— Não sabia que tínhamos outros tios – Lara cruzou os braços em frente às irmãs para protegê-las mesmo sem perigo aparente. — Então devo começar a chamar outros homens de tio? Quem são esses homens?— Lara, relaxa! Sei que são pessoas estranhas e eu também tenho medo, mas são irmãos de seu pai. Vocês devem respeito a esses outros. Entenderam? – Olhou para a garota que assentiu se aproximando e liberando suas irmãs para terminar de se arrumar. — Quero todas prontas em quinze minutos lá embaixo. Maurício já chegou.Todas se arrastaram dizendo sim e correram para terminar de se arrumar. Mel saiu do quarto chegando ao topo da escada. Seus filhos adotivos já estavam entre seus beijos e abraços carinhosos. Os vendo assim, nem parecia que havia brigado alguns dias atrás, não é?— Espero que hoje o dia tenha sido produtivo – Mel parou diante dos dois cruzando os braços em frente ao corpo.Muito bem comportada com um vestido longo colado ao corpo. Não havia decotes ou acessórios além de brinco
As luzes da cidade de Seant lá embaixo chegavam a encher os olhos do garoto que não conseguia ficar quieto. Depois de anos longe, esquecido em um internato, finalmente estava de volta a sua querida e amada cidade a qual foi afastado pela mãe. O avião pousou devagar trazendo mais alegria ao coração aflito de Asaf Santiago, que assim que os motores foram desligados, ele tratou de tirar o sinto e correr de um canto a outro buscando a saída.A porta abriu e ele foi o primeiro a descer correndo, não se importou com o frio que lhe cobriu por inteiro, apenas abriu os braços como se a muito não pudesse respirar o ar puro.— Finalmente estou de volta à minha cidade. Não tem coisa melhor – Ainda parado ali, percebeu quando alguns carros se aproximavam parando longe o suficiente para ele reconhecer o pai que desceu por um. — PAI.Correu em direção ao homem mais velho e pulou em seus braços fazendo Marlon revirar os olhos enquanto o aparava. — Que saudade. Que bom que você nos trouxe de volta. E
Voltar para a cidade em que nasceu, casa e vida era o melhor presente que poderiam lhe oferecer. Abriu as portas do apartamento de seus pais sentindo o aroma da comida das empregadas, ou apenas pelo sabor de finalmente voltar a estar ali. Se jogou no sofá abrandando as almofadas luxuosas… luxo, exatamente o que merecia a partir dali.— Essa casa não mudou em nada – Alef comentou deixando na sua bolsa de lado — Espero que meu quarto também não tenha mudado, pois eu quero agora fazer as novas mudanças de acordo com meu gosto.— E não terá nada róseo, certo? – Alef virou lentamente até o pai que riu de canto, — Isso não será um problema.— Ainda bem que eu posso a qualquer momento me mudar para a casa do Levi. Não preciso aguentar isso aqui, certo Levi?O homem mais atrás assentiu, agarrado a mão de sua esposa, ainda vinha com tudo que Alef disse no aeroporto. Antigamente ele deixou sim que outras pessoas ficassem entre ele e Mel, e por causa disso, passaram seis anos longe um do outro d
Aquele final de noite deu a todos uma trégua quando as despedidas chegaram no momento certo. Suas crianças precisam de cama e seu cunhado ir pra casa com urgência, uma vez que todos os comentários de Alef tinha duas ou três insinuações, deixando a cabeça de Alex em confusão, e Maurício pronto para correr o mais distante possível.Ao chegaram em casa, Levi ajudou a esposa com seus filhos, desde dar banho a colocar todos na cama e no fim, ainda leu um conto de fadas, Mael detestou a ideia, mas quase chora com o fim. Quando chegou ao quarto, sua esposa já estava arrumada para dormir, penteava os cabelos ruivos lhe deixando ainda mais bela. Todas as vezes que parava diante de Mel, o corpo todo arrepiava, suas pernas ficam moles a ponto de derreterem. Era como se apaixonar outra vez e mais vez e sempre, para a eternidade.Parou atrás dela agarrando sua longa cintura para puxá-la mais pra perto. Independente de qualquer problema na sua vida, sabia que se estivesse com aquela mulher nos seu
