— Sabe que se não te encontrar novamente será um beijo de despedida. — Disse ele sorrindo.
— Eu devo ser louca...Ela o beijou rapidamente. — Só isso? — Fábio reclamou.— Claro... Agora tire seu carro daí, estou realmente sem tempo hoje.Ele beijou o rosto dela e passou o nariz em seu pescoço. — Me diz pelo menos o nome do seu perfume.— Se nos encontrarmos novamente, te conto, mas esse sim um segredo antigo meu. — Gabriela disse e piscou para ele.Fábio tirou o carro e deixou Gabriela sair, tinha certeza que a encontraria novamente.Ele subiu ao escritório.— Bom dia senhor Diniz.— Bom dia Gustavo.Gustavo pegou o café e levou ao chefe.— Gustavo, que empresa passou por aqui hoje?— Nenhuma senhor.— Mas alguém veio fazer uma entrega, certo?— Não senhor, não tem nenhuma encomenda.Fábio riu, ele pensava que a moça era entregadora de alguma empresa, mas acaba de descobrir o engano.— Tá, Gustavo, marque uma reunião com o senhor Otávio Martins pra hoje ainda.— Senhor Diniz, ele virá aqui?— Isso depende de como você agendar, mas sim prefiro que seja aqui.— Posso me ausentar quando ele chegar?— Claro que não, você sempre me acompanha, vou precisar de você.— Prometo que arrumo alguém para acompanhar a reunião.Fábio percebeu que o desconforto de Gustavo era grande.— Gustavo, sente-se e me explica direito essa história, tem algum problema com o senhor Martins?— Posso lhe dizer que tenho um problema pessoal com ele, não desejo vê-lo de forma alguma, na verdade nem sabia que fazia parte dos associados do grupo Diniz até minha irmã vê-lo na recepção daquele dia e depois o senhor me pedir o contrato dele.— Que problema é esse?— Não posso dizer. O máximo de informação que pode ter é que tem haver com a minha irmã. — Gustavo abaixou o olhar nesse momento, o problema com Otávio parecia ser sério.— Como se chama mesmo sua irmã?— Gabriela.— Tudo bem, encontre alguém para me acompanhar na reunião e lhe adianto que não o verá mais, essa reunião será para encerrar a parceria com a empresa dele.Fábio ficou cismado, não reconheceu ninguém na mesa que ele estava na recepção, pensou que seria muita coincidência a moça petulante e a irmã do funcionário terem problemas com a mesma pessoa, apesar que se o homem era má pessoa teria problemas com metade das mulheres da cidade.— Senhor Diniz, ele virá hoje depois do horário.— Tudo bem, avise a senhorita Gabriela que ficará com a minha filha até eu chegar.Gustavo assim o fez, ligou para a irmã, ela ficaria até muito tarde, decidiu dormir aquele dia na casa do chefe, no outro dia iria direto para faculdade.— Gabi, se vai dormir aí preciso do carro, tem como pedir para alguém traze-lo?— Tá, um dos seguranças daqui a pouco sai, ele pode levar na empresa pode ser?— Pode.Algumas horas depois quase no fim do dia o segurança Sérgio levou o carro e estacionou na vaga de visitantes. Conforme o dia ia passando apenas 3 pessoas estavam no prédio, Fabio, Gustavo e Luciane, ela é a gerente de relações públicas, aceitou participar da reunião no lugar de Gustavo, ele só estava lá caso alguém precisasse de alguma coisa que provavelmente Luciane não saberia onde está. Ele estava contando os minutos para que o stress começasse com a presença de Otávio, depois de 30 minutos esperando recebeu uma ligação, sentiu até um alívio surgir, ao ouvir da secretaria do senhor Martins que ele não poderia comparecer a reunião.— Senhor Diniz, o senhor Martins não virá a reunião, pediu desculpas e que seja marcada para outra data.— Tudo bem, acho que podemos todos ir então.Fábio e Luciane saíram, Gustavo ainda tinha que fechar tudo. Quando Fábio chegou ao estacionamento viu um terceiro carro que ele conhecia bem, esperou pensando que a moça petulante apareceria. Passado alguns minutos Gustavo desceu e entrou no carro, Fábio foi até ele.— Gustavo?— Senhor Diniz, precisa de algo?— Esse carro é seu? — Fábio perguntou incrédulo.— Sim, eu dificilmente dirijo, quem usa diariamente é minha irmã.— A senhorita Gabriela?— Sim, por que a pergunta?— Nada demais... Ela esteve aqui hoje?— Pela manhã, veio trazer algumas coisas que eu esqueci em casa.— Boa noite Gustavo!