Katia deixou o prédio da editora com seu peito dolorido, mas feliz por sua decisão, não se sujeitaria aquilo, não passaria seus dias vendo Ricardo flertar com Anne a sua frente e ainda dar a ela elogios pelos trabalhos que são seus.Enquanto isso Ricardo falava com Fábio sobre sua recente descoberta.— Acredita que a senhora da sedução estava tão perto esse tempo todo? — Sinceramente, esperava por outra pessoa. Sei que ela foi uma das que mais se empolgou com o aplicativo, mas não pensei que fosse tanto. — Disse Fábio.— Eu também fiquei surpreso. Ainda mais depois de ontem, eu senti ela diferente, na transa, em tudo. Como se fosse outra mulher. — Ricardo ainda estava intrigado, não foi apenas o beijo, mas o corpo a sensação era outra, porém quem mais poderia saber de seu encontro naquele dia? Não restava dúvidas, a Anne era a mulher misteriosa que ele queria para si.— Peça para o jurídico cuidar do contrato, por mais que ela continue anônima para o público, temos que fazer um contr
Katia sentia seu coração leve, estava feliz por abrir as asas e voar. Ela assinou um contrato com a editora nova, publicaria o segundo livro com ele. Ficou surpresa deles a responderem tão rápido, talvez sua fama, seu nome de autora já consagrada tenha aberto as portas.Sua história fluía e outras surgiam em sua mente. Ela anotava os enredos, para não esquecer. Agora era escritora em tempo integral, viveria de sua arte, sua arte bela, picante e cheia de amor. Sem pessoas que queria seu mal, e sem mentiras, pois decidiu não esconder de ninguém sua identidade, Kátia deixaria claro que era a senhora da sedução.Passou-se pouco mais de duas semanas desde a sua demissão. Ela recusou todas as chamadas de Anne, de Ricardo e até de Fábio. Tinha cortado relações com a editora diniz, e nada a faria voltar atrás.Ela falou com a amiga Gabriela, a esposa de Fábio entendeu seus motivos e aceitou guardar segredo, não colocaria Kátia em maus lençóis, pois ela havia decidido que contaria no momento c
NAQUELE DIA MAIS CEDOKátia estava criando uma rotina, para viver da escrita precisaria de disciplina e muita dedicação. Pela manhã fez exercícios, cuidou da casa e resolveu alguns assuntos pessoais, a tarde ela almoçou e depois sentiu para escrever, só sairia da frente do computador a noite, quando tivesse finalizado pelo menos 2 ou 3 capítulos.Quase no fim da tarde a campainha tocou, Katia não esperava por ninguém, muito menos pelo seu ex-chefe.— Senhor Diniz? Que surpresa. Pode entrar. — Ela disse e deixou Fábio passar.— Vim pessoalmente para conversarmos, para entender sua saída da empresa.Katia por um segundo não sabia o que dizer. Pensou que apenas Gabriela se preocupasse tanto com ela.— Sabe, desde que o Sérgio se foi, me preocupo com você. A tenho como uma amiga. Katia sorriu, sentou-se no sofá e apontou o da frente para Fábio.— Eu não acreditei quando me disseram que saiu da empresa, desacreditei mais ainda quando soube que passou a escrever para outra editora.A fala
Kátia estava tranquila no chalé que alugou, não era muito longe da cidade, porém era distante o suficiente para obter um ambiente de paz e tranquilidade.Ela passou o dia escrevendo, criou enredos, capítulos novos, cenas quentes e ainda levou consigo o exemplar de seu primeiro livro. Reler aquela história era como se lembrar de tudo aquilo que um dia quis viver, mas agora essas lembranças não eram dolorosas, mas sim felizes, pois tinha colocado no papel tudo que um dia sonhou e quem sabe a vida lhe daria uma outra oportunidade de viver essas aventuras. Ela abriu no último capítulo de seu livro, suspirou pensando na felicidade do casal.CAPÍTULO FINAL Hoje eu levantei cedo, fui para o salão fui e me arrumei, fiz o cabelo a maquiagem tudo que era necessário para ser uma noiva completa.Não acredito que esse dia chegou, que de um encontro inesperado com um homem desconhecido surgiu o amor. Depois de pronta, sigo com o motorista até o local indicado. Ali selarei o meu amor com Adam.
