Por que fiquei tão aquecida no seu corpo?
Me senti segura com sua presença em meu quarto, mesmo acordando e não encontrando mais ele, ainda assim fui feliz por uma noite. Estava com tanto medo de que ele entrasse no meu quarto, suas palavras ainda estavam vivas em minha memória. Flashback on. — Está se adaptando? Olhei para trás, vendo Leonardo parado na porta. — Ainda é muito cedo para dizer isso, também não vou ficar muito tempo aqui. Lembro-me de que meu pai disse que o casamento seria em 1 mês. — Pois é, logo será uma mulher casada. — fecha a porta de chave. Olho confusa para ele. — Te comprei um presente, abra. — Me entrega uma caixinha pequena. Abro e vejo um anel, minhas mãos começam a tremer. — Um anel? — Sim, pequena… Gostou? — Por que está me dando um anel? — Ainda não entendeu, meu amor… Olho assustada para ele. — Não posso impedir que se case com o Matteo, mas em breve será minha, está ouvindo? — Toca em meu rosto. Me afasto com brusquidão. — Está maluco? Isso é pecado… O que você está fazendo? — Você sempre foi minha desde que nasceu, esperei 16 anos por você… — me segura pelos cabelos. — Me solta! Antes que eu gritasse por ajuda, Leonardo me beijou, fiquei estática no lugar, ele forçava minha boca na sua, eu tentava lutar, porém, era difícil, consegui forças para empurrar seu corpo. — SAI DE PERTO DE MIM! Corri para dentro do banheiro, comecei a chorar assustada, escutei a porta abrir e depois bater com força. — Ele me beijou? Meu irmão me beijou? — toquei os meus lábios que estavam vermelhos. Corri para a pia, comecei a esfregar a boca com força, meus olhos ardiam pelas lágrimas recém caídas. Flashback off. Estava com tanto medo de ficar nessa casa, que, se pudesse casar hoje mesmo, casaria. Prefiro enfrentar Matteo, do que meu próprio irmão. — Que o Senhor me perdoe… — me levanto. Estava orando pedindo perdão, sei que não fiz nada de errado, mas por que me sentia tão suja? {…} Havia acabado de tomar banho, o jantar de noivado é hoje, não sei nem que roupa usar. — Angeline? Abri a porta, Luigi estava parado já arrumado, ele usava um terno totalmente alinhado. — Ainda não está pronta? — Não sei o que usar… — Vou te ajudar! — entra no quarto. Ele vasculha o guarda-roupa procurando algo. — Nosso pai poderia ter se dado o trabalho de comprar mais coisas para você — reclama. Me sento na cama dando de ombros. — Esse aqui é perfeito! Me mostra um vestido longo vermelho, ele tem uma pequena fenda, mas nada muito revelador. — Ele é lindo… — Sim, é mesmo. Agora comece a se arrumar, hoje não é o seu casamento para chegar atrasada. — Abriu um sorriso brincalhão e saiu. Pego uma lingerie branca e visto, depois coloco o vestido, passo a mão no tecido e abro um sorriso. O vestido ficou colado no meu corpo, talvez seja um tamanho pequeno, calço meus saltos pretos, pelo menos sei andar em cima disso, arrumo meu cabelo, mas não sei muito me maquiar, só passo um gloss e máscara de cílios. — Acho que está bom… {…} O carro para em frente, uma enorme mansão, estou admirada com a imensidão do lugar, observo vários carros parados e outros chegando, claro que seria um grande evento. Luigi me ajuda a descer do carro, reparo o olhar de Leonardo em cima de mim, sinto calafrios quando estou perto dele. — Vamos entrar, Angeline. Se comporte e sempre sorria. — Meu pai diz. Assinto e entramos. Na entrada, há alguns convidados chegando, caminhamos para um enorme jardim nos fundos da mansão, tudo está decorado com muita elegância, os olhos de todos se voltam para mim com