Daenor cavalgava Furacão em direção a Yhorn. A volta à cidade estava sendo silenciosa, apesar das trocas ocorrerem de forma pacífica para a tranquilidade do jovem rei e agora tendo em mãos as três filhas de Janna sãs e salvas. Pelo menos com isso eu pode cumprir a minha palavra. Contudo isso não fazia com que o ambiente ficasse mais leve, pelo contrário, parecia mais denso e pesado.
A dura realidade é que ele ainda tinha muitas dificuldades para enfrentar. Mesmo resgatando as filhas de Janna não sabia se podia confiar nas Rullys, afinal de contas tinha executado a mãe delas. Quando voltasse precisaria encarar Ladros, que com quase toda certeza estaria ressentido com Daenor por m****r prendê-lo. Os membros do Conselho estavam irados por ele ter aceitado um duelo tão questionável. Razar mostrou-se inflexível nesse sentido, logo após sair da tenda de Maegor o criticou com tom de ironia e temor nenhum. Ferris não acreditava no que estava acontecendo “um rei duelan
O que tem achado da história até agora? Comenta ai!
Daenor estava ofegante, fazia horas que repetia aquela dança ininterruptamente, parecia conhecer os passos de seu parceiro tão bem quanto os seus, viu ele dar um passo para trás diferente da última vez, quis avançar, mas sabia ser contra as regras, precisava esperar. O golpe veio voando cortando o ar como um pássaro veloz, precisou colocar seu pequeno escudo azul entre seu corpo e a lâmina para não se machucar. Apesar de ser uma espada de treino, poderia se machucar seriamente se o golpe o atingisse.O golpe seguinte veio pela direita, a espada foi suficiente para aparar o ataque desta vez. Viu uma brecha para atacar, mas conteve-se novamente. Gared o instruiu a não atacar, o objetivo era aprender se defender. Seu adversário estava empunhando duas cimitarras, assim como Sadrak, Daenor esperava que esse treino o capacita-se a vencer o Matador. Precisava vencer, não apenas sua vida, mas vida de su
Knoc Knoc. O que deve ser agora? pensou a garota Mesiac. Os últimos dias foram bem agitados, tiveram que viajar de Beliriel para a gêmea ocidental. Naina visitou Daenor, trouxe muitas notícias, havia um duelo por sua vida. O duelo… Já era amanhã a luta, como os últimos meses passaram rápido. Verdade fosse dita, a princesa tinha até que se acostumado com a vida entre os Sonnes. A filha mais nova de Maegor se tornou uma amiga e até a presença de Elrom começava a se tornar agradável. Lyliane olhou para sua mão e lembrou quem era seu inimigo. Ela carregaria aquela marca, aquele vazio para o resto da vida. Porém era uma lembrança que a acompanhava todos os dias, uma lembrança de quem ela devia destruir. — Pode entrar. Um dos guardas apareceu — Boa noite, senhora. Você está sendo convocada pelo Rei Maegor. — Maegor? — A última vez que ele tinha a chamado para conversar ainda estavam em Amabel. O que será que
Daenor olhou para espelho tentando enxergar através de si. Seus olhos cinzas pareciam mais cansados do que o comum, porém sua aparência não parecia diferente do ordinário, exceto a coroa de prata sob sua cabeça. Apesar disso, ele sabia que era um dia diferente, talvez o último dia de sua existência. O rei Mesiac chacoalhou a cabeça tentando afastar esse pensamento. Não podia abrir brechas, nem em pensamentos, não neste dia. Havia muito coisa em jogo, sua vida, a vida de sua irmã, o reino. Não vou falhar, não hoje.— Está pronto? — perguntou Gared entrando na barraca junto com Ladros.Dae olhou para sua espada no canto da tenda, lá estava Nevasca. Ela parecia calma e tranquila como sempre. Gostaria de estar assim, pensou. .O Mesiac mais novo virou para seu tio o encarando firmemente. Seus olhos cinzas, sérios e
Gritos de vitória e celebração ecoavam fora do palácio, comemoração que possuía toda razão em ser realizada. Conquistar a Gêmea do Leste concedia uma enorme vantagem estratégica para os Sonnes e seus vassalos, agora eles possuíam um caminho fácil até Razalom, poderiam até mesmo marchar para Idalon.Lyliane acompanhada de dois guardas caminhava lentamente em direção ao grande hall do pequeno palácio no qual um dia fora sediado por uma família menor de Razalon. Ela tinha lembranças de visitar este salão com seu pai quando era mais novo. Havia um grande banquete, música, todos sorriam e cantavam. Hoje, por outro lado, o ambiente parecia diferente. Cheirava a morte. E a manifestação física daquele sentimento era Maegor, e lá estava ele, sentado ao final do salão em um pequeno trono local.
— Você acha que ele vai acordar? — indagou Cliver curioso.— Não sei, depende do que ele trocou para ter acesso a aquele poder. — respondeu Sisur, o guarda que fazia a vigia junto com ele.— Como assim? - perguntou ainda mais curioso.— Você viu o que ele fez, certo? Ele usou magia e parou a chuva no meio do ar. Eu já ouvi histórias sobre feiticeiros e magos que para receber poder precisavam fazer um pacto com a Magia.Cliver remexeu-se tocando o cabo da sua espada — O que você acha que ele trocou por aquilo?— Sua vida? Dinheiro? Não há como saber — colocou a mão no queixo pensativo — Bom, pelo menos não enquanto ele estiver dormindo. Se algum dia ele voltar a acordar, talvez consigamos uma resposta.— Ele vai voltar, ele é o cavaleiro da noite. Precisa voltar.O outro guarda bu
Puxou o capuz escondendo o rosto enquanto descia as ruas de Idalon. Deu uma olhadela para Inular. A noite estava escura fazendo as chamas destacarem-se enquanto elas se alastravam pelas janelas. O sino ressoava incansavelmente, um recado para os soldados de Razalon ajudarem a conter o incêndio. Ladros não esperava que o fogo fosse se espalhar assim, mas foi necessário, se ficasse ali morreria. Por isso pendurou-se na janela do quarto e trepou-se na parede até outro dormitório, onde usou os caminhos secretos entre as paredes de pedra para locomover-se de maneira furtiva até fora do castelo. Daqui alguns minutos. Garganta. As palavras de Razar ressoavam em sua cabeça, ao passo que tentava passar despercebidos pelos perplexos cidadãos de Idalon que assistiam as chamas no castelo. A adaga estava fincada no peito de Gared e seu corpo não estava quente, ele já estava morto. Razar montou uma armadilha e eu caí perfeitamente...ele queria que eu fosse a
Vladimir se deliciou com um gole de água de fresca, o dia estava quente e árido. Como todos os outros pensou o misterioso conselheiro do rei. Fazia horas que estava cavalgando um dromedário, o animal era grande e de uma pelagem marrom escuro. O mestre de estábulo havia dito que o animal se chamava Poço, devido a sua cor. Vladimir obviamente considerava o ato de nomear um animal uma completa estupidez. A sua volta havia apenas areia e mais areia. Dunas se erguiam e estendiam-se por metros. Usava um lenço marrom para proteger do sol como era comum do povo do deserto. De fato, era uma trajetória difícil, o deserto de Ealendil ao extremo oeste de Amabel era um dos locais mais desagradáveis de se viver em Arqueham. Os dias eram quentes como o sol e as noites fria como o gelo. Vladimir vinha enfrentando essas condições nos últimos três dias. Contudo nada disso importava se realmente encontra
IntroduçãoÚltimo capítulo