Epílogo de natalO Natal é uma época doce e festiva, por isso suas receitas são feitas para criar memórias.Quem não tem uma receita especial, que não pode faltar no seu Natal?O pavê da tia...A rabanada do vovô...A farofa que só a mamãe faz...Todas essas e muitas outras são as receitas que descrevem a felicidade na época natalina, mas a mais importante leva um pouco de sorrisos, uma pitada de generosidade e muito amor e união.Esse é o especial de Natal da Família Diniz..Dia 24 de Dezembro..— Sério? Duas mulheres bem sucedidas e ricas passando a tarde na cozinha, as minhas costas já está dolorida! — Estela falou enquanto montava o pavê em uma travessa de vidro.Gabriela mexia a panela, ela estava fazendo um molho de abacaxi para o tender, a receita poderia ser preparada fria, mas ela sempre aquecia e colocava alguns temperos a mais, dava o seu toque especial a cada receita.— A Fabi vem para o Natal? — Estela perguntou.— Não sei, ela não deu certeza, disse que talvez passe na
Lutar sozinho é difícil, mas com talento e uma pitada de esforço, tudo é possível. Gabriela pensava assim, depois de todas as adversidades, pensava que seu esforço um dia seria recompensado e sua paixão pela cozinha faria dela alguém feliz!— Magnífico!— Para! Você fala isso porque é meu irmão, devem servir molhos excelentes no refeitório da sua empresa. — Disse Gabriela.— Que nada mana, é cada coisa insossa que servem naquele lugar. — Respondeu Gustavo. — Bom, agora eu tenho que ir! Se meu chefe chegar antes de mim estou frito.Ele deu um beijo no rosto da irmã e saiu. Passou como um furacão na sala, esqueceu que tinha algumas obras que levou para revisar, as deixou no sofá.Gabriela se arrumou e pretendia ir para a faculdade, olhou a sala e viu o amontoado de papéis em cima do sofá.— Ai Gustavo, de novo? — Ela reclamou sozinha.Ela pegou os papéis e colocou no carro. Chegou no enorme prédio no centro da cidade em minutos, estacionou quase na porta.— Moça não pod
No caminho Gabriela parecia distraída, fazia o trajeto em silêncio, estava lembrando do beijo no elevador. — Gabi, está tudo bem? — Perguntou Gustavo. — É que você está quieta, parece perdida em seus pensamentos... — Ah, não é nada, só... — Só o que? — Eu não estava sozinha naquele elevador. — Você ficou presa com outra pessoa? Homem ou mulher? — Um homem e ele me beijou. — Peraí, você ficou presa no elevador com um homem e o beijou? Você já conhecia ele? — Na verdade não sei nem seu nome, e estava escuro, não consigo dizer exatamente quem era. — Nossa mana, você é louca, se o cara tentasse fazer algo com você? — Eu não pedi para ficar presa com ele. — Tá, vou descobrir quem é... — Valeu! — Você gostou do beijo? Gabriela sorriu e não respondeu, mas a cara dela já dizia que sim, o jeito forte que ele a segurou a fazia sentir um leve arrepio só de lembrar. No outro dia Gabriela deixou o irmão no trabalho e seguiu para faculdade. — Bom dia senhor Diniz! — Bom dia Gustav
Fábio subiu as escadas e foi direto tomar um banho, encontrou a filha no corredor que estava descendo para jantar. — Boa noite papai, chegou na hora certa, a Gabi estava fazenda o jantar. Na cozinha Gabriela já havia deixado a mesa posta. — Fabi tenho que ir, ainda tenho que fazer algumas coisas para a faculdade, peça desculpas ao seu pai por não esperar ele descer. Ela estava indo até a porta e falou de longe: — Fabi, me manda a receita que quer, para amanhã eu trazer tudo que for necessário. Fábio estava descendo as escadas, pensou ter reconhecido aquela voz, apressou o passo, mas ela já estava dentro do carro passando pelo portão. Ele voltou e foi até a cozinha, encontrou uma mesa cuidadosamente posta e uma refeição fresca. — A sua tutora acabou de sair, certo? — Sim, ela precisava fazer algumas coisas da faculdade, não tinha como ficar. Ele ficou cismado, era a mesma voz da moça petulante, mas seria muita coincidência. Na semana seguinte haveria uma pequena recepção para
