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Seus olhos castanhos e brilhantes, como um incêndio numa noite dominada pela escuridão, observavam maravilhados a alta muralha de pedra que se erguia majestosa em sua frente. Ladros estava, finalmente, de volta à cidade de Amabel, capital do reino de Aldebaran. Sentia dentro si uma certa nostalgia, tinha vivido a maior parte de sua vida nessa cidade. Foi onde sofreu e aprendeu suas maiores lições. Em sua cabeça ainda soava a maior delas, sobreviver. 

Lição esta que aprendeu a um duro custo. Ele voltara onde, há seis anos, fora pego roubando da nobreza local, roubar era a memória mais próxima que tinha relacionada a diversão e brincadeiras em sua infância. Apesar que isso muitas vezes não acabava bem, porém não tinha como evitar, sobreviver sempre foi a prioridade.

Na época ele era pouco mais que uma criança, um pequeno garoto esfarrapado que crescera nas ruas, mas agora já se tornara um homem, tinha seus 17 anos, seu cabelo castanho já passava do ouvido, tinha um começo de barba que vinha da bochecha até o queixo além de um bigode para completar. Apesar disso, não conseguia deixar de passar um frio na barriga ao olhar os muros à sua frente. 

— Esse lugar deve trazer várias lembranças à tona, não é mesmo? — Foi Daenor Mesiac quem falou, um garoto um ano mais novo que ele cujo rosto, apesar da pouca idade, esbanjava solenidade e calma que raramente são encontradas. Daenor tinha cabelos pretos e bagunçados, olhos curiosos, cinzentos e, ainda sim, com um estranho brilho azulado, como gelo, iguais aos de seu pai, o rei Garen Mesiac. Daenor era o herdeiro legítimo do trono de Razalon e irmão de Lilyane. Ladros era seu irmão adotivo. 

Ladros observava toda a areia a sua volta, típica da região e riu como se lembrasse de algo muito distante. 

— Lembranças? — respondeu num tom divertido — É. Isso aqui realmente traz várias coisas à mente, principalmente as incontáveis vezes em que fui perseguido pelos guardas de Maegor! — ele parou por um momento, lembrando-se que nem todas suas memórias naquele lugar eram agradáveis — E quanto a você? Deve estar muito feliz por finalmente poder rever a Naina, não? 

Daenor não conseguiu esconder um pequeno sorriso em resposta. 

Os Mesiac estavam chegando à Amabel para atender mais uma vez, ao encontro com a família Sonne, que aguardavam aos portões da cidade para recepcioná-los. O rei Garen cavalgava a frente de todos, trajado com um gibão de couro acinzentado e calças pretas, ele estava claramente desconfortável com o calor da região, diferente de Aldebaran, as terras de Razalon não costumavam atingir temperaturas tão altas mesmo no verão. Seus cabelos escuros contrastavam diante da coroa prateada em sua cabeça que devido à luz do Sol, naquele dia parecia brilhar de forma radiante, mesmo diante do calor e da viagem cansativa ele continuava imponente em seu cavalo, mostrando toda sua realeza e segurança.  

Logo atrás de Garen, seus filhos Ladros, Daenor, Lilyane e seu irmão mais novo Gared o seguiam. Além de alguns serviçais é claro, e a própria escolta real os acompanhava. Eram guardas endurecidos, veteranos de olhos atentos, liderados pelo próprio Gared Mesiac. 

O cenário à sua volta parecia o mesmo de praticamente todo o caminho até a cidade. Areia, piso rachados e seco, verdade que algumas árvores tão verdes quanto as famosas hellebores encontradas perto de Idalon se espalhavam pela região criando uma bonita harmonia de cores. Porém, nada era tão marcante quanto o amarelo do solo que parecia espalhar-se pela maior parte do país. Ladros muitas vezes, examinando o seu arredor,  se perdia no mar dourado a sua volta. 

