12 - Luto

Os dias na mansão de Dimitri seguiam como um ciclo de desafios sutis e emoções contidas. A relação entre mim e as crianças era um território em constante mudança, cheio de descobertas, mas também de tensões. Mia, Sophie e Noah eram tão diferentes entre si que lidar com cada um deles parecia exigir uma nova versão minha a cada momento.

Mia, a mais velha, continuava a ser a mais difícil de decifrar. Havia uma maturidade precoce nela que me deixava inquieta. Não era apenas a maneira como ela falava ou se portava, mas o que ficava escondido atrás de seus olhos observadores. Quando ela falava, suas palavras eram medidas, como se estivesse sempre testando meus limites.

Uma tarde, enquanto eu organizava alguns papéis na biblioteca, Mia entrou sem fazer barulho. Ela se sentou em uma das poltronas, com um livro nas mãos, mas eu sabia que ela não estava ali para ler.

“Você gosta de estar aqui?” ela perguntou de repente, sem desviar os olhos das páginas.

A pergunta era inesperada. Olhei pa
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