Alexander
Layla e eu fomos até o melhor hospital da cidade, chegando lá fizemos alguns exames. Comigo estava tudo bem, mas com ela… me senti péssimo ao descobrir que a contagem dos óvulos dela estava baixa. É por isso que ela não conseguiu engravidar ainda. Tivemos que esperar alguns dias para ter esse resultado e agora estamos na sala da médica dela esperando um milagre em nossas vidas. Eu estava sentado ao lado de Layla na sala da médica, segurando sua mão e tentando manter a calma. A médica, Dra. Relles, entrou na sala com um sorriso amigável e começou a explicar os resultados dos exames de Layla. — Layla, como você sabe, você veio aqui para discutir a sua dificuldade em engravidar. — começou a médica. — Os exames mostraram que você tem uma ovulação baixa, o que pode estar dificultando a sua capacidade de engravidar. Layla olhou para mim com uma expressão de preocupação, e eu dei um aperto na sua mão para tentar confortá-la. — O que isso significa? — Perguntei à médica. — Isso significa que o corpo de Layla não está produzindo ovócitos suficientes para a fertilização. — explicou a médica. — Mas não se preocupe, há coisas que podemos fazer para ajudar. A médica começou a explicar as opções de tratamento, incluindo medicamentos para estimular a ovulação e técnicas de fertilização assistida. Layla e eu ouvimos atentamente, fazendo perguntas e tentando entender as opções. Eu podia ver a preocupação nos olhos de Layla, mas eu também podia ver a determinação. — Nós vamos fazer isso! — disse eu, olhando para Layla. — Nós vamos encontrar um jeito de fazer isso funcionar. A médica sorriu e assentiu. — Eu estou aqui para ajudar. Vamos trabalhar juntos para encontrar uma solução. — A médica fala olhando para Layla. Eu olhei para Layla e vi que ela estava sorrindo, um pouco mais confiante. Eu sabia que nós ainda tínhamos um longo caminho a percorrer, mas eu também sabia que nós estávamos juntos, e que juntos, nós podíamos superar qualquer obstáculo. Eu estava sentado ao lado de Layla, ouvindo atentamente enquanto a médica explicava o plano de tratamento. — Então, como eu disse anteriormente, a melhor opção para vocês é tentar medicamentos para estimular a ovulação. — disse a médica. — Isso pode ajudar a aumentar a produção de ovócitos e melhorar as chances de engravidar. Layla olhou para mim com uma expressão de esperança, e eu dei um sorriso encorajador. — Como vamos iniciar isso? — Perguntei à médica. — Bem, primeiro, Layla precisará começar a tomar um medicamento chamado Clomifeno. — explicou a médica. — Esse medicamento ajudará a estimular a ovulação e aumentar a produção de ovócitos. — Por quanto tempo ela precisará tomar o medicamento? — Normalmente, o tratamento dura cerca de 5 dias. Layla precisará tomar o medicamento todos os dias, às mesmas horas, durante esses 5 dias. — E depois disso? — Layla perguntou ansiosa. — Depois disso, você precisará fazer um exame de ultrassom para verificar se a ovulação está ocorrendo. — explicou a médica. — Se tudo estiver bem, nós podemos começar a tentar a fertilização natural. Layla e eu olhamos um para o outro, ambos pensando na mesma coisa. Estávamos ansiosos para começar o tratamento e ver se isso funcionaria. — Quando podemos começar? — Layla perguntou à médica. — Vocês podem começar já. Eu vou prescrever o medicamento e você pode começar a tomar hoje mesmo. Layla e eu sorrimos um para o outro, sentindo uma sensação de esperança e otimismo. Estávamos prontos para começar essa jornada juntos. Começamos o tratamento, eu não conseguia conter o desejo dentro de mim que ansiava por ver Layla grávida. Mas algo me preocupou, vi Layla tomar um comprimido a mais do que a doutora receitou. — Amor, por que fez isso? — Eu… só quero ter certeza que isso vai dar certo! Eu queria protestar, mas Layla praticamente me atacou depois disso e me levou à exaustão na cama. Ela não parou, os cinco dias foram de muito sexo, os dias seguintes também. No quinto dia fomos fazer o ultrassom e a médica disse que estava dando certo. Eu deveria ter contado que Layla estava tomando remédio a mais. Mas Layla estava feliz demais e eu não queria estragar esse momento. As oito semanas seguintes foram cruciais, tenho certeza que perdi peso com minha atual rotina na cama, mas estava feliz porque a minha esposa estava feliz. Quando fizemos o ultrassom eu quase desmaiei de felicidade. Layla não esperava apenas um fruto do nosso amor, eram dois. — Parabéns, Layla, estou feliz que seu sonho foi realizado. Tenho muitas pacientes que não conseguem de primeira e ficam arrasadas. — Doutora, quero que a minha esposa seja muito bem assistida nesse hospital. Que ela tenha tudo o que precisa para ter nossos bebês saudáveis. Quando chegamos em casa minha amada me puxou pela