curiosidade, percebo algumas pessoas murmurarem, tanta atenção assim me deixa nervosa. — Se acalme, Angeline, apenas sorria. — Luigi diz no meu ouvido. Respiro fundo e abro um grande sorriso. Caminhamos pelo jardim, meu pai e irmãos cumprimentam as pessoas, apenas aceno com a cabeça, vejo que estamos se aproximando de Matteo, ele está parado me olhando, percebo que do seu lado estão duas mulheres, meu olhar parece preso ao seu. — Don! Assim que escuto a voz do meu pai, percebo que já estamos na sua frente. — Rossi! Angeline, quero te apresentar minha mãe e minha vó. — aponta para as mulheres do seu lado. — É um prazer, senhoras! — Não precisa de tanta formalidade, pode me chamar de Alessandra. — Me abraça. Retribuo seu abraço contente. — Meu nome é Verônica, sua futura sogra. — Aperta minha mão. — É um prazer, Verônica. — ANGEL! Olho para trás e vejo Sofia correr até mim, antes que tenha tempo de reagir, ela me abraça fortemente. — Você está linda, amiga! — Você também, Sofia! Nos separamos. — Então, vocês são amigas? — Alessandra sorri. — Angel é a menina que te disse, vó… Ainda não acredito que seremos cunhadas. Abro um sorriso envergonhado. — Venha, Angeline, quero te apresentar umas pessoas. — Matteo segura minha mão. Saímos juntos, as pessoas olham, porém, disfarçadamente. Ele para um pouco longe de todos. — Por que está vestida assim? Sua voz demonstra raiva, olho para minha roupa procurando algum defeito. — O que foi? Tem algo de errado comigo? — Sim, porra! Essa roupa está marcando todo seu corpo, não tinha nada mais apropriado? — Não vejo problema no meu vestido, Matteo. — Mas eu vejo! Antes que eu possa dizer algo, ele me beija, fico surpresa, diferente de Leonardo, com seu beijo sinto borboletas no estômago, sinto algo crescer em meu ventre, uma queimação estranha no corpo e no meio das pernas, mesmo que seu beijo seja bruto, sinto tantas emoções. Ele para de me beijar e morde meus lábios, estou surpresa demais para falar algo. — Serei seu primeiro beijo e o último. — Me dar um selinho. Lembro-me de Leonardo, afasto-me bruscamente de perto dele. Matteo me olha confuso e furioso. — Não faça mais isso, se não esqueço que não somos casados e te levo para o quarto agora mesmo. {…} Perdi as contas de quantas pessoas conheci, os homens me comiam com os olhos e as mulheres me olhavam com inveja, ninguém foi realmente simpático comigo, apenas educado, e isso tudo porque eu estava do lado do Matteo. — Matteo, mio amico! Um homem muito bonito se aproximou de nós, ele deve ter o tamanho do Matteo, seus cabelos são levemente escuros, seus olhos são bonitos e chamativos. — Não vai me apresentar à noiva? — Olha sorrindo para mim.— Não vai me apresentar à noiva? — Olha sorrindo para ela.Mesmo que Giovanni seja como um irmão para mim, não consigo parar de sentir ciúmes de seus olhos em Angeline.— Pode parar de olhar para ela assim.— Com ciúmes, amico?— Não me provoque, Giovanni. Angeline, esse é meu melhor amigo e subchefe.— É um prazer, Angeline! — aperta sua mão.— Olá, senhor Giovanni.Gosto da forma como Angeline fala, ela não dá abertura para brincadeiras.— Somente, Giovanni, não sou um velho. Está na hora do brinde, Matteo.— Venha, Angeline!Subo em um palco improvisado, Angeline está do meu lado e percebo seu nervosismo. Ela não gosta de atenção, tiro do bolso do paletó a caixinha que contém o anel de noivado. O certo seria me ajoelhar, mas não faço isso para ninguém, nunca.— Oggi, davanti a tutti, ti dichiaro mio. Hoje, perante todos, te declaro minha. — Coloco a aliança em seu dedo.Todos começam a bater palmas.— Venha, Angel… Proponho dançarmos um pouco!Sofia aparece do inferno para me atorm
