- Entrem com cuidado. Mael pode ajudar suas irmãs com o cinto, elas sempre se confundem e fazem uma confusão - A doce voz de Mel fez o menino sorrir e entrar no carro dando as devidas instruções para as irmãs. Ali, todas já tinham notado que embora fosse o mais novo, ele queria tratá-la como se fosse o mais velho. Então que todas o vissem assim. - Obrigada meu amor, já levo vocês.Mel fechou a porta do carro e voltou para Oli parada na calçada em frente a Maurício que tinha os braços cruzados e os olhos cerrados em direção a mulher. Ele não era vidente, mas sabia que aquela ali não valia nada.- Não queria chamar de criança birrenta, ele não é assim - Murmurou quando Mel parou diante dela. - Não sei como pedir desculpas, nunca fiz isso, acho que deve ser…- Eu não sei o que está acontecendo com você, mas quando cheguei me disseram que era a melhor amiga do Mael e a babá dos sonhos dele, mas te vendo assim, o ofendendo dessa forma, não passa credibilidade. - Ela assentiu - Eu não c
- Mãe! - A primeira a gritar por Mel naquela casa quando entrou foi Lara que pulou em seus braços sendo seguida pelas outras que rodearam a mulher sem ao menos a deixar falar. Queriam contar suas experiências durante o dia desde a escola até a galeria e ela tinha que ouvir tudo antes que esquecessem. Não tiveram tempo de conversar na hora do almoço, mas pareciam confortáveis o suficiente para gritarem no seu ouvido. Mael passou pela porta com um sorriso mínimo no rosto, viu suas irmãs pularem e falarem ao mesmo tempo e sorriu esperando ser notado por Mel que não demorou muito. Colocou Lara no chão pedindo para que todas fossem para o banho, o jantar estaria pronto em quarenta minutos e realmente, subiram as escadas correndo, a única que olhou para trás procurando pelo irmão foi Liz, mas deixou de lado quando viu Mel dar-lhe um abraço. Na pequena cabeça de Liz, Mael era um garoto solitário, e ver Mel cuidando dele lhe aquecia o coração. - Não tem nada para me contar também? - Tiro
O dia mal amanheceu quando Mel sentiu os lábios de seu querido marido no pescoço, sorriu um pouco virando para o homem. Os cabelos bonitos combinavam muito bem com Levi, no auge dos seus trinta e seis anos. Já tinha vivido tanto, e ela quase nada. — Bom dia pra você também… Preciso levantar para fazer o café pras crianças. Quer ir comigo de novo?— Quando quiser ficar deitada na cama comigo mais um pouco, pode contratar muitas empregadas, quantas você quiser para que fique em paz e tenha mais tempo.— Podemos combinar um dia em que possamos ficar mais tempo na cama e você não precisa ir trabalhar. – Ele concordou. Já não precisava passar seus dias buscando ganhar da sua mãe e do padrasto — E sobre empregadas, eu gosto de fazer as coisas para as crianças. — Aposto que sim. E você é uma mãe incrível. Se beijaram outra vez e levantaram para começar outro dia. Quando o café terminou e todos se preocuparam em buscar suas coisas para iniciar mais um dia de aula, Mael foi o único
O clima entre as crianças estava abalado naquele dia, e Oli notou assim que chegou para buscá-los. Não houve um "bom dia" ou "boa tarde" da parte de Mael ou das garotas que entraram no carro sem reclamar por nada. Tentou quebrar o clima falando um pouco da cidade e que acabou por ouvir um e outro comentar sobre o grande parque que inaugurou, pois sabia que todos eles queriam ir ao parque para se divertirem, mas ainda que tivesse contado todas as melhores atrações do lugar, nada fez com que ganhasse a atenção deles. E tudo bem, era melhor ganhar o silêncio absoluto do que ter discussões e o emprego por um fio. Então, tudo bem.O garçom trouxe a comida que todos pediram e comeram em silêncio. Para Mael o clima deveria está bom, nunca foi muito de falar o tempo todo e deixar que isso ocupe a maior parte de seu tempo. O silêncio sempre foi bem-vindo e gostava, mas sabia que para as irmãs Santiago, isso jamais iria acontecer. Todas elas gostavam de falar mais que o necessario e até coisa