mão até o quarto que fica ao lado do nosso. Começou a planejar como queria o quarto dos bebês e eu só conseguia sorrir e beijar seu pescoço em um abraço afetuoso. A reforma no quarto ao lado do nosso começou, tudo em branco e dourado. Quando ela completou dezesseis semanas soubemos que nosso mundo era todo cor de rosa, Emma e Olivia, nossas princesinhas. Tudo estava indo bem até Layla completar sete meses e o primeiro susto nos levar para o hospital. — Layla, sua gestação estava normal até seu último pré-natal. Ainda não sabemos porque sua pressão está tão alta. Mas o que me preocupa no momento é o crescimento rápido das gêmeas. Os exames também encontraram uma anomalia nos seus rins, precisamos fazer mais exames. — Doutora, eu só quero que minhas filhas venham a esse mundo bem. Voltamos para casa, Layla me fez ir até o quarto das gêmeas e assisti-la gravar mais um de seus vídeos. Ela está fazendo um diário da gestação, tem mais de cinquenta vídeos salvos no notebook dela. — Eu não vou fazer isso, Layla. — Alexander, eu estou te pedindo para salvar a vida das nossas filhas se caso necessário. — Você está me pedindo para deixar você partir para sempre das nossas vidas. — É a primeira vez que altero a voz com ela. Me sinto péssimo. — Se você tiver que escolher entre mim e nossas filhas, escolha elas. Se você me escolher pode ter certeza que eu vou acompanhá-las logo em seguida. Porque eu não vou suportar continuar vivendo sem elas aqui comigo. — Mas eu terei que viver sem você? O silêncio se faz e nós nos encaramos por um longo tempo.SofiaEstou completando vinte e cinco anos, não me sinto bem e pergunto para a senhora Norman se posso sair mais cedo. No momento estou cuidando apenas do Ethan já que os outros estão na escola.Ethan já está com pouco mais de quatro anos, seu aniversário é em poucos meses. É um menino doce e tranquilo. O marido da senhora Norman saiu do hospital há um ano, ele ficou com sequelas do acidente e hoje usa uma cadeira de rodas.— Sofia, pode deixar ele aqui na loja comigo. Vou buscar os outros na escola em uma hora e depois vou pra casa.— Obrigada, senhora Norman, eu vou passar no hospital e fazer uns exames.Faço o que eu disse, fico na sala de espera até que escuto meu nome depois de duas horas. O médico sentado do outro lado da mesa parece ter sessenta anos. Ele me lança um sorriso amarelo transmitindo cansaço.— Senhora Martinez, fico feliz em dizer que o que a senhora está sentindo é completamente normal na sua condição.— Doutor, não é normal sentir o estômago desse jeito. Quero um
Alexander Os dias seguintes foram como viver no inferno. Layla começou a piorar, sentia dores inexplicáveis e a médica só sabia passar mais exames para ela. Sua barriga aumentou de tamanho de uma hora para outra, eu não sabia o que fazer e ficava assistindo o amor da minha vida sofrer demais. Minha mente traiçoeira começou a me culpar.Eu já não viajo mais, estou em casa para cuidar de Layla. Enquanto eu estava em uma ligação de trabalho, uma funcionária me avisa que Layla perdeu os sentidos após se queixar de uma dor intensa próximo a lombar. Levei ela para o hospital o mais rápido que eu pude.Eu estava sentado ao lado da cama de Layla, segurando sua mão e olhando para ela com preocupação enquanto a mesma estava num sono induzido. A médica entrou no quarto e se aproximou de nós.— Alexander, precisamos falar sobre a saúde de Layla. A gravidez está afetando sua saúde de forma grave. Seus rins estão funcionando mal e seu coração está trabalhando demais.— O que isso significa? — Per
SofiaEssa dor eu não desejo a ninguém, depois que encontramos nosso pequeno milagre no berço Tobias não falou mais nenhuma palavra. Ele apenas segura firme a manta azul, seu primeiro presente para Caleb, firmemente entre as mãos e olha para o chão.Eu estava sentada na sala de espera do hospital com Tobias em silêncio ao meu lado, esperando pelo médico que iria nos dar a notícia sobre a causa da morte do meu bebê. Meu coração estava pesado, e eu sentia uma dor profunda no meu peito. Tobias parecia estar num estado de choque, catatônico.O médico entrou na sala de espera e se aproximou de nós. Ele tinha um olhar sério e compreensivo.— Sofia, sinto muito pelo que aconteceu com o seu bebê. — o médico fala e eu sinto uma pancada me atingir me lembrando do vazio em meus braços — Nós fizemos todos os exames necessários para determinar a causa da morte, e infelizmente, descobrimos que ele tinha uma doença cardíaca.— Uma doença cardíaca? — repeti um pouco atordoada. — Como isso foi possív
