Voltar para a cidade em que nasceu, casa e vida era o melhor presente que poderiam lhe oferecer. Abriu as portas do apartamento de seus pais sentindo o aroma da comida das empregadas, ou apenas pelo sabor de finalmente voltar a estar ali. Se jogou no sofá abrandando as almofadas luxuosas… luxo, exatamente o que merecia a partir dali.— Essa casa não mudou em nada – Alef comentou deixando na sua bolsa de lado — Espero que meu quarto também não tenha mudado, pois eu quero agora fazer as novas mudanças de acordo com meu gosto.— E não terá nada róseo, certo? – Alef virou lentamente até o pai que riu de canto, — Isso não será um problema.— Ainda bem que eu posso a qualquer momento me mudar para a casa do Levi. Não preciso aguentar isso aqui, certo Levi?O homem mais atrás assentiu, agarrado a mão de sua esposa, ainda vinha com tudo que Alef disse no aeroporto. Antigamente ele deixou sim que outras pessoas ficassem entre ele e Mel, e por causa disso, passaram seis anos longe um do outro d
Aquele final de noite deu a todos uma trégua quando as despedidas chegaram no momento certo. Suas crianças precisam de cama e seu cunhado ir pra casa com urgência, uma vez que todos os comentários de Alef tinha duas ou três insinuações, deixando a cabeça de Alex em confusão, e Maurício pronto para correr o mais distante possível.Ao chegaram em casa, Levi ajudou a esposa com seus filhos, desde dar banho a colocar todos na cama e no fim, ainda leu um conto de fadas, Mael detestou a ideia, mas quase chora com o fim. Quando chegou ao quarto, sua esposa já estava arrumada para dormir, penteava os cabelos ruivos lhe deixando ainda mais bela. Todas as vezes que parava diante de Mel, o corpo todo arrepiava, suas pernas ficam moles a ponto de derreterem. Era como se apaixonar outra vez e mais vez e sempre, para a eternidade.Parou atrás dela agarrando sua longa cintura para puxá-la mais pra perto. Independente de qualquer problema na sua vida, sabia que se estivesse com aquela mulher nos seu
O som das águas da praia sempre passa calmaria, uma paz que não deve ser refutada, tão pouco achada em outro lugar. O som das aves no céu e até mesmo o vento que passa ao redor cobrindo seu corpo de frio e arrepios gostosos. Tudo isso numa brisa gostosa de fim de tarde. E mais perfeito que o som de tudo isso, é a deliciosa voz de Levi Santiago, toda as vezes que chama por sua amada. O tom forte e grosso, mas cheio de carinho e uma obsessão gananciosa. Seria pelo tempo que passaram separados e agora ele estava tentando colocar tudo no lugar? Nem mesmo se passasse mil anos. Jamais a dívida seria paga. Foram sete anos separados, e sete anos mudam muita coisa. No entanto, o amor deles não mudou, tão como o desejo ardente por aquela mulher, sua carência dos carinhos dela, da voz dela, dos cabelos, cheiro, dela por inteira... Nada mudou, mas se intensificou ao ponto de não aguentar sequer ficar longe de seu corpo. — Acordou cedo hoje. – Ele sentou ao lado dela, que sorriu ao sentir os lábi
— Escola nova? – Luna questionou diante da mesa de jantar. Encarou sua mãe, completamente chocada com toda a informação. — Quer dizer que voltaremos a estudar? — Vocês acham que vão ficar a toa dentro de casa e sem estudo? – Luna assentiu. — E como vocês terão uma profissão? Só pode trabalhar quem estuda para ter uma profissão. Meu pai falou isso – Mael se prontificou a falar tomando a atenção da mesa para si — Inclusive, vocês já sabem o que querem ser? — Eu quero ser uma blogueira famosa. – Luna rapidamente anunciou. Uma modelo internacional. Mel acabou sorrindo, sabia exatamente do sonho de todas as suas filhas. — Você descobriu que queria ser blogueira agora? Eu não sabia que isso era uma profissão. Pai isso é uma profissão? – Mael questionou ao pai e todos da mesa voltaram ao centro que mesmo calado acabou se envolvendo ali. — Sim. E se sua irmã quer ser uma blogueira, ela vai ser. Assim como você que quer me substituir na empresa. — Claro, eu sou o filho homem. — Mas nó
