DESESPERO

Eu estava sozinho, envolto por um silêncio que nada suavizava. Naquela tarde, o crepúsculo invadia as janelas da mansão sem oferecer qualquer conforto. Isabella se aproximou com cautela, os olhos curiosos denunciando uma dor que ela mal compreendia.

— Papai, por que tudo está tão diferente? — perguntou, a voz trêmula mas esperando uma resposta que eu não sabia expressar com afeto.

Eu a encarei sem mudanças na expressão, ciente de que precisava transmitir a verdade, ainda que minhas palavras soassem desprovidas de ternura.

— Isabella, sua mãe não vai voltar. — declarei, de forma direta e fria, como se estivesse apenas afirmando um fato inalterável.

Houve um silêncio breve enquanto eu observava a confusão se misturar à dor em seus olhos. Eu sabia que aquilo causaria sofrimento, mas não possuía o dom de amenizá-lo com palavras acolhedoras. Em vez disso, continuei com a mesma frieza controlada:

— A ausência dela é permanente. Sei que é difícil compreender, mas é a realidade. Mesmo qu
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