No horizonte, a cidade se erguia, sozinha, em meio a aridez de Aldebaran. Além da cidade, se destacava de forma paralela o Rio do Sol, um dos poucos rios de Aldebaran. Nesta época do ano o rio estava em baixa, em alguns pontos parecendo apenas um fio de riacho, sendo até mesmo possível atravessar sem sequer molhar os joelhos. Nem sempre era assim, na época de chuva e as semanas seguintes, a correnteza ganha tamanha força que tornava possível pequenas embarcações navegaram por suas águas. A família Sonne esperava ansiosamente seus convidados à frente dos portões da cidade. Quando Garen os avistou, fez um sinal breve com a mão e, enquanto sua escolta ficava para trás, trotou em direção aos portões da cidade, ladeado por seus filhos e seu irmão. 

Maegor Sonne, rei de Aldebaran, um homem forte e austero, no auge de seus sessenta anos, de pele morena e cabelo grisalho, esperava ao portão, ao lado de sua esposa Elna e seus filhos Elrom, o primogênito e futuro herdeiro do trono, Naina, a única filha e Maebi, o caçula. Ao lado direito do rei estava Vladimir, o conselheiro real e, por fim atrás da família alguns guardas formavam uma escolta, bloqueando todas as pessoas da cidade que tentavam se aproximar. Um número pequeno de servos também marcava presença. 

— Sejam bem vindos novamente à minha casa, Garen Mesiac, senhor rei de Razalon, e sua família. É uma honra recebê-los mais uma vez. — ele parou por um instante — rei Garen, sor Gared, o Imparável, príncipe Daenor e princesa Lilyane, é muito bom vê-los de novo — suas palavras saíram em um tom seco, quase desdenhoso, embora nenhum Mesiac pareceu notar. E, se notaram, apenas ignoraram. 

Ladros, entretanto, captou um pequeno olhar de incomodo de Daenor, devido a omissão do governante de Aldebaran ao nome de Ladros. 

O rei Maegor Sonne era um homem forte e saudável, apesar da idade. Seus cabelos grisalhos contrastavam com sua pele curtida pelo sol. Ele, assim como os outros Sonne, trajava as cores da família — amarelo e  preto , cores que de fato representavam o reino de Aldebaran já que suas terras eram em maior parte áridas, desérticas e quentes — vestia uma túnica de linho com mangas justas e longas de cor dourada, algumas gemas ornamentavam a peça, também utilizava um manto, preso aos ombros por fivelas de joias, ostentando toda sua riqueza, este assim como a túnica era da cor do ouro com detalhes pretos. Em seu peito, o rei carregava um broche com o brasão de sua família: um sol atravessado por uma cimitarra, arma típica da região. 

— Muito obrigado pelas gentilezas, vossa majestade. — O rei Garen respondeu em um tom cansado — A honra é apenas nossa em sermos recebidos em sua casa. 

— De modo algum! — Maegor sorriu e Ladros não conseguiu acreditar que aquele era um gesto verdadeiro — Imagino que vocês estejam cansados da viagem, portanto vamos entrando na cidade. Seus guardas podem vir também, temos aposentos preparados para eles. — disse e então fez um sinal para seus próprios guardas os acompanharem. 

Assim, os Mesiac e os Sonne atravessaram os portões e adentraram na famosa Amabel, rodeados pelas duas escoltas. Ladros olhou em volta e viu uma cidade pobre. Crianças jogadas aos ratos no chão, pedindo esmolas, assim como um dia fizera, outra característica que sempre saltava aos olhos era o mar de areia dentro da cidade, as ruas não eram pavimentadas, obrigando as pessoas a viverem e andarem sobre os pequenos grãos de areia que se encontravam em toda parte. As ruas estavam apinhadas de pessoas, embora todas abrissem caminho enquanto a realeza passava e ninguém saberia dizer se era por medo ou respeito. 