O som das águas da praia sempre passa calmaria, uma paz que não deve ser refutada, tão pouco achada em outro lugar. O som das aves no céu e até mesmo o vento que passa ao redor cobrindo seu corpo de frio e arrepios gostosos. Tudo isso numa brisa gostosa de fim de tarde. E mais perfeito que o som de tudo isso, é a deliciosa voz de Levi Santiago, toda as vezes que chama por sua amada. O tom forte e grosso, mas cheio de carinho e uma obsessão gananciosa. Seria pelo tempo que passaram separados e agora ele estava tentando colocar tudo no lugar? Nem mesmo se passasse mil anos. Jamais a dívida seria paga. Foram sete anos separados, e sete anos mudam muita coisa. No entanto, o amor deles não mudou, tão como o desejo ardente por aquela mulher, sua carência dos carinhos dela, da voz dela, dos cabelos, cheiro, dela por inteira... Nada mudou, mas se intensificou ao ponto de não aguentar sequer ficar longe de seu corpo. — Acordou cedo hoje. – Ele sentou ao lado dela, que sorriu ao sentir os lábi
— Escola nova? – Luna questionou diante da mesa de jantar. Encarou sua mãe, completamente chocada com toda a informação. — Quer dizer que voltaremos a estudar? — Vocês acham que vão ficar a toa dentro de casa e sem estudo? – Luna assentiu. — E como vocês terão uma profissão? Só pode trabalhar quem estuda para ter uma profissão. Meu pai falou isso – Mael se prontificou a falar tomando a atenção da mesa para si — Inclusive, vocês já sabem o que querem ser? — Eu quero ser uma blogueira famosa. – Luna rapidamente anunciou. Uma modelo internacional. Mel acabou sorrindo, sabia exatamente do sonho de todas as suas filhas. — Você descobriu que queria ser blogueira agora? Eu não sabia que isso era uma profissão. Pai isso é uma profissão? – Mael questionou ao pai e todos da mesa voltaram ao centro que mesmo calado acabou se envolvendo ali. — Sim. E se sua irmã quer ser uma blogueira, ela vai ser. Assim como você que quer me substituir na empresa. — Claro, eu sou o filho homem. — Mas nó
Depois de tudo que escutou, Mel retornou as escadas para o quarto do seu marido amável, precisava conversar sobre algumas coisas sérias para continuarem ali. Não queria mudar nada por ali, mas também não aceitaria ser desrespeitada, então alguém tinha que escutar alguma coisa. Sem contar que já tinha passado por isso e ganhou. E só lembrar isso, sentiu os pêlos arrepiar ao ver Becca diante de seus olhos como se estivesse bem ali, na sua frente, mas isso era um sonho distante. Abriu a porta do quarto se deparando Levi terminando de se vestir enquanto falava ao telefone, Mel por alguns segundos se deliciou com a imagem maravilhosa, mas não podia dormir para sempre, precisava urgentemente ter uma conversa sem ser na cama.— Isso Mirella, elas não podem mais perder um dia sequer, pague o quanto for necessário. – Virou para Mel entrando no quarto, não saberia explicar, mas o amor e o desejo que sentia por ela, era grandioso demais para continuar apenas olhando... Não, calma, relaxa! — Obr
— Eu não estou com fome – Mael repetiu pela terceira vez só naquele minuto enquanto olhava para Oli escolher algo para comer — Eu tomei café antes de sair, você viu, e eu adorei o que a Mel fez.— A você gostou, foi? Não vai me trocar por aquela mulher, não é? – Oli pagou rapidamente e saíram do café.— Não é questão de trocar você pela esposa do meu pai. Ela é a minha mãe agora entendeu? – Oli abriu a porta para o garoto entrar — Meu pai disse que não posso ir no banco da frente, não tenho altura e nem idade.— Entra logo, vamos conversar – Bateu a porta e rodeou o carro antes de entrar — Eu sei que ela é a esposa do seu pai, mas eu sou sua babá. Estive com você a mais tempo, ela não pode chegar e já começar a te acordar e fazer café, essa não é sua rotina. Por causa dela nem tomamos café direito juntos.— Mas quem devia fazer esse trabalho é você mesmo. Mas eu acordo sozinho e tomamos café aqui, e nem é bom.— Mael... Você nunca reclamou disso. Até me falou que era saboroso.— É, an