NAQUELE DIA MAIS CEDOKátia estava criando uma rotina, para viver da escrita precisaria de disciplina e muita dedicação. Pela manhã fez exercícios, cuidou da casa e resolveu alguns assuntos pessoais, a tarde ela almoçou e depois sentiu para escrever, só sairia da frente do computador a noite, quando tivesse finalizado pelo menos 2 ou 3 capítulos.Quase no fim da tarde a campainha tocou, Katia não esperava por ninguém, muito menos pelo seu ex-chefe.— Senhor Diniz? Que surpresa. Pode entrar. — Ela disse e deixou Fábio passar.— Vim pessoalmente para conversarmos, para entender sua saída da empresa.Katia por um segundo não sabia o que dizer. Pensou que apenas Gabriela se preocupasse tanto com ela.— Sabe, desde que o Sérgio se foi, me preocupo com você. A tenho como uma amiga. Katia sorriu, sentou-se no sofá e apontou o da frente para Fábio.— Eu não acreditei quando me disseram que saiu da empresa, desacreditei mais ainda quando soube que passou a escrever para outra editora.A fala
Kátia estava tranquila no chalé que alugou, não era muito longe da cidade, porém era distante o suficiente para obter um ambiente de paz e tranquilidade.Ela passou o dia escrevendo, criou enredos, capítulos novos, cenas quentes e ainda levou consigo o exemplar de seu primeiro livro. Reler aquela história era como se lembrar de tudo aquilo que um dia quis viver, mas agora essas lembranças não eram dolorosas, mas sim felizes, pois tinha colocado no papel tudo que um dia sonhou e quem sabe a vida lhe daria uma outra oportunidade de viver essas aventuras. Ela abriu no último capítulo de seu livro, suspirou pensando na felicidade do casal.CAPÍTULO FINAL Hoje eu levantei cedo, fui para o salão fui e me arrumei, fiz o cabelo a maquiagem tudo que era necessário para ser uma noiva completa.Não acredito que esse dia chegou, que de um encontro inesperado com um homem desconhecido surgiu o amor. Depois de pronta, sigo com o motorista até o local indicado. Ali selarei o meu amor com Adam.
Katia deixou Ricardo entrar, era hora de falarem abertamente, apesar que se ele estava ali, indicava que sabia de algo. — O que quer? — Devia estar feliz com sua namorada ou seja lá o que vocês são. — Katia, eu... — Ela negou com a cabeça, e ele parou de falar. Será que havia perdão, será que toda a confusão havia solução? — Por que não me disse? Por que não contou que era você? — Ele se atreveu a perguntar enquanto a seguia para dentro.— Eu ia te contar, me preparei para dizer tudo no dia em que ficamos de nos encontrar em seu escritório, mas quando cheguei você já estava com ela, estava aos beijos com a Anne. Nós já havíamos dormido juntos, nos beijados, como Katia e como a senhora da sedução. Como não notou que não era eu? Como pôde acreditar nela?Ricardo pensou que esse tempo todo com Anne tinha suas dúvidas, tinha o pensamento de que algo não se encaixava naquela história e agora ali estava a conclusão. Realmente era outra pessoa a dona de seu coração.— Eu me apaixonei por
Epílogo de natalO Natal é uma época doce e festiva, por isso suas receitas são feitas para criar memórias.Quem não tem uma receita especial, que não pode faltar no seu Natal?O pavê da tia...A rabanada do vovô...A farofa que só a mamãe faz...Todas essas e muitas outras são as receitas que descrevem a felicidade na época natalina, mas a mais importante leva um pouco de sorrisos, uma pitada de generosidade e muito amor e união.Esse é o especial de Natal da Família Diniz..Dia 24 de Dezembro..— Sério? Duas mulheres bem sucedidas e ricas passando a tarde na cozinha, as minhas costas já está dolorida! — Estela falou enquanto montava o pavê em uma travessa de vidro.Gabriela mexia a panela, ela estava fazendo um molho de abacaxi para o tender, a receita poderia ser preparada fria, mas ela sempre aquecia e colocava alguns temperos a mais, dava o seu toque especial a cada receita.— A Fabi vem para o Natal? — Estela perguntou.— Não sei, ela não deu certeza, disse que talvez passe na