As casas em suas maiorias pareciam ser construídas de tijolos de adobe, estes eram feitos à base de argila misturada com esterco e palha deixada ao sol por dias dando uma resistência impressionante pela simplicidade do material, aquelas casas poderiam durar por séculos, estes tijolos possuíam coloração rosada com tons de laranja, fazendo as casas parecerem uma espécie de extensão da própria areia. Algumas residências, eram ainda mais simples, em realidade, algumas não passavam de tendas que tinham como objetivo proteger o amontoado de pessoas dos raios de sol atordoantes.

Vladimir, o conselheiro do rei Maegor, um sujeito esguio e de pele branca — destacando-se em meio aos morenos da região — com olhos verdes, cabelos escuros com alguns fios brancos que se destacavam nas laterais, barba preta e rala, suas roupas eram tão pretensiosas quanto a do rei, mas não usava as cores douradas da família Sonne, sua túnica era verde com detalhes em vermelho, em suas mãos ostentava anéis de ouros e pedras preciosas,  ele decidiu quebrar o silêncio: 

— Esta é a Zona Baixa da cidade, onde ficam os pobres e os miseráveis. — Ele pousou seus olhos verdes em Ladros, com um brilho zombeteiro no olhar — Ou é onde deveriam ficar pelo menos. — O conselheiro era famoso por seu humor ácido e debochado, a tal ponto de não surpreender Ladros. Em razão de sua criação híbrida, viveu tanto em Amabel como Idalon, estava acostumado em ser visto como alguém de fora, não que isso não o incomodasse, mas tinha aprendido a lidar. Como Garen o instruiu, as vezes o silêncio é mais poderoso que mil palavras. 

— Os planos de hoje estão organizados assim: quando chegarmos ao palácio ouviremos uma pequena pregação da Ordem de Syluvar, nosso sacerdote é impressionante com as palavras, vocês ficarão satisfeitos. Após isso, faremos uma refeição e finalmente, ao pôr do sol teremos no pátio de combate alguns duelos. Durante a noite... 

 — Banquete, bebida e luta. Talvez não seja tão ruim assim... — Gared cortou o conselheiro. — Vamos começar! A parte das bebidas pelo menos, traga-me uma cerveja gelada. — falou para um dos servos que rapidamente encheu o copo vazio que já estava nas mãos do Sor. — Me diga: com quem terei de lutar? 

— As lutas foram separadas, de modo que teremos combates justos entre competidores de habilidades semelhantes. — Elrom respondeu —Você lutará com meu primo, Sor Arthur, comandante e atual guarda-costas do senhor rei, meu pai. — E apontou para Arthur, logo atrás de Maegor. 

— Sua fama o precede senhor Gared. Será uma honra lutar contigo. — Arthur falou, respeitosamente. 

E então Gared o analisou dos pés à cabeça. Realmente ambos tinham características parecidas, ao menos. Tanto um quanto o outro eram altos e troncudos, possuíam ombros largos e a maior diferença residia no rosto e na experiência. Enquanto Gared tinha traços quadrados, cabelos negros como toda sua família e uma barba espessa que escondia seu rosto — ambos sem nenhum fio de cabelo grisalho — já estava na casa dos quarenta anos, e era endurecido pela guerra, havia vencido inúmeras batalhas. Arthur era, por outro lado, jovem. Não tinha completado nem sequer trinta invernos, no auge da idade, o rapaz tinha cabelos louros claríssimos, tão claros quanto areia, o que contrastava com sua pele mais escura, ele tinha lutado apenas algumas batalhas. Entretanto suas habilidades não deveriam ser subestimadas, afinal ele já era o comandante da guarda do rei. 

Gared gargalhou. 

— Então vocês vão pôr uma criança contra mim? — ele riu novamente se divertindo com a ideia. 

Daenor, que ainda olhava em volta perplexo, foi puxado de seus pensamentos quando Gared depositou a mão pesada em seus ombros. 