Katia deixou Ricardo entrar, era hora de falarem abertamente, apesar que se ele estava ali, indicava que sabia de algo. — O que quer? — Devia estar feliz com sua namorada ou seja lá o que vocês são. — Katia, eu... — Ela negou com a cabeça, e ele parou de falar. Será que havia perdão, será que toda a confusão havia solução? — Por que não me disse? Por que não contou que era você? — Ele se atreveu a perguntar enquanto a seguia para dentro.— Eu ia te contar, me preparei para dizer tudo no dia em que ficamos de nos encontrar em seu escritório, mas quando cheguei você já estava com ela, estava aos beijos com a Anne. Nós já havíamos dormido juntos, nos beijados, como Katia e como a senhora da sedução. Como não notou que não era eu? Como pôde acreditar nela?Ricardo pensou que esse tempo todo com Anne tinha suas dúvidas, tinha o pensamento de que algo não se encaixava naquela história e agora ali estava a conclusão. Realmente era outra pessoa a dona de seu coração.— Eu me apaixonei por
Epílogo de natalO Natal é uma época doce e festiva, por isso suas receitas são feitas para criar memórias.Quem não tem uma receita especial, que não pode faltar no seu Natal?O pavê da tia...A rabanada do vovô...A farofa que só a mamãe faz...Todas essas e muitas outras são as receitas que descrevem a felicidade na época natalina, mas a mais importante leva um pouco de sorrisos, uma pitada de generosidade e muito amor e união.Esse é o especial de Natal da Família Diniz..Dia 24 de Dezembro..— Sério? Duas mulheres bem sucedidas e ricas passando a tarde na cozinha, as minhas costas já está dolorida! — Estela falou enquanto montava o pavê em uma travessa de vidro.Gabriela mexia a panela, ela estava fazendo um molho de abacaxi para o tender, a receita poderia ser preparada fria, mas ela sempre aquecia e colocava alguns temperos a mais, dava o seu toque especial a cada receita.— A Fabi vem para o Natal? — Estela perguntou.— Não sei, ela não deu certeza, disse que talvez passe na
Lutar sozinho é difícil, mas com talento e uma pitada de esforço, tudo é possível. Gabriela pensava assim, depois de todas as adversidades, pensava que seu esforço um dia seria recompensado e sua paixão pela cozinha faria dela alguém feliz!— Magnífico!— Para! Você fala isso porque é meu irmão, devem servir molhos excelentes no refeitório da sua empresa. — Disse Gabriela.— Que nada mana, é cada coisa insossa que servem naquele lugar. — Respondeu Gustavo. — Bom, agora eu tenho que ir! Se meu chefe chegar antes de mim estou frito.Ele deu um beijo no rosto da irmã e saiu. Passou como um furacão na sala, esqueceu que tinha algumas obras que levou para revisar, as deixou no sofá.Gabriela se arrumou e pretendia ir para a faculdade, olhou a sala e viu o amontoado de papéis em cima do sofá.— Ai Gustavo, de novo? — Ela reclamou sozinha.Ela pegou os papéis e colocou no carro. Chegou no enorme prédio no centro da cidade em minutos, estacionou quase na porta.— Moça não pod
No caminho Gabriela parecia distraída, fazia o trajeto em silêncio, estava lembrando do beijo no elevador. — Gabi, está tudo bem? — Perguntou Gustavo. — É que você está quieta, parece perdida em seus pensamentos... — Ah, não é nada, só... — Só o que? — Eu não estava sozinha naquele elevador. — Você ficou presa com outra pessoa? Homem ou mulher? — Um homem e ele me beijou. — Peraí, você ficou presa no elevador com um homem e o beijou? Você já conhecia ele? — Na verdade não sei nem seu nome, e estava escuro, não consigo dizer exatamente quem era. — Nossa mana, você é louca, se o cara tentasse fazer algo com você? — Eu não pedi para ficar presa com ele. — Tá, vou descobrir quem é... — Valeu! — Você gostou do beijo? Gabriela sorriu e não respondeu, mas a cara dela já dizia que sim, o jeito forte que ele a segurou a fazia sentir um leve arrepio só de lembrar. No outro dia Gabriela deixou o irmão no trabalho e seguiu para faculdade. — Bom dia senhor Diniz! — Bom dia Gustav