— Boa noite senhor Diniz.Fábio saiu sorrindo, agora tinha certeza, Gabriela é nome que tanto desejava ouvir, não ligou para irmã dispensar a tutora como sempre faz, queria encontrá-la em casa, repetiu o nome várias vezes, na mente e em voz alta, a moça que dominava seus pensamentos e seus sonhos agora tinha nome. Pensou também na reação de Gustavo ao saber de tudo que ele e a irmã tiveram nós últimos dias, qualquer um diria que era além de loucura uma história romântica inventada, mas estava na hora de deixar tudo real, ele agora tinha um nome para o que sentia e era Gabriela.Gabriela estava limpando a cozinha, estava tirando uma travessa do forno quando Fábio passou pela porta da cozinha. Ele observou a mulher mexendo na comida, achou o corpo dela bonito, seus encontros haviam sido tão rápidos que ele não teve tempo de reparar nas curvas dela, sabia que era uma mulher bonita, mas agora podia gravar em sua mente os detalhes, ela não era muito alta, tinha cabelo preto liso, uma pele clara. Ele continuou e pensou em subir, mas não queria perder a oportunidade de dizer o nome dela alto e em bom som.Gabriela ouviu os passos, pensou ser Fabíola.— Fabi, está quase pronto, você vai gostar do jantar.— Disse Gabriela sem olhar pra trás.Ao ouvir a voz dela, Fábio teve mais certeza ainda...— Então é Gabriela o nome da Petulante.O coração de Gabriela falhou uma batida, ele não precisava fazer apresentações, sabia bem de quem era aquela voz, ela não se virou, não encontrava forças pra isso. Pensava que poderia estar sonhando ou o destino estava lhe pregando uma peça.Ele se aproximou sem fazer muito barulho. Colocou a mão na cintura dela e falou perto de seu ouvido.— Quem diria que nos encontraríamos aqui, na minha casa.Nessa hora Gabriela se virou, ficou de frente com Fábio, ele estava realmente perto, fez o mesmo do elevador, colocou as mãos uma de cada lado a impedindo de fugir, aproximou o nariz de seu pescoço e sentiu seu perfume.— Agora não tem como fugir... — Fábio falou no meio de um suspiro.Gabriela fechou os olhos e ele deu um passo para trás. Ela ficou sem entender o que aconteceu ali. Fabíola apareceu na porta.— O jantar estar pronto? Boa noite papai, agora já conhece a Gabi. Gabriela colocou a mesa para duas pessoas, enquanto Fabíola tagarelava a sobre o colégio, os olhos de Fábio
No dia seguinte Fábio desceu e encontrou a filha tomando café com uma mesa farta, uma variedade de alimentos frescos tinham sido feitos, claro por Gabriela, até mesmo panquecas ela preparou a pedido de Fabíola, a menina viu o prato apenas na televisão e queria experimentar. Estava descobrindo o carinho de uma mãe em sua babá.— Bom dia, meninas!— Bom dia senhor Diniz.— Bom dia mano.Fábio sentou-se ao lado da filha e Gabriela colocou uma xícara de café para ele.— Assim ficarei mal acostumado, acordar e encontrar uma mesa dessa, comida caseira toda noite... Isso é bom demais pra ser verdade.— Isso foi só hoje, a Fabi sabe que o café só poderei fazer nos dias que passar a noite aqui, já o almoço dela e o jantar eu consigo deixar pronto.— Claro... Fabi pegue suas coisas já vamos sair e Gabriela eu te deixo na universidade, sei que aqui é mais longe que sua casa de lá.Fabíola subiu e Fábio aproveitou para puxar Gabriela para um beijo, ela não o repeliu, gostava dos beijos ousa
A noite Gabriela estava em casa, cansada, pois estava sem carro e o trajeto de ônibus era cansativo.— Boa noite Gu, como foi hoje?— Boa noite senhorita petulante!— Ai meu Deus! Ele falou com você? Estou morta de vergonha.Gustavo riu da reação da irmã, ela não imaginava que ele simplesmente contaria tudo para o irmão.— Agora eu quero saber de você, como foi na casa do senhor Diniz? Ele gostou de você, mesmo sendo desbocada.— Não fale assim, eu sou muito educada...— Fala logo! — Disse Gustavo rindo.— A filha dele, a Fabíola é encantadora e adora minha comida, aquela casa só tinha enlatados, acho que dificilmente comiam algo fresco. Ela é inteligente, ajudar nos deveres da escola é coisa simples, é uma menina falante e alegre, sempre arruma coisas para passar o dia e é obediente também, pensei que seria um problema pela idade, mas é uma menina tranquila.— Não é isso que quero saber.— Tá! Ontem eu estava na cozinha quando o Fábio chegou...— Fábio? Já o tra