Gabriela se trancou no quarto, ficava pensando no quanto era corajosa. Mandou uma mensagem para o irmão, avisando que já estava em casa. Não demorou muito e ele chegou. — Gabi, você ficou louca? Saiu com um desconhecido e me deixou lá. — Gu, não foi bem assim, encontrei o Otávio lá, ele trabalha como associado na sua empresa, me desesperei e corri dali. O mesmo homem que ficou preso comigo no elevador outro dia me trouxe pra casa, não era um total desconhecido. Gustavo suspirou, sabia o que a presença de Otávio significava. — Cuidado Gabriela, foi essa sua boa fé que te colocou em maus lençóis. Gabriela se sentia ofendida com o comentário, expulsou o irmão do quarto e foi dormir. Passou o fim de semana tranquila, cuidou da casa, da pequena horta que tem na entrada e estudou. Uma nova semana se inicia e muita coisa tinha que ser resolvida. — Bom dia senhor Diniz. — Bom dia Gustavo. Esse era o máximo de contato que eles tinham... Gustavo seguia sempre a mesma rotina, o chefe n
— Sabe que se não te encontrar novamente será um beijo de despedida. — Disse ele sorrindo. — Eu devo ser louca... Ela o beijou rapidamente. — Só isso? — Fábio reclamou. — Claro... Agora tire seu carro daí, estou realmente sem tempo hoje. Ele beijou o rosto dela e passou o nariz em seu pescoço. — Me diz pelo menos o nome do seu perfume. — Se nos encontrarmos novamente, te conto, mas esse sim um segredo antigo meu. — Gabriela disse e piscou para ele. Fábio tirou o carro e deixou Gabriela sair, tinha certeza que a encontraria novamente. Ele subiu ao escritório. — Bom dia senhor Diniz. — Bom dia Gustavo. Gustavo pegou o café e levou ao chefe. — Gustavo, que empresa passou por aqui hoje? — Nenhuma senhor. — Mas alguém veio fazer uma entrega, certo? — Não senhor, não tem nenhuma encomenda. Fábio riu, ele pensava que a moça era entregadora de alguma empresa, mas acaba de descobrir o engano. — Tá, Gustavo, marque uma reunião com o senhor Otávio Martins pra hoje ainda. — Senho
O coração de Gabriela falhou uma batida, ele não precisava fazer apresentações, sabia bem de quem era aquela voz, ela não se virou, não encontrava forças pra isso. Pensava que poderia estar sonhando ou o destino estava lhe pregando uma peça.Ele se aproximou sem fazer muito barulho. Colocou a mão na cintura dela e falou perto de seu ouvido.— Quem diria que nos encontraríamos aqui, na minha casa.Nessa hora Gabriela se virou, ficou de frente com Fábio, ele estava realmente perto, fez o mesmo do elevador, colocou as mãos uma de cada lado a impedindo de fugir, aproximou o nariz de seu pescoço e sentiu seu perfume.— Agora não tem como fugir... — Fábio falou no meio de um suspiro.Gabriela fechou os olhos e ele deu um passo para trás. Ela ficou sem entender o que aconteceu ali. Fabíola apareceu na porta.— O jantar estar pronto? Boa noite papai, agora já conhece a Gabi. Gabriela colocou a mesa para duas pessoas, enquanto Fabíola tagarelava a sobre o colégio, os olhos de Fábio
No dia seguinte Fábio desceu e encontrou a filha tomando café com uma mesa farta, uma variedade de alimentos frescos tinham sido feitos, claro por Gabriela, até mesmo panquecas ela preparou a pedido de Fabíola, a menina viu o prato apenas na televisão e queria experimentar. Estava descobrindo o carinho de uma mãe em sua babá.— Bom dia, meninas!— Bom dia senhor Diniz.— Bom dia mano.Fábio sentou-se ao lado da filha e Gabriela colocou uma xícara de café para ele.— Assim ficarei mal acostumado, acordar e encontrar uma mesa dessa, comida caseira toda noite... Isso é bom demais pra ser verdade.— Isso foi só hoje, a Fabi sabe que o café só poderei fazer nos dias que passar a noite aqui, já o almoço dela e o jantar eu consigo deixar pronto.— Claro... Fabi pegue suas coisas já vamos sair e Gabriela eu te deixo na universidade, sei que aqui é mais longe que sua casa de lá.Fabíola subiu e Fábio aproveitou para puxar Gabriela para um beijo, ela não o repeliu, gostava dos beijos ousa