Inicio / Romance / A Esposa Submissa e a Babá / 2 - Uma Babá Arrogante 🌹
2 - Uma Babá Arrogante 🌹

— Escola nova? – Luna questionou diante da mesa de jantar. Encarou sua mãe, completamente chocada com toda a informação. — Quer dizer que voltaremos a estudar?

— Vocês acham que vão ficar a toa dentro de casa e sem estudo? – Luna assentiu.

— E como vocês terão uma profissão? Só pode trabalhar quem estuda para ter uma profissão. Meu pai falou isso – Mael se prontificou a falar tomando a atenção da mesa para si — Inclusive, vocês já sabem o que querem ser?

— Eu quero ser uma blogueira famosa. – Luna rapidamente anunciou. Uma modelo internacional.

Mel acabou sorrindo, sabia exatamente do sonho de todas as suas filhas.

— Você descobriu que queria ser blogueira agora? Eu não sabia que isso era uma profissão. Pai isso é uma profissão? – Mael questionou ao pai e todos da mesa voltaram ao centro que mesmo calado acabou se envolvendo ali.

— Sim. E se sua irmã quer ser uma blogueira, ela vai ser. Assim como você que quer me substituir na empresa.

— Claro, eu sou o filho homem.

— Mas nós somos mais velhas e se uma de nós quiser estudar para substituir o papai?

Mael arregalou os olhos para cima da menina e Mel entendeu que aquele olhar era de pura repreensão? Rolaria uma briga? Ah não, suas filhas jamais brigariam por herança, elas não precisavam disso e Mael era o filho homem de Levi, herdaria qualquer coisa que fosse do pai e da mãe, suas meninas não precisavam disso.

— São se preocupe, Mael, nenhuma delas querem ser o CEO ou herdar uma empresa tão grande, você será o grande homem após Levi se ausentar. Cada uma delas tem um sonho, sabia? – Mael desviou o olhar para o prato, não queria rir, mas o fez.

— É sério? Elas já sabem o que querem ser? – Levi perguntou as meninas que confirmaram cada uma. — Eu gostaria muito de ouvir. Se quiserem me falar eu posso ajudar em tudo que for preciso.

As meninas começaram a contar todos os seus planos, os mesmos que tinham desde que eram menores e fingiam já ser na presença de sua mãe. Depois do jantar, juntaram-se ao Levi na sala e tornaram a falar tudo que queriam, e passaram a mostrar inúmeras fotos de quando mais novas, ou momentos importantes pra elas. Porém, ao longe, Mael assistia tudo com uma sentindo diferente no peito. Antes naquela casa, tudo era calmo, e silencioso arrumado e talvez até sem cor, agora tinha tintas espalhadas e mantas cor de rosa, vasos com plantas amarelas e até estrelas penduradas, aquilo não era de sua casa, porém... Era tão confortável.

— Oi... Está tudo bem? – Mael confirmou para Mel que me entregou uma xícara de chocolate quente, e agachou ao lado do garoto que encarava a xícara sem parar. — Não está tão quente, me assegurei disso.

— Você fez só pra mim? – Ela confirmou sem entender — Minha mãe nunca fez isso. Eu acho que ela não sabe que essa é a minha bebida favorita, até quando está quente ou frio. Eu adoro chocolates.

— Me admira muito você gostar de doce, seu pai não gosta de doces. E claro que eu fiz apenas para você, as meninas não gostam. Mas alguém me contou que é sua bebida preferida. Quis te agradar.

— Não precisa fazer ficar querendo em agradar eu gosto de você. – Subiu finalmente o olhar para a mulher que sorriu emocionada. — Você faz meu pai feliz e trouxe minhas irmãs. Eu só estou pensativo... Antes era só eu e o meu pai e a Oli.

— Você gosta muito da Oli, não é? – Mael assentiu — Você já não está grandinho para ter uma babá?

— Ela faz o que minha mãe nunca quis fazer. – Sussurrou sob os olhares de Mel que agarrou o rosto fofo do menino lhe trazendo para perto.

— Não precisa mais se preocupar com isso, porque agora estou aqui. Eu vou ser a mãe que você não teve. Estou disposta a isso. – Beijou o rosto dele e levantou estendendo a mão para o menino — Vamos nos juntar a eles? Eu gostaria de saber um pouco mais sobre seus sonhos.

Mael não ignorou o convite, seguiu a mulher prontamente... Sorrindo.