No outro dia Gabriela não iria trabalhar, logo pela manhã mandou uma mensagem a Fábio.Gabriela — "Bom dia senhor Diniz, hoje me sinto indisposta, não posso cuidar da Fabíola."Ele teria que dar um jeito na menina por aquele dia.Fábio a levou para a escola e ele mesmo a buscaria na hora do almoço, assim que chegou no escritório chamou Gustavo para conversar.— Bom dia senhor Diniz. — O tom era diferente de outros dias, Fábio notou a frieza de Gustavo.— Bom dia Gustavo. Pegue meu café e venha a minha sala.Gustavo obedeceu, levou o café e pretendia sair em seguida.— Espere! Preciso falar com você.— Não, não vou ser a ponte entre você e minha irmã, não vou contar coisas que não cabe a mim, ela me disse que você não a machucou, que foi algo da cabeça dela, então não te perguntarei nada também.— Ela me disse que nunca esteve com um homem por vontade própria. O que ela quis dizer com isso?— Tem certeza que não entendeu? Eu lhe disse, ela já passou muita coisa, mas alg
Fábio a deixava na universidade todas as vezes que ela dormia lá, ele até tentava, mas ela nunca o deixou passar dos beijos.Na universidade passou a ser tratada diferente, algumas colegas que nunca falaram com ela, agora queria sentar ao seu lado e se consideravam amigas.— Estela do céu, isso está me enlouquecendo. Antes era só eu e você, agora as pessoas agem como se me conhecessem. — Disse Gabriela.— Daqui a pouco o povo esquece e tudo volta ao normal.Elas estavam no refeitório da universidade, sempre escolhiam uma mesa pequena para não dar chance de outras pessoas se aproximarem.— Que droga, a menina trocou meu sanduíche de novo, vou lá ver se resolvo. — Gabriela se levantou e foi até a atendente da lanchonete. — Com licença... Acho que houve um engano, eu pedi peito de peru e veio presunto, poderia trocar por favor?— Ah, senhora Diniz, que vergonha, me perdoe, eu não sei onde estava com a cabeça. — A atendente parecia nervosa, Gabriela não entendeu essa reação
O homem ainda segurava seu braço e Gabriela lutava pra respirar, Fábio do outro lado do salão percebeu e foi até ela.— Solte-a! — A expressão de Fábio era de poucos amigos, alguns poucos conhecidos diziam que ele era implacável nos negócios, mas pior ainda com as mulheres, ele não era visto com muitas, mas sempre arrumava briga por alguém ter olhado ou cumprimentado a pessoa com quem estava.Ela o abraçou, não conseguia dizer uma só palavra, o homem sorriu e cumprimentou Fábio.— Senhor Diniz, que prazer em revê-lo, faz tempo desde o último evento...— Senhor Martins, pensei que a essa altura não teria mais que olhar pra sua cara.— Ah, claro! Não temos mais um sociedade, eu vim a convite de outro cliente, não pensei que estaríamos no mesmo local tão cedo, ainda mais que sua misteriosa namorada fosse uma velha conhecida minha... Gabriela, seu rosto é inconfundível, não mudou nada desde aquela noite. — Otávio tinha um olhar depravado sobre ela, media seu corpo de cima a bai
Fábio voltou a beija-la, deixou sua mãos descer pelo corpo de Gabriela, ela não parecia com medo, a levantou e colocou sentada na bancada, ela ainda estava com o vestido de festa ele queria tirar aquela peça dela.— Fábio, espere! — Gabriela estava ofegante.— Querida fiz algo errado? Se sente bem?— Eu só preciso respirar um pouco, você me deixa sem ar.Fábio e a desceu da bancada, a virou de costas, ela parecia desinibida e tranquila com o toque dele.— Ok, respire enquanto eu tiro seu vestido...Ele quis falar o que ia fazer, prestava atenção se ela o repreendia, ou até mesmo se tinha medo.Ela ficou com as mãos apoiadas na bancada enquanto ele descia o zíper do vestido. Deixou a peça cair no chão e a colocou novamente na bancada, sorriu e voltou a beijar sua boca, ele apertava seus seios, até a fazer se inclinar para trás, passou a mão pelas suas pernas e notou algo ali, ele olhou a cicatriz que ia da coxa até quase o joelho.— Por favor não fique olhando... — Ele n
Gustavo saiu da sala com a desculpa de pegar um café, ele atendeu algumas ligações em sua mesa e checou os emails, fez quase a rotina normal, Fábio também aproveitou para cuidar de alguns negócios.Já passava da hora do almoço quando chamou Gustavo novamente.— Na minha sala...Gustavo entrou e se sentou sem cerimônia.— Fugindo de mim? — Perguntou Fábio, sua expressão revelava que não gostou da atitude.— Me desculpe senhor Diniz, eu precisava me acalmar e pensar no que poderia ou não revelar.— Tudo bem, eu entendo, mas não vai fugir. O que teve Otávio Martins com a Gabriela? Ele estava no jantar, quando Gabriela esbarrou nele por acidente ficou extremamente assustada, não me disse quem era, apenas queria sair dali. Pelo tom dele entendi que tiveram um passado juntos.— Não posso dizer tudo, só que ele nunca foi nada dela e te peço por favor não a deixe perto dele, Otávio Martins não é um bom homem e foi um desgraçado com ela.— Foi ele, não foi?— Olha, não fica me