— E meu garoto aqui? Vai lutar com quem? 

— Ele vai lutar comigo. — Elrom respondeu e Daenor pôde jurar que havia algum tom de prepotência mascarado em meio às suas palavras. 

— Ah. Então dois principezinhos vão se enfrentar? — Gared sorriu mais uma vez — Vê se não me desaponta, moleque. — Ele disse, dando tapas nas costas de seu príncipe. 

Amabel era uma cidade no mínimo curiosa. Por toda sua extensão, seu território era redondo e a cidade era dividida em três partes. Depois da primeira muralha ficava a parte mais pobre da cidade, chamada de Zona Baixa, por onde as famílias reais acabaram de passar. Essa parte da cidade rodeava outra muralha, interna, que a separava da Ala Comercial, a segunda “camada” da cidade onde, como o nome diz, era recheada de comerciantes. A Ala Comercial era uma área ainda menor do que a Zona Baixa. Por fim, a Ala Comercial rodeava mais uma muralha — essa quase tão segura e espessa quanto a primeira muralha — protegendo a Zona Nobre. A Zona Nobre era onde viviam os soldados e suas famílias, a nobreza e a família real. 

A realeza adentrou o segundo portão da cidade e tudo o que se tinha à vista eram lojas atrás de lojas e mais lojas, a maioria construída a tijolos de pedra, algumas com direito a dois andares. Havia ferreiros, artesãos, tavernas, tapeçarias, hospedarias e todo tipo de comércio imaginável, criando uma combinação de cores, cheiros e produtos que deslumbrava qualquer visitante.  A ala não era marcada apenas pelo comércio apesar do nome, a grande maioria desses burgueses residiam na própria ala, desta forma podia ver-se casas residenciais e crianças correndo pelas ruas. Parecia de fato outra cidade.

Ladros não pode deixar de sorrir ao reparar algumas pessoas decorando as ruas com lamparinas roxas indicando que estavam preparando a cidade para a festa de Syluvar. Este evento era um dos momentos mais aguardados dos cidadãos de Amabel, e para Ladros era ainda mais especial, pois não participava do festival desde criança. 

— Agora nós estamos na Ala Comercial, onde os burgueses se localizam e, como podem ver, logo adiante está à última muralha, que protege a Zona Nobre e o palácio real.

Aqui, diferentemente da Zona Baixa, onde as pessoas recuaram à presença da realeza, os comerciantes se aproximavam, oferecendo toda uma sorte de produtos. Espadas e armaduras, barris de vinho, tecidos, além de especiarias diversas, como o cravo e a pimenta. Outra diferença estava nas ruas, que já eram pavimentadas. 

Os Mesiac gentilmente recusavam. Cansados da viagem, eles não tinham a menor vontade de comprar coisa alguma, embora pretendessem voltar mais tarde. 

Então um garoto sujo, vestindo trapos mais sujos ainda, se aproximou, parou em frente às famílias e ofereceu alguns pães. Embora alguns olhassem com desprezo, Lilyane se comoveu com a cena e, bondosamente, comprou um dos pães. O garoto pegou as moedas e ia se retirar, quando Vladimir sussurrou ao ouvido de Maegor e o rei chamou o menino de volta. 

— Qual o seu nome, menino? 

— John, senhor. — o garoto respondeu, parado à sombra do rei. 

— Pois bem, John, você sabe quem eu sou? 

— Não sei, senhor. Sou novo por aqui. 

— Eu sou Maegor Sonne, o rei desse país, garoto! 

O nervosismo do garoto era evidente e, mesmo sem ter ideia do que estava acontecendo, se ajoelhou em respeito, em uma reverência desajeitada. 

— Seu pai mora nessa região? — Maegor continuou. 

— Meu pai morreu, senhor rei. Eu vim sozinho para a cidade.  — Respondeu com temor.

— E você sabe onde está no momento? 

