EM MEIO AO SILÊNCIO

Eu o olhei em silêncio, absorvendo cada palavra que ele havia dito. Havia algo diferente na maneira como Matteo falava sobre seu pai, sobre o que ele havia se tornado por causa daquele homem. Algo que eu nunca havia percebido antes. E, ao mesmo tempo, algo que me fazia entender melhor a dura realidade que ele enfrentava.

Eu queria sentir raiva, queria gritar, queria dizer que ele ainda podia mudar. Mas, no fundo, eu sabia que ele estava certo. O homem que ele se tornou não era alguém fácil de amar, alguém fácil de entender. Ele era produto de um sistema que o havia moldado, e eu estava começando a ver como isso o destruía aos poucos. Ele era uma vítima, mas também um algoz. E, talvez, esse fosse o pior tipo de prisão: a que ele mesmo havia criado.

— Então, é isso? — minha voz saiu mais fraca do que eu queria, mas não havia força para gritar. — Você vai continuar com isso? Com essa... frieza, Matteo? Vai continuar afastando as pessoas ao seu redor? Vai continuar me tratando como um o
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