°°°°

Na manhã seguinte Mel se empenhou em acordar mais cedo, tomar um banho incrível para começar o dia e desceu para a cozinha. O apartamento estava em silêncio e o sol já estava aparecendo. Como de costume na casa de sua avó, fez um café da manhã especial, fora do comum para toda sua família, com delicadeza e amor, ela gostava daquilo, de ser a esposa e mãe. Principalmente a parte de ser mãe. Nunca deixou que outras pessoas tomassem seu lugar em momento que não poderia mais viver ao lado das garotas.

Com o café da manhã pronto, Mel subiu outra vez para acordar suas crianças e principalmente Mael já que a segunda-feira daquela semana voltaria as aulas. Abriu a porta devagar já vendo o menino de pé, pronto, todo arrumado admirando suas irmãs. Se aproximou de cada uma para dar um beijo no rosto nas três como se fosse a coisa mais normal do mundo, Mel gostou daquilo, isso queria dizer que embora o garoto não tivesse gostado da ideia de ser o mais novo, havia adorado a ideia de ter irmãs.

— Mael – O menino olhou em direção a porta e cabaram sorrindo um para o outro — Eu vim te acordar, mas cheguei tarde.

— Ah, sobre isso – O garoto tirou de sua bolsa o celular e sorriu virando para Mel — A Oli me liga todos os dias no mesmo horário para me acordar e sempre chega atrasada para me arrumar e saímos antes do meu pai sair porque ele não precisa saber que ela é uma idiota.

Saiu do quarto e Mel o seguiu achar graça.

— Em outro tempos, seu pai demitiria uma pessoa que chega no horário errado ou qualquer coisa parecida.

— Temos um acordo. Ele não pode demitir minha babá, porque ela vai casar comigo. Não importa se ela é incompetente. – Chegou ao pé de escada e virou pra Mel que parou em sua frente — Em troca eu não arrumava nenhuma namorada pra ele. Ele sempre foi apaixonado por você.

— Sua babá precisa chegar no horário, assim não teremos problemas.

— Mas nunca tivemos problemas e agora com você aqui tudo pode só melhorar, ela pode cuidar das minhas irmãs também.

— Eu cuido muito bem das suas irmãs e posso cuidar de você também, inclusive, fiz um café delicioso. Podemos tomar só eu e você hoje, que tal?

Mael concordou segurando a mão de Mel e chegou até a mesa, sorriu encantado com tudo e até sentou em seu lugar. Mel lhe serviu de café, e embora não gostasse muito, experimentou sem reclamar assistindo os movimentos delicados de Mel e até seu sorriso em sua direção. Tudo era direcionado para ele como se fosse o único na terra. Será que era assim que as meninas se se sentiam? As torradas foram servidas com cuidado em seu prato, a manteiga derretida. Fechou os olhos ao experimentar cada pedaço. Aquilo era perfeito.

— Quem está pronto para voltar as aulas...? Ah meu Deus, a empregada chegou cedo e fez tudo isso? – Oli apareceu trajando outro de seus vestidos curtos e um casaco longo, parou diante da mesa beliscando uma coisa ou outra e foi pegar umas torradas amanteigada, mas foi impedida por uma tapa de Mael.

Uma tapa em sua mão, dada por Mael. Oli encarou o mesmo puxando sua mão rapidamente.

— Foi a Mel que fez essas torradas para mim. E só vou sair daqui quando tomar meu café.

— Chegaremos atrasados se não fomos agora. – Murmurou subindo o olhar para Mel.

— Ele disse que entra às 8h da manhã, ainda são 7h. – Mel levantou para encarar a babá enquanto o menino comia com pressa, e comer com tanta pressa poderia o fazer mal. — Coma devag-

— Se a gente não sair agora podemos chegar atrasados, eu dirijo devagar. Por isso sempre saímos esse horário.

— Dirige devagar porque não sabe dirigir de verdade. – Mael alfinetou — Preciso comer primeiro e isso está muito bom.

— Coma devagar, assim voc-

— Nós tomamos café na minha cafeteria preferida antes de chegar ao colégio. – A babá cruzou os braços diante de Mel que estreitou os olhos, será que aquilo era um desafio?

— Achei que ele sempre tomava café com o pai. Como uma família.

— Você chegou agora nessa casa, não sabe como funcionam as coisas. Mas eu sei e sou a babá do Mael a quase dois anos. O conheço muito bem. Agora vamos, se não chegaremos atrasados.

Oli saiu andando sem olhar para trás, e Mael terminou as pressas para correr atrás da mulher sem dizer nada.

Mel respirou fundo, tudo bem isso acontecer? Mas claro que não, nenhuma mulher iria lhe dar ordens ou falar mais alto que si dentro de sua casa.

Sigue leyendo en Buenovela
Escanea el código para descargar la APP

Capítulos relacionados

Último capítulo

Escanea el código para leer en la APP