Estava me segurando para não correr atrás de Angeline. Carlo havia avisado que já haviam chegado. Amanhã será o jantar de noivado. Apresentarei Angeline como minha noiva oficialmente. Estou ansioso para vê-la. Sofia também chega amanhã. Terei que aturar sua presença devido ao casamento que será em 1 mês. Pretendo ter Angeline em minha cama o mais breve possível.
— O que acha dessas mulheres? Dante me mostrava fotos de algumas mulheres do bordel, ele e Giovanni preparavam uma despedida de solteiro para mim, quanta besteira. — Tanto faz, Dante, confio no seu gosto. Continuo a digitar no notebook, Dante dá um suspiro frustrado, mas concorda. — Aqui está o que me pediu. Giovanni fala, entrando sem bater na porta. Olho para ele e vejo que segura uma pequena caixinha nas mãos. Ele se aproxima e me entrega. Abro a caixinha preta e vejo um belíssimo anel de noivado, no meio tem uma pedrinha azul, assim como pedi. Giovanni tratou disso para mim por eu não ter tempo. — É perfeito! — Que bom que gostou, deu trabalho escolher. — Se sentou. Guardei na gaveta e olhei para os dois homens na minha frente. — Por acaso, vocês não têm nenhum trabalho para fazer? — Vou dar uma olhada na última mercadoria. — Dante fala, se levantando e saindo. — Tem certeza desse casamento? Olho para Giovanni sem entender sua pergunta. — Ela é uma menina da idade da sua irmã, você não tem paciência com Sofia, quem dirá com outra garota. — É diferente, Angeline foi bem-educada no internato, sabe se comportar e ser submissa, vi isso com meus próprios olhos. Giovanni nega com a cabeça. — Se está assim apenas em vê-la, imagina quando experimentar a boceta da ninfeta. Sinto meu pau pulsar na calça. — Terminou, Giovanni? Ele dá de ombros e saí da minha sala. Passo a mão no rosto totalmente exausto, preciso descansar um pouco, me levanto e fecho a porta, depois me deito no sofá que tem na minha sala, só preciso de alguns minutinhos de sono e estarei novinho em folha. {…} Acordo em um sobressalto, vejo pela janela que já é noite, não consigo acreditar que dormi tudo isso, me levanto e no meu celular tem várias mensagens e ligações perdidas do Giovanni, depois respondo, tudo que preciso agora é um banho e comer algo. Subo para o meu quarto, que será de Angeline em breve. Não vejo a hora de ter minha ruivinha nua nessa cama. Só esse pensamento me deixa de pau duro. Vou direto para o banheiro e tiro minhas roupas. A água gelada ajudará. Como posso ficar assim só com pensamentos? — Matteo? Escuto a voz de Giovanni e desligo o chuveiro, o que esse maluco está fazendo aqui? — O que faz aqui? — pergunto aparecendo com uma toalha na cintura. — Liguei para você, por que não atendeu? — Ainda nem casei e já tenho que dar explicações. — abro um sorriso debochado. — Que engraçadinho… Liguei para falar sobre sua noiva. — O que tem, Angeline? — O Carlo tentou falar com você e como não conseguiu, me ligou, parece que a garota ficou doente. — Doente? De repente? — Eu não sei. Carlo disse que ela estava com febre e que achava melhor adiar a festa de noivado. — Adiar uma ova! A festa acontecerá, Angeline aparecerá nem que seja arrastada, mandem que chamem um médico, deem remédios e o que for preciso. — Está se ouvindo? A menina está doente, irmão! Olho para ele com tédio. — Vou me casar com Angeline, amanhã será a festa de noivado e ponto final. Ele bufa irritado. — Vou vestir uma roupa e vê-la. Passo direto para o closet, Giovanni não me impede, ele também não conseguiria. {…} Paro meu carro em frente à casa dos Rossi, algo está muito estranho, se Angeline estiver fingindo estar doente, não sei o que sou capaz de fazer. Bato na porta com força, ninguém atende, começo a apertar a campainha sem parar, até que uma empregada atende a porta. — Senhor, Fontana! — abaixa a cabeça. Não respondo e entro na casa, tudo é organizado, não é muito luxuosa, mas ainda assim é