O casamento na máfia é como uma prisão, nós mulheres devemos ser submissas e dóceis, o que seu marido falar é lei, não temos voz, somos oprimidas, estupradas e agredidas.Comigo não será diferente, não espero um casamento de conto de fadas, fui preparada para essa vida durante 18 anos da minha existência, para todos sempre serei a santa Angeline.Estava em uma loja de vestidos de noivas, era uma loja exclusiva de uma estilista italiana muito famosa. Estávamos só eu, minha futura sogra e Sofia. A loja estava fechada apenas para nós. Pelo que entendi, Matteo quer que eu use um vestido exclusivo, para mim, tanto faz. Nunca liguei muito para isso. — O que acha desse modelo, Angeline?Minha sogra me mostra um catálogo de vestidos, nenhum dos modelos foi lançado no mercado.— É bonito…Ela olha novamente.— Porém, ainda é muito simples.Sofia revira os olhos exausta da mãe.— Mãe, o casamento é da Angel, ela deveria escolher o vestido que quiser. — Sofia diz.— Eu sei, porém, sou mais expe
Um mês depois…Não tinha para onde fugir, e hoje tenho essa confirmação, mesmo que eu tenha orado para os dias passarem devagar. Em frente ao espelho, vi lágrimas caírem dos meus olhos, meu futuro foi traçado no internato.— Pare de chorar, Angeline, borrou novamente a maquiagem. — Verônica diz para mim.A maquiadora começou a arrumar pela terceira vez a maquiagem. Como se fosse fácil segurar as lágrimas.— Aqui está, senhorita, o Don mandou te entregar.Uma mulher me entrega uma caixa, ela era toda preta, dava para perceber que era uma caixa de joias.Quando abri, tive uma grande surpresa, continha um lindíssimo colar com pedras azuis e um par de brincos.— Meu filho tem um ótimo gosto — diz, saindo do quarto.Coloquei em cima da penteadeira totalmente desinteressada.{…}— Está muito linda, senhorita Angeline.Me olhei no espelho novamente, o vestido realmente era perfeito, a maquiagem era leve, meu cabelo estava em um coque despojado como eu queria, um penteado sofisticado, porém t
Nesse capítulo, contém hot e assassinato. ⚠️Agradecia mentalmente pela festa ter acabado, estava louco para ficar a sós com Angeline, esperei um mês para tê-la em meus braços, não poderia estar mais ansioso.Estávamos dentro do jatinho que nos levaria para nosso destino, Zermatt, Suíça. O lugar é ótimo para esquiar, escalar e trilhar, mas provavelmente ficaremos mais no quarto do que aproveitando a beleza do lugar. A viagem duraria algumas horas, Angeline já dormia tranquilamente do meu lado, aproveitei o restante do tempo para trabalhar um pouco no meu notebook.{…}Zermatt| Suíça— Acorde, meu anjo…Angeline abriu aqueles belos olhos.— Já chegamos? — perguntou sonolenta.— Sim, já chegamos no chalé.Ela olhou para fora, quando chegamos ela ainda dormia, então não quis acordá-la, apenas a coloquei no carro e viemos para o nosso destino.Descendo do carro e entramos no chalé, Angeline olhava admirada para tudo.— Aqui é lindo…— Que bom que gostou. O quarto principal fica lá em cim
