A CORDA NO PESCOÇO

LEBLANC...

Certa vez, eu conheci um homem em um bar no interior da Holanda. Ele havia perdido o olho esquerdo em uma briga de rua contra outro homem. Eu me lembro de ter pensado no quão corajoso ele era. Não por ter brigado, mas por ter brigado até perder seu olho. Por não reconhecer os limites. Por não recuar.

Agora, vejo Angelic descer as escadas, olhando ao redor do primeiro andar do armazém. Desço logo atrás dela, absorvendo seus movimentos. Ela é tão corajosa quanto o homem que conheci no bar, e tem metade da altura e do peso dele. Ela não tem medo de vir até mim quando quer, onde quer. Ela também não enxerga os limites.

E então sou obrigado a pensar. O que diferencia a estupidez da coragem? Até onde Angelic, ou o homem do bar, foram simplesmente irracionais?

A resposta é simples. Pessoas corajosas não pensam muito.

- Eu vou levar você para casa - anuncio.

Ela se vira para mim. Sua expressão está séria, porque ela não gosta de receber ordens. No entanto, seus olhos não encontram
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