limpa. — O que está acontecendo aqui? Vejo o pai e os dois filhos descerem as escadas, provavelmente estavam dormindo a essa hora. — Don! O que faz aqui? — Carlo pergunta assustado. — Vim ver Angeline com meus próprios olhos. Você disse ao Giovanni que ela está doente. — Sim, senhor! Ela está com febre, passou o dia deitada. — Qual é o quarto dela? — Isso é inapropriado, Senhor. — Leonardo diz. Olho furioso para ele, ele não abaixa a cabeça, corajoso, devo confessar. — Não pedi a permissão de ninguém. Qual é o quarto dela? — repito. — O último do corredor, a porta tem uma plaquinha com seu nome. — Luigi diz. Não espero mais nada e subo as escadas, a casa não é grande, facilitando para mim, paro em frente a sua porta, o seu nome está escrito em pequenas letras, abro a porta lentamente, a luz está apagada e só um abajur está aceso ao lado da cama. Reparo no quarto, não é grande, tem uma cama, uma cômoda e um guarda-roupa, a minha Angeline merece mais. Seu pequeno corpo se remexe na cama, o lençol acaba caindo e reparo ainda mais cada detalhe, ela está vestida com um conjunto de dormir, seguro uma risada quando percebo que tem unicórnios desenhados na roupa. — Angeline? — Chamo seu nome. Ela nem se mexe, parece que seu sono é pesado. Me sento do seu lado na cama de casal, seus cabelos estão espalhados em seu rosto. — Angeline, acorde… Passo a mão em seu rosto e ela abre os olhos, assustada. — Não me toque, por favor! — Afasta minha mão do seu rosto. Me levanto da cama furioso, quem ela pensa que é para rejeitar meu toque, acendo a luz e ela me olha ainda mais assustada. — Matteo? Don, me desculpe… Sua voz saiu confusa, meu nome, saindo da sua boca, não passou despercebido por mim. — Quem pensou ser? Diga, Angeline! Quem pensou estar te tocando? Imaginar que ela pensou que outro homem te tocava me dá muita raiva, seus olhos demonstram isso, ela pensou que outra pessoa estava no seu quarto. — Estou esperando, porra! — Eu… Eu… Não pensei que fosse ninguém… Só fiquei assustada… — Me pareceu mais que isso. Se não quer contar, tudo bem, eu descubro sozinho. Me aproximo dela, sua pele está quente, realmente ela está febril. — Está mesmo com febre… Já tomou algum remédio? — Sim, Senhor. — Não me chame assim, me chame apenas de Matteo. Se tomou remédio, por que ainda não melhorou? — Não sei… Ela se senta na cama, seus olhos estão tristes e perdidos. — Posso perguntar uma coisa? — diz com a voz suave. — Sim. — Não pode adiantar nosso casamento? Arqueio a sobrancelha para ela. — Por quê? — Por nada, meu pai disse que daqui a 1 mês nos casamos, não é muito tempo? — É tempo suficiente para organizar tudo, queria que fosse mais rápido, acredite. — Me sento do seu lado novamente. Ela desvia o olhar. — Por qual motivo quer se casar tão rápido? Não é mais virgem? Ela me olha envergonhada. — O quê? Não é por causa disso… Pelo amor de Deus… Eu só não quero… Para de falar, me olhando nervosa. — Não quer? — Eu só desejo me casar com você. Sinto sua mentira de longe, sinto ainda mais raiva, ela não confia em mim. — Como está sua convivência com seu pai e irmãos? Sei que não tem intimidade com eles. — Está tudo bem, Luigi me faz se sentir um pouco em casa. — Sorrir. — E seu pai e o Leonardo? Vejo quando engole em seco. — Me tratam bem… — Amanhã será nossa festa de noivado, Sofia também chegará amanhã. — Sério? — Sim. — Agora fico mais contente, Sofia se tornou uma grande amiga para mim. — Agora deite, vou ficar aqui com você até dormir. — Ficar aqui? — Sim, não quer? Ela pareceu pensar um pouco. — Por mim, tudo bem… — se deita. Me aproximo do seu corpo, ela deita a cabeça no meu braço, sinto seu cheiro de morango, fecho os olhos, inalando um pouco mais. — Durma bem, meu doce, anjo…Por que fiquei tão aquecida no seu corpo?Me senti segura com sua presença em meu quarto, mesmo acordando e não encontrando mais ele, ainda assim fui feliz por uma noite.Estava com tanto medo de que ele entrasse no meu quarto, suas palavras ainda estavam vivas em minha memória.Flashback on.