para de rir.

— Ela é uma menina, caralho!

Ele para de rir e me olha.

— Uma menina?

— Ela é uma menina do internato, conheci quando levei Sofia.

— Ok, quantos anos?

Uma curiosidade rara do Giovanni, mesmo que sejamos da máfia, ele tem seus próprios princípios.

— 18 anos.

Pesquisei sobre os Rossi. Carlo Rossi é o pai de Angeline. Sua esposa morreu durante o parto. Ele tem mais dois filhos, Leonardo e Luigi. Ele mandou Angeline para o internato quando ela tinha 5 anos. Lá, ela foi criada e ninguém nunca a visitou, exceto Luigi, que manda cartas para ela. E o que chama mais atenção do Carlo Rossi é o poder.

— Ela é uma criança, Matteo.

— Ela não é uma criança, já é maior de idade. Sei que ela parece nova demais, porém foi criada todo esse tempo no internato, sabe como se comportar como uma mulher.

— Está sentindo desejo por uma boceta que nem deve ter terminado de se formar?

— Não exagere, Giovanni, fazemos coisas piores.

Ele revira os olhos.

— Não vou me meter em seus assuntos, faça como quiser.

— Ótimo, quero uma reunião com Carlo Rossi.

— Ele é o pai da menina, né?

Meu amigo realmente me conhece bem.

Não preciso dizer nada, ele assentiu e saiu da minha sala. Estou na sede da máfia trabalhando, assim que cheguei vir direto para cá.

{…}

Vejo Carlo Rossi passar pela porta, sua presença imponente e firme, ele tenta esconder o nervosismo de estar aqui em minha presença.

— Senhor!

— Sente-se, Rossi.

Ele me obedece de imediato.

— Aconteceu algo, senhor?

— Está nervoso, Rossi?

— É que o subchefe avisou que queria uma reunião comigo, fiquei sem entender o motivo.

Apesar de Carlo ser um dos meus capos, ele não é o mais poderoso entre eles.

— Não te chamei para falar de negócios, não necessariamente. — Abro um sorriso.

O homem em minha frente me olha confuso.

— Quero falar sobre Angeline.

Vejo pequenos traços de raiva no rosto do homem mais velho.

— Angeline? O que tem minha filha?

Ele diz, filha, como se fizesse um tremendo esforço.

— Eu a conheci no internato em Florença… Quero ela para mim. — Sou direto.

Meu pai sempre dizia que, se eu quisesse algo, não deveria pedir, somente tomar.

— O senhor sabe que Angeline acabou de completar 18 anos?

— Sim, sua idade não me interessa.

— Não digo isso por esse motivo, senhor. Até mesmo porque casei com minha primeira esposa, que tinha essa idade na época. Digo apenas porque Angeline é uma menina sem corpo formado, sem nenhum atributo.

O jeito que ele fala da própria filha não me agrada em nada.

— O que vi me deixou bastante interessado. E eu não estou pedindo sua permissão, Rossi, estou avisando que quero Angeline.

Ele engole em seco, me olhando.

— Sabe as vantagens que vai ter apenas por ser meu sogro? Sei que seus filhos têm cargos pequenos na máfia, Leonardo é um mero soldado e Luigi trabalha no financeiro. Eles podem crescer na máfia.

Vejo os olhos do velho brilharem.

— Se o Senhor deseja minha filha, abençoo a união de vocês.

Abro um sorriso debochado para o maldito interesseiro, vendendo a própria filha, que feio.

{…}

Depois da minha conversa com Carlo Rossi, voltei para casa, avisei à madre que voltaria em uma semana, queria organizar umas coisas antes de viajar novamente.

Minha mãe e minha avó estavam na sala conversando.

— E então, como foi?

— Como esperado, Sofia sempre causa um show.

Me sentei ao lado da minha mãe.

— Às vezes acho que não educou Sofia bem, Verônica.

Minha mãe me olha receosa, depois que meu pai morreu, sempre fui duro com elas.

— Sofia ficará no internato até seu casamento.

Minha avó assentiu com a cabeça, ela sabe que não adiantaria nada discutir.

— Mudando de assunto, tenho um comunicado para vocês. Vou me casar.

Elas me olham surpresas, confesso que não pretendia fazer isso tão cedo.

— Casar? Meu Deus, filho! Fico feliz que decidiu.

— Quem é a sortuda que entrará para a família Fontana? — minha avó pergunta.

— Claro que é a Martina, ela é a esposa perfeita para você. — Minha mãe diz eufórica.

Por algum motivo, minha mãe sempre quis que eu me casasse com Martina, uma mulher bonita, devo confessar, mas não me chama atenção, nunca chamou.

— Não é a Martina, mãe.

Ela me olha surpresa.

— Que bom, meu neto, nunca gostei dessa menina, pior que alguém mentiroso, é alguém sonso.

— Então, com quem vai se casar? — Minha mãe pergunta a contra gosto.

— O nome dela é Angeline, Angeline Rossi.

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