— Não está se sentindo bem? Me mande o endereço, eu vou até ele agora mesmo.
— Quem está falando? É a senhorita Oli? Eu liguei certo? Se for a senhorita pode avisar ao Sr. Santiago? — É a Mel, sou a esposa do Levi e mãe do Mael, por favor, me manda o endereço agora. A mulher não questionou, passou o endereço sem discutir e desligou o telefone. Mel correu até a livraria onde achava que encontraria Levi, mas correndo pelos corredores não achou nem suas filhas. Mael não podia esperar mais, iria até a escola e o ajudaria, logo voltaria para o shopping e tudo seria explicado. Pediu um carro ao chegar na portaria e dando o endereço, não demorou para chegar ao colégio, contudo, se apresentar como esposa de um homem rico sem quase nenhum documento em mãos poderia ser um grande problema, mas não para Mel, desde o primeiro casamento do homem mais bonito de Seant, todos seguiam quaisquer fofocas a respeito dele, quando Mel chegou, foi reconhecida por todos e levada até a enfermaria. — Mael... – O garoto abriu os olhos dando um sorriso pequeno — Mael o que houve? — Disseram que era a minha mãe que estava vindo, graças a Deus é você e não a Miranda, ela não sabe onde estudo. – Mel sorriu tocando no rosto do mesmo — Não que você não seja minha mãe agora, mas disseram... — Está tudo bem, não se preocupe com isso. O que você tem? O que está se sentindo? — Ele vomitou na aula de educação física, embora ele não faça muito esforço, disse que iria jogar com as crianças mais novas para ajudá-las, mas acabou vomitando no caminho. Achei que ele não tinha se alimentado direito, mas ele disse que comeu muito bem nessa manhã. — Ele é filho de Levi Santiago, porque acha que ele não iria se alimentar direito? – Mel a encarou. — Pelo contrário, ele comeu bastante de manhã. — A senhora é a nova esposa do Levi, mas apesar dos cuidados que ele tem com o filho, a babá que escolheu para o Mael não é lá uma das mais competentes, eles tomam um café nada saudável de manhã, isso quando dar tempo. — A Oli é uma pessoa legal, ela faz o que pode... As duas olharam para o garoto ainda responder defendendo sua babá a todo custo, poderia ser algo notoriamente gostoso de ouvir, se a droga da babá não fosse uma idiota. — Obrigada por essa informação, preciso levar ele ao médico agora. Obrigada por cuidar dele. – Mel agradeceu com toda sua gentileza e ajudou o garoto descer. Em silêncio, levou o garoto para o médico dando todo carinho e suporte que poderia, e infelizmente naqueles momentos, lembrou de Maurício, e todo desespero que ele passou. Antes de saber que seu irmão estava doente, eles também tomaram café a qualquer momento do dia e sem cuidado. Não queria que isso acontecesse com Mael, não ele, tão saudável e lindo. — Mel – A mulher levantou quando escutou a voz de Levi. Sorriu ao vê-lo junto das garotas vindo em seu direção, — Cadê o Mael? O que aconteceu? Cadê meu filho? — Está tudo bem agora. Ele passou mal na escola, vomitou bastante na aula de educação física. — Ele não faz educação física não gosta de fazer exercícios. Nem de esportes, diz que sempre o deixa enjoado, cansado, suado. Quero meu filho, agora. — Calma, Levi. – Mel pediu com carinhosamente, agarrou o rosto do marido dando um pequeno selinhos nos lábios grossos, e aquilo foi o suficiente. — Ele passou mal sim, mas já foi medicado e está dormindo. O médico disse para esperar ele acordar e só então, podemos levá-lo. — Céus... Porque não me avisou logo? Foi sozinha ao encontro dele. — Fui procurar vocês na livraria, mas não estavam lá, ele precisava de ajuda imediata. — Foi culpa nossa? – Os dois viraram para as meninas, Lara se colocou em frente as irmãs — A gente pediu ao papai para comprarmos mochilas combinando e fomos para outra loja. — Não, não foi culpa de vocês, por favor. Seu irmão só ficou um pouco indisposto, não tem nada haver com vocês. Tá bom? – Mel agachou perto das meninas que lhe abraçaram na mesma hora — Ele já está melhor, tá bom? As três concordarem e olharam para Levi que sorriu também concordando com o que Mel tinha dito. — Você pode levar elas pra casa, eu vou ficar e esperar o Mael acordar. — Nada disso, vamos esperar juntos. Somos uma família – Levi assentiu mesmo não querendo — Estão com fome? Procurem uma lanchonete e me esperem lá, sentadas e quietas. Isso é um hospital e seu irmão está nele. As três assentiram e saíram caladas para fazer o que foi ordenado, Mel virou para Levi que parecia hipnotizado, mas sua preocupação com filho era maior que qualquer coisa para pensar