— Está se adaptando?Olhei para trás, vendo Leonardo parado na porta.— Ainda é muito cedo para dizer isso, também não vou ficar muito tempo aqui.Lembro-me de que meu pai disse que o casamento seria em 1 mês.— Pois é, logo será uma mulher casada. — fecha a porta de chave.Olho confusa para ele.— Te comprei um presente, abra. — Me entrega uma caixinha pequena.Abro e vejo um anel, minhas mãos começam a tremer.— Um anel?— Sim, pequena… Gostou?— Por que está me dando um anel?— Ainda não entendeu, meu amor…Olho assustada para ele.— Não posso impedir que se case com o Matteo, mas em breve será minha, está ouvindo? — Toca em meu rosto.Me afasto com brusquidão.— Está maluco? Isso é pecado… O
— Não vai me apresentar à noiva? — Olha sorrindo para ela.Mesmo que Giovanni seja como um irmão para mim, não consigo parar de sentir ciúmes de seus olhos em Angeline.— Pode parar de olhar para ela assim.— Com ciúmes, amico?— Não me provoque, Giovanni. Angeline, esse é meu melhor amigo e subchefe.— É um prazer, Angeline! — aperta sua mão.— Olá, senhor Giovanni.Gosto da forma como Angeline fala, ela não dá abertura para brincadeiras.— Somente, Giovanni, não sou um velho. Está na hora do brinde, Matteo.— Venha, Angeline!Subo em um palco improvisado, Angeline está do meu lado e percebo seu nervosismo. Ela não gosta de atenção, tiro do bolso do paletó a caixinha que contém o anel de noivado. O certo seria me ajoelhar, mas não faço isso para ninguém, nunca.— Oggi, davanti a tutti, ti dichiaro mio. Hoje, perante todos, te declaro minha. — Coloco a aliança em seu dedo.Todos começam a bater palmas.— Venha, Angel… Proponho dançarmos um pouco!Sofia aparece do inferno para me atorm
O casamento na máfia é como uma prisão, nós mulheres devemos ser submissas e dóceis, o que seu marido falar é lei, não temos voz, somos oprimidas, estupradas e agredidas.Comigo não será diferente, não espero um casamento de conto de fadas, fui preparada para essa vida durante 18 anos da minha existência, para todos sempre serei a santa Angeline.Estava em uma loja de vestidos de noivas, era uma loja exclusiva de uma estilista italiana muito famosa. Estávamos só eu, minha futura sogra e Sofia. A loja estava fechada apenas para nós. Pelo que entendi, Matteo quer que eu use um vestido exclusivo, para mim, tanto faz. Nunca liguei muito para isso. — O que acha desse modelo, Angeline?Minha sogra me mostra um catálogo de vestidos, nenhum dos modelos foi lançado no mercado.— É bonito…Ela olha novamente.— Porém, ainda é muito simples.Sofia revira os olhos exausta da mãe.— Mãe, o casamento é da Angel, ela deveria escolher o vestido que quiser. — Sofia diz.— Eu sei, porém, sou mais expe
Um mês depois…Não tinha para onde fugir, e hoje tenho essa confirmação, mesmo que eu tenha orado para os dias passarem devagar. Em frente ao espelho, vi lágrimas caírem dos meus olhos, meu futuro foi traçado no internato.— Pare de chorar, Angeline, borrou novamente a maquiagem. — Verônica diz para mim.A maquiadora começou a arrumar pela terceira vez a maquiagem. Como se fosse fácil segurar as lágrimas.— Aqui está, senhorita, o Don mandou te entregar.Uma mulher me entrega uma caixa, ela era toda preta, dava para perceber que era uma caixa de joias.Quando abri, tive uma grande surpresa, continha um lindíssimo colar com pedras azuis e um par de brincos.— Meu filho tem um ótimo gosto — diz, saindo do quarto.Coloquei em cima da penteadeira totalmente desinteressada.{…}— Está muito linda, senhorita Angeline.Me olhei no espelho novamente, o vestido realmente era perfeito, a maquiagem era leve, meu cabelo estava em um coque despojado como eu queria, um penteado sofisticado, porém t