Lutar sozinho é difícil, mas com talento e uma pitada de esforço, tudo é possível. Gabriela pensava assim, depois de todas as adversidades, pensava que seu esforço um dia seria recompensado e sua paixão pela cozinha faria dela alguém feliz!— Magnífico!— Para! Você fala isso porque é meu irmão, devem servir molhos excelentes no refeitório da sua empresa. — Disse Gabriela.— Que nada mana, é cada coisa insossa que servem naquele lugar. — Respondeu Gustavo. — Bom, agora eu tenho que ir! Se meu chefe chegar antes de mim estou frito.Ele deu um beijo no rosto da irmã e saiu. Passou como um furacão na sala, esqueceu que tinha algumas obras que levou para revisar, as deixou no sofá.Gabriela se arrumou e pretendia ir para a faculdade, olhou a sala e viu o amontoado de papéis em cima do sofá.— Ai Gustavo, de novo? — Ela reclamou sozinha.Ela pegou os papéis e colocou no carro. Chegou no enorme prédio no centro da cidade em minutos, estacionou quase na porta.— Moça não pod
No caminho Gabriela parecia distraída, fazia o trajeto em silêncio, estava lembrando do beijo no elevador. — Gabi, está tudo bem? — Perguntou Gustavo. — É que você está quieta, parece perdida em seus pensamentos... — Ah, não é nada, só... — Só o que? — Eu não estava sozinha naquele elevador. — Você ficou presa com outra pessoa? Homem ou mulher? — Um homem e ele me beijou. — Peraí, você ficou presa no elevador com um homem e o beijou? Você já conhecia ele? — Na verdade não sei nem seu nome, e estava escuro, não consigo dizer exatamente quem era. — Nossa mana, você é louca, se o cara tentasse fazer algo com você? — Eu não pedi para ficar presa com ele. — Tá, vou descobrir quem é... — Valeu! — Você gostou do beijo? Gabriela sorriu e não respondeu, mas a cara dela já dizia que sim, o jeito forte que ele a segurou a fazia sentir um leve arrepio só de lembrar. No outro dia Gabriela deixou o irmão no trabalho e seguiu para faculdade. — Bom dia senhor Diniz! — Bom dia Gustav
Fábio subiu as escadas e foi direto tomar um banho, encontrou a filha no corredor que estava descendo para jantar. — Boa noite papai, chegou na hora certa, a Gabi estava fazenda o jantar. Na cozinha Gabriela já havia deixado a mesa posta. — Fabi tenho que ir, ainda tenho que fazer algumas coisas para a faculdade, peça desculpas ao seu pai por não esperar ele descer. Ela estava indo até a porta e falou de longe: — Fabi, me manda a receita que quer, para amanhã eu trazer tudo que for necessário. Fábio estava descendo as escadas, pensou ter reconhecido aquela voz, apressou o passo, mas ela já estava dentro do carro passando pelo portão. Ele voltou e foi até a cozinha, encontrou uma mesa cuidadosamente posta e uma refeição fresca. — A sua tutora acabou de sair, certo? — Sim, ela precisava fazer algumas coisas da faculdade, não tinha como ficar. Ele ficou cismado, era a mesma voz da moça petulante, mas seria muita coincidência. Na semana seguinte haveria uma pequena recepção para
Gabriela se trancou no quarto, ficava pensando no quanto era corajosa. Mandou uma mensagem para o irmão, avisando que já estava em casa. Não demorou muito e ele chegou. — Gabi, você ficou louca? Saiu com um desconhecido e me deixou lá. — Gu, não foi bem assim, encontrei o Otávio lá, ele trabalha como associado na sua empresa, me desesperei e corri dali. O mesmo homem que ficou preso comigo no elevador outro dia me trouxe pra casa, não era um total desconhecido. Gustavo suspirou, sabia o que a presença de Otávio significava. — Cuidado Gabriela, foi essa sua boa fé que te colocou em maus lençóis. Gabriela se sentia ofendida com o comentário, expulsou o irmão do quarto e foi dormir. Passou o fim de semana tranquila, cuidou da casa, da pequena horta que tem na entrada e estudou. Uma nova semana se inicia e muita coisa tinha que ser resolvida. — Bom dia senhor Diniz. — Bom dia Gustavo. Esse era o máximo de contato que eles tinham... Gustavo seguia sempre a mesma rotina, o chefe n