AlexanderOlho para Emma e Olivia, não consigo evitar o pensamento de que a morte de Layla é culpa nossa. Nós três somos responsáveis pelo amor da minha vida não está mais respirando.Por que elas tinham que ser tão parecidas com a mãe delas? Vai me lembrar todos os dias que eu tive amor e perdi. Logo escuto as vozes lá fora, minha mãe, meu pai, minha sogra, meu sogro, minha irmã e meu cunhado, todos estão do lado de fora do quarto.Meia hora atrás eu estava lá fora falando com a médica. Estava indignado com o fato deles não terem explorado mais opções para salvar a minha esposa. E agora estou aqui com a família lá fora prestes a entrar e me perguntar o que aconteceu.— Alexander? — minha sogra veio até mim e começou a socar meu tórax — Onde está a Layla? Cadê a minha filha?— Você está ficando louca? — minha mãe empurra Louise e fica entre nós dois — Não bate no meu filho, ele não tem culpa de nada.Minha mãe, me defendendo? Isso para mim é novidade. Ela não faz isso, nunca fez. Ela
SofiaAs coisas em casa não vão ser as mesmas, sei disso. Eu não imaginava como era perder alguém que se ama, tenho toda a minha família viva e saudável.Tobias entrou em casa e ficou um tempo parado olhando para a porta do quarto do nosso filho. Pensei que ele não iria sair dali até que ele se vira para mim e confessa:— Não dá, vou ficar uns dias na casa da minha mãe… se precisar de alguma coisa pode ligar.— Tobias, não faça isso comigo. Eu também estou sofrendo, mas sei que temos que…— Continuar? Seguir em frente? — ele passa as mãos no rosto — Ouvir isso agora não ajuda, Sofia.Tobias entra no nosso quarto e eu o sigo. Vejo ele arrumar uma mochila com poucas roupas e a esperança de que seja apenas poucos dias cresce em mim.Dói ver que vou passar por isso sozinha. Eu não sei o que dizer para o meu marido pra fazê-lo entender que isso não é justo, que ele está sendo egoísta… mas como dizer a alguém que está de luto que sua atitude está errada?Tobias vai para a casa da mãe dele s
AlexanderNão acredito que a Isa me convenceu a colocar uma estranha dentro da minha casa para cuidar das minhas filhas. E o pior de tudo: eu terei que entrevistá-la porque minha irmã acabou de me avisar que não está se sentindo bem.Termino minha reunião e vou para a sala receber a tal Sofia Rodriguez. Quando piso na sala e a vejo de costas meu coração acelera. Ela está usando um vestido preto de alças finas, seu cabelo preto cai em ondas até o meio das costas.— Sofia Rodriguez? — Ela se vira para mim e meu coração para de vez, parece que eu esqueci como se respira e meu corpo reage ao dela de um jeito que não deveria.Os olhos dela, seus lábios tentadores, seus seios visivelmente macios. Por que ela tinha que usar um decote? Minha boca começa a salivar. Droga, Alexander, tinha que se sentir atraído pela babá?— S-sim? — A voz dela me deixa ainda mais excitado, que merda, carência sexual agora não.— Me siga até o meu escritório, por favor!Caminhamos em silêncio, eu tento controlar
SofiaEstou feliz por conseguir o emprego, mas o que foi aquilo com o senhor Thompson? Sofia, é só carência, seu marido não te toca há meses. Você só precisa seduzir seu marido que tudo vai ficar bem.Quando chego em casa pego uma cena que dói na minha alma, Tobias está completamente embriagado caído no chão da sala. Olho para o senhor Willes e falo:— Diga para o senhor Thompson que irei assim que amanhecer, ainda preciso devolver os dinheiro da passagem que depositaram para mim já que vou passar a maior parte do tempo na mansão.— Senhora Martinez, o senhor Thompson gosta que suas ordens sejam cumpridas. Mas a julgar pelo estado do seu marido, vou passar para ele.— Obrigada.Assim que o motorista sai tento colocar Tobias de pé, arrasto ele até o banheiro do nosso quarto, fico de calcinha e sutiã e tiro toda a roupa dele. Coloco o chuveiro no frio e ligo.Com muita força de vontade consigo colocar ele embaixo do chuveiro que geme. Levanto a cabeça dele para que a água bata em seu ro
Alexander É estranho dizer que encontrei o amor aos quarenta anos? Minha história de amor poderia ser um filme da Disney, um verdadeiro conto de fadas. Ela era camareira em um dos meus hotéis e eu dei muito trabalho para ela depois de beber demais em uma noite solitária.— Eu não sou feliz… — Minha voz sai arrastada e apática por causa da bebida.— Desculpe, senhor, só vim até o seu quarto porque me pediram para trocar a roupa de cama. — Ela fala gentilmente.— Não vai embora… — passo as duas mãos no meu rosto e volto a olhar para a mulher mais linda que eu já vi — Qual é o seu nome?— Me chamo Layla… Layla Simpson!— Sabe quem eu sou Layla? — me levanto da cama e caminho cambaleando até ela — Sou Alexander Thompson, dono do grupo THG.— Todos aqui sabem quem o senhor é, senhor Thompson.Eu acabei beijando a Layla. Ela poderia me bater, chamar a polícia ou até fazer um escândalo, mas não fez nada disso. Ela apenas me ajudou a voltar para a cama e sussurrou pensando que eu iria esquec