direito. Caminharam juntos até o quarto de Mael e Levi sentiu o coração apertar ao ver o garoto desacordado em cima da cama. Nunca teve que ir ao hospital por causa de Mael, apenas vacinas que ele seguia a risca. Seu filho era perfeito e saudável. — Desculpe não está lá para te ajudar. Mas agora estou aqui – Murmurou diante da cama e Mel entrelaçou seus dedos — Obrigado por correr até lá. — Mael também é meu filho agora, precisava socorrer ele a todo custo. E está tudo bem. — Afinal, cadê a Oli? – Mel deu um longo suspiro e se afastou — Ela devia ser a primeira a chegar aqui. — Eu sei que tem cuidado do Mael com todo amor e carinho, mas acho que você errou na escolha de babá. Oli não é responsável, e talvez, só talvez seja por causa dela que ele está nessa cama, e tem mais, na escola, a enfermeira e a diretora também falaram muito mal de dela. — Do que está falando? Ela é a única que Mael aceita. E ele precisa de alguém que cuide dele sempre. — Realmente, ele precisa de alguém que cuide dele sempre e direito e ao que tudo indica, não é a babá.— Do que está falando? Ela é a única que Mael aceita. E ele precisa de alguém que cuide dele sempre. — Realmente, ele precisa de alguém que cuide dele sempre e direito e ao que tudo indica, não é a babá. – Levi encarou sua esposa, agora mais sério. Entendia o quanto Mel queria se tornar a mãe de Mael, e dentro do seu coração, aceitava assim, mas ela também tinha que entender que Oli sempre esteve presente, ao menos desde que se lembrava. Mael nunca quis uma babá, dizia que se virava sozinho, mas ligava para Levi pelo menos umas 30 vezes por dia. E ele ia, abandonava tudo para estar com seu filho, porém, a ajuda que Oli ofereceu tomando um pouco dos trabalhos para si, foi grandiosa. Ele era grato, e mais grato ainda por seu filho exigente de contentar com ela. — Do que você está falando? – Cautelosamente se aproximou de esposa que desviou o olhar. — Oli cuida bem dele, Mael reclamaria se algo estivesse errado. — Ele não reclamaria, pois gosta dela. A babá não tem uma rotina, a não
Já estava escuro quando Mael abriu os olhos procurando por seu pai. Sentou na cama e avistou o homem sentado sorriu massageando sua cabeça. Chamou pelo pai que levantou o buscando, riu ao sentar na cama depois de um longo abraço. — Acordou faz muito tempo? Eu dormi aqui. Estava te esperando acordar. — Tudo isso só porque vomitei? Foi só um mau estar. Já quero voltar pra casa – Levi assentiu concordando. Queria ir embora mesmo. Tinha cochilado ali, mas o descontentamento de não adormecer nos braços de Mel o fez mal de alguma forma. — Já vamos sair. Tudo que você quiser, mas precisamos conversar. O que estava fazendo e porque passou mal?— Não sei o que deu errado. Acordei todas as manhãs, tomei um café delicioso que a Mel preparou e fui pra escola. Resolvi fazer educação física...— Você resolveu fazer educação física? Tem um problema bem aí.— Pai, eu sou o irmão mais novo das meninas. Eu sou maior. Mas o mais novo. Eu quero ser o irmão mais velho e legal. Por isso eu fui jogar com
Quando Levi voltou para casa, foi recebido por suas filhas esposa que correram para ajudar Mael, estavam preocupadas e queriam de alguma forma ajudar o irmão. Tanto que levaram o garoto para o quarto prometendo que cuidariam de tudo até da comida. Levi não pode fazer nada além de soltar a mão do filho e vê-lo correr escada acima. - Não se preocupe quanto ao cuidado das meninas, elas sabem como animar uma pessoa, mesmo não querendo. Liz ficou muito preocupada e Lara só parou de chorar quando contei que agora elas estarão juntas para estudar - Levi concordou recebendo um doce beijo de sua esposa - Como estão as coisas com a babá? - Vamos sentar agora e falar sobre isso, quero lhe contar que eu e Mael entramos em acordo. - A levou para dentro da sala com cuidado, pois não sabia qual seria a reação final de Mel depois de contar tudo. - Você e Mael entraram em acordo? E eu posso saber que acordo foi esse que foi discutido apenas entre vocês? - Cruzou os braços com um sorriso de canto
