LauraAcordo com o som do despertador e me levanto rapidamente.Ai que dor de cabeça...Ai meu Deus, é o meu celular, o nome do meu chefe pisca na tela. E pego o aparelho rápido.Mensagem:-- Você está atrasada!-- Estou chegando. — Digito rapidamente.-- Vinte minutos Laura, ou esquece isso de eu te ajudar. Poxa Laura, eu nunca acobertei ninguém aqui na delegacia, aí você me faz isso, os poderosos estão pegando no meu pé. Sua sorte é que você tem mérito próprio eno concurso público arrasou.— Estou chegando e muito obrigada por essa ajudinha.Ele não responde.Tomo um banho rápido.Visto uma calça, uma camiseta do batalhão da polícia e uma jaqueta de couro. Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo alto.E saio do quarto.— Já vai?
LauraFiquei a manhã toda resolvendo alguns inquéritos,no meu computador, quando Fabiano se senta na minha frente e me dá uma pasta de arquivos.— Eu te mostrei àquele caso, da filha do governador!?— Sim! Ela desapareceu há dois dias, ninguém sabe aonde ela está, não tiveram notícias...— Exatamente. Eu preciso dar uma volta, você analisa o caso dela para mim?— Lógico! — Digo me sentando na sua mesa.Ele sai e fecha a porta.Leio a atla feita por meu chefe.Grifo as partes importantes.Natália Albuquerque Dutra, de dezenove anos desapareceu nessa última quinta-feira, onze de maio de dois mil e dezesseis. Segundo informações a filha do governador saiu pela manhã no intuito de ir a faculdade. Informações de colegas e professores, relatam que Natália foi vista no pátio da faculdade horas antes do desaparecimento. Câ
Doze dias depois...LauraAcordo assustada com alguém batendo na porta.— Laura? — Gabriela diz batendo descontroladamente na porta.Me levanto rapidamente.— Oi. — Digo abrindo a porta.— Guilherme está fazendo um escândalo lá fora.— Ai meu Deus! — Digo colocando um roupão de seda.— Você vai descer Laura!?— Não. Irei fazer algo que já deveria ter feito há muito tempo. Esse cara não me deixa em paz, hoje mais cedo ele foi na delegacia, ficou lá até o fim do meu expediente. — Digo pegando meu celular.— Você vai ligar para polícia?— Sim, não estou suportando isso mais. Antes que seja tarde. Ele foi no meu trabalho me perguntando se eu tinha outro homem, disse que tinha comprado uma arma.Ela arregala os olhos.— Laura meu amor abre a porta! — Ele grita.— Polícia vinte quatro horas. Me chamo Ângela em que posso te ajudar?— Quero fazer uma denúncia.
LauraEstou saindo da delegacia que fiz a denúncia contra Guilherme. Roger pediu uma medida protetiva que já foi assinada por um juiz. Não gostei disso. Ele agilizou tudo pois trabalho na polícia.Estaciono na delegacia onde trabalho.Entro na minha sala.— O delegado quer conversar com você na sala dele. — Larissa diz.Me levanto trêmula, e vou até a sala.— Senta Laura! — Ele diz sorrindo. Que nojo desse cara.— Não obrigada. Diz logo, pois tenho que ler muitos documentos e montar alguns inquéritos.Ele joga uma caixa cheia de apostilas encima da mesa.— Fabiano não vem hoje. O baitola tá dodói. — Ele diz sorrindo pegando a primeira por cima das outras.— Era isso!? — Me chamou aqui para cuspir sua homofobia?— Não. — Ele diz se levantando.Se aproxima.Ele me entrega a apostila.Minha denúncia contra ele.<
LauraChego em casa depois das oito da noite.Estou exausta. Ligo a banheira. Jogo espuma e alguns sais de banho.Pego o celular...— Cheguei em casa. — Digo tirando minha roupa.— Eu disse para a Vitória.— O que ela disse? Qual foi a reação dela? Me diz!— Calma acelerada. Ela não disse nada, só pediu para eu ir embora. Estou na casa do Ramón e da Kátia.— Ohh meu bem. Como você está?— Mal, porém me sinto livre.Sorrio colocando o celular no viva-voz encima da tampa da privada, e entro na banheira maravilhosa com a água quentinha.— Não sei o que dizer.— Acho que vou demorar chegar em casa. Vou em um barzinho com meu casal favorito. Quer ir com a gente, passamos aí?— Cheguei do trabalho quase morta hoje.Ela gargalha.— Dramática.— Isso não fere uma leonina. — Digo brincando com a espuma.Ela ri.— Vou encher a cara hoje, chapar o c
Laura- Os pertences da garota. - Lucas diz sorrindo.- Obrigada.Ele tinha me ligado ontem para dizer que ele e Brenno fizeram a busca e apreensão.- Bom dia. - Fabiano diz.- Eu senti muito sua falta.- Fiquei downte. Suspeita de dengue acredita!?- Mas você está bem agora né!?- Estou melhor.- Tenho novidades sobre o caso Allan Oliveira. - Digo fechando a porta.Explico tudo para ele.- Você é genial Laura.- Tive um dos melhores professores.- Você fica responsável por montar o inquérito dos dois casos.Meus olhos se arregalam.- Exatamente. Dois dias eu ficando fora, você descobriu isso de Allan comprar armas na internet, conseguiu os pertences de Natália, ainda teve a perspicácia de comparar as digitais dos dois veículos encontrados. Esse caso é seu. Descubra quem é essa pessoa que estava dirigindo esses dois carros e construa respostas.- Irei ana
LauraComeço o interrogatório com Aline. Que me parece assustada.- Meu nome é Laura Goulart Brandão, sou investigadora criminalista, psiquiatra e ontem fui nomeada Inspetora chefe de investigações do estado. Eu chamei Aline aqui, pois preciso de informações sobre Natália. Eu sei que vocês são bem próximas, moram juntas em um apartamento no Centro.Ele diz algo para ela.- Estou disposta a tentar responder todas suas perguntas. - Ela diz sorrindo.- Que ótimo.- A gente até achou estranho vocês não procurarem a família para saber mais informações de Natália. - Valter diz.- Teve mudanças no grupo de investigadores do caso.- Então não era a senhora quem estava cuidando do caso de Natália?- Não. Era meu colega de profissão com o auxílio do delegado Figueiredo. Eu estava cuidando de outros casos, mas meu colega de profissão ficou doente aí eu assumi.- Entendi.- Podemos começar?- Sim. - Aline
Três dias depois...Sérgio— Desce. — O policial diz me puxando de uma vez.Nem sei por que estão me tratando assim. Muitas pessoas me olham.— O que você fez com meu filho? — Uma mulher me acerta um tapa no rosto.— Calma minha senhora. — Um policial segura ela.— Eu vou matar você. — O homem diz apontando o dedo no meu rosto.Entramos no que presumo ser a delegacia.Não posso ficar aqui. Os onze vão mandar me matar tenho certeza.Não quero voltar pra àquele lugar. Prefiro morrer.Mas como vou fazer pra ajudar os outros se eles me matarem? Por que estou aqui? Eles com certeza sabem que eu fugi. Faz vinte dois dias. Na verdade eu tava desconfiando desse silêncio todo deles. Eu já previa que em algum momento seria preso. Agora é manter a calma, esperar o momento certo e colocar em prática tudo que aprendi de útil naquele inferno e tudo que treinei nesses vinte e dois dias.[...]