Nesse capítulo, contém hot e assassinato. ⚠️Agradecia mentalmente pela festa ter acabado, estava louco para ficar a sós com Angeline, esperei um mês para tê-la em meus braços, não poderia estar mais ansioso.Estávamos dentro do jatinho que nos levaria para nosso destino, Zermatt, Suíça. O lugar é ótimo para esquiar, escalar e trilhar, mas provavelmente ficaremos mais no quarto do que aproveitando a beleza do lugar. A viagem duraria algumas horas, Angeline já dormia tranquilamente do meu lado, aproveitei o restante do tempo para trabalhar um pouco no meu notebook.{…}Zermatt| Suíça— Acorde, meu anjo…Angeline abriu aqueles belos olhos.— Já chegamos? — perguntou sonolenta.— Sim, já chegamos no chalé.Ela olhou para fora, quando chegamos ela ainda dormia, então não quis acordá-la, apenas a coloquei no carro e viemos para o nosso destino.Descendo do carro e entramos no chalé, Angeline olhava admirada para tudo.— Aqui é lindo…— Que bom que gostou. O quarto principal fica lá em cim
Nesse capítulo, contém um pequeno hot. ⚠️Zermatt | SuíçaAbri meus olhos devido à claridade, a janela estava aberta, coloquei um travesseiro no meu rosto, o movimento de mexer meu corpo foi dolorido, minha parte íntima doía um pouco.— Bom dia, meu anjo!Olhei para cima e Matteo passava pela porta segurando uma bandeja.— Bom dia!Ele colocou a bandeja em cima da cama e veio até mim, me deu um beijo suave nos lábios.— Isso é para mim?— Para nós! E então, gostou?— Está bonito...Dei uma olhada na bandeja, tinha algumas frutas, iogurte, pães, geleia, suco, café e leite. Será que ele acha que como tudo isso?— Como ainda não sei do que gosta, coloquei um pouco de cada coisa.Começamos a comer, estava com um grande apetite, então devorei um pouco de tudo. Matteo comia pouco pela manhã, ele apenas tomou café e comeu um pão com geleia.— Estou satisfeita, obrigada.— Pensei em passearmos um pouco, conhecermos o lugar.— Adoraria! — falei animada.— Ok, toma um banho e se arruma, vou te
Calábria | CatanzaroEstava exausta da viagem, passamos uma semana em Zermatt, os dois últimos dias não foram assim tão legais, fiquei resfriada devido ao frio, não estou acostumada com o tempo na Suíça, então imagine só você ficar doente na lua de mel? Só assim para Matteo me deixar em paz, porque ele não deixava nem que eu respirasse longe dele, e ter relações toda hora não é tão agradável, principalmente para mim.O carro seguia para casa, só queria tomar um banho e dormir, meu corpo estava pedindo socorro.Folheei mais uma vez a revista que estava em minhas mãos, porém nem prestava atenção em nada específico.Matteo mexia no celular e digitava freneticamente, o que também achei desagradável na viagem foi isso, sempre que tinha tempo, ele estava trabalhando.— Matteo? — chamei seu nome suavemente.Ele não me olhou, apenas respondeu.— Hum?Quanto tempo ficaria nesse carro? Por que tínhamos que morar tão longe?Olhei disfarçadamente para ver se o motorista prestava atenção, mas ele
Os dias foram passando e hoje fazia um mês casado com Angeline, andava bastante ocupado trabalhando, então decidi que levaria ela para jantar. Nosso casamento tem sido leve, estou cada dia mais viciado nela, se pudesse passaria o dia inteiro no meio das suas pernas.Verônica entrou no meu escritório sem bater na porta.— Precisamos conversar!— Primeiro deveria perguntar se pode entrar, não?Ela se sentou na cadeira, que hábito irritante.— Você vai mesmo adiantar o casamento de Sofia?Dei um meio sorriso para ela.— Quem te disse isso?— Escutei, Matteo. Então, é verdade?— Deixei que Sofia ficasse por Angeline, minha mulher garantiu que ajudaria ela a se comportar. Está na hora desse casamento acontecer, são apenas negócios, mamãe.— Negócios? Seu casamento com Angeline não trouxe benefício nenhum para nós… E sim, para a família dela.— Não se meta em meus assuntos, Verônica. Eu não ligo para sua opinião, Sofia casará porque quero e ponto final.Verônica se levantou irritada e saiu