— Na Ala Comercial de Amabel, senhor. — Ele falou, e depois adicionou um “rei” apressadamente. 

— Exatamente. E, como você deve saber, para vender aqui é preciso comprar um documento de permissão. Deixe me ver o seu. 

— Eu... Eu não tenho. — o nervosismo do garoto se elevará para medo. 

— Você não tem? — ele parou por um instante e o garoto começou a suar, apavorado, mas não saiu do lugar.  — Para sua sorte, hoje eu estou de bom humor, então pode ir embora. Mas se um dos guardas vir você por aqui vendendo novamente sem autorização, você não vai querer me encontrar de novo. 

— O-obrigado, senhor rei. — e assim o menino fez outra mesura, desajeitada novamente, e se afastou depressa antes que Maegor mudasse de idéia. 

Maegor se virou para Arthur. Com o gesto do rei, o comandante da guarda já sabia o que deveria ser feito. 

Ladros sabia exatamente o significado por trás daquela ordem discreta. Viveu por muito tempo sob o governo de Maegor para saber que o garoto não sairia ileso.

E então, finalmente, eles chegaram a mais uma muralha atravessaram o terceiro e último portão, adentrando a Zona Nobre e, dali, foi possível ver a discrepância desta com as outras áreas da cidade. 

A Zona Nobre era linda. Fontes incríveis e jardins floridos se espalhavam por toda a área parecendo nem se quer fazer parte de Amabel. E, de todas as belezas, o que mais se destacava era o palácio da família Sonne. Alto, o “Palácio de Neve”, como era chamado, se erguia com diversas curvas e cúpulas em algumas torres — característica clássica da arquitetura local — , desafiava os céus, alguns diziam que se subissem à cúpula no ponto mais alto do palácio poderia encostar nas nuvens, ele estendia por boa parte da Zona Nobre. Branco, o castelo fora construído com mármore e ouro maciço. 

Ainda acho um tanto irônico — Ladros sussurrou para Daenor — nomear algo de Palácio de Neve bem no meio de um deserto.

Daenor sorriu em resposta.

Entretanto, por mais contraditório pudesse aparentar o nome, Ladros jamais poderia negar a magnitude da construção. Apesar de nunca ter tido a oportunidade de se aventurar pelo palácio com calma e tranquilidade de que a obra merecia para ser admirada. Em Amabel era proibido a entrada de plebeus no palácio, com exceção dos serviçais que trabalhavam lá é claro. Desta maneira, mesmo agora o garoto vivendo entre a família Mesiac, ainda lhe era negado por lei local a oportunidade de andar pelo magnífico Palácio de Neve, situação que Maegor fez questão de relembrá-los.

— E cá estamos. Meus servos vão lhes mostrar seus aposentos. Já os seus serviçais e guardas podem ficar numa hospedaria que já foi escolhida, na Ala Comercial. Vamos entrando. — ele disse enquanto a escolta dos Mesiac se dirigia junto dos serviçais para a hospedaria. 

Garen perguntou diplomaticamente — Meu filho, Ladros, pode ficar conosco? Sei de sua cultura, mas ele agora não faz parte da nobreza?

— Da nobreza de Razalon talvez, aqui ele continua sendo o mesmo. — respondeu Maegor com certo desprezo na voz — Você conhece a lei e nossos costumes. Esta é minha casa e meu reino, peço que respeitem nossas leis.

Mesmo o rei Mesiac não concordando com a norma, sabia que na situação em que se encontrava não poderia fazer muito, pelo menos não sem abrir antigas feridas. Ladros e Maegor possuíam uma antiga história da qual o menino de Amabel sabia que Garen tinha esperança de um dia ser superada, mesmo que talvez acontecesse a passos curtos. Ladros não pensava da mesma forma.

Sabendo da derrota, despediu-se com uma reverência longa e exagerada, com certo tom de ironia. E assim, caminhou de volta à Ala Comercial, para ficar junto dos serviçais e guardas.

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