Alexander Estou sentado na minha sala com uma certa ansiedade, não sei de onde saiu isso. Vou para a quarta dose do meu uísque favorito quando meu motorista entra… sozinho.— Onde está a senhora Rodriguez? — Pergunto ao me inclinar para frente.— Senhor Thompson, o marido dela estava desmaiado na sala quando chegamos lá, ela disse que virá cedo amanhã!— Essa mulher precisa saber que gosto que cumpram minhas ordens. Pode ir, não vou precisar de você por hoje.Continuo na sala, bebendo, não quero ir para o quarto agora. Na minha mente passa uma novela da minha vida perfeita que não tenho mais. Quando a garrafa não tinha mais nada para me oferecer, a porta da frente se abre e Sofia entra.A princípio a vi assustada, até que me aproximei e a vi de um jeito que não estava quando saiu daqui mais cedo. Ao descobrir a razão para ela estar com marcas roxas e o lábio cortado me deixou furioso.Ela é tão pequena, frágil, como o homem que deveria amá-la e respeitá-la faz essa atrocidade com ela
SofiaAs gêmeas são lindas, acordam sorridentes. Fico curiosa quando vejo que na roupinha de cada uma tem bordado seu nome e uma linda pulseira de ouro com seus nomes nelas. Olho para Isadora que está sentada e pergunto:— Como sabem quem é quem? Sei que tem pulseiras e as roupas com os nomes bordados, mas no momento do nascimento quem nasceu primeiro?— Emma foi a primeira a nascer, diferença de cinco minutos para Olivia. Layla planejou tudo desde o início para que ninguém as confundisse.— Você manteve alguma rotina com elas? Quer que eu as siga?— Faça do seu jeito, a única coisa que não conseguiremos mudar são as horas das mamadeiras, elas são dois reloginhos.— Ok… Olívia está mais agitada, vou cuidar dela primeiro. Pode ficar de olho na Emma?— Claro que sim, daqui a pouco alguém vai subir com as mamadeiras.Pego Olivia e vou para o banheiro com ela, o banheiro é todo equipado para cuidar das bebês. Coloco Olívia deitada em cima da mesa que está forrada com um colchonete fino e
AlexanderEu me sento em minha cadeira, olhando pela janela do meu escritório em Nova York, e sinto um orgulho imenso ao pensar na empresa que eu fundei há 15 anos. A Thompson Hospitality Group, ou THG, é uma líder no setor de hospitalidade, com uma presença global em mais de 20 países.Eu me lembro dos dias em que tudo começou, quando eu tinha uma visão de criar uma empresa que oferecesse experiências únicas e personalizadas para os hóspedes. Hoje, a THG opera uma variedade de hotéis de luxo, resorts e propriedades de vacância, incluindo as nossas marcas: Grand Thompson Hotels, Thompson Resorts, Thompson Villas e Thompson Boutique Hotels.Nossa equipe de mais de 8.000 funcionários em todo o mundo trabalha arduamente para garantir que cada hóspede tenha uma experiência inesquecível. Além disso, estamos comprometidos com a sustentabilidade e a inovação, sempre buscando maneiras de melhorar nossos serviços e reduzir nosso impacto ambiental.Eu sinto que a THG é mais do que apenas uma em
SofiaDois dias… fazem dois dias que estou aqui na mansão. Isadora já foi embora com o seu marido e agora estou sozinha com as gêmeas. Pensei que não daria conta por serem duas crianças, mas elas são tão boazinhas.Não choram, são sorridentes e sempre reagem às histórias que conto para elas como se pudessem entender cada palavra minha.Uma coisa que achei estranho, a última vez que vi o senhor Thompson foi na madrugada que cheguei aqui. Parece até que ele não existe ou não mora aqui. Observei também que ele não vem ver as filhas.Mas Isadora me contou que ele vive com o tablet que está conectado a babá eletrônica nas mãos olhando elas. Isso quer dizer que ele também vê como cuido delas e acho que isso é bom. Sinto meu celular vibrar e quando leio a mensagem meus olhos se arregalam.— “Sofia, vem pra casa hoje mesmo! Por sua causa fiquei desacordado na porra de um hospital por dois dias. Fui espancado por algum desgraçado a mando seu só porque peguei um pouco mais pesado na cama com vo