Ao amanhecer, Mel saltou da cama como se fosse uma nova época na sua vida. Se preparou para acordar seus filhos e o marido que apenas virou para o outro lado se cobrindo dos pés a cabeça. Não evitou sorrir, Levi realmente tinha mudado e aquilo lhe encheu de emoções. Valeu a pena a esposa. Graças aos céus. Saiu do quarto e antes de chegar ao das crianças, escutou suas vozes estridentes, mas não parecia conversar... Aquilo era uma briga? Abriu a porta de uma vez fazendo todos do quarto lhe encararem. Lara e Luna brigavam por alguma coisa, Mael e Liz estavam sentados na cama assistindo a briga como se fosse um filme. A mulher estreitou os olhos desfilando no quarto, parou diante das garotas que sorriram sapecas. - Que tipo de briga é essa, posso saber? - Cruzou os braços, as meninas se entreolharam e então, Mael levantou. - Eu posso falar pelas minhas irmãs? - Mel balançou a cabeça dando atenção total ao garoto que colocou as meninas para trás. Realmente, Mael era um garoto muito b
Passar um tempo com Levi era como dormir e sonhar com um momento especial, o mesmo que passou seis anos desejando e conseguiu alcançar. E a melhor parte é que não havia nada em seu caminho que pudesse estragar o que tinham, não é?- O que vai hoje? - Levi perguntou após um longo banho ao lado de sua esposa. Adorava acordar todos os dias na mesma cama e agora, depois de deixar as crianças irem sozinhas, tinha mais um tempo livre para aproveitarem o bastante antes do trabalho.- Pensei em ir dar uma olhada na mansão, eu não sei que poderíamos nos mudar para lá, não quero ter as mesmas lembranças de antigamente, sem contar que parece uma casa sem cor. Não tem luz como se um vampiro morresse ali - Levi que terminava de calçar os sapatos apenas riu no final e levantou a encarando.Aquela mulher continuava tão linda quanto antigamente, os cabelos ruivos e longos, os olhos verdes que enxergavam sua alma, e aquele corpo de tirar o seu fôlego todas as vezes que o tocava. Era a mulher da su
A antiga casa de Levi Santiago, poderia dizer que ali naquele lugar aconteceram muitas coisas que mudaram a sua vida para melhor. Ou poderia apenas lembrar que foi atravessando aquele lance de escadas que conheceu a pessoa mais louca da sua vida e no final, se casou com ela. A sala continuava igual, cores escuras nos quadros da família de Levi. Pegou um deles analisar mais de perto, naquela época Levi tinha um sorriso majestoso, havia um brilho no olhar ao lado da mãe e do irmão mais novo. Será que Teo ainda lembrava que tinha irmão? E Victoria, não sentia a falta do filho que aparentemente amava tanto?Deixou o quadro no lugar para subir as escadas que lhe traziam muitas lembras ruins, tal como na primeira vez que ficou deslumbrada com toda a casa, mas desceu alguns minutos depois correndo e fugindo do que parecia ser o pior homem de todos, e mais uma vez, no final se casou com ele. Quem iria julgá-la? A parte boa da casa é que haviam muitos quartos para cada um dos filhos e ainda
- Ah, é você que vai nos levar para as aulas extras? - Lara perguntou ao ver Oli parar na calçada com um sorriso enorme nos lábios, maiores que o vestido que usava - a mamãe sabe disso?- Mesmo se não soubesse acho que isso não é da conta dela - O sorriso nos lábios não saía por nada, e as três garotas se entreolharam e pararam em Mael que encarava sua querida Oli e depois mirou para as irmãs. - Vamos indo?- Espere! - Mael virou para suas irmãs, cada uma com uma expressão difícil. - Aconteceu alguma coisa com vocês? Ou o dia de escola não foi bom? Alguém disse algo que as machucou? Me digam quem foi.- Não gostamos da sua babá, e te ouvimos dizer que ela não sabe dirigir - Luna declarou de trás e Lara concordou - Sem contar que ela brigou com a mamãe ontem eu não vou aceitar ser amiga de alguém que briga com a minha mãe, entendeu? E ela é a sua mãe também, devia ficar do lado dela.- A Mel não é a mãe do Mael - Oli se agachou ao lado do garoto encarando as três meninas que cruza
- Entrem com cuidado. Mael pode ajudar suas irmãs com o cinto, elas sempre se confundem e fazem uma confusão - A doce voz de Mel fez o menino sorrir e entrar no carro dando as devidas instruções para as irmãs. Ali, todas já tinham notado que embora fosse o mais novo, ele queria tratá-la como se fosse o mais velho. Então que todas o vissem assim. - Obrigada meu amor, já levo vocês.Mel fechou a porta do carro e voltou para Oli parada na calçada em frente a Maurício que tinha os braços cruzados e os olhos cerrados em direção a mulher. Ele não era vidente, mas sabia que aquela ali não valia nada.- Não queria chamar de criança birrenta, ele não é assim - Murmurou quando Mel parou diante dela. - Não sei como pedir desculpas, nunca fiz isso, acho que deve ser…- Eu não sei o que está acontecendo com você, mas quando cheguei me disseram que era a melhor amiga do Mael e a babá dos sonhos dele, mas te vendo assim, o ofendendo dessa forma, não passa credibilidade. - Ela assentiu - Eu não c