Nesse capítulo, contém um pequeno hot. ⚠️Zermatt | SuíçaAbri meus olhos devido à claridade, a janela estava aberta, coloquei um travesseiro no meu rosto, o movimento de mexer meu corpo foi dolorido, minha parte íntima doía um pouco.— Bom dia, meu anjo!Olhei para cima e Matteo passava pela porta segurando uma bandeja.— Bom dia!Ele colocou a bandeja em cima da cama e veio até mim, me deu um beijo suave nos lábios.— Isso é para mim?— Para nós! E então, gostou?— Está bonito...Dei uma olhada na bandeja, tinha algumas frutas, iogurte, pães, geleia, suco, café e leite. Será que ele acha que como tudo isso?— Como ainda não sei do que gosta, coloquei um pouco de cada coisa.Começamos a comer, estava com um grande apetite, então devorei um pouco de tudo. Matteo comia pouco pela manhã, ele apenas tomou café e comeu um pão com geleia.— Estou satisfeita, obrigada.— Pensei em passearmos um pouco, conhecermos o lugar.— Adoraria! — falei animada.— Ok, toma um banho e se arruma, vou te
Calábria | CatanzaroEstava exausta da viagem, passamos uma semana em Zermatt, os dois últimos dias não foram assim tão legais, fiquei resfriada devido ao frio, não estou acostumada com o tempo na Suíça, então imagine só você ficar doente na lua de mel? Só assim para Matteo me deixar em paz, porque ele não deixava nem que eu respirasse longe dele, e ter relações toda hora não é tão agradável, principalmente para mim.O carro seguia para casa, só queria tomar um banho e dormir, meu corpo estava pedindo socorro.Folheei mais uma vez a revista que estava em minhas mãos, porém nem prestava atenção em nada específico.Matteo mexia no celular e digitava freneticamente, o que também achei desagradável na viagem foi isso, sempre que tinha tempo, ele estava trabalhando.— Matteo? — chamei seu nome suavemente.Ele não me olhou, apenas respondeu.— Hum?Quanto tempo ficaria nesse carro? Por que tínhamos que morar tão longe?Olhei disfarçadamente para ver se o motorista prestava atenção, mas ele
Os dias foram passando e hoje fazia um mês casado com Angeline, andava bastante ocupado trabalhando, então decidi que levaria ela para jantar. Nosso casamento tem sido leve, estou cada dia mais viciado nela, se pudesse passaria o dia inteiro no meio das suas pernas.Verônica entrou no meu escritório sem bater na porta.— Precisamos conversar!— Primeiro deveria perguntar se pode entrar, não?Ela se sentou na cadeira, que hábito irritante.— Você vai mesmo adiantar o casamento de Sofia?Dei um meio sorriso para ela.— Quem te disse isso?— Escutei, Matteo. Então, é verdade?— Deixei que Sofia ficasse por Angeline, minha mulher garantiu que ajudaria ela a se comportar. Está na hora desse casamento acontecer, são apenas negócios, mamãe.— Negócios? Seu casamento com Angeline não trouxe benefício nenhum para nós… E sim, para a família dela.— Não se meta em meus assuntos, Verônica. Eu não ligo para sua opinião, Sofia casará porque quero e ponto final.Verônica se levantou irritada e saiu
Estava sentindo muita raiva do Matteo, quem ele pensa que é? Eu não sei porque estou agindo assim, pareço uma maluca, porém pela primeira vez eu não queria ficar calada.— Angeline? Angeline?Estava na sala de jantar, minha comida intocável em cima da mesa, até mesmo a fome havia passado. — Sim?— Não está com fome?Olhei para Alessandra que devolveu o olhar preocupada, nesse meio tempo ela estava sendo como uma mãe para mim.— Não, me desculpem…Se meu apetite estava ruim, ele havia acabado de ficar péssimo com a chegada de Matteo. Levantei-me da mesa para sair quando ele segurou meu braço.— Para onde vai?— Para algum lugar bem longe de você!Fiquei surpresa com minhas palavras, e pelo jeito o resto da família também.Matteo me olhou como se eu tivesse criado duas cabeças, fechou os olhos e respirou fundo.— Poderia cortar sua língua… Porém, gosto dela… — me soltou.Ele se sentou e olhou para mim.— Sente-se e coma!— Estou sem apetite.— Não perguntei. Sente-se! Bufei irritada e