AlexanderAinda não acredito que minha mãe finalmente chegou perto de Sofia, perto o suficiente para humilhá-la e magoá-la. Eu estou péssimo, minha mãe fez a mulher que eu amo chorar e o pior sentir uma dor desumana por causa de suas palavras cruéis. Eu ainda vou perguntar para os seguranças porque não fui avisado que a minha mãe estava chegando, eu teria tempo de fazer a Sofia ir para outro cômodo da casa e ficaria aqui com as gêmeas. Minha mãe com certeza não passaria da sala.Pensar que eu poderia ter evitado a situação que acabou de acontecer só faz eu me sentir pior. Mas Sofia se levanta do chão e segura nas mãos das meninas, ela volta a brincar com elas depois do abraço que recebeu de nós. Preciso tirá-las dessa mansão por uns dias, vou ligar para o Nicácio. Vou para o meu escritório e início a ligação, Nicácio atende no segundo toque.— “Nicácio, preciso que separe uma suíte no andar da sua para mim, quero que no segundo quarto tenha um berço grande para as gêmeas.” — Peço assi
Nicácio O beijo parece um sonho, vejo tudo em câmera lenta sempre que nossos lábios se afastam por poucos segundos em busca de ar. O ambiente que até então era frio por causa do ar condicionado e por eu estar usando apenas uma bermuda se torna intensamente quente quando Charlotte me toca com mais afinco com as suas mãos. Sinto os dedos dela deslizarem pelo meu abdômen e trilhar um caminho pela minha costela até minhas costas.Eu não resisto e minhas mãos também começam a explorar seu corpo com curvas que me fariam causar um acidente de propósito. Ela arfou quando apertei sua cintura. O sabor do vinho em nossas línguas só torna tudo mais difícil de parar, é viciante. Mas como tudo que é bom dura pouco fui sentindo Charlotte amolecer em meus braços e do nada ela simplesmente fecha os olhos e seu corpo tomba de vez em meus braços.— Charlotte? Ei, Charlotte? Está tudo bem? — é quando percebi que ela está dormindo — Eu não acredito que você dormiu enquanto eu te beijava! Charlotte? Eu es
SofiaEu não queria que as palavras que a mãe do Alex falou me atingissem tanto, porém sou ser humano, tenho um coração que bate forte dentro de mim, tenho emoções e sentimentos, sou frágil como qualquer outro ser humano e sim ela me machucou bastante. Todavia não vou mostrar por fora como eu estou por dentro, não darei o gostinho para ela pensar que conseguiu me derrubar, pelo contrário, vou permitir que o Alex me cure.Depois que eu coloquei as meninas no berço para separar as roupinhas delas para o banho, Alex entra no quarto e me diz para preparar duas malas para elas e uma mala para mim. Eu fiquei curiosa e acabei perguntando se iríamos viajar até que ele me falou que vamos passar umas semanas em um dos hotéis dele. E não é qualquer hotel, é no hotel que a minha prima está trabalhando e eu queria mesmo conversar um pouco com ela.Eu fiquei surpresa quando o Alex me contou que dormiremos no mesmo quarto, não que isso seja um problema, passamos a noite passada juntos, foi perfeita.