Alexander Depois de chegar em casa me esgueirando pelos corredores para que ninguém me visse do jeito que eu estava, bêbado e desarrumado, entrei no meu quarto. Depois que sai da delegacia eu só pensava em voltar e me entregar, mas ao invés disso fui para o bar.Briguei com o Larry porque não me deixou beber mais. Em casa, me joguei na cama do jeito que estava e fiquei naquela posição por meia hora até que levantei e tomei um banho.Apenas enrolei a toalha na minha cintura e peguei o tablet, precisava ver minhas filhas. Mas a cena que eu vi me fez chorar, vi Sofia praticamente sendo uma mãe para as gêmeas e minha mente alcoolizada trocou Sofia por Layla.Me sentei na cama, com uma das mãos na boca tentando cobrir um soluço de choro enquanto a imagem transmitida no tablet não era real, aquela não era a Layla, mas eu queria que fosse.Deitei, apoiei o tablet no travesseiro e fiquei olhando até adormecer. Quando despertei a noite já estava atenta lá fora, olhei para o tablet e vi Sofia
Sofia Não acredito que adormeci no quarto das gêmeas. Eu deveria ter ido para o meu quarto e acabei dormindo aqui. Só que tem algo estranho, tenho certeza que não me cobri ontem a noite… será que foi o senhor Jenkins?Meus pensamentos se perdem quando escuto a gargalhada da Olivia, e acabo de perceber que estou conseguindo distinguir quem é quem por pequenos sons.— Sua danadinha, vai acordar a sua irmã. Vamos tomar banho?Ela sorri e mexe as mãozinhas e as pernas na minha direção. Assim que termino de cuidar da Olivia a Emma desperta. Desci para o café da manhã com elas e hoje decidi dar uma maçã raspadinha para elas.O café da manhã foi estranho, foi a primeira vez que o senhor Thompson tomou café comigo e as filhas à mesa. Pelo que entendi foi insistência da Isadora. Depois do bom dia o silêncio reinou do lado dele e foi trabalhar sem olhar para nós.Eu estava cuidando das gêmeas, Olivia e Emma, como sempre fazia. Olivia estava dormindo tranquilamente após a mamadeira, mas quando
Alexander Eu estava no escritório revisando umas pautas importantes para uma reunião pra falar sobre um resort que está passando por uma baixa de hóspedes numa temporada importante.Me distraí ao ponto de ficar por uma hora sem olhar para o tablet e quando olhei não vi Sofia e muito menos as gêmeas. Liguei para casa e um funcionário me disse que não sabia onde elas estavam e quando eu iria ligar para a Sofia a mesma me ligou.No momento em que ela disse que Emma não estava bem meu coração afundou no meu peito e um insuportável medo de perder minha filha me tomou. Sai correndo e dirigi feito um louco até chegar no hospital.Não gostei do fato da pediatra afastar a Sofia sendo que ela era a responsável pela minha filha na minha ausência e fiz questão de deixar claro para a pediatra caso isso aconteça uma última vez.Cortou meu coração em mil pedaços ao ver minha bebê ser espetada daquele jeito para receber o tratamento certo para melhorar, mas Sofia me confortou. Nesse momento Layla ve
SofiaEstou exausta, mas feliz pela melhora rápida da Emma. Me senti tão impotente assistindo ela dormir do jeito que estava, tive muito medo por ela. Mas agora está tudo bem, ela está fora de perigo.Dois meses que estou aqui e a cada dia passado me liguei mais as gêmeas que estão maiores e quase andando. Fiquei impressionada com a força de vontade delas para isso, estão sempre ficando de pé e se segurando nas coisas.Já paguei a senhora Norman, mas ainda não fui para casa depois do que aconteceu entre mim e Tobias. Só que preciso ir para casa nesse final de semana, preciso conversar com ele sobre o divórcio.— Senhor Thompson, tem certeza que não quer ligar para a agência e pedir uma babá para cobrir minhas folgas? — Pergunto preocupada com o tempo que ficarei fora.— Você precisa mesmo ir? — Ele pergunta ao invés de responder a minha pergunta.— Tenho um assunto importante para resolver com o meu marido! Pelas últimas mensagens que recebi dele parece mais propenso a conversar… prec