110. Discursão

Dylan Cooper

Tomamos o café em silêncio, enquanto observo a inquietude dela. Não era meu desejo que ela ficasse tão amedrontada nem tão reativa, mas sei bem que ela não abriria a porta se eu tivesse apenas batido. Sei que a forma que entrei na casa dela escondido se configura crime, mas foi a forma que encontrei de fazê-la me receber. Noto seus dedos tamborilando com certa força contra a mesa, deixando claro o seu nervosismo e ansiedade. Solto um suspiro, tentando pensar com clareza como iniciar essa conversa.

— Você sabe que posso ligar para a polícia e você será preso por invasão de propriedade. Não sabe? — Fala sem olhar para mim, tentando soar ameaçadora, mas contradiz as próprias ações, pois até o momento nem se preocupou em pegar o telefone para cumpri-las. Contenho um sorriso ao pensar nisso.

— Teria aberto a porta se eu tivesse batido?

— Não! — Responde rápido, confirmando meus pensamentos.

— Por isso entrei... — Ela ergue o olhar, parecendo irritada.

— Estamos felizes a
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