O som das águas da praia sempre passa calmaria, uma paz que não deve ser refutada, tão pouco achada em outro lugar. O som das aves no céu e até mesmo o vento que passa ao redor cobrindo seu corpo de frio e arrepios gostosos. Tudo isso numa brisa gostosa de fim de tarde. E mais perfeito que o som de tudo isso, é a deliciosa voz de Levi Santiago, toda as vezes que chama por sua amada. O tom forte e grosso, mas cheio de carinho e uma obsessão gananciosa. Seria pelo tempo que passaram separados e agora ele estava tentando colocar tudo no lugar? Nem mesmo se passasse mil anos. Jamais a dívida seria paga. Foram sete anos separados, e sete anos mudam muita coisa. No entanto, o amor deles não mudou, tão como o desejo ardente por aquela mulher, sua carência dos carinhos dela, da voz dela, dos cabelos, cheiro, dela por inteira... Nada mudou, mas se intensificou ao ponto de não aguentar sequer ficar longe de seu corpo. — Acordou cedo hoje. – Ele sentou ao lado dela, que sorriu ao sentir os lábi
— Escola nova? – Luna questionou diante da mesa de jantar. Encarou sua mãe, completamente chocada com toda a informação. — Quer dizer que voltaremos a estudar? — Vocês acham que vão ficar a toa dentro de casa e sem estudo? – Luna assentiu. — E como vocês terão uma profissão? Só pode trabalhar quem estuda para ter uma profissão. Meu pai falou isso – Mael se prontificou a falar tomando a atenção da mesa para si — Inclusive, vocês já sabem o que querem ser? — Eu quero ser uma blogueira famosa. – Luna rapidamente anunciou. Uma modelo internacional. Mel acabou sorrindo, sabia exatamente do sonho de todas as suas filhas. — Você descobriu que queria ser blogueira agora? Eu não sabia que isso era uma profissão. Pai isso é uma profissão? – Mael questionou ao pai e todos da mesa voltaram ao centro que mesmo calado acabou se envolvendo ali. — Sim. E se sua irmã quer ser uma blogueira, ela vai ser. Assim como você que quer me substituir na empresa. — Claro, eu sou o filho homem. — Mas nó
Depois de tudo que escutou, Mel retornou as escadas para o quarto do seu marido amável, precisava conversar sobre algumas coisas sérias para continuarem ali. Não queria mudar nada por ali, mas também não aceitaria ser desrespeitada, então alguém tinha que escutar alguma coisa. Sem contar que já tinha passado por isso e ganhou. E só lembrar isso, sentiu os pêlos arrepiar ao ver Becca diante de seus olhos como se estivesse bem ali, na sua frente, mas isso era um sonho distante. Abriu a porta do quarto se deparando Levi terminando de se vestir enquanto falava ao telefone, Mel por alguns segundos se deliciou com a imagem maravilhosa, mas não podia dormir para sempre, precisava urgentemente ter uma conversa sem ser na cama.— Isso Mirella, elas não podem mais perder um dia sequer, pague o quanto for necessário. – Virou para Mel entrando no quarto, não saberia explicar, mas o amor e o desejo que sentia por ela, era grandioso demais para continuar apenas olhando... Não, calma, relaxa! — Obr
— Eu não estou com fome – Mael repetiu pela terceira vez só naquele minuto enquanto olhava para Oli escolher algo para comer — Eu tomei café antes de sair, você viu, e eu adorei o que a Mel fez.— A você gostou, foi? Não vai me trocar por aquela mulher, não é? – Oli pagou rapidamente e saíram do café.— Não é questão de trocar você pela esposa do meu pai. Ela é a minha mãe agora entendeu? – Oli abriu a porta para o garoto entrar — Meu pai disse que não posso ir no banco da frente, não tenho altura e nem idade.— Entra logo, vamos conversar – Bateu a porta e rodeou o carro antes de entrar — Eu sei que ela é a esposa do seu pai, mas eu sou sua babá. Estive com você a mais tempo, ela não pode chegar e já começar a te acordar e fazer café, essa não é sua rotina. Por causa dela nem tomamos café direito juntos.— Mas quem devia fazer esse trabalho é você mesmo. Mas eu acordo sozinho e tomamos café aqui, e nem é bom.— Mael... Você nunca reclamou disso. Até me falou que era saboroso.— É, an