Alexander É estranho dizer que encontrei o amor aos quarenta anos? Minha história de amor poderia ser um filme da Disney, um verdadeiro conto de fadas. Ela era camareira em um dos meus hotéis e eu dei muito trabalho para ela depois de beber demais em uma noite solitária. — Eu não sou feliz… — Minha voz sai arrastada e apática por causa da bebida. — Desculpe, senhor, só vim até o seu quarto porque me pediram para trocar a roupa de cama. — Ela fala gentilmente. — Não vai embora… — passo as duas mãos no meu rosto e volto a olhar para a mulher mais linda que eu já vi — Qual é o seu nome? — Me chamo Layla… Layla Simpson! — Sabe quem eu sou Layla? — me levanto da cama e caminho cambaleando até ela — Sou Alexander Thompson, dono do grupo THG. — Todos aqui sabem quem o senhor é, senhor Thompson. Eu acabei beijando a Layla. Ela poderia me bater, chamar a polícia ou até fazer um escândalo, mas não fez nada disso. Ela apenas me ajudou a voltar para a cama e sussurrou pensando que eu iria
SofiaUma família unida e amorosa é a base da felicidade. Tenho uma mãe maravilhosa, um padrasto que me criou desde os dez dias de vida e meu irmão, Antunes. Eu trabalho desde os dezessete anos numa floricultura há vinte minutos da casa da minha mãe.No meu aniversário de vinte anos recebi um buquê de flores de um cliente, Tobias Martinez. Ele é gerente da loja de material esportivo que fica de frente para a floricultura.— Não precisava… — Sinto meu rosto esquentar quando ele segura a minha mão livre e diz:— Quero te dar mais do que isso, aceita ir ao cinema comigo?Tobias era o homem dos sonhos, alto, atlético, cheiroso, gentil, cabelos acobreados e olhos castanhos claros. O sorriso dele aquecia meu coração. Eu sempre via ele chegar enquanto abria a floricultura para a senhora Norman. Fiquei com essa função depois que ela descobriu sua terceira gestação aos quarenta anos.Suas manhãs não eram as melhores por causa dos enjôos matinais, então ela só vinha para a floricultura perto d
Alexander Layla e eu fomos até o melhor hospital da cidade, chegando lá fizemos alguns exames. Comigo estava tudo bem, mas com ela… me senti péssimo ao descobrir que a contagem dos óvulos dela estava baixa. É por isso que ela não conseguiu engravidar ainda.Tivemos que esperar alguns dias para ter esse resultado e agora estamos na sala da médica dela esperando um milagre em nossas vidas.Eu estava sentado ao lado de Layla na sala da médica, segurando sua mão e tentando manter a calma. A médica, Dra. Relles, entrou na sala com um sorriso amigável e começou a explicar os resultados dos exames de Layla.— Layla, como você sabe, você veio aqui para discutir a sua dificuldade em engravidar. — começou a médica. — Os exames mostraram que você tem uma ovulação baixa, o que pode estar dificultando a sua capacidade de engravidar.Layla olhou para mim com uma expressão de preocupação, e eu dei um aperto na sua mão para tentar confortá-la.— O que isso significa? — Perguntei à médica.— Isso sig
SofiaEstou completando vinte e cinco anos, não me sinto bem e pergunto para a senhora Norman se posso sair mais cedo. No momento estou cuidando apenas do Ethan já que os outros estão na escola.Ethan já está com pouco mais de quatro anos, seu aniversário é em poucos meses. É um menino doce e tranquilo. O marido da senhora Norman saiu do hospital há um ano, ele ficou com sequelas do acidente e hoje usa uma cadeira de rodas.— Sofia, pode deixar ele aqui na loja comigo. Vou buscar os outros na escola em uma hora e depois vou pra casa.— Obrigada, senhora Norman, eu vou passar no hospital e fazer uns exames.Faço o que eu disse, fico na sala de espera até que escuto meu nome depois de duas horas. O médico sentado do outro lado da mesa parece ter sessenta anos. Ele me lança um sorriso amarelo transmitindo cansaço.— Senhora Martinez, fico feliz em dizer que o que a senhora está sentindo é completamente normal na sua condição.— Doutor, não é normal sentir o estômago desse jeito. Quero um
Alexander Os dias seguintes foram como viver no inferno. Layla começou a piorar, sentia dores inexplicáveis e a médica só sabia passar mais exames para ela. Sua barriga aumentou de tamanho de uma hora para outra, eu não sabia o que fazer e ficava assistindo o amor da minha vida sofrer demais. Minha mente traiçoeira começou a me culpar.Eu já não viajo mais, estou em casa para cuidar de Layla. Enquanto eu estava em uma ligação de trabalho, uma funcionária me avisa que Layla perdeu os sentidos após se queixar de uma dor intensa próximo a lombar. Levei ela para o hospital o mais rápido que eu pude.Eu estava sentado ao lado da cama de Layla, segurando sua mão e olhando para ela com preocupação enquanto a mesma estava num sono induzido. A médica entrou no quarto e se aproximou de nós.— Alexander, precisamos falar sobre a saúde de Layla. A gravidez está afetando sua saúde de forma grave. Seus rins estão funcionando mal e seu coração está trabalhando demais.— O que isso significa? — Per