Depois de tudo que escutou, Mel retornou as escadas para o quarto do seu marido amável, precisava conversar sobre algumas coisas sérias para continuarem ali. Não queria mudar nada por ali, mas também não aceitaria ser desrespeitada, então alguém tinha que escutar alguma coisa. Sem contar que já tinha passado por isso e ganhou. E só lembrar isso, sentiu os pêlos arrepiar ao ver Becca diante de seus olhos como se estivesse bem ali, na sua frente, mas isso era um sonho distante. Abriu a porta do quarto se deparando Levi terminando de se vestir enquanto falava ao telefone, Mel por alguns segundos se deliciou com a imagem maravilhosa, mas não podia dormir para sempre, precisava urgentemente ter uma conversa sem ser na cama.— Isso Mirella, elas não podem mais perder um dia sequer, pague o quanto for necessário. – Virou para Mel entrando no quarto, não saberia explicar, mas o amor e o desejo que sentia por ela, era grandioso demais para continuar apenas olhando... Não, calma, relaxa! — Obr
— Eu não estou com fome – Mael repetiu pela terceira vez só naquele minuto enquanto olhava para Oli escolher algo para comer — Eu tomei café antes de sair, você viu, e eu adorei o que a Mel fez.— A você gostou, foi? Não vai me trocar por aquela mulher, não é? – Oli pagou rapidamente e saíram do café.— Não é questão de trocar você pela esposa do meu pai. Ela é a minha mãe agora entendeu? – Oli abriu a porta para o garoto entrar — Meu pai disse que não posso ir no banco da frente, não tenho altura e nem idade.— Entra logo, vamos conversar – Bateu a porta e rodeou o carro antes de entrar — Eu sei que ela é a esposa do seu pai, mas eu sou sua babá. Estive com você a mais tempo, ela não pode chegar e já começar a te acordar e fazer café, essa não é sua rotina. Por causa dela nem tomamos café direito juntos.— Mas quem devia fazer esse trabalho é você mesmo. Mas eu acordo sozinho e tomamos café aqui, e nem é bom.— Mael... Você nunca reclamou disso. Até me falou que era saboroso.— É, an
— Não está se sentindo bem? Me mande o endereço, eu vou até ele agora mesmo.— Quem está falando? É a senhorita Oli? Eu liguei certo? Se for a senhorita pode avisar ao Sr. Santiago?— É a Mel, sou a esposa do Levi e mãe do Mael, por favor, me manda o endereço agora.A mulher não questionou, passou o endereço sem discutir e desligou o telefone. Mel correu até a livraria onde achava que encontraria Levi, mas correndo pelos corredores não achou nem suas filhas. Mael não podia esperar mais, iria até a escola e o ajudaria, logo voltaria para o shopping e tudo seria explicado.Pediu um carro ao chegar na portaria e dando o endereço, não demorou para chegar ao colégio, contudo, se apresentar como esposa de um homem rico sem quase nenhum documento em mãos poderia ser um grande problema, mas não para Mel, desde o primeiro casamento do homem mais bonito de Seant, todos seguiam quaisquer fofocas a respeito dele, quando Mel chegou, foi reconhecida por todos e levada até a enfermaria.— Mael... –
— Do que está falando? Ela é a única que Mael aceita. E ele precisa de alguém que cuide dele sempre. — Realmente, ele precisa de alguém que cuide dele sempre e direito e ao que tudo indica, não é a babá. – Levi encarou sua esposa, agora mais sério. Entendia o quanto Mel queria se tornar a mãe de Mael, e dentro do seu coração, aceitava assim, mas ela também tinha que entender que Oli sempre esteve presente, ao menos desde que se lembrava. Mael nunca quis uma babá, dizia que se virava sozinho, mas ligava para Levi pelo menos umas 30 vezes por dia. E ele ia, abandonava tudo para estar com seu filho, porém, a ajuda que Oli ofereceu tomando um pouco dos trabalhos para si, foi grandiosa. Ele era grato, e mais grato ainda por seu filho exigente de contentar com ela. — Do que você está falando? – Cautelosamente se aproximou de esposa que desviou o olhar. — Oli cuida bem dele, Mael reclamaria se algo estivesse errado. — Ele não reclamaria, pois gosta dela. A babá não tem uma rotina, a não